sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Amizade Colorida

Qual a definição para que uma comédia romântica seja boa? Na minha humilde opinião necessita ter um boa  dose de humor(que nos faça rir de preferência em sua maior parte) e que tenha um romance que emocione(não necessariamente nos faça chorar, mas que não seja piegas). Então hoje vamos falar de receita de bolo: coloque boas doses de comédia que fará você rir bastante, com um romance possível nada de acasos jogados, pegue os dois coadjuvantes de maior expressão do ano passado Justin Timberlake("A Rede Social") e Mila Kunis("Cisne Negro"), despeje numa forma bem dirigida com um pouco de açúcar e temos a volta dos bons filmes de comédia romântica de Hollywood com "Amizade Colorida", que fica delicioso de provar e assistir.

A história nos mostra uma jovem recrutadora de Nova York que convence um cliente em potencial a deixar seu emprego em São Francisco para trás e aceitar um emprego na Big Apple. Apesar de haver uma atração mútua, ambos percebem que tudo de que eles estão fugindo é de um relacionamento e decidem se tornar amigos... com benefícios. É o arranjo perfeito, até que eles percebem que não há nada melhor do que estar amarrado.

Todos sem exceção ao ler a sinopse e assistir o trailer com certeza falou: "Peraí, já vi esse filme esse ano", e não adianta negar, todo mundo comparou de cara "Amizade Colorida" com "Sexo sem Compromisso". Daí vem os produtores e soltam o seguinte comercial: "Um Filme Completamente Diferente", muita gente riu com isso. E venho aqui falar e defender os produtores, sim o filme é completamente diferente de tudo que vimos nas últimas comédias e sua semelhança com o longa de Natalie Portman está apenas na temática e em mais nada. Enquanto "Sexo sem Compromisso" é lento, aqui temos tudo muito bem encaixado e na velocidade ideal e rápida que pede o filme.

Uma das fórmulas de ser agradável está em ter apenas dois protagonistas e não entupir de coadjuvantes, tem apenas mais alguns com falas e o resto é tudo figurante(e haja figurante para as 2 cenas de flash mob que temos durante todo o longa, que são perfeitas e encaixam muito bem). O casal formado por Mila Kunis e Justin Timberlake é perfeito pra ideologia do filme, não é nada exagerado. Confesso, os primeiros filmes de Justin fizeram com que ninguém botasse fé nele como ator, e depois do que vi hoje, apareceu um bom filão para que ele seja colocado sempre. Mila Kunis, entrou bem no personagem e quem conhece o perfil dessas caça-talentos(pra falar o nome mais bonito: Manager de Carreiras) sabe que todas são meio atrapalhadas e profissionais demais. Então em termos de atuação fechado, ótimo casal com uma boa química e bons coadjuvantes como o personagem gay de Woody Harrelson que faz sem exageros comuns nos filmes.

Da fotografia, assim como o personagem de Justin fala quando Mila está levando ele para um passeio pela Big Apple, é mostrado lugares e ambientações diferenciadas do que você está acostumado a ver em Seinfeld, tudo é bem colocado e até Los Angeles está agradavelmente vista de forma mais interessante. É um bom contraponto mostrado de uma cidade grande com uma "interiorana".

Até um tema que colocado bem de leve, caiu bem para o longa o Alzheimer que quando apareceu, eu falei nossa vão pesar e destruir o filme e não, caiu de forma linda e com uma das frases mais interessantes de ser ouvida na cena em que Dylan está com o pai num restaurante. Caiu interessantemente bem algo forte que pode colocar que o amor mesmo quando é verdadeiro não some nem mesmo com uma doença forte como o Alzheimer. #CoelhoProfundo

Sobre as trilhas, muito bem colocadas e sempre brincando com filmes e canções antigas, o que poderia ficar  piegas, fica agradável e atual. Aliás utilizando de boas tecnologias para mostrar o contraponto entre passado e atualidade. Muito bom.

Enfim, poderia passar horas falando bem do filme, e lotar o texto de spoilers, mas não vou fazer isso, apenas falo, se você gosta de uma boa comédia romântica e estava sentindo falta disso nos hollywoodianos que andou vendo, saiba que está de volta algo muito bem recomendado, que fará você rir do começo até o final(dá uma brecada leve no meio) e o romance fica bem caído com o toque de açúcar ideal. Recomendo com certeza para todos, e fico por aqui nessa semana de aniversário do blog que ganhei de presente, 8 filmes estreando por aqui. Abraços e até amanhã.

PS: Só não foi 10 Coelhos, pela atuação da mãe, Patricia Clarkson que nos momentos em que aparece achei falsos demais. Mas graças ao bom Deus, ela aparece pouco.


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Sem Saída

Alguns filmes chegam no mercado, fazendo barulho e me deixa e me deixa na dúvida de assistir ou não, esse foi o caso de "Sem Saída", que o trailer não havia me agradado muito e que já fui assistir com o pré-conceito de atuação de Taylor Lautner. Mas esse Coelho que vos fala mordeu a língua, pois o filme é bem interessante, claro muitas cenas inverossímeis ao extremo, mas é pode ser colocado como um bom filme de ação.

O longa nos mostra que desde muito pequeno, Nathan Harper tem a sensação desconfortável de viver a vida de outra pessoa. Seus medos mais obscuros tornam-se realidade quando ele encontra uma foto sua, ainda menino, em um site de pessoas desaparecidas. De uma hora para outra, ele descobre que seus pais não são verdadeiros e que sua vida é uma mentira cuidadosamente fabricada para esconder algo ainda mais misterioso e perigoso. Enquanto sua verdadeira identidade começa a ser construída, um grupo de assassinos se aproxima e o força a fugir com a única pessoa em que ele pode confiar: sua vizinha Karen.

Como já falei no início, a história é bem bacana, e o diretor conseguiu fazer um longa dinâmico que nem vemos passar as quase 2 horas de projeção que ele possui. Claro, tem muitas cenas que assim como as moças que estavam atrás de mim(as quais falaram durante o longa inteiro) falaram "preparadas", daí você escuta: "nossa agora tá no lugarzinho isso", "olha um buraco na árvore", "nossa olha ali algo assim". Isso é carta marcada já e tira um pouco do mérito do filme, mas não o estraga não.

Das atuações, confesso que esperava bem menos do Taylor Lautner, mas até que o moço soube se sair bem e ter bons enquadramentos, bem melhor que seu parceiro de "Crepúsculo" vem fazendo por aí, ainda não é algo memorável, mas faz bem as cenas de ação(claro mérito do diretor em fazer planos não estáticos, sempre tem algo girando ou cortes rápidos), Lily Collins até tenta, mas o papel em si é simplório e não acrescenta nada para a trama.

O legal da produção e da fotografia que por ser um longa de ação, temos vários cenários e para dar uma boa dinamicidade temos todas as cenas feitas em movimento, isso me agradou bastante, e nas cenas pouco paradas sempre entra alguma zoom para dar enfoque em algo. Grande destaque para as cenas finais feitas num estádio de beisebol, com muitos figurantes.

