Hoje com a globalização, falar inglês é algo que é completamente normal em diversos países, mas na Idade Média, nem em sonho os orientais pensariam o que era essa língua, então qual o motivo para fazer um longa que se passa praticamente todo lá do outro lado do planeta, onde chineses falam inglês como se fosse a língua mãe? Além disso, sabemos que mudanças de nome no título são comuns, mas originalmente batizado de "Outcast", que ao pé da letra significa exilado, sem terras, pária, entre outras coisas, virar "O Imperador", e com isso não apenas mudar o sentido do filme, já que teoricamente com o nome original temos uma visão completa da história dos protagonistas, quanto a querer que os personagens secundários chamem atenção, o que não envolve de maneira alguma. Citei apenas esses dois problemas para começar a falar do longa, mas são tantos erros e falhas que fica difícil querer falar algo sobre ele.
O filme nos mostra que quando o herdeiro do trono imperial torna-se alvo de assassinato por seu irmão mais velho, a única esperança é buscar proteção junto a sua irmã e o cavaleiro desacreditado Jacob, que deverá superar seus próprios demônios e conseguir ajuda do lendário guerreiro Gallain, conhecido como Fantasma Branco.
A história em si já é uma bagunça imensa como comecei a falar no primeiro parágrafo, já que não apenas a língua falada é errada, como misturar a época das Cruzadas com Imperialismo chinês é algo que nem o historiador mais maluco sonhou algum dia na vida, e isso já faz o longa virar uma bagunça só, pois as cenas de Cruzada no começo até que quem conhecer um pouco de história irá conectar a trama, mas quem nem lembrar de ter visto algo na escola, vai falar que rolo é esse que pessoas estão matando por um Deus, lutando numa guerra já sem nada contado antes, daí nosso querido ator que possui uma expressão única e agora está com uma cabeleira mais estranha possível, briga com um rapazote e some, do nada estamos no Japão, com outra história sendo contada de um pai querendo passar a herança do título para o caçula, ao contrário do que seria comum na época que ficaria com o primogênito, em seguida na fuga junta-se as duas histórias e na sequência já entra nosso tradicional ator devedor de impostos com um visual que é melhor nem comentar, e a bagunça fica completa. Se você conseguiu montar alguma coisa coesa com tudo que lhe contei da história, parabéns, você está livre de gastar seu tempo indo no cinema ver o filme, caso contrário, ainda vamos lá, o filme é repleto de cenas de luta e ação, até aí ok, já que é a estreia de um dublê na direção, pois Nick Powell depois de 114 filmes pulando e lutando resolveu que era a vez de dirigir os atores, e aí a bagunça ficou completa, pois os capangas do vilão já estão cortando a cabeça do mocinho, mas isso não pode, então vamos lutar não é mesmo, pois tudo fica mais lindo, e com coreografias malucas, o final do filme é algo tão fora de si, que não tem como completar a bagunça do roteiro, e planos estranhos são vistos a todo momento, ou seja, infelizmente não deu liga sua empreitada caro Nick!
Já que basicamente o longa vai ser chamado, mais um de Nicolas Cage, afinal nossa querido ator faz praticamente mais filmes do que tomamos água, aqui o que podemos dizer rapidamente é que ele é quase um coadjuvante de luxo, pois chamará os seus fiéis adoradores, mas aparece bem pouco, tendo até algum certo sentido sua atuação, mas beira o ridículo a maioria de suas cenas com a cabeleira que lhe foi colocada, e seu defeito maior nem foi a falta de expressão, afinal já sabemos que ele é assim, mas além do cabelo muito cômico, ainda possui mais uma característica visual que não tem como não rir, ou seja, ainda bem que apareceu pouco, senão de filme de ação viraria uma comédia escrachada. Então vamos falar do protagonista, ou ao menos quem era pra ser, que é Hayden Christensen, que ficou famoso como Anakin Skywalker em Star Wars, mas não conseguiu mais tantos papéis depois disso, e o que faz aqui mostra bem o porquê, já que sua pinta de galã é fraca, e sua empolgação frente a lutas exagerada demais, misturando ataques histéricos de espada com falhas para onde olhar ao mesmo tempo, e isso poderia até ser corrigido, já que temos um dublê dirigindo, que sabe como é lutas de espadas muito bem, mas não, o pobre que já lutou com sabre, com lâminas de aço ficou ruim demais e não deu conta do recado. Quem acabou chamando atenção então foram o trio chinês Andy On que como vilão até faz algumas caras malvadas, mas nada que empolgue, talvez chamando mais para si algumas lutas interessantes, Yfei Liu como Lian, que até ganhou romance com o protagonista e assim ter cenas mais chamativas, e Bill Su Jiahang fazendo o herdeiro Zhao que tenta aparecer mas não consegue por ser novato demais e não ter algo chamativo que nos envolva ou seja carismático.
Um ponto razoável ficou a cargo da direção de arte, que ao menos esboça uma tentativa de salvar o filme, já que produções orientais costumam prezar por visuais interessantes, mas algumas cidadelas até conseguem ser bem feitas, mesmo pegando fogo e sendo destruídas pelos vilões, mas poderiam ter mais detalhes já que o longa custou 25 milhões de dólares, e isso não parece bem empregado em quase nada, até mesmo nas cavernas poderiam ter mais detalhamento, e isso ficou somente nas armas que ao menos parecem bem trabalhadas. A fotografia optou por um tom puxado para o marrom e isso cansa o filme, não dando nem envolvimento com a trama, nem ritmo para que as lutas impactasse o público, então o resultado acaba bem monótono.
Enfim, mais um longa que Cage faz apenas para receber sua cota de dívida do imposto devido em que seu nome serve apenas de chamariz para seu público cativo, pois o filme é daqueles que não compensa ver nem em casa, ou seja, não recomendo ele de forma alguma, devido a ser cheio de falhas, e ter um dos roteiros mais malucos possíveis da história do cinema. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, ainda faltam uma estreia da semana e uma pré da próxima para conferir, vamos ver como será o final de semana carnavalesco para tentar ter algum filme que salve, pois está feia essa semana. Então abraços e até breve meus amigos.
PS: Estou dando dois coelhos pelo esforço dos atores chineses que tiveram de falar em inglês com sotaque forte e ainda assim saíram bem, e pela tentativa da direção de arte em fazer algo bonito, mas a vontade de dar uma nota menor foi forte.
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