O mais engraçado em comédias é que ou elas partem pro lado cômico sem necessitar apelar ou apelam visivelmente para que o expectador se divirta com as piadas. E "O Ditador" consegue mixar as duas formas de comédia colocando inclusive pitadas românticas sem que ficasse piegas. Sacha Baron Cohen é um personagem odiado nos Oscar por fazer suas piadas de marketing dos seus filmes na cerimônia, mas convenhamos que dessa vez ele acertou a mão no novo filme.
O filme é uma comédia sobre um ditador árabe que tenta fazer de tudo para que a democracia não chegue ao seu país. Durante uma reunião da ONU, nos Estados Unidos, ele conhece um sósia e acaba se apaixonando pela dona de uma loja de alimentos.
A história em si, já é mais puxada para um filme do que os docudramas anteriores de Cohen. Dessa vez tem início, meio e fim de forma que não sejam apenas piadas soltas como foi "Borat" e "Brüno", que só pelo trailer já davam desgosto de se assistir o longa inteiro. A direção do longa também acerta por não correr com a história, dando tempo para que tudo ocorra bem e cada cena tenha seu momento. Porém claro como todo filme escrito por Cohen, existem excessos de machismos e coisas desnecessárias de serem mostradas, mas felizmente não atrapalham tanto. Outro destaque da história está na crítica à tudo que os EUA fazem que dizem ser de uma ditadura e fazem numa democracia, videm o discurso de Cohen numa das últimas cenas do filme.
Acredito que depois de ter trabalhado com Scorsese, Sacha Baron Cohen melhorou uns 200% como ator, pois se vê um trabalho de atuação, não apenas um humorista de seriados e comic-shows, mas o mais interessante é como uma maquiagem muda a pessoa, ver o início do filme ele com barba e depois sem ela, é quase tendo dois atores em cena. Anna Faris também atua bem no filme, tendo bons diálogos e fazendo bem o que é proposto que é não ser a peça divertida do filme, apesar do visual péssimo colocado pelo figurino. Outros atores que aparecem bem em cena são Ben Kingsley que faz o "vilão" do filme, mas nem aparece muito para ser destacado e Jason Mantzoukas que serve de par cômico para duas das cenas mais engraçadas do longa. Os demais personagens praticamente fazem quase nada em cena, tendo alguns momentos com falas e mais tempo em cena, mas nem devem chamar muita atenção.
A direção de arte trabalhou bem para criar o país fictício onde se inicia a história e também para as locações nos EUA onde se passa a continuação, mostrando-se bem trabalhada tanto em cenas fechadas quanto abertas, videm a cena onde Aladeen chega numa avenida principal. O figurino também agrada bastante, mas para o personagem de Anna Faris ficou faltando algo a mais, ou exageraram na pobreza da pessoa. A fotografia não inovou em nada, ficando no tradicional sem decepcionar pelo menos.
A trilha sonora, utilizando de músicas conhecidas, mas colocando versões com Aladeen no meio, ficaram bem engraçadas e ajudaram a divertir mais ainda a história. Vale a pena prestar atenção nelas.
Enfim, é uma comédia que diverte bastante, claro que se você for mulher, talvez se ofenda um pouco com o excesso de machismo do filme, mas tirando isso, vale a pena assistir. Como já disse algumas vezes a função de uma boa comédia é que as pessoas se divirtam e riam bastante durante sua exibição, e na sala onde estava, se ouvia risadas desde a primeira cena até a última, garantindo que muitos saíssem da sala com dor em seus maxilares, então dever cumprido por Cohen e equipe. É isso pessoal, fico por aqui, mas essa semana ainda teremos mais dois filmes por aqui, então abraços e até breve.
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