Enfim, é um longa agradável, bem dirigido e com uma boa trama, não espere grandes diálogos que nem costuma ser o forte em filmes desse gênero, claro caberia qualquer outro ator, mas o rapaz está num bom momento e chama público, tanto que foi a grande bilheteria do fim de semana, mas vale o ingresso sim e recomendo como um longa de ação interessante de se assistir. Encerro por aqui, mas amanhã tem mais, abraços.


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Um Conto Chinês

Olha, o cinema argentino vem fazendo um fã por aqui, depois que vi "O Segredo dos seus Olhos", comecei a ver as produções desse país de uma outra forma, e hoje após assistir "Um Conto Chinês", falo de boca cheia, que filme maravilhoso, uma comédia tão sublime que sem necessitar forçar nem um pingo consegue fazer uma sala inteira rir e sair feliz com o que viu.

O filme nos mostra Roberto, um veterano da Guerra das Malvinas que vive recluso em sua casa há vinte anos e coleciona manias. Mas esta história é também de Jun, um chinês que apareceu na vida de Roberto depois de ser roubado e arremessado de um taxi em Buenos Aires. Roberto não fala chinês e Jun não fala espanhol. Roberto procura o isolamento e Jun, um tio, seu único parente vivo. Apesar das diferenças e dificuldades Roberto e Jun descobrirão o real motivo deste encontro inusitado: uma vaca que caiu do céu.

Vocês não estão loucos, estão vendo uma vaca no poster, e também na sinopse do longa,  o inicio do filme pode parecer confuso com a vaca caindo e acontecendo uma tragédia(baseado em uma história real), mas ao final você irá entender perfeitamente, e nas cenas de crédito aparece a notícia real para dar embasamento ao longa. Porém a história da vaca, até é boa, e vai emocionar mais ao fim, porém o debulhamento está na distância linguística entre os protagonistas, pare e pense você sem saber falar o idioma de um pais (absolutamente nada), e ser roubado e arremessado de um taxi, eu ficaria maluco no mínimo. E o longa trata essa história de forma sublime e cômica, de uma forma deliciosa de ver.

Da parte de atuação, Ricardo Darin é um ator que detona, desde "Segredo dos seus Olhos" já curti ele, agora estou louco para ver "Abutres" que falaram que sua atuação também está memorável, então seja nos momentos mais durões, como nos feitios cômicos, ele agrada desde a primeira cena com sua mania de contar parafusos, até o momento final emotivo. Ignacio Huang poderia ser melhor, mas acredito que ficaria com as mesmas expressões de espanto ao passar pelo que aconteceu com ele. Apenas os coadjuvantes da embaixada que jogaria no lixo, pois vai ser mal interpretado assim lá na Argentina(não sei os nomes dos atores, mas com certeza foram jogados lá apenas).

Da parte técnica, não é nada monstruoso, poderia até ter economizado um pouco na cena de guerra que ok, serve para mostrar que Roberto é um ex-militar, mas apenas o jornal serviria, mas tudo simplesinho já estava me agradando mais, porém como sempre falo: Antes simples bem feito, que megaprodução jogada (adoro megaproduções, mas não peque em nada, senão apenas um furo estraga e joga tudo fora). E nessa toada leve o filme é tão gostoso de assistir que veria novamente sem problema algum.

As trilhas estão todas no ponto, não atrapalhando falas e nem destoando da trama leve que tem de se manter, fora que elas ajudam na sonoridade cômica que pede em diversos momentos. Excelente.

Em resumo, pelo cartaz já fala tudo que mais de 1 milhão de argentinos assistiu o longa, e creio que no mundo todo deva ser bem visto, pois é ótimo, altamente recomendado e vale completamente o ingresso. Claro se você quer uma comédia das tradicionais não será aqui que irá ver, pois aqui você terá algo singelo, e mostrando que o que pode ser uma bizarrice aqui para você, pode ser comum em outra cultura. Fico pora aqui, amanhã tem mais. Abraços.


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Missão Madrinha de Casamento

Quando um filme tem seu trailer exibido muito pouco nos cinemas, eu começo a desconfiar de duas coisas: ou boicote dos projecionistas que não gostaram do trailer, ou vem alguma bomba por aí. "Missão Madrinha de Casamento", eu vi o trailer pra ser exato 1 vez em todos os filmes que vi, e ao chegar em casa, li alguma coisa que dizia ser o "Se Beber Não Case" versão feminina. Sei que serei crucificado, mas eu não gostei de "Se Beber Não Case" o original e o segundo achei razoável apesar de ser a mesma coisa, e se o povo está colocando este filme como uma comparação, então por base, eu não gostei e está bem abaixo do que estão falando por aí.

A história mostra Annie, uma madrinha de casamento cuja vida desmorona quando ela lidera sua melhor amiga, Lilian e um grupo de animadas damas de honra numa corrida maluca até o matrimônio. A vida de Annie está uma bagunça. Mas quando ela descobre que a melhor amiga de toda sua vida está noiva, ela simplesmente tem que ser a madrinha de Lilian. Apesar de estar apaixonada e dura, Annie segue fingindo durante rituais caros e bizarros. Com uma única chance de conseguir que tudo seja perfeito, ela irá mostrar para Lilian e para suas damas de honra o quão longe se pode ir por alguém que você ama.

Em termos de roteiros, a história até cabe bem original, e embora seja muito parecido com "Se Beber Não Case", não temos praticamente nada muito a ver não. Porém, na minha opinião o problema do filme, sim está no mesmo problema de "sua versão masculina", em fazer rir por bizarrices e escatologias, e não por algum conteúdo. Isso na minha visão até falei pra um amigo outro dia é o famoso forçamento de sorrisos e risadas, que muitas vezes você até irá rir mais da risada hilária de alguém da sala de cinema que do próprio filme em questão.

Não acho que seja um filme ruim, nem mal dirigido, mas não empolga. As cenas doces que poderiam dar um gás talvez e jogá-lo completamente numa comédia romântica, também aparece e morre com a mesma facilidade que tenta fazer rir. Colocaria uma classificação para o longa da seguinte maneira, bom para ver e rir sob moderação de momentos, que é o que acontece, você ri, descansa a face 30 minutos, ri mais um pouco, mais 30 minutos descansando, e finalmente dá uma risada, dá um suspirinho de romance e acaba.

Das atuações, com certeza as melhores cenas estão na loja de vestidos, lá vemos uma boa interpretação de Kristen Wiig que mostra realmente como é sentir calafrios de cólica intestinal e tentar não demonstrar, do resto o que temos em algumas cenas é ficar com raiva de alguns diálogos que no começo eu gostaria de matar qualquer uma das atrizes.

As trilhas sonoras agradam, mas não conseguem salvar o longa para que empolgue, e o casamento final, que produção de casamento, qualquer noiva adoraria um casamento hightech como o organizado pela madrinha, ponto positivo pra equipe de arte para as três cenas: noivado, chá de cozinha(ou de panela como eles citam no longa) e casamento.

