Compilações de esquetes geralmente ou são geniais ou acabam virando uma junção de histórias desconexas que atrapalham um todo. E infelizmente "Os Infiéis" faz parte desse último estilo, pois é um filme que junta várias histórias sobre a infidelidade o que lembra um pouco o brasileiro "Todo Mundo Tem Problemas Sexuais", porém com a diferença de que aqui temos boas atuações, mas mesmo assim oscilando entre comédias normais, pastelão e até momentos dramáticos o longa se perde deixando no ar apenas a pergunta do que será que eles queriam passar com o filme?
Dividido em esquetes, o longa é composto de diversas situações cômicas que retratam a infidelidade masculina pela perspectiva de sete realizadores: Jean Dujardi, Gilles Lellouche, Emmanuelle Bercot, Fred Cavayé, Eric Lartigau, Alexandre Courtès e Michel Hazanavicius.
O lance de ser histórias divididas e sem que elas sejam bem paradas entre uma e outra é que em diversos momentos você acha que vai ter um continuísmo e é quebrado por outra coisa bem nada a ver com a anterior e isso faz com que fiquemos perdidos na maioria dos casos, principalmente por serem muitas vezes os mesmos atores apenas maquiados ou vestindo roupas diferentes que deixam mais ainda a sensação de perdi algo. Porém nem todas as esquetes são ruins, as melhores são as mais curtinhas, que não dá tempo para que fiquemos presos com alguma história esperando a continuidade.
Como disse as atuações estão bem interessantes e mostra que Jean Dujardin se faz por merecedor do prêmio que levou da Academia nesse ano. Jean faz ao todo 5 personagens e todos bem caracterizados, o que é bom por um lado ao mostrar sua versatilidade, mas péssimo por outro, pois como disse as histórias são bem parecidas então ficamos esperando a sequência de algo e é quebrado por outra atuação diferenciada. Gilles Lellouche também faz 5 personagens porém todos muito semelhantes, o que faz com que fiquemos mais confusos ainda, mas no geral todos estão bem interessantes. Um destaque tirando os dois protagonistas eu diria ser Guillaume Canet que faz de Thibault um dos pontos mais cômicos na sua cena individual, porém na cena conjunta ficou meio estranho. Os demais personagens são bacanas, mas não chamam tanto a responsabilidade para si, então acabam sumindo no filme.
Por serem várias histórias, temos também vários cenários, e isso é bem válido para o longa, pois temos diversos elementos, alguns extremamente absurdos mas que estão presentes e dão um ganho pelo menos para cada história. Um ponto bem favorável que entra pro quesito visual está nos figurinos e na maquiagem que faz com que os personagens mudem bastante, ou pelo menos o mínimo para não parecerem o mesmo da esquete anterior. A fotografia em si não é muito variada, e fica no básico do que estamos acostumados.
A trilha sonora está bem presente no longa e agrada no geral com as músicas escolhidas para segurar o ritmo do filme. Em sua maioria todas são usadas dentro da linguagem do filme, sendo manipuladas por rádios, boates e tocadores portáteis, o que faz melhor do que apenas jogadas na trama.
Enfim, no geral é um filme que não vale a pena ver no cinema, pois não convence no geral. Não que seja um filme totalmente perdido, mas existiriam muitas outras formas melhores dessas esquetes serem mostradas em um longa-metragem. Prefira ver quando sair em DVD que pelo menos sai mais barato do que pagar um ingresso de cinema. Fico por aqui, essa semana ainda temos mais um filme para conferir, então abraços e até breve pessoal.
domingo, 30 de setembro de 2012
sábado, 29 de setembro de 2012
Hotel Transilvânia em 3D
Já dei a receita do bolo algumas vezes, coloque personagens cativantes, uma história divertida e emocionante sem precisar ser nada de difícil entendimento, junte a isso boas canções mesmo que dubladas em português e pronto temos uma excelente animação. "Hotel Transilvânia" utiliza exatamente essa receita para fazer com que crianças e adultos que forem aos cinemas conferir saiam da sala satisfeitos e cantarolando as músicas na cabeça.
O filme nos mostra que em um fim de semana especial, Drácula convida para seu luxuoso resort cinco estacas alguns dos mais famosos monstros do mundo - Frankenstein e sua esposa, a Múmia, o Homem-Invisível, uma família de lobisomens e outros mais -, para comemorar o aniversário de 118 anos de sua filha Mavis. Para ele, reunir todos estes monstros legendários não é problema, mas seus planos podem ir por água abaixo quando um rapaz comum aparece no hotel e coloca os olhos em Mavis.
Parece que está na moda os diretores de grandes séries de animação saírem das TVs e atacarem nos cinemas nesse ano, e quem sai ganhando com isso somos nós cinéfilos de carteirinha, pois voltamos a ter boas histórias bem dirigidas no cinema. Genndy Tartakovsky é o responsável por "O Laboratório de Dexter", "Meninas Super-Poderosas", entre outras boas produções da TV e agora com suas mãos bem desenhadas faz um filme onde todos personagens(mesmo o que é invisível) tem um carisma especial, fazendo com que assimilamos cada um de uma forma a se apegar. A história também tem um bom ritmo sem precisar apelar para que entendamos cada ato e que tudo role tendo apresentação, meio e fechamento de boa forma. Ou seja, uma animação bem inteligente e que faz todos sairem felizes.
Os personagens estão bem dublados, usando bons trejeitos que temos em nosso país, é extremamente divertido ver o que falam de modo a nos ligar bastante com o que vemos, porém mesmo assim ainda gostaria de assistir ele legendado para não ouvir tanto tchan e ver as músicas na sua versão original. O trio principal que é o humano Jonathan, Drácula e sua filha Mavis estão bem interessantes para a trama e conduzem bem a história, porém alguns destaques ficam para os personagens secundários como a mulher tagarela do Frankenstein, o Lobisomen e seus muitos filhos que possuem um sotaque bem do interior, a múmia divertida e até mesmo o homem invisível e suas tiradas. Estou destacando esses que aparecem mais, porém todos tem uma participação bem bacana de modo a divertir sempre e até emocionar algumas vezes.
