Os Nomes do Amor
Uma coisa notável de filmes franceses, é a preocupação que os cineastas têm de passar a sua visão política, e com isso algumas vezes acabam estragando um filme que poderia ser bom. O que aconteceu em "Os Nomes do Amor"é exatamente isso, pois o filme fica tão preso nas bases do preconceito que existe com os imigrantes no país e com a política que o que poderia se tornar divertido pela forma de abordagem do diretor, acaba se tornando um martírio de assistir.
O filme nos apresenta a Bahia Benmahmoud, uma jovem tão comprometida com seus ideais que não se importa nem um pouco de transar com seus opositores, no intuito de convertê-los à sua visão. Ela costuma ser bem sucedida em suas investidas, até o dia em que conhece Arthur Martin.
A sinopse não explicita o quão vulgar acaba se tornando o filme com as investidas de Bahia às pessoas que são de direita na França para fazer com que se convertam e tudo no filme acaba sendo motivo para se falar de fascismo.Até aí tudo bem, o problema é se utilizar de um ato de abuso infantil para usar isso como princípio, o que é amplamente explicado no início do filme com toda a história genealógica passada pela família dos dois protagonistas, o que se faz parecer um micro-documentário.
Os dois atores principais Sara Forestier e Jacques Gamblin até têm bons diálogos, mas a trama em si é pobre e acaba se enroscando. Nem mesmo a nudez da protagonista se vê como algo necessário que para justificar seus atos no filme. Os demais atores também se fazem de bons momentos, mas acabam sempre entrando na mesma furada pois seus papéis são pequenos.
Outro problema do filme está na fotografia, pois aparenta ter sido filmado com duas câmeras diferentes visto que a cada cena diferente, temos coloração da imagem diferente, e com isso acaba não passando se é a idéia do diretor ou um problema técnico, na minha opinião está mais para a segunda opção. A arte do filme em si agrada, mas como o foco do filme está na preconceito e na política, acaba sendo neutralizado.
Enfim, o filme poderia ser melhor se não focasse tanto nessa questão, quem sabe agradaria mais, é interessante assistir apenas para que fique claro a forma que a França é tão preconceituosa com os estrangeiros e que caso exista realmente pessoas como os protagonistas, esses estão tentando mudar isso, mas recomendo ver em casa e economizar o cinema, pois como filme ele não agrada. É isso, encerro por aqui, mas daqui a pouco tem a grande estréia da semana aqui no blog. Então até mais tarde. Abraços pessoal.
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