É engraçado como alguns filmes sofrem bullying dos cinemas, até terça-feira(quando recebo a programação da próxima semana dos cinemas), nem sabia da existência desse novo filme do Mel Gibson, "Plano de Fuga", e como gosto de fazer, nem pesquisei nada a respeito antes de ir assistir. Pois bem, hoje após assistir posso falar que é um filme muito bem feito, que me lembrou os velhos westerns porém tudo feito dentro de uma cadeia diferente no México.
O filme mostra que fugindo da policia americana após assaltar um banco Driver é obrigado a cruzar a fronteira do México onde é capturado pela polícia local. Jogado numa prisão controlada por bandidos e policiais corruptos ele terá somente a ajuda de um garoto para sobreviver dentro da prisão e planejar sua fuga.
Com um roteiro dinâmico de Mel Gibson, o diretor argentino Adrian Grunberg estréia bem na direção do filme, usando bem todos os tipos de tomadas possíveis, e fazendo cenas de tiroteio em slow com uma perfeição bem interessante. Não podemos falar que é um filme sem erros, mas são tão mínimos que não atrapalham em nada o andamento da história. Tem também algumas cenas daquelas que você fala, impossível de acontecer, mas é uma ficção então espere de tudo.
A atuação de Mel Gibson mostra que não está velho para filmes de ação não, pois corre, atira e faz tudo como se estivesse no auge da sua carreira, como sempre uma boa interpretação de ser conferida na tela. O garoto Kevin Hernandez também faz bem seu papel, e em certos momentos nem parece uma criança, visto que estão dentro de um presídio e o garoto age como um presidiário de longa data. Todos os demais personagens têm poucas falas e não dá para analisar a interpretação individual, mas podemos dizer que fazem bem por não atrapalharem em nada o andamento e fazerem bem seus papéis quando necessitam aparecer.
Com uma fotografia bem árida puxada pro tom amarelado, o filme caminha de forma bem ágil mostrando a boa cenografia montada pela equipe de arte para retratar um presídio mexicano que como o próprio Mel Gibson diz em uma cena estava mais para o pior shopping center do mundo. Mas isso mostra o bom trabalho da equipe, pois tem de tudo espalhado por todos os cantos onde possa olhar, de forma que se fosse um daqueles jogos de achar objetos se gastaria um bom tempo procurando mas sabe-se que está ali.
A parte sonora, é bacana, mas não faz meu estilo músicas mexicanas, então fiquei um pouco incomodado com toda hora entrando algo cantado. Faz parte do contexto do filme, mas enjoa um pouco. Poderia ter ficado mais com a parte orquestral mesmo que fosse puxada pra sonoridade mexicana que acho que agradaria mais.
Enfim, é um filme bem bacana, que prende a atenção para ver como desenrola tudo e possui uma finalização bem divertida e que por sinal não esperava acontecer, claro que falo de uns minutos antes do fechamento real do filme, pois o fim é previsto rapidamente logo após algumas cenas iniciais. Recomendo o filme, pois faz tempo que precisávamos de um filme sujo, como era feito nas antigas e de forma bem amarrada roteiro/atuação/direção, e como disse lembrou bem os western. É isso, fico por aqui, essa semana de estréia mesmo não tem mais nada, porém terei um filme no Cinecult para falar, então até breve.
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