O visual do longa está bem trabalhado em texturas, onde tudo tem algum motivo de aparição, contando com cenários, objetos cênicos e personagens bem desenhados nesse quesito o filme é muito bem feito. Porém temos um pequeno problema, o famoso lance de só por ser uma animação acharem que cairia bem o filme ser 3D, pois com toda sinceridade não vi diferença alguma, tirando uma ou outra cena onde existem vôos que necessitasse da tecnologia, pois o diretor já é um bom mestre de sombras e só isso já faz o filme ser palpável sem a necessidade de que o filme tivesse a tecnologia 3D, tanto que em sua maioria da para até tirar os óculos da cara.
A parte musical ficou bem interessante, tanto nos efeitos sonoros e trilhas que acompanham o andamento do filme quanto das músicas que foram muito bem dubladas pelos dubladores brasileiros, cantando singles que fazem como sempre remeter aos bons e velhos filmes da Disney antiga, mas como disse ainda quero ver a versão original para saber se fica mais legal.
Enfim, é uma bela animação que recomendo tanto para a criançada quanto para pais que irão levar as crianças no cinema se divertirem, e claro porque não para apenas aqueles que gostam de um bom filme. Vale o ingresso como história e diversão, porém se tiver sem ser em 3D vale mais ainda. No geral como disse é diversão na certa pra todos. Fico por aqui hoje, mas ainda faltam mais dois dessa semana, então abraços e até logo pessoal.
O filme nos mostra que em um fim de semana especial, Drácula convida para seu luxuoso resort cinco estacas alguns dos mais famosos monstros do mundo - Frankenstein e sua esposa, a Múmia, o Homem-Invisível, uma família de lobisomens e outros mais -, para comemorar o aniversário de 118 anos de sua filha Mavis. Para ele, reunir todos estes monstros legendários não é problema, mas seus planos podem ir por água abaixo quando um rapaz comum aparece no hotel e coloca os olhos em Mavis.
Parece que está na moda os diretores de grandes séries de animação saírem das TVs e atacarem nos cinemas nesse ano, e quem sai ganhando com isso somos nós cinéfilos de carteirinha, pois voltamos a ter boas histórias bem dirigidas no cinema. Genndy Tartakovsky é o responsável por "O Laboratório de Dexter", "Meninas Super-Poderosas", entre outras boas produções da TV e agora com suas mãos bem desenhadas faz um filme onde todos personagens(mesmo o que é invisível) tem um carisma especial, fazendo com que assimilamos cada um de uma forma a se apegar. A história também tem um bom ritmo sem precisar apelar para que entendamos cada ato e que tudo role tendo apresentação, meio e fechamento de boa forma. Ou seja, uma animação bem inteligente e que faz todos sairem felizes.
Os personagens estão bem dublados, usando bons trejeitos que temos em nosso país, é extremamente divertido ver o que falam de modo a nos ligar bastante com o que vemos, porém mesmo assim ainda gostaria de assistir ele legendado para não ouvir tanto tchan e ver as músicas na sua versão original. O trio principal que é o humano Jonathan, Drácula e sua filha Mavis estão bem interessantes para a trama e conduzem bem a história, porém alguns destaques ficam para os personagens secundários como a mulher tagarela do Frankenstein, o Lobisomen e seus muitos filhos que possuem um sotaque bem do interior, a múmia divertida e até mesmo o homem invisível e suas tiradas. Estou destacando esses que aparecem mais, porém todos tem uma participação bem bacana de modo a divertir sempre e até emocionar algumas vezes.
O visual do longa está bem trabalhado em texturas, onde tudo tem algum motivo de aparição, contando com cenários, objetos cênicos e personagens bem desenhados nesse quesito o filme é muito bem feito. Porém temos um pequeno problema, o famoso lance de só por ser uma animação acharem que cairia bem o filme ser 3D, pois com toda sinceridade não vi diferença alguma, tirando uma ou outra cena onde existem vôos que necessitasse da tecnologia, pois o diretor já é um bom mestre de sombras e só isso já faz o filme ser palpável sem a necessidade de que o filme tivesse a tecnologia 3D, tanto que em sua maioria da para até tirar os óculos da cara.
A parte musical ficou bem interessante, tanto nos efeitos sonoros e trilhas que acompanham o andamento do filme quanto das músicas que foram muito bem dubladas pelos dubladores brasileiros, cantando singles que fazem como sempre remeter aos bons e velhos filmes da Disney antiga, mas como disse ainda quero ver a versão original para saber se fica mais legal.
Enfim, é uma bela animação que recomendo tanto para a criançada quanto para pais que irão levar as crianças no cinema se divertirem, e claro porque não para apenas aqueles que gostam de um bom filme. Vale o ingresso como história e diversão, porém se tiver sem ser em 3D vale mais ainda. No geral como disse é diversão na certa pra todos. Fico por aqui hoje, mas ainda faltam mais dois dessa semana, então abraços e até logo pessoal.
Looper - Assassinos do Futuro
É interessante quando você sai de uma sessão de cinema se perguntando mil coisas sobre o filme que acabou de ver, pois fica no ar toda a maravilha de o diretor não entregar tudo de mão beijada de forma que você fique horas dialogando com amigos sobre o que viu. Muitos irão falar que estou sendo incondizente, pois já reclamei muitas vezes disso, mas tem filmes que não têm motivos para serem assim e apenas são jogados, outros valem muito a pena ser dessa forma. "Looper - Assassinos do Futuro", é um exemplo dos que valem a pena deixar peças do quebra-cabeça no ar, pois o filme é um mix tão interessante de peças colocadas que se fossem entregues de graça acabaria sendo chato. Mas da forma que está tudo bem disposto é um filmaço para ver e rever.
O filme nos mostra que em um futuro não muito distante, as viagens no tempo existem, mas não são permitidas. Entretanto, um grupo de assassinos da máfia, os chamados Loopers, a utilizam para encobrir vestígios de seus assassinatos, enviando as vítimas de volta ao passado. Um desses assassinos, Joe, recebe a visita de sua versão no futuro e terá de lutar contra si mesmo para tentar sobreviver.
