Aleluia, o cinema nacional desse ano não está 100% perdido, existem filmes bons, e hoje vi um deles, "Estamos Juntos", da mesma forma que o diretor usa planos fechados para causar agonia da dor da protagonista consegue revelar uma São Paulo encravada nas raízes de um movimento social.
A história mostra Carmem, uma jovem e talentosa médica, que veio da pequena cidade de Penedo para viver sozinha em São Paulo. Seu melhor amigo é Murilo, que a conhece desde quando era pequena. Murilo é homossexual e trabalha como DJ. Um dia ele conhece Juan, um músico argentino por quem se apaixona. Quando ele é expulso de casa pela namorada, Murilo não perde tempo e o chama para morar consigo. Entretanto, Juan é heterossexual convicto e passa a se interessar por Carmem. Ela retribui o interesse, mesmo temendo a reação de Murilo ao saber do fato. Até que uma situação inesperada muda os rumos do triângulo amoroso e da própria vida de Carmem.
Pela sinopse não se tem nem metade a fundo, de onde o roteiro encrava as unhas, mais que uma crítica social, o filme tem ritmo e aliado a sensacional atuação de todos, sem tirar um, nos passa principalmente a angústia sofrida pelo papel de Leandra Leal, de forma intimista que passamos a sofrer junto com a personagem e ao final conseguir ligar todos os pontinhos(ou não) e poder sair duma sala de cinema pensando sobre tudo e estando feliz com o que viu.
Já falei um pouco sobre as atuações acima, mas devo confessar que de todos os dramas brasileiros é o elenco mais coeso com a história que poderia ter: Leandra Leal, Cauã Reymond, Débora Duboc, Dira Paes, Nazareno Casero e Lee Taylor. Mesmo sendo vários núcleos, Leandra está em todos e é o elo de ligação entre eles de forma simplesmente brilhante.
Aliado a fotografia perfeita de Lula Cabral(Tropa de Elite 1 e 2"), o diretor Toni Ventura("Cabra Cega", "O Velho") usou e abusou de closes agoniantes, que transmitiu toda a visão subjetiva que o longa necessitava; e quando abria para planos abertíssimos víamos o contraste que é a cidade de São Paulo, com seus prédios lindos ao lado de favelas. A direção de arte também muito bem colocada, sem exagerar, mas com sutileza.
Em resumo, vale a pena assistir, é um filme com ritmo que poderia ser completamente muito ruim se apelasse para alguns pontos, mas que passou voando o tempo, apesar do tema ser doloroso, o longa é muito agradável de se ver. Recomendo e além de ser um ótimo filme, na sessão especial hoje teve a presença do diretor Toni Ventura, uma pessoa super simples, que falou abertamente e mostrou o que vimos na tela que para se fazer um bom filme tem de ser feito para o público e não para o próprio umbigo, e ter humildade, taí um exemplo de diretor nacional que vai pro meu hall de diretores para inspirar e ver mais, quando sair novos trabalhos. Fico por aqui hoje, mas essa semana tá lotada de filmes, então aguardem mais atualizações. Abraços.
Eu definitivamente não gostei desse filme, os personagens não me causaram empatia, nem mesmo quando morre o mlk lá que ia ser papai, não me emocionou em nada, ou senti tristeza pela morte... nada.
ResponderExcluirEnfim um filme que não batemos as opiniões hein Wesley... o que eu mais gostei no filme não é nem tanto a emoção causada, e sim a forma dele passar o problema da garota, os outros eixos pra mim ficaram apenas como pano de fundo, mas o dela caiu muito bem, pois poderia ser transmitido de n formas e o diretor soube passar na medida. Só isso, mas claro não iríamos bater em todos os filmes as opiniões né. Valeu aí o comentário.
ResponderExcluirVerdade, quase nunca discordamos... heheheh, mas normal, continou confiando em vc(que dramático!..rsss) e em seu bom gosto...hehehe
ResponderExcluirMédica #NatalDoCoelho
ResponderExcluirDJ #NatalDoCoelho
ResponderExcluirMédica #NatalDoCoelho
ResponderExcluirDJ #NatalDoCoelho
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