Antes que me atirem 100 pedras, não achei ruim, apenas achei mais um filme intrigante feito a esmo. Com esse início poderei explicar melhor o que achei de "Cópia Fiel", que em poucas palavras poderia definí-lo como uma DR(discussão de relacionamento) onde não podemos definir com clareza se eles são ou não realmente casados feito no padrão Cannes de filmes feitos para agradar os críticos em geral. O que quero dizer com isso, que o filme é bacana, tem bons diálogos, mas que ao ir cada vez mais abrindo possibilidades de pensamento se perde na conclusão que o roteirista ou diretor realmente pensou para o filme.
O filme mostra que na Toscana, para promover seu último livro sobre o valor da cópia na arte, o britânico James Miller conhece Elle, dona de uma galeria de arte. Eles passam uma tarde juntos e, enquanto se conhecem, começam a desenvolver um complexo jogo de identidades.
Ao ler a sinopse pode ser que fique mais claro o entendimento geral do filme, mas garanto que ao fazer como sempre costumo fazer que é ver um filme sem ler qualquer coisa ao seu respeito, no mínimo se abrem mil dúvidas ao término do filme. Como falei, não achei ele ruim, é até bem bacana a forma de tratamento que o diretor usa, tem diálogos bem interessantes(alguns no melhor estilo Woody Allen de ser interpretado), mas achei aberto demais para o pensamento e com isso acaba tendo certos lapsos.
Da atuação do casal principal, não tenho nem o que falar, pois Juliette Binoche é clássica e sempre irá fazer digníssimas atuações de serem premiadas e William Shimell embora um pouco apático e mau-humorado demais consegue fazer boas interpretações. Agora os figurantes não tenho como elogiar, em diversos momentos se vêem perdidos em quadro ou senão olhando para a câmera durante um diálogo que não fazem parte, e como sempre falo isso é um problema gravíssimo na direção de atores que acontece, mas pode ser bem minimizado.
A direção de arte é bem bonita de se ver, usando diversos elementos sem precisar sair praticamente do mesmo local, só acho que a região da Toscana é muito mais bonita para poder ficar presa a enquadramentos fechados que o diretor não soube aproveitar, usados apenas alguns míseros planos na cena do carro que poderiam ser até melhores.
Enfim, é um filme que até vai agradar um pouco a platéia que ler a sinopse e já ir preparada para o que vai ver nos lugares que for mostrado e na sua casa caso alugue o filme, claro porque agora não irá sair em circuito comercial, já que é um filme de 2010 que passou em alguns lugares em 2011, chegando aqui no interior apenas agora em 2012. Gosto muito do pessoal da Imovision, mas na época ela pecou passando o filme apenas em míseras salas. Pelo que assisti, eu daria uma nota bem menor, mas agora lendo a sinopse e refletindo sobre o filme melhorei a quantidade de coelhos e quem sabe revendo o filme até melhoraria mais. Como todos que vão assistir provavelmente vão ler a sinopse agora, recomendo o filme sim. É isso, fico por aqui, e amanhã tem mais filmes do Festival Sesc Melhores Filmes por aqui. Abraços.
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