A história escrita e dirigida por Rian Johnson é bem complexa e em certos momentos acabamos perdendo até o foco do filme parando para pensar o que é cada coisa e o que está acontecendo, mas mesmo com essas percas, as quais recomendo assistir o filme com amigos para passar horas depois discutindo cada lance, o filme não perde em momento algum a empolgação e os meados da ótima história e da condução que o diretor soube dar no melhor estilo que teria nas mãos dos diretores considerados gênios no momento e no passado(Christopher Nolan e Ridley Scott). Um bom ponto para se ficar pensando depois é quem é quem, pois eu vi o final do filme como uma coisa, muitos verão como outras, afinal a escola do Nolan é boa, então o peão caiu ou não?
As atuações estão impecáveis dentre os protagonistas, um show nas mãos de Joseph Gordon-Levitt, Bruce Willis, Emily Blunt e Pierce Gagnon. Joseph Gordon-Levitt faz um personagem bem denso pra sua carreira e mesmo com tanta profundidade ainda consegue transmitir um bom carisma para ele e seguir a ação do começo ao fim, fazendo boas interpretações e diálogos de forma a dar tudo de si para agradar. Bruce Willis mostra que ainda sabe fazer bons filmes e ataca muito bem em seu personagem, claro que teve um momento que achei que ele fosse falar eu sou um mercenário com o tanto que sai atirando e matando todo mundo, mas tirando isso faz jus à sua boa época do cinema. Emily Blunt em alguns momentos faz muito bem seu papel, porém em outros parece assustada e desligada do momento em que está vivendo no filme, no geral agrada bastante, porém poderia ser melhor. Agora o grande nome do filme é Pierce Gagnon, de onde surgiu esse menino, que moleque do demo, sua interpretação é digna de pessoas com muitos anos de atuação, seus diálogos, suas facetas, seus trejeitos tudo está altissimamente bem encaixado, em sua segunda cena com Gordon-Levitt o garoto destrói a atuação do ator mais velho, muito bom mesmo, que não se perca na vida como um Macaulay Culkin da vida e se perca quando mais velho, pois se começou assim, quero ver como vai ficar no futuro. No filme até os coadjuvantes caem bem, são bons exemplos Jeff Daniels, Paul Dano e Noah Segan que conduzem muito bem os "vilões" do longa.
Quanto à questão visual do filme, temos muitos cenários interessantes, embora não muito aproveitados, tais como as cidades e a sala da máfia do filme, pois acredito que nesses cenários se rodassem muitas cenas ficariam caras pelo visual, mas os momentos que se passam nelas temos belos elementos. Porém os lugares onde o filme se passa na maior parte não perde em nada para esses que citei, tanto que mesmo na fazenda temos muitos elementos bem inteligentes para serem usados e pensados. A fotografia do longa achei um pouco suja demais para algo futurista, e não sei se foi bem encaixada, porém não atrapalha em nada o que a história quer passar que é o foco das personalidades, o que poderia ter sido usado com mais elementos visuais, embora o que o diretor quis era justamente o conflito da confusão.
Enfim, é um longa muito bom, inteligente e que muitos adorarão e muitos também odiarão, não acredito que seja um sucesso de bilheteria, mas recomendo sim que todos vejam e discutam com amigos o que achou de cada parte, pois esse sim é um filme feito para isso, causar o pensamento e discussão diferente de tantos outros inúteis por aí. Deixo os comentários abertos para podermos falar mais sobre o filme, mas peço que não revelem nada para outros leitores, caso precisem discutir algo que vá estragar mande via e-mail que respondo todos ao invés de dizer pontos mais concisos que estrague o que o filme tem de bom. Fico por aqui hoje, irei dormir pensando no filme ainda, mas amanhã tem mais posts por aqui. Abraços e até mais pessoal.
O filme nos mostra que em um futuro não muito distante, as viagens no tempo existem, mas não são permitidas. Entretanto, um grupo de assassinos da máfia, os chamados Loopers, a utilizam para encobrir vestígios de seus assassinatos, enviando as vítimas de volta ao passado. Um desses assassinos, Joe, recebe a visita de sua versão no futuro e terá de lutar contra si mesmo para tentar sobreviver.
A história escrita e dirigida por Rian Johnson é bem complexa e em certos momentos acabamos perdendo até o foco do filme parando para pensar o que é cada coisa e o que está acontecendo, mas mesmo com essas percas, as quais recomendo assistir o filme com amigos para passar horas depois discutindo cada lance, o filme não perde em momento algum a empolgação e os meados da ótima história e da condução que o diretor soube dar no melhor estilo que teria nas mãos dos diretores considerados gênios no momento e no passado(Christopher Nolan e Ridley Scott). Um bom ponto para se ficar pensando depois é quem é quem, pois eu vi o final do filme como uma coisa, muitos verão como outras, afinal a escola do Nolan é boa, então o peão caiu ou não?
As atuações estão impecáveis dentre os protagonistas, um show nas mãos de Joseph Gordon-Levitt, Bruce Willis, Emily Blunt e Pierce Gagnon. Joseph Gordon-Levitt faz um personagem bem denso pra sua carreira e mesmo com tanta profundidade ainda consegue transmitir um bom carisma para ele e seguir a ação do começo ao fim, fazendo boas interpretações e diálogos de forma a dar tudo de si para agradar. Bruce Willis mostra que ainda sabe fazer bons filmes e ataca muito bem em seu personagem, claro que teve um momento que achei que ele fosse falar eu sou um mercenário com o tanto que sai atirando e matando todo mundo, mas tirando isso faz jus à sua boa época do cinema. Emily Blunt em alguns momentos faz muito bem seu papel, porém em outros parece assustada e desligada do momento em que está vivendo no filme, no geral agrada bastante, porém poderia ser melhor. Agora o grande nome do filme é Pierce Gagnon, de onde surgiu esse menino, que moleque do demo, sua interpretação é digna de pessoas com muitos anos de atuação, seus diálogos, suas facetas, seus trejeitos tudo está altissimamente bem encaixado, em sua segunda cena com Gordon-Levitt o garoto destrói a atuação do ator mais velho, muito bom mesmo, que não se perca na vida como um Macaulay Culkin da vida e se perca quando mais velho, pois se começou assim, quero ver como vai ficar no futuro. No filme até os coadjuvantes caem bem, são bons exemplos Jeff Daniels, Paul Dano e Noah Segan que conduzem muito bem os "vilões" do longa.
