domingo, 19 de agosto de 2012
Bel Ami - O Sedutor
Filmes épicos costumam prezar por figurinos e cenografia, alguns possuem mais do que isso, tendo boas histórias e atuações que fazem com que o filme seja lembrado. Infelizmente não é o que acontece com “Bel Ami – O Sedutor”, onde a história não é tão interessante e aliada a lentidão dos fatos, o filme acaba cansando em sua metade, porém tem um desfecho interessante pelo menos.
O filme nos mostra que George Duroy, conhecido como Bel Ami, é um jornalista, mulherengo e ambicioso, que viaja pela Paris de 1890, passando por sótãos cheios de baratas à salões de beleza opulentes, usando sua inteligência e poderes de sedução para sair da pobreza e conseguir riqueza, do abraço de uma prostituta a encontros apaixonados com beldades ricas, em um mundo onde a política e a mídia se atropelam por influência, onde sexo é poder e fama uma obsessão.
O roteiro em si, poderia ser mais forte, pois já fica claro nos primeiros minutos a ganância do personagem, e uma das frases ditas ao final do filme faz o resumo completo dele, tanto que aqueles que assistirem o filme daqui a alguns tempos zapeando de canal, pode ver o início e ao ver o final conseguirá assimilar tudo que ocorreu. Esse pecado se deve mais ao motivo de uma direção fraca já que pelo livro ter sido algo tão vendido e lido, não dá para falar que ele seja ruim, visto que as atuações não podem ser culpadas, pois seguem uma linha até que bem interessante.
Que Robert Pattinson vem melhorando em suas atuações é notável, ainda não está perfeito para brigar por algum prêmio, mas já se vê interpretação em suas falas, que não estão sendo ditas ao vento mais. Claro que teve grande ajuda em cena pelas belíssimas mulheres Uma Thurman e Christina Ricci, que ditam todo o filme com boas frases e belos figurinos arrancados à força por Pattinson em suas cenas de sexo. Porém o grande destaque no quesito diálogo fica para a interpretação de Colm Meaney que consegue estar com boa entonação em todas as cenas que aparece, e em certos momentos ele faz o que a maioria dos grandes atores está acostumado: pisar em Pattinson só com algumas palavras.
Como disse no início, o grande ponto de épicos, principalmente os sem histórias, está na cenografia, que é bem caprichada para mostrar a Paris de 1890 dominada pelos burgueses ricos, então o que se vê são objetos de cena com todo o glamour possível e até nas cenas mais pobres se vê um requinte nas escolhas cenográficas, por exemplo o local onde George mora e ao levar a primeira madame para lá ele tenta enfeitar o local com objetos bem interessantes. A fotografia também soube trabalhar bem e em vários momentos é usada para tentar mostrar o ar de sedução do protagonista, sempre com tonalidades escuras, as iluminações fazem o foco à todo momento. Destaque para a fotografia na carruagem na cena de chuva onde é visto o momento de virada da história.
A trilha sonora é envolvente, mas segue o mesmo padrão de todos os épicos, sem inovar em nada. O que já está ficando cansativo. E infelizmente a forma que é ditada no longa, não ajuda a deslanchar a história, fazendo com que o filme fique bem mais longo do que é realmente.
Enfim, não diria que é um filme que seja necessário assistir. Poderia ser bem melhor se tivesse um ritmo mais condizente e a história não fosse tão óbvia, mas acertaram a mão em escolher Pattinson, pois pelo menos conseguirão ter um lucro com todas as suas fãs que com certeza irão assistir o filme. Fico por aqui, mas hoje ainda temos mais um post aqui no blog. Abraços e até daqui a pouco pessoal.
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