O Homem Que Mudou o Jogo

2/19/2012 08:33:00 PM |

Falar de filmes que envolvam esportes pra uma pessoa que nunca foi atleta nem praticante de esporte quase nenhum, tirando natação(quando sair um filme sobre vou fazer um mega texto!!) e embora a lição que o filme "O Homem Que Mudou o Jogo" passe não necessite ser um amante de beisebol, com toda a certeza o filme foi projetado em cima de quem goste e entenda o esporte, tanto que nos países onde o esporte é tradição está se dando muito bem, enquanto que por aqui somente os que gostam de ver todos os filmes oscarizáveis irão tentar vê-lo.

Baseado numa história real, o filme foi feito para quem nunca sonhou em ser parte do sistema. Brad Pitt interpreta Billy Beane, o gerente geral do time Oakland A’s e o responsável pela montagem da equipe, que tem uma epifania: tudo da sabedoria convencional do beisebol é errado. Forçado a reinventar sua equipe com um orçamento apertado, Beane terá que ser mais esperto que os clubes mais ricos. A equipe que antigamente contava com atletas estudantes da Ivy League, faz uma parceria improvável com Peter Brand, recrutando jogadores e barganhando com rejeitados, todos eles com uma mínima habilidade para chegar à base, marcar pontos e ganhar jogos. É mais do que beisebol, é uma revolução, uma atitude que desafia as tradições da velha escola e coloca Beane na mira daqueles que dizem que ele esta acabando com o coração e a alma do jogo.

Como disse, o filme tenta passar uma mensagem de superação e negociação, mas diferentemente do último filme que vi envolvendo esportes "Invictus", o qual também usava de um esporte onde não tenho conhecimento nenhum, sai vibrando do cinema, pois o filme além de uma lição imensa conseguia ser entendível para leigos do esporte que se tratava, no caso o rugbi. Enquanto neste, vemos diversos números sendo ditos pelos personagens, sem saber do que pode estar se tratando aquilo. Mas a lição que podemos tirar do filme é que mesmo não sendo um conhecedor de um esporte a matemática(estatística) pode dar jeito em qualquer coisa.

No quesito atuações, Brad Pitt faz por merecer sua indicação e quem sabe até tentar ganhar o Oscar, pois se mostra (colocando um pequeno spoiler) como diz a própria música cantada pela sua filha no final do filme, um perdedor apenas que está acostumado com isso, mas que não aceita perder, tem suas paranoias de não assistir os jogos e com tudo isso passando pelo personagem, Brad mostra que é um ótimo ator. Mas deixando a estrela principal de lado, vamos falar de um ator que cresceu demais e se revela um ótimo nome na tela, estou falando de Jonah Hill, aquele mesmo irritante de "Cyrus", o personagem faz do filme um excelente economista e se mostra bem preparado para os próximos trabalhos.

Usando de muitas imagens de arquivos, o filme fica com uma fotografia diria um pouco estranha, pois a todo momento está misturado imagens da juventude do personagem de Brad, imagens de jogos de beisebol pela televisão e imagens do filme. E com tudo isso temos uma boa economia de locações que facilitaram o serviço da equipe de arte. Não que tenha ficado ruim, mas poderia ser melhor.

Enfim, o filme é interessante e até transmite lições de vida bacanas, mas está longe de ser um filme para ser indicado ao Oscar. Se você gosta de beisebol, talvez vá gostar até mais do filme, mas por ser um pouco lento, somente na metade final irá começar a empolgar. Recomendo apenas para quem goste mesmo da atuação de Brad e quem conheça bastante do esporte, senão a quantidade de números falados na tela não passará de algo que vai cansando no decorrer do filme. Fico por aqui, mas amanhã tem mais. Abraços.


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