Enfim, não me agradou, e como todos sabem comédias românticas eu adoro fácil, então não recomendo. è uma ótima história, que acredito que faltou pitadas humorísticas, não sei se de atrizes mais fortes(talvez uma Tina Fey ou até porque não uma Cameron Diaz) para focar na comédia ou quem sabe, jogar tudo pra cima e fazer logo algo do naipe de "Um Parto de Viagem" versão feminina, escrachando tudo que daí sim faria rir horrores. Portanto, se você quiser ver, vá como eu numa sessão econômica para não reclamar que gastou dinheiro a toa. É isso, fico por aqui e amanhã tem mais. Abraços.


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Premonição 5 em 3D

Algumas continuações estragam com o passar do tempo, e foi acontecendo isso com a 3ª e "4ª parte do que era algo interessante no original "Premonição" e foi bem aproveitado no 2°. Como o 3° e o 4° haviam destruído a franquia, fui ao cinema ver "Premonição 5", com pelo menos os 2 pés atrás e venho hoje aqui falar que o primeiro longa de Steven Quale é sem dúvida alguma o melhor da franquia, revivendo ou melhor rematando com classe e devolvendo uma história para o longa sem deixar apenas mortes jogadas a esmo.

A história dessa vez mostra que a Morte está mais onipresente do que nunca e é desencadeada quando a premonição de um homem salva um grupo de trabalhadores de um terrível acidente em uma ponte pênsil. Mas este grupo de almas fora de suspeita nunca deveria ter sobrevivido e agora, em uma apavorante corrida contra o tempo, eles tentam desesperadamente descobrir uma maneira de escapar da agenda macabra da Morte.

Como já falei no início, acho que era isso que a franquia precisava, um diretor "inexperiente" em filmes de ficção, claro como diretor, porque ele é o diretor de segunda unidade de nada menos que "Avatar" e "Titanic", ou seja conhece o meio muito bem. Steven Quale conseguiu não apenas fazer o que vinha acontecendo nos anteriores, de mortes banais que aconteciam apenas por acontecer, e claro manter a fidelidade da história original, que são mortes em sequência. Não sou de ficar falando tanto de diretor, mas confesso quero ele pros próximos filmes da franquia. É de tirar o chapéu pro que ele fez com o roteiro de Eric Heisserer(novo no meio cinematográfico) e com os personagens escritos por Jeffrey Reddick(que já passou por todos os filmes da franquia "Premonição" e outros filmes de terror).

Da parte de atuação, como falei o diretor soube extrair um bom tanto dos atores, que falam até algumas coisas nada a ver, mas conseguem atuar, não morrem apenas. Não é algo digno de uma indicação oscarizável para nenhum deles, mas quase todos desconhecidos, porém parecidos com alguns atores tradicionais, conseguem transmitir uma segurança pro filme. E claro, Tony Todd está de volta mais sinistro do que nunca visto em todas as suas atuações na franquia.

Da parte técnica, todas as mortes são violentas, claro inverossímeis, mas esse é o charme do longa, não poderia ser morreu de infarte, morreu atropelado normalzinho, tem de ser forte e violento. E nessa quinta etapa, o diretor(olha eu aqui de novo falando do rapaz) consegue nos enganar a todo momento nos fazendo achar que a pessoa vai  morrer de um modo(o trailer nos engana completamente) e matando a pessoa de outra forma. E da parte de efeitos, como o senhor Steven Quale foi o supervisor responsável também por essa área em "Avatar" não teria como dar errado, vemos cenas muito bem feitas e com o máximo de violência mostrada de uma boa forma(quem viu o famoso "Faces da Morte" fica com invejinha completa depois de ver "Premonição 5").

Quanto do 3D, se no 4° foi a única coisa que prestou, aqui no 5° veio pra detonar, não são todas as cenas claro, isso já é evidente e nem vamos esperar outro "Avatar" da vida tão cedo, mas onde é usado detona e nos lava literalmente com sangue. E para vibrar mais ainda ao final temos as mortes de todos os anteriores convertidas para 3D ou seja muito sangue, tripas e afins voando pela tela. Altamente recomendável ver usando os famosos óculos pretos, vale o ingresso mais caro, e pelo que vi na maioria das cidades brasileiras nem veio cópia em 2D.

Sem colocar spoilers, apenas digo um final digno da série "Jogos Mortais"(se você não sabe, é meu filme preferido e não vou mudar de opinião nunca) que faz a melhor ligação possível para um filme e o Coelho aqui voltou a soltar a famosa frase: "Adoro esse filme" devido à toda cena final que ocorre. Se o 3D já tinha valido o ingresso, com essa cena fechou com chave de ouro.

Enfim, me empolguei por demais com o longa, só não terá a nota máxima pelas derrapadinhas nos diálogos, e talvez a falta de empolgação que vai derrapando ao delongar do filme, o começo é show e o final também, o miolo não é dos melhores, mas não estraga nada na minha opinião. Recomendo sim, claro que se você não gosta de mortes violentas fuja, mas se gosta de um terror bem feito, com muita violência e com muito sangue esse é o seu filme. Fico por aqui, não estarei presente no fim de semana, mas volto segunda com mais filmes. É isso galera, abraços e até mais.


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Diário de um Banana 2: Rodrick é o Cara


Quando vi que estrearia esse filme aqui, confesso que exitei bastante em ir, quase foi o 2° que elimino esse ano(apenas Justin Bieber até agora teve esse lamento) mas falei hoje é mais barato então vamos ver qual é a dele. E olha agora ao chegar de "Diário de Um Banana 2: Rodrick é o Cara", garanto que achei bem melhor que o 1° e vi que toda a criançada presente na sala(Coelho quase ficou maluco com tantos) saiu feliz e animada com o que viram(claro querendo imitar os protagonistas) e riram em demasia na sala, quase a todo momento(Coelho é um homem sério e riu pouco, mas sorriu muito).

Na continuação de O Diário de Um Banana, o longa-metragem O Diário de Um Banana 2: Rodrick é o cara mostra que Greg Haffley e seus amigos continuam se metendo em confusão. Só que dessa vez Rodrick, o irmão mais velho de Greg, é quem resolve torturar a molecada. Greg precisa manter em segredo, principalmente longe dos ouvidos do irmão, uma confusão criada por ele. E a tarefa não será nada fácil uma vez que está tudo registrado em um diário.

Diferentemente do primeiro, que temos muito mais apresentações e narrações, no segundo(não é necessário assistir o primeiro para conferir este), temos um pouco mais de agilidade na história e claro colocando os desenhos do diário, que são o filão do livro que vendeu tanto e na versão cinematográfica não poderia ficar de fora agrada bastante a história. Claro, não é um filme que vai exigir que você pense em algo, ou que abstraia algo, o longa foi feito para crianças e isso é fato, acredito que logo aparecerá nas férias do SBT(não tem pinta de Global).

Os atores atuam bem, claro tirando o pai(Steve Zahn) que jesus, soltou meia duzia de falas e não mostrou o porque está no longa. O único pesar é ver pra variar dublado, e mal dublado. Ok é um filme para crianças, mas a dublagem precisa ser infantil também? Em vários momentos me senti vendo "Barney e seus amigos".

