É interessante que a moda de filmes de assalto voltem à tona, já é o 4 filme em menos de um ano que tem a temática envolvida, mas a idéia aqui está mais para o lado de "John Q." do que principalmente os demais que vi no ano passado. E uma coisa posso confessar assim como o filme de 2002, "À Beira do Abismo", voltou a me deixar tenso durante toda a exibição, pois é muito bem arquitetado.
Um ex-policial procurado pela justiça resolve se matar pulando do alto de um prédio de Nova York. Uma vez notificada, a polícia da cidade se mobiliza para tentar impedir que ele acabe com a própria vida, levando para o local inclusive uma policial psicóloga especialmente requisitada por ele. O que ela percebe, à medida que conversa com o homem no parapeito do prédio, é que tudo o que está acontecendo ali parece cada vez mais um jogo de cena, mas, para acobertar exatamente o quê?
Como disse, a história está muito bem amarrada e faz os 102 minutos até parecerem mais tempo devida a tensão que causa, mas por incrível que pareça não enrola nem um pouco o expectador. A ideologia do plano do protagonista é muito boa e embora até seja difícil de acreditar que tudo funcionaria daquela forma consegue como um filme de ficção agradar bastante.
As atuações estão bem centradas, pois filmes que envolvem poucos personagens consegue nos prender e reparar mais nos diálogos que estes estão interpretando. E por estarmos presos praticamente a um único homem num cenário onde não se tem muito a fazer, Sam Worthington faz bem seu serviço segurando a cena pra si nos momentos em que está no parapeito do prédio. Elizabeth Banks também está bem colocada como policial mediadora, embora certos momentos não nos convençam que qualquer policial faria aquilo. Jamie Bell e Genesis Rodriguez conseguem fazer a lá "Missão Impossível" a execução do plano de forma interessante e com pitadas cômicas puxam o foco da câmera em bons momentos. Ed Harris, Anthony Mackie e Titus Welliver completam o elenco com falas, embora mesmo tendo segredos e envolvimento com a trama apareçam pouco.
A equipe de arte e fotografia não precisou de muito pois são poucos os ambientes para produzir, mas está tudo bem colocado e fiel ao que é necessário. Com planos vertiginosos no parapeito do prédio e sufocantes nas cenas em que estão arquitetando o plano, o diretor consegue deixar a tensão presa em cerca de 80% do filme e com isso agradar bastante o público no geral. Claro haverá aqueles que vão reclamar da fidelidade, etc, mas nem me preocupo mais com esse pessoal que só assiste filme para reclamar.
Outro ponto interessante, que fazia tempo que não utilizavam é não parar para abertura, mostrar nome de filme ou atores no começo. O filme inicia no embalo com planos aéreos e já vai diretão sem parar, dando apenas uma pequena voltada para uma pequena explicação, mas nada que atrapalhe o ritmo. Vindo somente ao fim mostrar nomes, afins e entrar com trilha, deixando o longa em sua totalidade apenas com pequenos sons ou trilhas para segurar a tensão, nada de músicas.
Enfim, valeu muito o filme, agrada por conseguir manter presa a tenção e pela idéia do plano concebido, assim como o filme que citei no início. Portanto não é um roteiro muito original, mas me agradou e recomendo para ver como ficção, friso mais uma vez para aqueles que reclamam da fidedignidade evitem-no. É isso, encerro por aqui mas essa semana tem mais filme por aqui, então até breve. Abraços.
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