Com o novo horário do Cinecult cá estou eu em meu templo sagrado, o cinema, nas manhãs de Domingo. E não poderia inaugurar melhor o horário se não com o belíssimo filme "Não Me Abandone Jamais". O longa é algo de forma tão difícil de dizer, pois mistura uma história tão triste e tão bela que unida à fotografia impecável conseguiu transmitir tanto a dor que a primeira coisa que fiz ao chegar aqui antes de postar esse texto foi checar se realmente se trata apenas de ficção, graças a Deus não é real isso.
A história conta como crianças, Ruth, Kathy e Tommy, passaram a sua infância em um internato ingles aparentemente idílico, e à medida que crescem em adultos jovens, eles devem descobrir como lidar com a força do amor que sentem um pelo outro, enquanto se preparam para a realidade assustadora que os espera.
Foi até boa a forma que arrumei a sinopse para colocar aqui, para tentar não estragar com spoilers, o que pus acima é apenas a base do drama inteiro do filme, pois a realidade é muito mais crua e terrível. O diretor Mark Romanek soube transmitir toda a angústia dos personagens que a medida do tempo já sabiam para que serviriam no futuro, e a forma narrada que ele escolheu sob a voz de Carey Mulligan simplesmente ficou genialmente perfeito.
As passagens que ela narra, fazem doer no coração e viver tudo que ela passou e sentiu, e quando a temos atuando seu semblante se mostra ao mesmo tempo doce e aflito, perfeito. As atuações estão brilhantes de todos, uma das últimas cenas, me mostrou que mais do que nunca Andrew Garfield é a nova revelação, senão um dos novos grandes nomes no cinema, sua expressão angustia ao saber que o que falavam não era verdade. Keira Knightley também está muito bem e a sua personagem quando criança(Ella Purnell) me fez sentir um ódio pela criança que confesso até a chamei de vadia, mas ao explicar sua versão nos momentos finais me fez compreender. Todas as crianças também atuaram de forma convincente e fizeram os papéis que valorizaram mais ainda a fase jovem e adulta dos personagens.
As paisagens exploradas pela fotografia também são um show a parte, e a direção de arte não deixou passar nada em branco, a cena com as crianças recebendo brinquedos espedaçados para doação são de cortar o coração em pedaços e refletir sobre o que fazemos na vida. E acompanhados de uma trilha tão suave ficou maravilhoso.
Em resumo, um ótimo drama, com pitadas bem leves de romance que agradou por demais, recomendo muito, mas vai acabar sendo apenas para locação, ou no caso pedindo para o pessoal do Cinecult do Cinemark levar até sua cidade. Bem fico por aqui e acabo essa semana curta de estréias, mas terei pré na quarta, então até lá. Abraços.
5 comentários:
Taí um filme que mexeu muito comigo.
A complexidade da história, o dilema dos personagens e tudo mais. Fiquei alguns dias pensando no que eu faria se estivesse no lugar deles e tal.
É bom pra assistir com os amigos e ficar discutindo e elaborando teorias que o filme deixa meio que "em aberto".
Muito bom, também recomendo!
Abs
Vitor.
http://filmesepizza.blogspot.com/
Um bom filme, sensível, tocante, tudo no lugar certo, atuações ótimas, fotografia, sem excesso. Eu gostei.
Acho tão legal quando minha opinião bate com a galera, como o Vitor disse taí um bom filme para ver com amigos e ficar discutindo depois. Valeu Vitor.
Quanto ao Wesley já somos quase irmãos de filmes né... muito bacana mesmo que nossas opiniões quase sempre batem... show de bola Wesley... valeu o comment. Neverton veja sim, você irá gostar, depois fale aqui o que achou. Abraços.
nossa eu tenho esse filme e achei horrivel nem tem muito sentido
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