Mas tirando isso que reclamei e as várias cenas toscas que tem o longa, é um filme agradável, que passa uma verdade ocorrida com a maioria dos irmãos(tanto mais novos quanto mais velhos) e que atinge o público alvo, as crianças. Então é feito na medida para as férias como falei. Os desenhos animados inseridos em vários momentos é algo muito legal de ver.

Não tenho muito mais a falar sobre ele, é isso, recomendo se você tem alguma criança em casa da faixa de 8-14 anos pode levar que com certeza ela sairá bem feliz da sala e irá rir bastante com o que verá (principalmente meninos, pois o foco do longa é em dois irmãos), e os pais até sairão alegres, tirando esses recomendáveis, não vá pois vai acontecer igual alguns soltos da sala que saíram durante a exibição. Fico por aqui, e até mais pessoal. Abraços.


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Melancolia

Como sempre falo filmes feitos para festivais são incógnitas, e o Coelho aqui já vai ver com 4 pés atrás. Mas por incrível que pareça "Melancolia" é um filme bacana e que nos faz pensar como agiríamos em tais situações. O diretor Lars Von Trier como todos sabem é um maluco, e no seu novo filme nos faz ver 3 tipos de pessoas e como é o seu comportamento diante de uma situação iminente.

A história do filme mostra que enquanto Justine e Michael estão celebrando seu casamento em uma festa suntuosa na casa de sua irmã e seu cunhado, o planeta, Melancolia, está se dirigindo em direção à Terra.

Sim a sinopse é essa curtíssima, porque se falar muito entrega tudo que o diretor quis colocar com minúcias em cada ponto e principalmente nas características de cada personagem. Literalmente o filme é uma aula de características de personagens. Temos a irmã que se acha a autoconfiante e não liga para nada(um show de Kisten Dunst, só não vale a pena a cena nua que é esquelética demais pro meu gosto), a irmã neurótica e preocupada que deseja informações mas se desespera com qualquer coisa(bela atuação também de Charlotte Gainsbourg) e o marido rico, todo conhecedor da ciência e que na hora H, mostra toda a frouxidão(Kiefer Sutherland numa atuação razoável, mas interessante). Os demais coadjuvantes seria exagerado citar um a um, mas durante a festa de casamento que é quando observamos todos, vemos várias características comuns de se ver em casamentos.

Ao iniciar o longa, confesso a abertura de quase 10 minutos me assustou, já estava achando que seria outro "Árvore da Vida", e se permanecesse pela primeira vez em vários anos eu iria abandonar a sala. Mas ao acabar a abertura, temos todo o desenrolar da festa de casamento com planos estranhos(não seria novidade falar isso né, afinal estamos falando de Lars Von Trier) e que teoricamente sendo uma apresentação da personagem de Kirsten até um pouco longa demais, mas muito bem mostrada como é a personalidade da moça. Ao entrar no desenrolar da trama, que no filme ele até mostrou capitulando como Parte 2, já temos a iminência do planeta chegando e mostra mais a vida da personagem de Charlotte e com isso tudo que pode ocorrer ocorre.

O mais interessante, claro além de fotografias belíssimas que foram colocadas, é a forma que já falei de sairmos da sala de cinema pensando, como agiríamos se soubéssemos que o planeta vai acabar dentro de algumas horas? Que reações teríamos? Como gostaríamos de estar ao acontecer? Eu respondo que sinceramente não sei, estaria mais próximo do personagem de Charlotte que da de Kirsten, e muito mais longe ainda que de Kiefer(num sou corajoso, mas num sou tão frouxo que nem ele).

Aliado a uma boa orquestra sempre pontuando nas cenas, chega a incomodar a música em alguns momentos, assim como o silêncio exagerado em outros, mas faz parte do contexto do filme e o diretor sabe bem o que fazer com o filme, bem como terminar o filme(um dos finais de apocalipse que mais gostei, na cena final nem olhei para trás para ver se tinha alguém, mas fiquei falando bem baixinho acaba acaba e acabou para minha felicidade).

O único pesar, que acho um pouco do filme é o ritmo dele, que as vezes vai rápido demais e outrora vai numa velocidade que chega a dar sono. Mas como isso está presente sempre em todos os filmes do diretor, como já é o terceiro dele que vejo, já estou me acostumando com isso.

Enfim, o filme não é o comercialzão que estamos acostumados a ver, mas também não fica naquele intelectual que você sairá do cinema xingando por não ter entendido nada, tudo está bem claro e de forma gostosa para refletir. Eu recomendo o longa para todos aqueles que quiserem ver e pensar qual seria o seu personagem ali. Vejam e comentem abaixo. Fico por aqui, e amanhã tem mais. Abraços.


sábado, 17 de setembro de 2011

Balada do Amor e do Ódio

Filmes criados apenas para festivais, sem tino comercial costumo ir ver com temor, pois já estou calejado de ver coisas que não me agradaram. Ao chegar no cinema e ver que haviam colocado um filme da sessão Cinecult na melhor sala do complexo, já pensei o que está acontecendo aqui hoje? E agora ao vir escrever sobre ele tiro a conclusão de dizer muito obrigado pelo presente para Ribeirão Preto pessoal do Cinecult (http://twitter.com/cinecult) pois o filme "Balada do Amor e do Ódio" é uma obra rara como poucas vista nos cinemas.

Durante a Guerra Civil espanhola, o Palhaço Branco, recrutado a força pela milícia destrói a foiçadas os soldados do Exercito Nacional sempre vestido de palhaço. Muitos anos depois, Xavier, o filho do palhaço vai trabalhar como o Palhaço Triste num circo onde encontra figuras das mais extraordinárias. Ali ele encontra Sergio, outro palhaço. É o início da historia dos dois na luta pelo amor da mais bonita e sedutora mulher do circo.

A história embora você esteja lendo e falando nossa parece que vi isso esses dias mesmo, sim você viu algo hollywoodiano chamado "Água Para Elefantes" que faltou tudo, amor, drama e ficou sendo mediano. Aqui no parente próximo franco-espanhol temos praticamente a mesma história, claro envolvendo algo mais forte que é a loucura, a vingança e o ódio só que embasado praticamente nos mesmos moldes: a briga de dois homens por uma mulher. E com essa essência, o filme retrata um circo decadente e o que uma fagulha de ódio pode causar num homem que ama.

A forma de condução da história chega a ser fortíssima devido as cenas escolhidas pelo diretor Alex de La Iglesia, não que isso seja ruim, muito pelo contrário, ele conseguiu que em hipótese alguma o filme ficasse superficial, sendo uma marcação nua(literalmente) e crua na pele do protagonista ou porque não dizer dos protagonistas. As descaracterizações finais dos personagens, ao beirarem a loucura e chegarem aos semblantes que estão no pôster é genial, em momento algum de um filme eu imaginaria como chegariam a esse ponto. Confesso que ao começar o longa estranhei por demais, pensando nossa é um filme de guerra que vim assistir, mas o delinear que segue me fez viajar pela história depois.

