Gosto de produções de arte não-comerciais, mas tem algumas que exageram no modo de utilizar isso, e "Meu Mundo em Perigo" já se coloca exatamente assim no discurso da primeira cena que é apenas um filme de arte para aqueles que gostem disso.
O diretor José Eduardo Belmonte consegue prender o espectador com uma história que eu ficava para onde vai dar isso? Como ele vai conseguir terminar? Mas a partir dos 75% do filme não teve jeito de esconder e tudo já caminhava para a única forma de encerrar, claro de uma forma chocante porém é um dos meios mais fáceis de se encerrar algo complexo.
Bom muitos já devem estar falando: nossa quanta viagem num único parágrafo Fernando, então vou explicar um pouco da história Elias(Eucir de Souza) está perdido com uma paranóia na cabeça após envolver num acidente de transito logo após perder a guarda de seu filho para sua ex-mulher, uma "louca" em recuperação, vendo seu mundo desabar ele fica desesperado e acaba se escondendo num velho hotel do centro de São Paulo atrás de uma moça que ele seguiu após pegar os documentos perdidos dela. A partir dai ele acaba encontrando novas formas de enxergar o mundo, e por ai vai. Vou parar por aqui senão entrego muito do ponto culminante da história.
Como descrevi acima a história é bacana, a forma de ser contada que acho que poderia ser um pouco diferente, pois ela cansa. Daí as tentativas do diretor de ousar utilizando exageradamente na minha opinião câmeras na mão, closes exagerados nos rostos dos atores, acredito que se a montagem fosse diferente não precisaria desse apelo para que o espectador não cansasse. Mas como disse no primeiro parágrafo é um filme de arte, que também quase não foi lançado para o circuito de cinemas, aliás eu assisti numa sessão cult do Cinemark sozinho, porque acredito que ninguém nem saberia da existência desse filme aqui no interior.
Bem, os atores estão numa boa performance, mas não conseguiram salvar toda a arte empregada e a falta de um tino comercial empunhado para que o filme fosse algo brilhante. Porém ele consegue deixar um pouco de pensamentos na cabeça dos espectadores(claro que não muitos, pois filme de arte no Brasil só é visto por uma minoria exagerada) principalmente pelo acontecimento final e só. Mas se essa foi a proposta do diretor então, felicidades pois conseguiu levar bons prêmios no Festival de Brasilia, ou seja um filme de arte feito para críticos de arte.
Assim termino minha opinião, recomendo apenas para aqueles que queiram ver arte estampada de uma forma dramática, senão nem vá ver que você odiará e fará da mesma forma que um senhor que estava na sala e saiu com cerca de 15 minutos de filme. Fico por aqui por hoje, amanhã tem mais algum filme por aqui. Abraços.
3 comentários:
Adorei o filme.Dele tb assisti A concepção.Muito.mas muito mais louco.Gosto do estilo dele.Nada comercial e bem denso.Abraço.
1 #NatalDoCoelho
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