Quanto à questão visual do filme, temos muitos cenários interessantes, embora não muito aproveitados, tais como as cidades e a sala da máfia do filme, pois acredito que nesses cenários se rodassem muitas cenas ficariam caras pelo visual, mas os momentos que se passam nelas temos belos elementos. Porém os lugares onde o filme se passa na maior parte não perde em nada para esses que citei, tanto que mesmo na fazenda temos muitos elementos bem inteligentes para serem usados e pensados. A fotografia do longa achei um pouco suja demais para algo futurista, e não sei se foi bem encaixada, porém não atrapalha em nada o que a história quer passar que é o foco das personalidades, o que poderia ter sido usado com mais elementos visuais, embora o que o diretor quis era justamente o conflito da confusão.
Enfim, é um longa muito bom, inteligente e que muitos adorarão e muitos também odiarão, não acredito que seja um sucesso de bilheteria, mas recomendo sim que todos vejam e discutam com amigos o que achou de cada parte, pois esse sim é um filme feito para isso, causar o pensamento e discussão diferente de tantos outros inúteis por aí. Deixo os comentários abertos para podermos falar mais sobre o filme, mas peço que não revelem nada para outros leitores, caso precisem discutir algo que vá estragar mande via e-mail que respondo todos ao invés de dizer pontos mais concisos que estrague o que o filme tem de bom. Fico por aqui hoje, irei dormir pensando no filme ainda, mas amanhã tem mais posts por aqui. Abraços e até mais pessoal.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Intocáveis
A França acerta mais uma vez ao escolher um drama "leve", bem contado e que mesmo não sendo daqueles de lavar os olhos lava a alma com doçura e comicidade para ser seu representante no Oscar. "Intocáveis" é daqueles filmes que você não tem vontade que acabe, que continue agradando a cada momento te levando cada vez mais longe de momentos tocantes e bem humorados pelos protagonistas. Ele faz você pensar que qualquer problema pode ser simples quando se tem a alegria ao invés de apenas olhar ele com piedade.
O filme nos mostra que Philippe é um aristocrata rico que, após sofrer um grave acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele decide contratar Driss, um jovem problemático. De início, eles enfrentam vários problemas, já que ambos têm temperamento forte, mas aos poucos passam a aprender um com o outro.
O mais bacana da história que embora seja simples, ela é real! Baseada na biografia contada no livro "O Segundo Suspiro", o longa é doce e mesmo tendo momentos totalmente previsíveis, ele consegue agradar de uma forma ímpar ao mostrar coisas que possivelmente quase ninguém faria, e claro ao mostrar o contraponto que qualquer deficiente ou pessoa com qualquer problema não quer piedade, ela deseja o mesmo que qualquer pessoa quer: felicidade, amigos e ser ajudada sem que seja tratada como coitadinha.
As atuações nem preciso dizer que são perfeitas, só dizendo que Omar Sy, foi o primeiro negro a ganhar um Cesar(Oscar francês) pelo filme né? Omar Sy faz um personagem como poucos veriam nas telas, ele ao mesmo tempo que tem um ar rude, é extremamente divertido, nos faz rir a todo momento com sua ingenuidade peculiar de quem não teve quase nenhuma educação e ao aprender as coisas do mundo rico faz tudo ficar mais engraçado, está perfeito. François Cluzet está muito bem, e imagino o quão difícil deve ter sido ficar estático durante todo o filme só mexendo a cabeça e ainda que fosse minimamente, sua atuação está muito boa e leve de ser vista, e em momento algum mostra ser um rico mesquinho que poderia ser. As atrizes embora não tenham muito ponto de chamariz para o longa, deixando o foco ficar mesmo nos principais, fazem bem feito nos momentos que precisam dialogar de forma a não atrapalhar o andamento geral do longa, destaque para Anne Le Ny que faz seu personagem ser menos forçado do que poderia ser.
O visual das paisagens por onde o filme se desenrola é de ficar olhando sem parar, e as locações foram extremamente bem escolhidas para que abrilhantassem mais ainda o filme, só precisaram tomar o devido cuidado para que elas não se sobressaíssem sobre os personagens. Os elementos cênicos escolhidos também estão bem presentes para dar detalhes de tudo como é a vida dos personagens, focando bem na distinção que o filme quis passar. Com esses elementos, a fotografia nem precisou ser trabalhada para que agradasse de qualquer forma que quisessem por, e mesmo assim está linda.
Muitos vão falar que eu sou ambíguo ao falar que a trilha aqui está bem colocada ao assistirem o filme, pois aqui temos o pianinho que reclamo na maioria dos filmes, tocando a todo momento para dar tom à emoção, porém aqui é o lugar e o momento correto de ser usado e de forma não tão pontual e chata como costuma ser vista, tem sentido o toque colocado. Outro bom momento da trilha está na festa de Philippe que temos um dos pontos mais divertidos do longa ao mostrar o gosto e o conhecimento musical de Driss.
Enfim, é um filmaço muito bom de se assistir e que dá um novo sentimento à como tratar os problemas da vida, nem sei se irá passar pela seleção dos filmes que vão realmente concorrer ao Oscar, mas caso passe será um que com certeza estarei torcendo. Recomendo à todos que assistam, e por ser um filme com distribuição pequena feita pela Califórnia Filmes caso não tenha chegado ainda em sua cidade, peça muito para que eles mandem, pois vale completamente o ingresso pago para assistir. Fico por aqui hoje, e essa semana ainda tenho mais um pra fechar, então abraços e até breve pessoal.