A fotografia escolhida pelo diretor também mostra que não é necessário criar um picadeiro magnífico para mostrar um circo e escolhendo ficar com os bastidores, aí sim pode demonstrar a essência dos personagens e tirar o máximo de todos os atores que fazem o círculo principal da narrativa. Com figurinos não evoluídos, podemos apenas nos prender na maquiagem dos personagens e na atuação clara e bem presa ao roteiro.

Como já falei em vários parágrafos acima, os atores conseguiram passar a essência e principalmente sem colocar spoiler, mas o plano final mostra exatamente tudo(infelizmente nossos amigos do Cinemark cortaram os créditos finais), mas o fechamento da cena me fez ir embora feliz por demais. Carlos Areces soube mostrar desde um singelo palhaço triste até um assassino violento(o que faz todo o link com o que fala para o personagem de Antonio de la Torre numa das cenas iniciais). Ok, vou parar de falar senão vou entupir o texto de spoilers.

Para que eu não fale muito mais, apenas vou colocar isso: Assistam esse filme que beira toda uma beleza tanto na questão mais singela do amor, até a sobriedade profunda do rancor e do ódio violento. O ganhador do Leão de Prata do Festival de Veneza 2010, deu o ar da graça aqui no Brasil no RioFan 2011, Festival esse que o filme que produzi("Caolha, O Tentáculo da Vingança") teve a honra de participar e agora está em cartaz aqui no interior. Simplesmente sensacional, recomendo com certeza e só não foi melhor devido a legenda extremamente fina(infelizmente meu espanhol é péssimo, então precisei ler praticamente tudo), mas tirando isso é um espetáculo de ser visto. Encerro por aqui, hoje e até mais. Abraços.


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Manda-Chuva: O Filme em 3D

Alguns desenhos que vi na minha infância começam a surgir no formato de filmes, alguns em live-action outros apenas em desenhos mais longos, "Manda-Chuva: O Filme" é um exemplo da segunda forma, temos apresentado uma adaptação(razoavelmente fiel) do original da Hanna-Barbera da década de 60 e reprisado algumas vezes depois. O pessoal do México e da Argentina que produziram o longa tentaram, mas não conseguirão o sucesso do original.

O filme mostra que a vida de Manda-Chuva é abalada por uma nova onda de crimes em Nova York. Quem comanda este cenário é um vilão poderoso, que usa recursos tecnológicos para dominar a cidade. O Guarda Belo anda preocupado porque seu chefe está insatisfeito com sua atuação e pede providências urgentes. Manda-Chuva e sua turma estão prontos a ajudar e, claro, também a atrapalhar no meio disso tudo.

A história diferentemente do que ocorreu com "Os Smurfs" e "Zé Colméia" não tentaram aproximar da época atual e sim continuou preso ao original, não que isso seja ruim, muito pelo contrário seria excelente, mas episódios que eram de 30 minutos no máximo e continham histórias curtas mas divertidas(até um pouco emo, com personagens pobres e tristes para a época) ao ser alongado para 87 minutos, perdeu um pouco a magia e em vários momentos o foco desaparece do protagonista e fica quase focado no antagonista, o que deve fazer com que crianças acabem não gostando muito do desenho. E por consequência os pais também não vão agradar muito também.

O traço também está muito semelhante, ficando bem interessante de se ver, ponto positivo do filme na minha opinião são as cenas da cadeia para cães, que teve a excelente sacada das semelhanças, não vou falar spoilers senão estraga a graça da cena, mas ela salvou um pouco o filme de ser um fiasco na minha opinião.

Quanto do 3D, temos boas profundidades para um desenho teoricamente desenhado à mão, a computação fez milagres com o filme, não temos muita coisa saltando, mas o que vemos são boas cenas que fazem "quase" o beco dos nossos amigos se tornar algo praticável e existente. Mas como o filme não é bom, será um gasto além pagar para ver apenas o 3D.

A trilha original americana foi mantida pelos produtores, e graças aos mestres do cinema não dublaram(Aleluia!), mas acho que faltou um pouco mais de músicas durante a duração integral do longa, é tocada a canção 2 vezes e mais nada. Desenho tem  de ter animação, senão perde um pouco o sentido de ser chamado desenho animado ou animação apenas não é?

Em resumo, não me agradou, fica apenas como um desenho mediano e bem feito, não diverte e tenho quase certeza de que não agradará nem famílias nem aqueles que forem ver para relembrar o original, há e na dublagem faltou claro a voz de Lima Duarte que fazia no original. Não vou recomendar, pois seria hipocrisia da minha parte, apenas aluguem quando sair em DVD para que seus filhos vejam alguns gatinhos pobres. É isso, fico por aqui hoje, mas essa semana teremos bastante atualizações aqui. Aguardem!!! Abraços pessoal e até amanhã.


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Cowboys & Aliens

Alguns filmes nos comovem pela história, outros pela grandeza da produção, "Cowboys e Aliens" é um bom exemplo dessa segunda modalidade. Com uma mistura enorme de gêneros (sci-fi, western, aventura, suspense e até pitadas de comédia) geram o que chamamos de mashup. E toda essa junção conseguiu fazer algo que me agradou bastante.

Em 1873, um estranho, sem memória do seu passado, acorda na estranha cidade de Absolution com uma misteriosa pulseira em seu braço. Logo, ele descobre que não é bem-vindo e nenhum habitante faz algo sem a ordem do coronel Dolarhyde. No entanto, quando a cidade é invadida por alienígenas, o estranho que eles rejeitaram torna-se a única esperança de salvação. Com a ajuda da viajante Ella, ele reúne um bando formado por seus ex-adversários(Dolarhyde e seus homens), guerreiros Apache, entre outros moradores da cidade para combater os perigosos invasores.

A história embora seja uma mistureira com uma gama imensa de clichés do cinema, consegue empolga e emocionar e com isso deixa o filme cativante e não perde o ritmo em praticamente nenhum momento. Vai só empolgando a cada cena um pouco mais. Nem vou incrementar a grande experiência que pude ter de assistir ele numa sala IMAX, que sem dúvida foi de uma grandeza inenarrável, ainda estou bobo até agora com o tamanho da tela e quero uma sala dessa em minha cidade(vai sonhando Fernando!!!).

Mas voltando ao filme, temos uma fotografia bem feita, muito bem caprichada que não deixa nenhum filme western pra trás não, cenas bem tradicionais nos filmes do gênero, os efeitos estão bem colocados e estes poderiam com muita certeza destruir o longa, mas não seguem de forma bem colocada.

Como falei no início, a grandeza da produção é vista em detalhes, pois tudo é muito grandioso, as cenas abertas bem feitas mostram uma riqueza de cenografia abundante, que a equipe de arte soube escolher a dedo para que mesmo quando colocado algo futurista, não perdesse a pequenez de uma vila da época. Unido a isso as boas trilhas e sons colocados condizem com o filme, até dão um certo suspense em alguns momentos(característica completa de um bom sci-fi).

Os planos escolhidos pelo diretor na versão final ficaram bem encaixados, claro temos alguns exageros(vide a cena que Daniel Craig salta em uma das naves alienígenas), mas não destoam o longa, pois a intensão do filme é justamente essa loucura. E fazendo isso mesmo sendo absurdo as cenas ficam interessantes de se ver.

