O Homem Que Não Dormia

8/06/2012 01:05:00 AM |

É complicado falar de um filme quando você não está imerso na cultura de determinada região. Pior ainda quando um diretor a usa de forma pejorativa elucidando imagens de órgãos sexuais à uma história mais confusa ainda. Então irei economizar linhas para descrever "O Homem Que Não Dormia" em pouquíssimas palavras, que é o que me faz viver inconformado de filmes brasileiros serem tão rejeitados pelo próprio público brasileiro que ao ver empresas públicas tais como Petrobras e o próprio governo além de outras grandes de renome patrocinando filmes tão ruins que daí acabam generalizando com os que seriam bons e acabam sem dinheiro para serem lançados e evaporam para o público em geral.

No filme temos cinco moradores de uma cidadezinha do interior que acordam na mesma noite com o mesmo pesadelo sobre um homem sinistro e seu tesouro enterrado. Depois disso, a rotina medíocre do vilarejo muda ainda mais com a chegada de um peregrino. Desde então, acontecimentos insólitos tomam conta do local.

Lendo a sinopse poderia até achar que seria um suspense interessante de ser visto, mas logo nas primeiras cenas já comecei a remeter o filme ao péssimo "Jardim das Folhas Sagradas", porém ao invés de ficar preso a uma religião como foi o Jardim, esse fica mais em lendas no começo e depois vira algo que nem em um sonho muito ruim conseguiria imaginar que fizessem um filme. É lastimável a quantidade de cenas mostrando nudez sem sentido algum, unido a pessoas berrando coisas malucas. E quando você achar que o filme está ruim, pode piorar com a cena final e a frase escrita nos créditos, aí esse Coelho que vos digita não aguentou mais e caiu na risada com o seguinte pensamento: "O que eu fui fazer no cinema hoje?"

Quanto das atuações, vou preferir não comentar muito, apenas digo que embora sejam a maioria desconhecida da tela, talvez nem sejam atores mesmo, foram bem dirigidos pois não olham para a câmera e foram bem corajosos em deixar um maluco filmar suas partes íntimas.

Um ponto interessante, o qual vai valer o único coelho que darei de nota, é a cenografia bem rica de elementos de cena, além de ter sido filmado num meio de matagal que sei bem como é difícil pois exige levar tudo para lugares onde não se tem energia para puxar cabos nem nada, então se o filme fosse pelo menos razoável valeria uma boa nota só pelo sacrifício, mas como é péssimo vai ganhar ponto somente por isso e pela animação abstrata de um saci nas cenas finais(única cena que vale a pena ser assistida).

Enfim, não recomendo esse filme nem pro meu pior inimigo, pois é algo muito ruim que por sorte é curto, longos 75 minutos que custaram a passar. Então vou preferir fingir que não vi isso, ou melhor, vou guardar como exemplo de nunca fazer nada igual e cada dia mais fico com vontade de produzir algum filme para lançar nos cinemas, pois se até isso e "Jardim das Folhas Sagradas" entra em cartaz, qualquer coisa entra. Fico por aqui, nessa segunda tem bons filmes no Festival de Cinema de Ribeirão Preto, mas como já os vi apenas recomendo quem não foi ir: "Deus da Carnificina" às 19hs e o mediano "Adorável Pivellina". Fico por aqui, mas terça-feira estou de volta com mais filmes do festival. Abraços e até mais pessoal.


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