Tetro

Alguém me diz onde está o Coppola do "Poderoso Chefão", que o cara só pode estar maluco ou doente pra escrever, produzir e dirigir "Tetro". Só isso que consigo pensar hoje logo após ver o filme. Queria parar para pensar sobre como escrever mas resolvi vir aqui e postar tudo de impulso mesmo.

A história é a seguinte Bennie chega a Buenos Aires devido a um problema no navio que trabalha, e aproveitando isso resolve encontrar seu irmão mais velho Angelo que resolveu "tirar férias" da família para escrever e nunca mais voltou a ter contato com a família. Ao encontrar o irmão, ele percebe que não é o mesmo Angelo do passado, tendo abandonado até o nome atendendo agora apenas por Tetro, uma pessoa de temperamento difícil e que não revela a ninguém seu passado. Porém esse tempo que Bennie viverá com Tetro e sua namorada Miranda fará que o passado seja retomado.

Para variar todo pessoal da crítica por aí está adorando o filme, claro como já falei aqui outras vezes somente o que é cult é bom pra eles. Mas como sou sincero não vou ficar com gracejos. O roteiro apesar de uma ser uma boa história é muito perdido e acaba virando um dramalhão não mexicano, mas sim argentino pois se passa em Buenos Aires a história. Existem certos momentos que cheguei a me perguntar porque eu vim assistir esse filme, e a resposta é bem simples o nome Coppola por trás do longa.

A fotografia é inegável muito bem feita, afinal como já havia até comentado antes com meu amigo para fazer filmes em Preto e Branco tem de ter o melhor fotógrafo possível pois exige muito de sombras e nuances para dar uma textura e deixar o filme interessante. Só achei esquisito o jeito de ser contado quando é a história do filme no momento que está acontecendo temos a fotografia em Preto e Branco e a tela em widescreen, e quando estamos com cenas da história escrita por Tetro e do passado temos cores e tela em 4:3. Uma ousadia do diretor, claro mas que fica bem estranho para o pessoal leigo de cinema, com certeza fica.

Em resumo, na minha opinião Coppola regrediu ou com sua audácia de querer sair do mercado comercial ficou meio deprimente, não posso falar que é um filme ruim, pois muito ao contrário é interessante, porém também não posso dizer que é bom, pois é um filme muito exageradamente cult. Não vou recomendar pois com muita certeza 90% das pessoas que lêem aqui no blog iriam me bater na rua se visse como uma recomendação minha, então apenas assistam daqui a alguns meses quando passar no Telecine Cult para comprovar que eu não fui tão maldoso assim com a lenda Coppola. Encerro por aqui hoje, amanhã tem o último da semana. Abraços.