Quanto da atuação, nem temos como falar que sairia algo ruim, com um elenco de peso: Daniel Craig, Harison Ford e Olivia Wilde protagonizando e porque não falar detonando. E um elenco de apoio que não estraga uma cena se quer, vemos que todos estão muito bem dirigidos em cena e fazem tudo bem pontuado sem fazer expressões exageradas.

Confesso que já estava empolgado desde que vi o trailer, mas ao ler um pouco sobre o filme achava que poderia essa mistureira toda destruir um bom enredo e acabar não virando nada, mas graças ao bom cinema, temos um longa que vale a pena ser visto.

Em resumo, um bom filme, não é algo que você vá falar nossa que espetacular(claro a não ser que você faça assim como eu e vá ver numa sala IMAX, o qual recomendo com certeza que você faça isso pelo menos uma vez na vida, ou várias se puder), mas é agradável e recomendo com certeza pra todos. É isso, fico por aqui nessa semana de pouquíssimos filmes e até a próxima. Abraços.




sábado, 10 de setembro de 2011

Conan - O Bárbaro em 3D

Que nem diria uma tia minha, pode pegar o pano e ir limpar o chão após a sessão que está escorrendo sangue pela tela. Agora ao chegar em casa para escrever e ver que a censura é 16 anos me espantei, a quantidade de violência é altíssima, bem forte mesmo, mas isso deixa "Conan - O Bárbaro" mais fiel ainda as HQs de Robert Howard, se o que tanto os fãs de HQs reclamavam era de falta de fidelidade no cinema, aqui verão muita coisa em sintonia.

O maior e mais lendário bárbaro de todos os tempos está de volta. Prosperou e evoluiu para oito décadas consecutivas na imaginação do público em quadrinhos, jogos, tela grande e pequena - explorar Conan na Era Hiboriana será como nunca, seu mundo ganhou vida em um filme em 3D colossal, cheio de ação de aventura. A busca feroz do guerreiro cimério começa como uma vingança pessoal, mas logo se transforma em uma batalha épica contra seus rivais hukking, monstros, e situações impossíveis, Conan é a única opção para salvar as grandes nações da Hyboria de uma invasão Sobrenatural.

Quando na sinopse, que os cinemas estão fornecendo que coloquei acima, diz colossal pode ter certeza do que vai ver, enormes cenários(muitos computadorizados, claro!) onde você verá um dos filmes com maior fidelidade aos quadrinhos, diferentemente do que costumo fazer, que é ver primeiro o filme e depois ler algo sobre, dessa vez preferi ler a história de Conan no maravilhoso livro "Os Quadrinhos No Cinema" e isso me deixou com uma visão que a cada cena que via sendo mostrada na telona eu captava com algo na minha mente do que já tinha lido. Não que isso vá influenciar na história é algo completamente assistível e que assim como qualquer outro épico existem palavras, pessoas e lugares com nomes estranhos que você até se confunde um pouco tentando fazer alguma ligação e minha recomendação é: não faça isso, se desligue e embarque na aventura.

Como já falei em termos de cenografia, o longa é grandiosíssimo, com muitos cavalos, figurantes, armas e vestimentas do mundo que Howard criou, a era Hiboriana(uma grande recomendação preste bastante atenção na introdução do filme que é explicado muita coisa que será necessário durante todos demais minutos dele). A fotografia do longa só achei um pouco corrida demasiada na edição, então a mistura de planos vindo de diversos ângulos nas batalhas, principalmente as iniciais nos deixa sem saber quem está ganhando ou quem é "bonzinho".

Do ponto de vista de atuação, não achei ruim como se ouvia o povo dizer, mas também não achei nada glorioso. Jason Momoa com sua cara meio desfigurada de cicatrizes faz boas cenas de batalha, mas quando está falando soa um pouco estranho. Rose McGowan com seu belo penteado(estou irônico ok) está bacana, mas parece mal dirigida e em certos momentos de cena não sabe nem onde se posicionar (grosseiramente visto em cena, isso é triste). Rachel Nichols está linda, mas não mostra a que veio, fora que grita tanto nas cenas finais que se eu sou o Conan ao invés de tentar salvá-la metia a espada na garganta dela logo para parar de berrar. Stephen Lang é bom,  mas o papel só pede que lute com espadas e mais nada, então ele lutou.

Quanto do 3D que é a pergunta custodial de sempre, como sabemos foi convertido, não está porcamente feito como vimos em "Fúria de Titãs", mas também não é nada glorioso. Temos alguma profundidade em pouquíssimos momentos e uma ou duas cenas com algo saindo de tela, mas que nem chega a fazer diferença. Ou seja, como sempre se tiver passando em salas normais, economize.

Em resumo, é um longa interessante de se ver, claro elimine tudo que tenha visto dos longas da década de 80 com Arnold Schwarzenegger, pois não tem nada a ver com ele. É altamente violento, então se você não gosta de ver cenas fortes de cabeças rolando e sendo esmagadas não veja. Extremamente barulhento de espadas, correntes e todo tipo de som batendo bem alto(vi na primeira sessão da pré-estréia, portanto devem baixar o volume naturalmente), mas vai incomodar muita gente que sei. Porém com todos esses defeitinhos, vale o ingresso sim e eu recomendo, sinceramente não sei porque foi tão mal de bilheteria lá fora, acho que a alta violência afastou o público, veremos como será por aqui. É isso, fico por aqui hoje e essa semana teremos apenas mais um por aqui, então nos vemos em breve. Abraços pessoal.




segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A Árvore da Vida

Tem certos filmes que são feitos apenas para festival, e não devem ser lançados comercialmente, pois o público vai pagar por algo que não deve ser pago. Este é o caso de "A Árvore da Vida", novo filme de Terrence Malick. Que o diretor é um cineasta espetacular isso sem dúvida, é um longa captado em 3 anos e com imagens lindíssimas e.... só. O longa não possui história nenhuma, um pouco de conflito familiar e mais um milhão de imagens que fazem você pensar em algo, mas e a ligação de tudo cadê?

Hoje a sinopse vai ser o que achei na net, pois pra mim não teve história o longa. A trama aproxima o foco na relação entre pai e filho de uma família comum, e expande a ótica desta rica relação, ao longo dos séculos, desde o Big Bang até o fim dos tempos, em uma viagem pela história da vida e seus mistérios, que culmina na busca pelo amor altruísta e o perdão.

Ler isso é lindo demais, e até ajuda um pouco no entendimento das imagens, passando pela discussão que tive com meu amigo Cardoso, logo após a sessão. As imagens ficam claro isso essa ligação de início e começo da vida, mas de forma tão, mas tão experimental, que fica tão vago, que ao final metade da sala riu, e se via que era uma risada irônica de acabou assim, aff. A expressão da maioria das pessoas era de desentendimento e raiva por não ter entendido nada. Dai eu faço o seguinte questionamento: Somos tão burros assim, ou o diretor Terrence Malick é inteligente demais que nunca chegaremos ao seu nível para entender o longa?

