Qual Seu Número?

11/01/2011 12:27:00 AM |

Comédias românticas vem cada dia mais perdendo o público, devido a vários clichés que tem se tornado impregnantes em todos do gênero. Mas sempre dá para aproveitar algo em quase todos. A forma visual de "Qual Seu Número" achei bem interessante, e embora eu tenho rido de situações que a maioria da sala não riu, ele pode adentrar ao gênero. O caso principal que mais ando ficando preocupado novamente com o gênero é o fato de tudo acontecer de mero acaso, o que se contrapõe em boa dose a realidade.

O longa se inicia quando Ally lê um artigo numa revista, no qual alega-se que ´mulheres que já tiveram 20 ou mais parceiros na sua vida têm grande chance de ficarem solteiras para sempre´. Após contar os homens da sua vida, Ally começa a perder as esperanças de se casar. Prometendo a si mesma não ultrapassar a contagem atual, ela pede a ajuda a seu vizinho bonitão e torna-se obcecada por localizar seus ex-namorados para ver se ela deixou escapar o cara certo.

Um dos pontos interessantes da trama é o fechamento da tela para um quadrado menor sempre ao mostrar as situações inusitadas com a qual a protagonista vivenciou com seus ex-namorados, e é nesses momentos que vemos praticamente as situações mais cômicas do longa fazendo, pelo menos que eu soltasse algumas risadas, nada que fizesse eu gargalhar, mas diverte. Porém de romance mesmo temos algumas pitadas inseridas ao final e só, o que o deixa com um ar falso de interesse amoroso e com cenas inacreditáveis de acontecer em qualquer cidade do planeta, e nele temos a quase todo momento, fica mais inverossímil de acreditar ainda mais, ou seja 100% ficção cômico-romântica sem envolver qualquer criatura diferenciada além de seres humanos.

Da parte de atuação também surgiu um pequeno problema, o qual fazia tempo que não via, a de os coadjuvantes roubarem a cena da protagonista, e aqui Anna Faris se esforça para manter o foco nela, mas qualquer pessoa em cena chama mais atenção para si que a luz própria dela, então Chris Evans se destaca e até em alguns momentos Ari Graynor que tem poucas cenas em realce consegue chamar mais a atenção pra si. Não falo que a protagonista tenha sido ruim, mas os diálogos inseridos para a personagem e o próprio carisma da atriz não colaboraram para alavancar ela como "a protagonista".

Da parte artística e fotográfica nada muito além do que estamos acostumados a ver, tirando a forma dos quadrados menores que citei no início quando mostra o passado da protagonista. As trilhas sonoras escolhidas dão pelo menos uma velocidade interessante para o longa, deixando dinâmico com boas músicas conhecidas.

Falar que é um filme regular, seria exagerado da minha parte, pois me diverti com ele, porém o lance que me incomoda é de situações 100% falsas colocadas nesse gênero de filmes que não incrementam nada no filme, vou citar um pequeno spoiler para dar exemplo: O que leva Chris Evans, seu vizinho da frente, a sair na porta nu, apenas com um paninho toda vez que a protagonista abre a porta de seu apartamento, simplesmente não leva a nada isso e não acredito que ocorra em lugar algum numa civilização comum. Então pra que apelar a esse ponto, apenas para atrair mulheres ao cinema? Não tenho resposta pra minha pergunta.

Enfim, um longa que fará você rir em algumas cenas, com diálogos razoáveis, com uma idéia até interessante, mas não aproveitada do lance numérico, então não digo que recomendo ele, apenas falo que é agradável de assistir e perder algumas horas, mas melhor perdê-las quando sair na TV ou na locadora do que na própria sala de cinema. É isso, encerro por aqui hoje, mas amanhã tem mais. Abraços.


2 comentários:

Elias disse...

´mulheres que já tiveram 20 ou mais parceiros na sua vida têm grande chance de ficarem solteiras para sempre´ - Ally lê este artigo numa revista #NatalDoCoelho

Erika Ivy disse...

mulheres que já tiveram 20 ou mais parceiros na sua vida têm grande chance de ficarem solteiras para sempre - Ally lê este artigo numa revista #NatalDoCoelho

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