PS: Irão se perguntar o porque de não 10 e sim 9 na nota. Eu explico que embora o filme traga uma boa sensação, seja bem gostoso de assistir, faltou dar um pouquinho mais de drama para que o filme apertasse mais o coração, só isso. Poderia dar 9,5, mas não tenho notas quebradas então fica com 9 mesmo.
O filme nos mostra que Philippe é um aristocrata rico que, após sofrer um grave acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele decide contratar Driss, um jovem problemático. De início, eles enfrentam vários problemas, já que ambos têm temperamento forte, mas aos poucos passam a aprender um com o outro.
O mais bacana da história que embora seja simples, ela é real! Baseada na biografia contada no livro "O Segundo Suspiro", o longa é doce e mesmo tendo momentos totalmente previsíveis, ele consegue agradar de uma forma ímpar ao mostrar coisas que possivelmente quase ninguém faria, e claro ao mostrar o contraponto que qualquer deficiente ou pessoa com qualquer problema não quer piedade, ela deseja o mesmo que qualquer pessoa quer: felicidade, amigos e ser ajudada sem que seja tratada como coitadinha.
As atuações nem preciso dizer que são perfeitas, só dizendo que Omar Sy, foi o primeiro negro a ganhar um Cesar(Oscar francês) pelo filme né? Omar Sy faz um personagem como poucos veriam nas telas, ele ao mesmo tempo que tem um ar rude, é extremamente divertido, nos faz rir a todo momento com sua ingenuidade peculiar de quem não teve quase nenhuma educação e ao aprender as coisas do mundo rico faz tudo ficar mais engraçado, está perfeito. François Cluzet está muito bem, e imagino o quão difícil deve ter sido ficar estático durante todo o filme só mexendo a cabeça e ainda que fosse minimamente, sua atuação está muito boa e leve de ser vista, e em momento algum mostra ser um rico mesquinho que poderia ser. As atrizes embora não tenham muito ponto de chamariz para o longa, deixando o foco ficar mesmo nos principais, fazem bem feito nos momentos que precisam dialogar de forma a não atrapalhar o andamento geral do longa, destaque para Anne Le Ny que faz seu personagem ser menos forçado do que poderia ser.
O visual das paisagens por onde o filme se desenrola é de ficar olhando sem parar, e as locações foram extremamente bem escolhidas para que abrilhantassem mais ainda o filme, só precisaram tomar o devido cuidado para que elas não se sobressaíssem sobre os personagens. Os elementos cênicos escolhidos também estão bem presentes para dar detalhes de tudo como é a vida dos personagens, focando bem na distinção que o filme quis passar. Com esses elementos, a fotografia nem precisou ser trabalhada para que agradasse de qualquer forma que quisessem por, e mesmo assim está linda.
Muitos vão falar que eu sou ambíguo ao falar que a trilha aqui está bem colocada ao assistirem o filme, pois aqui temos o pianinho que reclamo na maioria dos filmes, tocando a todo momento para dar tom à emoção, porém aqui é o lugar e o momento correto de ser usado e de forma não tão pontual e chata como costuma ser vista, tem sentido o toque colocado. Outro bom momento da trilha está na festa de Philippe que temos um dos pontos mais divertidos do longa ao mostrar o gosto e o conhecimento musical de Driss.
Enfim, é um filmaço muito bom de se assistir e que dá um novo sentimento à como tratar os problemas da vida, nem sei se irá passar pela seleção dos filmes que vão realmente concorrer ao Oscar, mas caso passe será um que com certeza estarei torcendo. Recomendo à todos que assistam, e por ser um filme com distribuição pequena feita pela Califórnia Filmes caso não tenha chegado ainda em sua cidade, peça muito para que eles mandem, pois vale completamente o ingresso pago para assistir. Fico por aqui hoje, e essa semana ainda tenho mais um pra fechar, então abraços e até breve pessoal.
PS: Irão se perguntar o porque de não 10 e sim 9 na nota. Eu explico que embora o filme traga uma boa sensação, seja bem gostoso de assistir, faltou dar um pouquinho mais de drama para que o filme apertasse mais o coração, só isso. Poderia dar 9,5, mas não tenho notas quebradas então fica com 9 mesmo.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Ted
Sabe aquele estilo de filme feito para você se divertir numa noite triste? "Ted" é esse filme. Feito com a proposta de divertir com uma história tecnicamente infantil, mas completamente às avessas, o longa é extremamente inteligente por usar sacadas de filmes dos anos 80/90 aliado à uma boa computação gráfica que faz com que um urso de pelúcia praticamente seja confundido como uma pessoa.
A sinopse do filme nos mostra que em um Natal, o ursinho de pelúcia de John Bennett ganha vida. Os dois crescem juntos e, já adulto, ele deve escolher entre ficar com sua namorada Lori Collinsou manter sua amizade com o urso Ted.
Como podemos ver, não é um longa que tenha uma história difícil e nem é essa a proposta, mas o conteúdo do longa é do mais vasto possível, principalmente se você nunca assistiu nenhum filme dos anos 80 citados no longa, você irá apenas rir da situação engraçada, mas ficará se perguntando depois porque diabos você riu daquilo, agora aqueles que assistiram todos os filmes citados ou apenas referenciados por alguma cena irão rir muito com tudo que o diretor de uma das séries animadas mais irreverentes da TV("Uma Família da Pesada") traz para seu primeiro longa no cinema. E com o acerto de mão que teve tanto no roteiro que assina também quanto na direção, acredito que Seth MacFarlane deva voltar muito em breve para as telonas, pois o que faz de um filme de roteiro simples ter um conteúdo e diversão não é para qualquer um.
