O diretor Oren Peli é um dos que mais tem ganhado nome no ramo dos filmes de terror ultimamente, desde seu econômico, intrigante e lucrativo "Atividade Paranormal", mas depois que resolveu abandonar a direção e ficar apenas com roteiro e produção de seus filmes não vem colecionando bons resultados. Com "Chernobyl - Sinta a Radiação" ele abandona os espíritos malvados para trabalhar com pessoas mais carnudas(ou nem tanto já que essas foram bem expostas a radiação), mas dessa vez entregou seu roteiro nas mãos do inexperientíssimo responsável por efeitos visuais mas que nunca tinha dirigido um filme Bradley Parker que tentou fazer um filme ao estilo "Bruxa de Blair", onde as pessoas estariam filmando com suas câmeras mas sem que as câmeras estivessem com essas pessoas, então o que se vê é a câmera correndo, rolando, capotando sem que os personagens estejam com algo filmando(tirando as cenas iniciais e depois uma dentro da van).
O filme conta a história de um grupo de jovens que, ao buscar um pouco de emoção durante as férias, viaja para o Leste Europeu, mais precisamente à cidade de Pripyat, abandonada após o holocausto de Chernobyl, ocorrido em 1986. Lá, eles percebem, tarde demais, que seres desumanos escondem-se na escuridão.
A história do filme é intrigante e sua condução consegue deixar um ar de tensão, principalmente por em quase sua totalidade não mostrar os rostos ou o que são os terrores e diferentemente dos outros filmes do gênero não faz a preparação costumeira sonora para que o espectador saiba que vai assustar, e sim pega sempre algum desprevenido que você verá pulando na sala de cinema. O único problema mesmo do filme foi errar na forma de conduzir a câmera que não ficou claro qual a intenção do diretor, pois tem planos e contra-planos mas nenhum personagem está segurando a câmera para que ela se movimente junto com eles balançando, caindo, correndo, etc. Acredito que se tivessem corrigido isso seria um filmaço de terror para ser lembrado muito.
Com nenhum ator conhecido, tudo poderia dar errado no quesito atuação, mas como a idéia do filme é passar os atores como turistas em uma cidade desconhecida, o que eles fazem mesmo parecendo de forma boba e ornamentada acaba sendo condizente com o que o filme pede, somente os policiais da fronteira que fazem umas caras malvadas de forma que nenhum policial faria daquele jeito.
A cenografia gostaria muito de saber se foi realmente filmado na cidade de Pripyat pois ficaram bem interessantes as tomadas abertas e como é um filme de tensão as tomadas fechadas nem revelam muitos elementos cênicos além claro de ser um filme bem escuro então a fotografia não revela nada principalmente para termos o elemento surpresa como fato de tensão do filme.
Como todo filme de terror, a sonoplastia é um fator que prende bem o espectador na cadeira e o faz saltar quando é elevado o volume sem que se espere, e aqui não seria diferente já que é um padrão adotado a tempos e que Oren Peli conhece muito bem o resultado. A única coisa estranha é algo que já vem acontecendo há tempos do filme vir numa levada de canções e ao chegar no trailer entrar algo de um ritmo completamente diferente do que foi passado no longa inteiro, o que quebra um pouco a tensão.
Enfim, o filme vale a pena ser assistido pela tensão que consegue manter, e o nome Oren Peli chama as pessoas para a sala tanto que na minha sessão havia um bom público, mas não é algo que você irá lembrar daqui algumas semanas, pois não tem algo tirando esse erro das câmeras que marque forte. Fico por aqui, mas ainda hoje tem mais filme no blog nessa semana recheada, então abraços e até daqui a pouco pessoal.
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