Alguns filmes quando achamos que não irão mais estrear em nossa cidade, aparecem repentinamente. "Sete Dias Com Marilyn" é um desses casos, pois o filme que teve Michelle Williams concorrendo pelo Oscar, só pude conferir agora nos cinemas e confirmar que ela realmente mereceu a indicação, não tendo como negar sua excelente interpretação. Quanto do filme, nem poderia considerar ele como um drama como as páginas dos cinemas estão colocando junto da sinopse, pois é tão adocicado a forma de condução do longa que o drama de arrasar o coração do pobre terceiro assistente de direção e seu problema de alto ego é quase insignificante.
O filme mostra que a musa Marilyn Monroe está em Londres pela primeira vez para filmar "O Príncipe Encantado". Colin Clark, o jovem assistente do prestigiado cineasta e ator Laurence Olivier, sonha apenas em se tornar um diretor de cinema, mas logo viverá um romance com a mulher mais sexy do mundo. O que começa como uma aventura amorosa mudará a vida do ainda inocente Colin e revelará uma das várias facetas de um dos maiores mitos do século XX.
O roteiro em si não tem nada de muito especial, pois foi baseado no próprio livro de Colin Clark que relata os dias que passou com Marilyn, se são verdadeiros não temos como comprovar, mas agradam na doçura que conta dos fatos, algo que poderia ter sido pior por ter sido sua primeira decepção amorosa não correspondida. Nele temos Marilyn como, ele mesmo diz em uma parte do filme, uma deusa para ser admirada e a impressão que o diretor quis passar no filme também é bem essa.
Filmes britânicos em sua maioria são exemplos de boas atuações e com este não seria diferente. Temos Michelle Williams impecável e com uma construção de personagem que aliada a maquiagem e figurino haverá pessoas que falem que a própria Marilyn atuou no filme. Kenneth Branagh tem um acento na voz que em sua atuação chega a beirar todo o nervosismo que passa para o personagem de Michelle, chega a ser daqueles diretores que todos no set têm medo de trabalhar, mas no final acerta tudo. Eddie Redmayne não sei se foi escolha de alguém, mas é um ator feio demais para o personagem, não sei se Marilyn ficaria com alguém do tipo dele, pode ser que se pareça com o protagonista real e convença com isso, mas em quesitos de atuação, o ator manda bem e isso que importa. Judi Dench é perfeita, como essa senhora tem tão poucos filmes prontos em sua carreira, merecia estar em tudo, mesmo aparecendo poucas vezes, quando vem mostra sua beleza e doçura nas falas. Emma Watson só irei citar por ser um nome forte de outro filme, mas suas 4 aparições nem mereciam algum destaque. Os demais personagens todos são coadjuvantes e aparecem poucas vezes para destacar algo.
As locações do filme são bonitas e bem caprichadas de elementos cênicos que agradam visualmente, os figurinos também são bem legais, mas a maquiagem rouba a cena principalmente pelo feitio em Michelle para caracterizar tão bem ela como Marilyn. A fotografia puxada um pouco pro amarelo agrada também sem cansar. A cena no lago poderia ser até mais extensa pela beleza dela.
Enfim, é um filme agradável e leve, que o diretor estreante em longas Simon Curtis poderia ter optado mais pelo romance ou pelo drama e não ter ficado tão em cima do muro, não que tenha estragado, mas poderia ser mais palpável se seguisse uma linhagem. Vale a pena ser conferido assim que sair nas locadoras, pois as poucas cópias que a Imagem Filmes pôs no mercado com certeza ou já passou na sua cidade ou deve passar bem rapidamente ainda. É isso, fico por aqui, mas temos mais um atrasado nessa semana ainda, então abraços e até mais pessoal.
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