As atuações são bem levadas tanto por Mark Wahlberg e Mila Kunis quanto por todos os demais coadjuvantes que aparecem sejam em uma pequena ponta quanto numa cena um pouco maior. Mark parece que foi feito para estar em um filme de comédia, pois está com uma cara cômica completamente diferente do que já vimos nos grandes dramas que participou, e sua iteração com a animação computadorizada está de um nível que poucas vezes vimos por aí. Que Mila Kunis já fez papéis melhores isso é óbvio, pois aqui seus diálogos são meio soltos e acaba quase virando uma coadjuvante de luxo para o filme, sendo apenas uma gostosa(ops belo rosto) para ser colocado em um filme. O diretor também não bastasse ficar atrás das câmeras também ataca de voz\ do urso, e sabem que sua interpretação é muito bacana, fazendo uma voz grave para o urso além de ter excelentes diálogos com todos os personagens, soando mais humano do que urso para falar a verdade. As aparições de personagens de filmes dos anos 80 também foram bem colocadas e seus personagens fazendo eles próprios caem muito bem em cena. Os demais coadjuvantes só poderiam ser menos cliché em alguns momentos, fazendo absurdos tais como a dança do "vilão" do filme soarem completamente desnecessárias, mas não chega a atrapalhar o andamento do filme.
O visual do filme em si, até deveria ser mais simples de cenários, afinal colocar a computação gráfica em muitos lugares é um trabalho de se matar, mas não o diretor optou por ter pequenas cenas do urso em muitos lugares, e anda por quase toda a cidade onde se passa o filme, não que sejam cenários rebuscados, mas são bem colocados para a trama. Os elementos cênicos também estão bem presentes e o grande destaque de cenografia fica mesmo sendo absurdo de coisas quebrando para a cena de briga entre Ted e John num hotel. Como já disse a computação gráfica está entre as melhores que já vi, e os atores souberam muito bem para onde olhar parecendo realmente o urso estar falando com eles durante o filme. Outro bom detalhe de se prestar atenção como já disse é nas referências à filmes dos anos 80, tendo além dos filmes passando na TV, elementos cênicos dos filmes sempre presentes nos cenários.
Enfim, é um filme bem engraçado, que remete muito aos cinéfilos mais antigos principalmente, mas que não vai deixar por menos para aqueles que não conhecem os filmes antigos, ou seja diversão garantida. Existem sim alguns momentos toscos e outros de comedinha romântica cliché, que pode bater um cansaço, mas tirando esses poucos momentos, vale muito o ingresso pago e com certeza será um filme bom de se rever depois na TV. Não sei opinar se a versão dublada está interessante, pois vi que veio bastante cópias dubladas, mas graças ao bom Deus consegui ver legendado e as piadas, embora americanizadas demais estão bem bacanas. É isso pessoal, essa semana ainda tenho mais duas estréias para conferir, então até breve e fiquem com meu abraço por aí.
A sinopse do filme nos mostra que em um Natal, o ursinho de pelúcia de John Bennett ganha vida. Os dois crescem juntos e, já adulto, ele deve escolher entre ficar com sua namorada Lori Collinsou manter sua amizade com o urso Ted.
Como podemos ver, não é um longa que tenha uma história difícil e nem é essa a proposta, mas o conteúdo do longa é do mais vasto possível, principalmente se você nunca assistiu nenhum filme dos anos 80 citados no longa, você irá apenas rir da situação engraçada, mas ficará se perguntando depois porque diabos você riu daquilo, agora aqueles que assistiram todos os filmes citados ou apenas referenciados por alguma cena irão rir muito com tudo que o diretor de uma das séries animadas mais irreverentes da TV("Uma Família da Pesada") traz para seu primeiro longa no cinema. E com o acerto de mão que teve tanto no roteiro que assina também quanto na direção, acredito que Seth MacFarlane deva voltar muito em breve para as telonas, pois o que faz de um filme de roteiro simples ter um conteúdo e diversão não é para qualquer um.
As atuações são bem levadas tanto por Mark Wahlberg e Mila Kunis quanto por todos os demais coadjuvantes que aparecem sejam em uma pequena ponta quanto numa cena um pouco maior. Mark parece que foi feito para estar em um filme de comédia, pois está com uma cara cômica completamente diferente do que já vimos nos grandes dramas que participou, e sua iteração com a animação computadorizada está de um nível que poucas vezes vimos por aí. Que Mila Kunis já fez papéis melhores isso é óbvio, pois aqui seus diálogos são meio soltos e acaba quase virando uma coadjuvante de luxo para o filme, sendo apenas uma gostosa(ops belo rosto) para ser colocado em um filme. O diretor também não bastasse ficar atrás das câmeras também ataca de voz\ do urso, e sabem que sua interpretação é muito bacana, fazendo uma voz grave para o urso além de ter excelentes diálogos com todos os personagens, soando mais humano do que urso para falar a verdade. As aparições de personagens de filmes dos anos 80 também foram bem colocadas e seus personagens fazendo eles próprios caem muito bem em cena. Os demais coadjuvantes só poderiam ser menos cliché em alguns momentos, fazendo absurdos tais como a dança do "vilão" do filme soarem completamente desnecessárias, mas não chega a atrapalhar o andamento do filme.
O visual do filme em si, até deveria ser mais simples de cenários, afinal colocar a computação gráfica em muitos lugares é um trabalho de se matar, mas não o diretor optou por ter pequenas cenas do urso em muitos lugares, e anda por quase toda a cidade onde se passa o filme, não que sejam cenários rebuscados, mas são bem colocados para a trama. Os elementos cênicos também estão bem presentes e o grande destaque de cenografia fica mesmo sendo absurdo de coisas quebrando para a cena de briga entre Ted e John num hotel. Como já disse a computação gráfica está entre as melhores que já vi, e os atores souberam muito bem para onde olhar parecendo realmente o urso estar falando com eles durante o filme. Outro bom detalhe de se prestar atenção como já disse é nas referências à filmes dos anos 80, tendo além dos filmes passando na TV, elementos cênicos dos filmes sempre presentes nos cenários.
