Alguns filmes você vê passar o trailer em alguma sessão do cinema, fala nossa gostaria de ver esse, mas passam meses e nem sinal de ser lançado em sua cidade, isso se chama alta competência das distribuidoras em sub-julgar o que vai ou não vender. Claro uma cópia de um filme é caríssima e nem todas tem esse poder de fazer 2000 cópias que é mais ou menos a quantidade de salas do Brasil, mas fazer meia dúzia somente porque o filme acabou não sendo indicado ao Oscar mesmo sendo altamente premiado em alguns festivais, e esquecer que existem outras cidades além de capitais é subestimar demais o interior. Pronto passado o momento revolta com as distribuidoras, vamos falar do filme "A Condenação", que devido à todos esses problemas que citei acima foi lançado nos EUA em 2010, teve algumas lembranças pro Oscar do ano passado, mas como não acabou sendo indicado foi lançado no Brasil em Outubro de 2011, e aparece aqui no interior agora em Fevereiro de 2012 através do pessoal do Cinecult. O filme é bem interessante e intrigante principalmente por ser baseado em uma história real. É envolvente e acredito que o pessoal que fez Direito, e até pessoas que desistam facilmente das coisas, tenham algumas lições de persistência com o filme.
Baseado em uma história real, o filme conta a história de Betty Anne Walters, uma garçonete mãe de dois filhos, que decide voltar a estudar Direito para defender seu irmão Kenny. Condenado injustamente por homicídio culposo e sem chances de apelação, ela decide representá-lo e luta incansavelmente para provar sua inocência, abrindo mão de toda a sua vida para defender-lo.
A história é bem contada e por ser mostrada de forma um pouco alinear, como a maquiagem de transformação de Hilary Swank não ficou tão bem feita, ao contrário de Sam Rockwell, pode confundir um pouco no início até que nos situemos bem com as datas e onde estamos na história. Mas passado esse período inicial que conta um pouco do passado dos dois irmãos Waters e como Kenny foi parar atrás das grades, o que temos é um tradicional filme de tribunais, mas mostrando mais o lado de fora na busca incessante de provas e de como se defender, que uma irmã acaba tirando parte de sua vida para conseguir tirar o irmão da prisão.
As atuações de todos está bem interessante e a forma que interpretam conseguem nos prender de tal forma que ao final já estamos torcendo pela protagonista, e como já falei outras vezes, isso faz provar que um filme é bom em questões de elenco. Hilary Swank, Sam Rockwell e Minnie Driver detonam em frente as câmeras e faz em muitos momentos a emoção frente à um filme sério prevalecer e puxar algumas lágrimas. Só tenho uma reclamação frente a Hilary, que ela precisa mudar suas expressões da sofrida Menina de Ouro, pois já passado 7 anos ainda as expressões de tristeza e felicidade que faz sempre caem iguais.
A cenografia e fotografia escolhidas ficaram bem tradicionais, pois sendo algo embasado em um fato real, nem pode ser inventado muita coisa, então o que se vê são tribunais, casas e um curso de direito tão comum quando o que estamos acostumados a ver, sem planos exagerados e preferindo sempre manter a simplicidade para não fazer feio.
Com uma trilha puxada pro melancólico, claro para ajudar a emocionar, o filme não erra, mas poderia economizar para não cair em alguns momentos no famoso dramalhão mexicano, mas tirando esses momentos agrada bastante.
Enfim, gostei bastante do filme, com certeza já deve estar para ser lançado nas locadoras, então aluguem e assistam com certeza, pois vale muito a pena, tem todo o ar de filme a ser exibido no Supercine daqui alguns anos, então irei conferir novamente. Encerro aqui hoje, mas ainda tem mais filmes nessa semana, então até mais pessoal, abraços.
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