Prefiro não opinar sobre o que penso, ou melhor vou opinar sim. Na minha concepção, como falei no primeiro parágrafo e juntando com o que falei e ouvi no debate sobre "Estamos Juntos", o filme é feito apenas para o umbigo do diretor e mais nada, isso não é cinema na minha opinião. Me dá um tremendo pesar quando vejo todo o dinheiro gasto para um filme sem propósito algum e pior que críticos renomados estão falando imensamente bem. Vocês vão falar, lá vem o Coelho novamente brigar com os críticos, e vou mesmo, não vou me conformar nunca de ter brigado meses a finco com distribuidora, por não terem trazido na estréia, com cinemas por não colocar na programação e ter que ao chegar aqui, ver isso.

Vamos falar de algo bom do filme, apenas 3 pontos: fotografia impecável e maravilhosa; direção de arte minuciosa e riquíssima; e maquiagem muito bem feita que fez ao iniciar eu falar: "Nossa, como o Brad Pitt está acabado".

Quanto da atuação, nos momentos que aparecem, é bom frisar isso, porque quase 75% do longa são imagens aleatórias. Brad Pitt está rude que faz com que fiquemos com ódio e falando "Ainda bem que meu pai não foi assim!", Jessica Chastain faz boas expressões e, narra bem nos momentos que ouvimos sua voz; e Sean Penn........... muitos pontinhos pois cadê ele no filme?

Bom isso tudo passado em quase 2 horas de projeção, se você tiver estomago e quiser ver a versão de 6 horas que o diretor prometeu no blu-ray boa sorte pra você, eu com apenas 2 já quase dormi e fiquei sem entender nada, com 6 capaz de quebrar minha TV. Encerro a semana bravo demais e espero sexta para que venha uma boa salvação para meus olhos. É isso pessoal, até sexta, abraços.

PS: A nota está composta por 2 coelhos para a boa fotografia e 1 coelho para direção de arte e maquiagem, o resto nem que dessem muita cenoura para o Coelho melhoraria algo.




domingo, 4 de setembro de 2011

Apollo 18

Como já falei muitas vezes aqui, adoro ser surpreendido por filmes que pelo trailer eu não dou nem um centavo do ingresso, e ao assistir chego em casa na maior empolgação para escrever sobre ele. "Apollo 18" é mais um exemplo claro disso, um filme com baixíssimo orçamento que assim como "Atividade Paranormal" usa dos mesmos recursos, de "parecer" algo feito em casa, a partir de filmagens não autorizadas e mostrar algo que tenha ocorrido e só porque as câmeras estavam filmando acidentalmente estamos mostrando. Ótima premissa escolhida.

O filme nos mostra que oficialmente, a Apollo 17, lançada em 17 de dezembro de 1972, foi a última missão à Lua divulgada. Mas, um ano depois, dois astronautas americanos foram enviados para lá em uma missão secreta, financiada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O que você está prestes a ver são imagens reais que eles fizeram durante a missão Apollo 18. Enquanto a NASA nega a sua autenticidade, outros acreditam que essa foi a verdadeira razão para o Homem nunca ter voltado à Lua.

O melhor desse longa que mesmo você já indo ao cinema com toda essa ladainha, agora não caímos mais em ser algo "real", mas mesmo assim o suspense colocado fica de uma forma tão natural que agrada, mesmo as imagens que estamos vendo estarem inteiramente corrompidas, sujas, com defeitos(claro quiseram tentar mostrar como algo recuperado), ai talvez esteja um pequeno furo de roteiro, ou não, mas não vou lotar de spoiler, pois esse filme quero opiniões diversas do pessoal.

Quanto da fotografia, como falei acima a imagem está degradada e cheia de defeitos "propositais", para manter o estilo que o longa pedia, e com isso, fora que um longa inteiro filmado em estúdio não temos paisagens para ver e isso é o interessante dele, nos deixa com claustrofobia em alguns momentos e tão apreensivos com o que está acontecendo que com certos "sustos" você realmente pula e vê que todos na sala de cinema(lotado por sinal, não esperava ver isso nesse filme) também se assustaram.

Da atuação, mesmo os atores se passando por oficiais normais, se vê um bom trabalho feito e mesmo não sendo tão conhecidos, passam bem pelo perigo e desespero de estarem sendo "vítimas" de alguma armação do governo americano.

Em suma, antes que eu acabe revelando coisas demais do filme, um ótimo suspense, bem feito, e assim como falei uma boa comparação com os "Atividade Paranormal", se você curte o estilo é bem possível que saia vibrando do cinema, caso contrário se não gostou do estilo nem vá ver que sairá decepcionado. Eu como sou um fã do gênero, fiquei muito feliz com o que vi, me assustei e recomendo. Por hoje é só, e amanhã tem mais por aqui. Abraços pessoal.


Larry Crowne - O Amor Está de Volta

Adoro subtítulos que podem nos fazer esperar algo e não trazem 100% do que prometem. É bem assim o filme "Larry Crowne - O Amor Está de Volta", onde quem realmente está de volta é apenas Tom Hanks, querendo ser Deus agora, assumindo roteiro, direção, produção e atuação principal, só faltou atacar de maquinista e daí poderia sim aumentar o letreiro um filme de Tom Hanks para um filme 100% de Tom Hanks.

A história mostra que antes de ser demitido, o amável Larry Crowne era um líder de equipe desde o seu tempo na Marinha. Agora sem saber o que fazer com seu tempo livre, Larry volta para a sala de aula, na faculdade, para começar uma nova vida. Em uma das turmas, se apaixona subitamente por sua professora Mercedes Tainot, que já perdeu sua paixão por ensinar e pelo seu marido. E com esta aula, este cara simples aprenderá uma lição inesperada.

Fui assistir na pré-estréia esse filme por um único motivo, estava esperando que fosse ao estilo de "O Terminal", um filme simples, em que a boa atuação de Hanks consegue dar uma lição surpreendente ao final, e infelizmente não foi bem isso o que vi, o filme é simples apesar de ser várias locações está tudo dentro do comum, sem exageros de uma super-produção(claro tirando a tonelada de scooters que aparece em cena).

O mais belo do filme é a passagem de simplicidade de atuação que tanto os protagonistas como o elenco de apoio consegue passar e com isso até deixar uma pequena mensagem de moral: "Quando você pensa que tudo o que vale a pena já passou pela sua vida, descobrirá que sempre vai existir uma nova razão para viver". Tanto Hanks quanto Julia Roberts mostram um carisma em cena que nem parecem ser os grandes figurões de Hollywood.

Mas eu faço a pergunta ficar 100% na simplicidade é bom? Depende, assim como Larry ao se apresentar para a turma dando uma receita de rabanadas diz que está esquecendo algo, pra mim Hanks também esqueceu algo ao fazer o roteiro, por algo mais, algum ponto de virada ou até mesmo um ápice, confesso que se tivesse na faculdade ainda e estivesse tendo prova de roteiro, iria ficar confuso ao dizer onde a história muda, é muito, extremamente linear, do começo ao final o mesmo tempero insosso. E olha que preferi nem falar da parte cômica, porque vocês já devem induzir que ficará apenas em míseras cenas onde você esboçará um pequeno sorriso ao invés de rir mesmo.