Enfim, é um filme bem engraçado, que remete muito aos cinéfilos mais antigos principalmente, mas que não vai deixar por menos para aqueles que não conhecem os filmes antigos, ou seja diversão garantida. Existem sim alguns momentos toscos e outros de comedinha romântica cliché, que pode bater um cansaço, mas tirando esses poucos momentos, vale muito o ingresso pago e com certeza será um filme bom de se rever depois na TV. Não sei opinar se a versão dublada está interessante, pois vi que veio bastante cópias dubladas, mas graças ao bom Deus consegui ver legendado e as piadas, embora americanizadas demais estão bem bacanas. É isso pessoal, essa semana ainda tenho mais duas estréias para conferir, então até breve e fiquem com meu abraço por aí.
domingo, 23 de setembro de 2012
Poder Paranormal
Filmes de suspense são interessantes de se analisar, pois ou chegam ao ponto de segurar a atenção ou acabam dispersando totalmente e acabam virando cômicos. “Poder Paranormal” tem uma forma de condução até que bacana, pois foca em desmascarar charlatões que se dizem paranormais, e se faz interessante até o final que poderia ser melhor, mas agrada na medida do possível.
O filme nos mostra que Margaret Matheson é uma psicóloga especializada no sobrenatural, que estuda os mais diferentes fenômenos metafísicos. Com seu ajudante Tom Buckley, ela tenta provar a origem fraudulenta dos fenômenos, até que Simon Silver, lendário vidente cego, reaparece 30 anos depois de uma ausência enigmática, tornando-se o maior desafio para a ciência e para os céticos profissionais.
O bacana da história que o diretor e roteirista Rodrigo Cortés consegue mostrar é que ele não se prende em filosofia alguma para defender alguma tese, e assim como em seu filme anterior consegue segurar o espectador do inicio ao fim, com a diferenciação de que lá ele só tinha um cenário, e aqui temos diversos e bem conduzidos pelas suas mãos. O problema da história acredito que seja não ter achado um foco final e acabar como na maioria dos suspenses dando uma solução óbvia mas que não era esperada pelo público em si, apesar de ter elementos que são reprisados no final para defender a teoria do diretor e mostrar que eles eram óbvios.
Com o elenco escolhido para o longa não tinha como errar, pois os três nomes fazem o longa andar com as próprias pernas sem que atrapalhe com caras e bocas nem com atuações falhas. Cillian Murphy é um ator que é pouco aproveitado em Hollywood, e em todos os filmes que atua consegue chamar a atenção para si, aqui ele faz um físico que eu chamaria mais de técnico de eletrônica para desvendar mistérios. Sigourney Weaver faz atuações fortes e marcantes, e aqui não é diferente, seu personagem só quebra um pouco o gelo na cena do hospital, mas por ser uma cena rápida não atrapalha. Robert De Niro volta a fazer bons papéis e se faz bem interessante no papel de um vidente místico, alguns momentos são mais fortes e até nos assusta com sua face.
O visual do filme é cheio de elementos interessantes que devem ser observados, pois fazem parte do contexto psíquico que o longa pede. Nesse quesito o trabalho da direção de arte foi primoroso ao escolher os cenários e locações para o filme. A fotografia escura também nos faz ficar prestando atenção para achar coisas intrigantes e em alguns momentos se assustar com o inesperado.
A trilha sonora do filme junto com os ruídos colocados poderiam ser um pouco menos infantis e dar um tom mais sombrio para que a tensão melhorasse mais, porém não estraga o tom do filme, apenas deixa aberto demais para que quem queira se assustar, se assuste.
Enfim, é um filme interessante com boas atuações, mas que poderia ser extremamente melhor se não pecasse em coisas sutis e tivesse um final menos comum. Vale a pena ser assistido pelo menos uma vez mas não é uma obra de arte primordial como foi o filme anterior do diretor. No geral é algo consistente e convincente pelo menos. É isso pessoal, fico por aqui mas essa semana ainda temos mais alguns filmes para conferir, então abraços e até breve.
sábado, 22 de setembro de 2012
Dredd em 3D
Filmes policiais passados no futuro estão querendo voltar à moda, alguns vão ser fracos e sem conteúdo, contando apenas com uma alta produção, tiroteios e mais nada que implique uma satisfação e outros feitos com baixo orçamento e visual magnífico para encher os olhos e fazer você falar nossa. "Dredd" se encaixa nessa segunda opção, o que causa um espanto bem interessante, pois não esperava nada desse filme, apenas tinha ouvido alguns amigos falar que era baseado numa história em quadrinhos e que teve uma versão mal feita pelo Stalone no passado.
Na cidade violenta e futurista de Mega City One, a 120 anos no futuro, a polícia tem autoridade para agir como juiz, júri e carrasco. O juiz Dredd, o mais temível deles, recebe uma missão: fazer um teste com uma juíza novata, a poderosa médium sensitiva Cassandra Anderson. No que seria apenas um dia de treinamento, os juízes aparentemente seguem para uma cena rotineira de crime, num cortiço conhecido como Peach Trees, administrada pelo clã da Ma-Ma. Quando eles tentam prender um dos capangas da organização criminosa, ela manda fechar o prédio de 200 andares e sai na captura dos juízes, que agora se encontram encurralados, numa luta implacável pela sobrevivência.
O interessante da história é que tudo ali embora esteja lotado de tiroteios ocorrem de forma a seguir com a história, do tipo dos juízes quererem sair dali com a justiça feita, não apenas fugirem ou matarem alguém, e isso faz com que mesmo você indo numa sessão da meia noite no cinema, sua atenção fique presa. Outro ponto extremamente favorável da direção de Pete Travis, que não tem uma vasta carreira, é que ele soube segurar o filme com as próprias mãos, pois com um orçamento baixíssimo para esse estilo de produção de apenas 45 milhões, ele faz tudo com perfeição de grandes nomes.
