O longa nos mostra como Stephen Myers, um idealista membro do staff do candidato à presidência Mike Morris cai na vida real ao descobrir as sujeiras em torno da política na corrida pela Casa Branca, em especial um caso de corrupção que ameaça a promissora campanha de Morris.
O roteiro é denso, e bem tratado pelo diretor George Clooney, o qual preferiu focar mais na direção que na sua atuação felizmente. E uma das coisas que posso ressaltar da forma que conduziu, foi a abstenção (ou eliminação optando por trilha sonora) de muitas cenas onde a maioria dos diretores colocariam diálogos extensos e cansativos, que caberiam na história, mas na minha opinião a forma escolhida agrada mais e faz o público pensar e criar sua própria história, embora não dê tantas vertentes. Enfim gostei da mão de Clooney e acho que ele se achou na direção finalmente, após outros três filmes que não foram ruins, mas também não foram bons.
É interessante analisar atores em dramas, pois ou vão extremamente bem ou são péssimos, o meio termo é apenas visto em comédias ou romances. Felizmente o caso aqui é a primeira opção, pois com bons atores e uma boa direção por trás de tudo, o qual já suou com muitos diretores experientes, então sabe o que quer ver na frente da câmera, não tinha como dar errado. Ryan Gosling faz expressões fortes para todos os gostos e atua no limite para que pudesse cometer falhas, agradou bem e será páreo duro para os demais atores que estarão concorrendo com ele. Marisa Tomei faz pouco, mas quando está em cena faz bem o seu trabalho. Philip Seymour Hoffman e Paul Giamatti fazem cabeças e agradam bem quando aparecem, a cena final de Giamatti com Gosling é de se xingar qualquer político e pessoas do meio.
A fotografia embora atual, fez uns planos que engrandecem o cinema mesmo não inovando com coisas mirabolantes, faz o básico com fechamentos de lentes e closes para que o filme mantivesse a densidade necessária. A direção de arte com certeza trabalhou em alguma eleição ou fez um trabalho de pesquisa tão minucioso que impressiona, em todos os lugares se vê adesivos de campanha e coisas eleitorais que se não fosse uma ficção poderíamos falar que estávamos vendo uma cobertura de campanha feita por alguma emissora de TV.
As trilhas sonoras usadas para pontuar as cenas que como falei acima o diretor preferiu não serem faladas caíram como uma luva, pois conseguem eximir o que o momento pede, na ordem das cenas drama, compaixão/dor e vingança. E esse belo trabalho sonoro só não foi melhor porque nas cenas que não pediam sonoridade entram destoando um pouco do que a cena está mostrando.
Enfim, ainda tenho de ver os demais concorrentes, mas que esse filme vai dar trabalho isso vai, embora não vá cair no gosto do público brasileiro em geral, tanto que na minha sessão já não havia muita gente na sala e quase metade saiu durante a exibição. Recomendo vê-lo mais como conhecimento dos candidatos concorrentes ao Globo de Ouro e provável do Oscar, que de como um filme que vá trazer alguma diversão para o público em geral, embora seja um longa intrigante pela forma que foi conduzido. É isso, encerro a semana cinematográfica e também o ano cinematográfico aqui. Mas não pense que irei abandoná-los esse ano ainda, pois ainda postarei a retrospectiva desse grande ano de filmes onde o Coelho conseguiu ver praticamente tudo. Até mais pessoal, abraços.
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