Porém, é o que estava discutindo com alguns amigos na sexta-feira, existem filmes que mesmo sendo fracos irão atrair público devido aos atores, e este por mais simples que seja, tem dois dos atores mais amados no cinema, ou seja público garantido. E se o amor está de volta como diz o pôster, posso dizer Hanks volta mostrando o que sabe fazer bem atuar, show de expressão(longe de um náufrago, mas ainda assim faz bem suas interpretações). Quem sabe fazendo num próximo apenas atuando saia melhor.

Enfim, mais um filme mediano presse fim de semana, setembro começou difícil de agradar esse Coelho aqui viu, recomendo esperar sair na locadora e economizar com o cinema, ao invés de assisti-lo. Amanhã tem mais por aqui, espero que seja melhor pelo menos. Até mais pessoal, abraços.





sábado, 3 de setembro de 2011

O Retrato de Dorian Gray

Como um filme com uma história clássica pode fracassar de bilheterias, nem chegar a ser praticamente lançado no Brasil(foi lançado em pouquíssimas salas em Março/2011), e após quase 2 anos de seu lançamento lá fora aparecer rodando sua cópia pelo Cinecult? Hoje vou tentar explicar isso utilizando "O Retrato de Dorian Gray" como exemplo.

Na clássica história de Oscar Wilde temos Dorian é um belo jovem privilegiado que deseja que sua imagem em uma pintura envelheça em seu lugar. O que ele considerava uma vantagem, torna-se uma maldição e, quanto mais velho e corrupto Dorian fica, o retrato guardado no porão se torna um monstro.

Na minha concepção, o grande problema do filme é que sendo um suspense, temos a idéia clássica de um filme lento correto, mas no filme em questão chega a ser exagerado a forma de condução das idéias, não que isso tenha deixado ele cansativo, muito pelo contrário é passado toda a história de forma linear clássica com um belo brilho, claro isso para pessoas que gostem de filme assim, a maioria do público cansa ao ver que não tem ápices, tais pessoas essas que ou nem vão ver um filme desse estilo ou vão e acabam saindo na metade.

Quanto ao trabalho de arte, impecável retrato de época bem feito, tudo toma forma bela e clara numa Londres sombria, só acho que faltou um pouco de névoa mas tudo bem, mas em questões de figurino e cenários um belo visual na tela.

A profanação da promiscuidade é gigantesca, mas é o que dá um pouco de velocidade ao longo e não o deixa tão tedioso. Porém pra uma classificação 12 anos, se for acompanhado de seu filho, se prepare para um bombardeio de perguntas depois, portanto não é recomendável mesmo para crianças.

Quanto da atuação, é artisticamente bem feita, tanto Ben Barnes quanto o premiado Colin Firth estão simplesmente impecáveis em cena, Colin consegue fazer um canastrão tão bem quanto fez um gago e prova mais uma vez que é um grande ator(claro invertendo as ordens, pois ele fez primeiro esse e depois o "Discurso do Rei").

Outro ponto que me deixou confuso, só que teria de colocar um spoiler, portanto caso não queira saber pule esse parágrafo, é o desfecho da história e a ligação com outro filme "A Liga Extraordinária", pois em ambos Dorian aparece e não fica claro em qual momento ele esteve presente. Confuso.

Em resumo, o problema do filme não é na história e sim na forma de condução da história, na minha opinião o longa poderia se resumir dos 112 minutos para uns 90 com muita facilidade e acredito que teria muito mais presença nas telas e teria sido muito melhor de bilheteria. Bom é isso, não achei ele ruim, é muito bem feito e é bem interessante de se ver, porém não será todos que irão gostar. Enfim recomendo com muitas ressalvas, veja e opine aqui no blog. Fico por aqui, mas de madrugada tem mais. Abraços.


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Deu a Louca na Chapeuzinho 2 em 3D

Diversão??? Fui buscando isso que escolhi hoje ir ver "Deu a Louca na Chapeuzinho 2", e é possível ter, mas bem pouco. Comparado ao primeiro faltou muita coisa, no primeiro ria a todo momento, nesse temos mais aventura, porém a história achei um pouco fraca.

Na história, dessa vez nossa heroína está treinando com uma organização secreta quando é chamada para ajudar a Agência de Espionagem Feliz Para Sempre a descobrir o paradeiro de João e Maria que desapareceram misteriosamente. A grande confusão começa quando Chapeuzinho percebe que terá que se unir ao sem noção do Lobo Mau, a corajosa Vovózinha e ao pilhado esquilo Ligeirinho para salvar as crianças.

Diferentemente do primeiro filme, que era bem bacana, com histórias ligadas e boas sacadas, nesse as piadas até ficaram bacanas(claro as sacadas da dublagem devem ter ajudado um bom grado) mas mesmo assim não salvam o longa de algo bem mediano com apenas um palavreado de várias gerações(incluso o "Pede pra sair" em vários momentos, e outros mais antigos). Até o bode cantor ficou meio tolo.

Outra coisa que desvalorizou o filme é que no primeiro o longa era tanto para crianças, quanto para adultos, nesse segundo ficou algo mais de ação para adultos, mas peraí é um desenho animado, então o que fazer para as crianças se divertir assistindo também além de cores alegres? Essa deveria ter sido a pergunta respondida, mas o pessoal não fez nada, o que vi no cinema foi a prova clássica disso, enquanto na maioria dos desenhos as crianças costumam ficar vidradas no filme sentadinhas, nesse não, o que se via(ou ouvia no meu caso que só olhei pro lado uma vez e voltei o foco para o longa) era as crianças brincando correndo entre as escadas do cinema ao invés de assistir, pois o que ouvi de uma garotinha que estava ao meu lado foi a frase: "Que filme chato!".

Agora nem tudo é ruim no longa, adoro quando dublagens são bem feitas, e aqui temos vários exemplos, tanto quando criam frases, que com certeza nenhum ator/atriz americano falariam com trejeitos, e a voz de Maria que é a melhor de todas(única coisa que me fez rir bastante, se não me engano é a mesma dubladora do Baby da Família Dinossauro). Outra coisa boa do filme são as artes e cenários, tanto que tem paisagens tão bem feitas que nem parecem um desenho. E só.

Quanto do 3D, pra variar economizem, o máximo que fez foi deixar os personagens mais humanos(com tridimensionalidade) que em certos momentos pareciam até serem modelados como um stop-motion, mas logo que outra cena sem 3D aparece já volta ao normal, ficou um pouco estranho isso. O que valeu do 3D foi mesmo as paisagens que dai deram um grande campo de visão, mas nada que afete ver numa cópia normal e economizar uns trocos.

Em resumo, vai ter aqueles que vão gostar claro, a animação é bem feita, porém achei desnecessária a continuação(e já contando o final, dando uma deixa para um terceiro) que poderia ter ficado lembrado como um ótimo filme para crianças que não se destruiu em continuações como vemos sempre acontecer. Pena. É isso pessoal, fico por aqui, mas amanhã tem mais. Abraços.