Reféns

11/15/2011 12:46:00 AM |

Filmes desse gênero de assaltos, já vamos assistir sabendo a premissa e o final, não vai mudar nunca desde que o cinema é conhecido como cinema, salvo raras aparições por ai, e não seria "Reféns" que iria mudar isso né. Pois bem, é um filme razoável, que por insistir tanto em acontecimentos anteriores, vai e volta tantas vezes que o filme de 91 minutos parece ter pelo menos umas 2 horas de duração por tanta coisa que acontece, e o pior quase 90% ocorrendo no mesmo ambiente.

O filme nos apresenta o casal Kyle e Sarah que vivem em uma elegante e segura casa com todos os confortos modernos. Sua única filha, Avery  é uma adolescente linda mas ainda muito rebelde. Tudo está bem até o momento em que a casa é invadida por criminosos e a família é feita refém. Agora todos os segredos da família deverão ser revelados na luta contra os invasores.

Quando vi o trailer e a sinopse em outro site, fiquei um pouco apreensivo por ver esse longa considerando que já passei por um caso semelhante à uns anos atrás com o medo de um trauma voltar, mas como é de minha missão pra esse ano ver tudo (ou praticamente tudo), fui conferir. A forma de execução de um sequestro ou assalto é praticamente a mesma em todos os filmes, algumas vezes mais fortemente mostradas, outras mais brandas. Nesse optaram menos pelo terror psicológico que é o mais comum em diversos casos e ficaram com os atos físicos, que particularmente não gosto muito de ver em filmes do gênero.

O diretor Joel Schumacher poderia ter usado um pouco melhor o orçamento de US$ 35 milhões em cenografia ou locações, pois o filme se passa quase o tempo todo dentro do escritório da casa, e detalhe é o cenário da casa com menos riqueza de detalhes, não possui um sofá, uma cadeira mais aparentada nada, parece que tudo sumiu do ambiente, só fica aparecendo os atores e o cofre somente. Alguns poucos momentos são saídas para um quarto com poucos elementos e uma cozinha onde se vê apenas uma taça e algumas facas, cadê a riqueza de cena? Ou se fosse o caso, incrementasse mais em planos detalhe, pois a todo momento temos planos abertos ou médios que revelam todo o ambiente vazio.

Já que iniciei culpando o diretor por esse pecado, claro já coloco aí a direção de arte que foi altamente econômica e esqueceu de fazer o seu trabalho. A fotografia escolhida com meia-luz até cria um pouco de tensão, mas com a edição maluca de idas e voltas a tensão é quebrada a todo momento com flashes de momentos que antecederam e o porque de cada coisa, então com isso também a função escolhida é morta.

No quesito atuação tenho dois detalhes a falar Nicolas Cage é amado pelos brasileiros, isso é um fato nato todos os filmes dele pode ser a maior porcaria que sempre haverá um bom público na sala, porém não acho que o papel coube nele, ele atua bem como sempre faz, mas parece que é um bobão em cena atuando no automático num papel que caberia uma boa interpretação. O outro ponto é Liana Liberato, que ou foram filmados em duas épocas diferentes ou ela literalmente fez dois papéis no longa, no começo parecia um robô de sim e não, e ao final já está histérica e cheia de caras e bocas, porém nenhum dos dois pontos dá a ela algum crédito e é apenas uma peça jogada no longa para lá e para cá. Nicole Kidman nem parece a atriz ganhadora de Oscar e de boas atuações que já vimos, atua até que considerável, mas longe de estar nos seus melhores dias, porém é a que está um pouco melhor no filme. Quanto dos assaltantes me recuso a falar de qualquer um, são mais frouxos, atrapalhados e perdidos em cena que chega a dar dó.

Enfim, a trama poderia ser melhor desenvolvida, com atores mais focados no projeto e sem tantas idas e vindas de história, que com certeza seria bem melhor, não chega a ser um filme ruim, mas está bem longe de ser algo bom que agrade. Não irei recomendá-lo pois acho que é um gasto desnecessário de se ver no cinema. Talvez uma locação ao sair seja o mais indicado. É isso, encerro essa semana curta de estréias por aqui e na sexta tem mais. Abraços.




4 comentários:

Anônimo disse...

Assisti esse filme sem esperar muito por causa do trailer,q achei fraco.O filme em si achei mediano.
A trama é batida,as reviravoltas não tem o menor impacto,mas o filme é bem tenso.A produção é caprixada,as atuações são convincentes,e a direção de Joel Schumacher é competente.

Schumacher é costumeiramente apedrejado depois de BATMAN & ROBIN,e inclusive por esse REFENS,mas na minha opinião o problema aqui não é direção mas sim roteiro..A maior parte do filme se passa dentro da casa,e a tensão e o desespero dos personagens é crescente.É preciso ser um bom diretor pra segurar as redeas da direção sem soltala,e Schumacher não solta.
Mesmo assim tanta tensão acaba se tornando cansativa no terceiro ato.

Os bandidos convencem pelo nervosismo,mas não pela paciencia de Jó,d esperarem tanto tempo pela abetura do cofre sem atirar em ninguem.É até engraçado o numero de vezes q eles ameaçam atirar em alguem e depois desistem.E achei desnecessario uma mulher entre os bandidos.Alem de perdida entre eles,ela não acrescenta nada a trama.

Enfim,REFENS é um filme regular,q tem um bom elenco,boa produção,e principalmente boa direção,mas com roteiro batido do qual não da pra se extrair muita coisa.

Na verdade os realizadores e o elenco ficaram refens do fraco roteiro,rs.

DAREDEVIL

Fernando Coelho disse...

Olá Daredevil, novamente voltamos a discordar né, mas essa é a idéia, fazermos discussões aqui, eu sou adepto de que um bom diretor sabe trabalhar o roteiro independente de quão ruim ele for, e aqui o Joel simplesmente abandonou e deixou nas mãos dos atores que estavam mais perdidos que ele. Mas como você disse é um filme regular, tanto que a nota foi 5... no meio exato. Valeu pelo comentário, abraços.

Anônimo disse...

Ola Fernando.Eu concordo com vc dq um bom diretor sabe trabalhar um roteiro independente dele ser bom ou ruim mas,pra isso o diretor precisa ter liberdade,e sera q o Schumacher teve?
Joel Schumacher é um diretor sob contrato como tantos outros q tem por ai.Muitas vezes esses diretores não passam de pau mandados,e são pagos pra apenas seguir um roteiro a risca sem interferir.
Não considero o diretor Schumacher um ótimo diretor,mas sim um diretor bem
técnico,q na maioria das vezes faz filmes regulares,como esse REFENS e algumas vezes bons filmes,como TIGERLAND,O CUSTO DA CORAGEM,OS GAROTOS PERDIDOS.

Eu acho q no caso desse REFENS,nem mesmo um ótimo diretor conseguiria ir muito alem doq o Schumacher foi.Nesse caso a saida seria reescrever o roteiro mesmo,rs. Infelizmente Hollywood carece d bons roteiristas,e tambem de realizadores ousados q arrisquem seguir caminhos novos,ao invés de fórmulas batidas q garantem maior aceitação do publico.

Mesmo discordando de vc em alguns pontos,gosto das suas criticas.
Abraços.

DAREDEVIL

Fernando Coelho disse...

Olá Daredevil, estavamos discutindo isso outro dia, os roteiristas bons de Hollywood estão fugindo pra séries de TV... e realmente Joel não é diretor desses blockbusters que o diretor é o próprio produtor e faz o que quer, então no caso ele é mandado e faz o que mandam. É isso, valeu. Abraços.

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