segunda-feira, 16 de abril de 2012

O Príncipe do Deserto

Filmes que retratam algo diferente do usual sempre são alvos da crítica, e com "O Príncipe do Deserto" que estreou nessa sexta não seria diferente com diversos sites por aí queimando o grande lançamento da nova vertente chamada "Óleowood" ou "Cinema das Arábias". Eu não diria que o filme é ruim, muito pelo contrário tem cenas bem interessantes e agrada tanto visualmente quanto em quesito de história. Os problemas do longa estão apenas em 2 fatos: duração longa para uma história e uso da religião que é bem desconhecida, pois do resto o longa briga firmemente com qualquer produção hollywoodiana afinal tem até suas estrelas presentes nele.

O filme mostra o início do Século 20, Arábia. Sob o impiedoso céu do deserto, dois líderes guerreiros se enfrentam cara a cara. Os corpos de seus soldados estão espalhados pelo campo de batalha. O vitorioso Nesib, Emir de Hobeika, dita seus termos de paz para o rival Ammar, Sultão de Salmaah. Os dois homens concordam que nenhum deles poderá reclamar a terra de ninguém entre eles, chamada de Faixa Amarela. Em troca, e de acordo com os costumes tribais da época, Nesib irá “adotar”- ou tomar como reféns - os dois filhos de Ammar, Saleeh e Auda; uma garantia de que nenhum deles possa invadir o território do outro. Anos depois, Saleeh e Auda cresceram e se tornaram homens jovens. Saleeh, o guerreiro, quer escapar de sua prisão dourada e retornar à terra de seu pai. Auda só se importa com livros e com a busca pelo conhecimento. Um dia, Nesib, seu pai adotivo, é visitado por um americano, homem da indústria petrolífera do Texas. Ele diz ao Emir que sua terra é abençoada com petróleo e lhe promete riquezas além da imaginação.

Só de ler a sinopse que de cara já é longa, dá pra notar que o filme também vai ser longo, pois detalha todos os fatos e com isso chega até a cansar um pouco. Mas o problema principal do longa nem é tanto sua duração, é o fato do diretor focar tanto na religião que assola esse país e colocando fatos desconhecidos para o povo do Ocidente com certeza virou alvo para atirarem, principalmente onde todos acham que tudo acabou.

No quesito atuação, o trio principal(Antonio Banderas, Tahar Rahim e Mark Strong) mostram que foram todos muito bem dirigidos, pois dominam a cena em todos os momentos que estão com os coadjuvantes, sempre mostrando seu melhor. Tahar Rahim, embora seja quase um desconhecido conduz bem todos os seus momentos e faz seus diálogos serem eloquentes. Freida Pinto embora tenha aparecido pouco, nos momentos que está em cena faz bem também seu papel.

A fotografia de deserto é uma das que mais me agrada em todos os filmes do gênero aventura, pois consegue tirar o ar com o calor intenso e as paisagens áridas, e a equipe de arte soube aproveitar bem disso colocando elementos cênicos perfeitos pros momentos e encaixando tudo no mais forte dos desertos. Tudo está perfeito com a melhor característica de uma mega produção.

Com uma trilha bem orquestrada dando o ritmo ao filme sem sair da cultura que preferiram preservar em sua totalidade, o filme se alonga nos seus 130 minutos bem aproveitados.

Enfim, mesmo que você veja milhões de críticas negativas, aproveite a boa distribuição que a Warner fez do filme que com certeza chegou em todas as cidades e assista, pois segundo a Doha Film Institute que banca o filme eles querem em 10 anos estar entre os maiores do cinema mundial, e já nessa primeira amostra eles mostram grandes números com 20 mil figurantes, 10 mil camelos e 2 mil cavalos, além de custar U$55milhões. Recomendo com certeza pra quem gosta de uma grande produção mesmo que não conheça das crenças árabes. Fico por aqui, mas amanhã tem mais filme. Abraços e até mais pessoal.


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