Quando um diretor resolve fazer um documentário de sua própria vida nos mostra que quer que vejamos sob seu olhar tudo que passou e como fez para fazer seus filmes, utilizando de sua memória. Em "As Praias de Agnès", somos levados pela diretora por suas memórias algumas reconstituídas e outras com imagens de fotos de forma a conhecermos melhor e ver um pouco do que fez, suas paixões e amigos.
O documentário nos mostra coloca Agnès em cena entre os excertos dos seus filmes, imagens e reportagens. Faz-nos partilhar com humor e emoção todo o seu percurso, viagens, fotografia, teatro, os anos 50, cinema, sua militância feminina e a vida com Jacques Demy.
O formato do longa contado por ela própria diferencia por não ter tantos depoimentos e sim mais suas memórias e com isso o filme se alonga um pouco em demasia para um documentário que aqueles que não forem conhecedores dela ou gostarem realmente de documentários podem se cansar e começar a ficar impacientes ao assistir. Porém tirando esse alongamento, a linguagem usada pela diretora é algo ao mesmo tempo bem bacana pois nos aproxima mais de sua vida, mas também pode ser motivo de reclamações já que acaba parecendo um daqueles videos que costumamos ver em casamentos ou homenagens de alguém que já morreu.
Enfim, documentário sempre é algo bem complexo de se analisar, não existe muito meio termo, ou se gosta por algo ou se detesta pelo mesmo algo, como gostei da aproximação que tive ao conhecer uma diretora que não conhecia recomendo ver, mas o formato de vídeo-homenagem não me agradou muito não. Então deixo a cargo de vocês assistir ou não, por mim fico bem no meio termo. Esse foi o primeiro filme do festival de hoje, daqui a pouco coloco a crítica do segundo. Até daqui a pouco pessoal.
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