As atuações estão num nível muito bom também. Karl Urban faz uma postura muito rígida e em momento algum decepciona como um juiz violento na medida que tem de ser até mesmo quando é ferido em combate, proferindo diálogos de boa sonoridade para que sua atuação tenha um bom peso, já que seu personagem vive por trás de uma máscara que não dá para ser vista suas expressões. Olivia Thirlby se mostra mais segura do que nos filmes anteriores, mas nem por isso falha fazendo a interpretação de uma novata que precisa ser aprovada em seu teste, ela mostra a doçura mesmo estando sob um forte ataque de tiros e na cena onde entra na mente da pessoa, sabe dar um show de diálogo e persuasão, muito interessante esse ponto. O único porém do filme é que achei a vilã Ma-Ma, interpretada por Lena Headey muito bobinha, sempre acuada, fazendo umas caras e bocas meio sem motivo, ficando apenas como uma chefe do crime que manda fazer e foge quando o bicho pega, o roteiro ou a atriz poderiam ter dado mais para a personagem.
Agora falemos dum quesito altamente interessante do longa, o visual. Ainda não me informei se foi filmado com a câmera Phanton, mas acredito que sim, pelos efeitos visuais perfeitos em slow-motion que são usados perfeitamente dentro da linguagem e uso correto pois fazem parte do que a droga de mesmo nome do efeito(slo-mo) faz com o cérebro das pessoas. O que havia falado que faltou no filme "2 Coelhos" e "Sherlock Holmes: O Jogo das Sombras" de usar o efeito slow ótimo da câmera com o 3D, aqui ficou perfeitamente casado, e o que vemos na tela é um espetáculo visual de partículas caindo em câmera lenta passando pelos nossos olhos com o personagem ao fundo sem desfoque. A fotografia embora seja escura, não atrapalha em momento algum de que distinguamos cada personagem e agrada muito, pois toda sujeira e os tiros passam a fazer parte do contexto do filme de uma forma bem interessante.
Já que iniciei a falar do 3D, mais do que recomendo assistir o longa na tecnologia, passa a ser uma obrigação visual de ver o longa no cinema para ver tudo que é possível ser feito com uma boa câmera, temos profundidade, bons efeitos visuais e boa dinâmica tudo dentro de um contexto, nada que esteja colocado com a tecnologia apenas para agradar quem quer ver coisas voando da tela.
Outro ponto que já está incomodando é a trilha sonora futurista ao estilo "Tron" ou Daft Punk de ser. Caberia algo melhor para o filme, pois na metade da ação já estamos cansados de ouvir o mesmo. Pelo menos ela serve para manter o ritmo frenético do filme, mas que preferiria outro estilo com certeza preferiria.
Enfim, é um filme que vale o preço caro do ingresso 3D e também tem conteúdo para ser visto. Preferi não falar muito dos quadrinhos, pois não conheço, mas meu amigo que assistiu comigo e conhece a HQ disse que ficou bem fiel, então deve agradar esse nicho também. Torço para que tenha bilheteria, pois a produtora já pensa em transformar uma trilogia, então aguardaremos uma boa continuidade, já que esse tem começo, meio e fim sem necessitar de outra história para que finalize a trama. É isso, fico por aqui, mas esse final de semana está recheado de estréias, então abraços e até mais pessoal.
Na cidade violenta e futurista de Mega City One, a 120 anos no futuro, a polícia tem autoridade para agir como juiz, júri e carrasco. O juiz Dredd, o mais temível deles, recebe uma missão: fazer um teste com uma juíza novata, a poderosa médium sensitiva Cassandra Anderson. No que seria apenas um dia de treinamento, os juízes aparentemente seguem para uma cena rotineira de crime, num cortiço conhecido como Peach Trees, administrada pelo clã da Ma-Ma. Quando eles tentam prender um dos capangas da organização criminosa, ela manda fechar o prédio de 200 andares e sai na captura dos juízes, que agora se encontram encurralados, numa luta implacável pela sobrevivência.
O interessante da história é que tudo ali embora esteja lotado de tiroteios ocorrem de forma a seguir com a história, do tipo dos juízes quererem sair dali com a justiça feita, não apenas fugirem ou matarem alguém, e isso faz com que mesmo você indo numa sessão da meia noite no cinema, sua atenção fique presa. Outro ponto extremamente favorável da direção de Pete Travis, que não tem uma vasta carreira, é que ele soube segurar o filme com as próprias mãos, pois com um orçamento baixíssimo para esse estilo de produção de apenas 45 milhões, ele faz tudo com perfeição de grandes nomes.
As atuações estão num nível muito bom também. Karl Urban faz uma postura muito rígida e em momento algum decepciona como um juiz violento na medida que tem de ser até mesmo quando é ferido em combate, proferindo diálogos de boa sonoridade para que sua atuação tenha um bom peso, já que seu personagem vive por trás de uma máscara que não dá para ser vista suas expressões. Olivia Thirlby se mostra mais segura do que nos filmes anteriores, mas nem por isso falha fazendo a interpretação de uma novata que precisa ser aprovada em seu teste, ela mostra a doçura mesmo estando sob um forte ataque de tiros e na cena onde entra na mente da pessoa, sabe dar um show de diálogo e persuasão, muito interessante esse ponto. O único porém do filme é que achei a vilã Ma-Ma, interpretada por Lena Headey muito bobinha, sempre acuada, fazendo umas caras e bocas meio sem motivo, ficando apenas como uma chefe do crime que manda fazer e foge quando o bicho pega, o roteiro ou a atriz poderiam ter dado mais para a personagem.
Agora falemos dum quesito altamente interessante do longa, o visual. Ainda não me informei se foi filmado com a câmera Phanton, mas acredito que sim, pelos efeitos visuais perfeitos em slow-motion que são usados perfeitamente dentro da linguagem e uso correto pois fazem parte do que a droga de mesmo nome do efeito(slo-mo) faz com o cérebro das pessoas. O que havia falado que faltou no filme "2 Coelhos" e "Sherlock Holmes: O Jogo das Sombras" de usar o efeito slow ótimo da câmera com o 3D, aqui ficou perfeitamente casado, e o que vemos na tela é um espetáculo visual de partículas caindo em câmera lenta passando pelos nossos olhos com o personagem ao fundo sem desfoque. A fotografia embora seja escura, não atrapalha em momento algum de que distinguamos cada personagem e agrada muito, pois toda sujeira e os tiros passam a fazer parte do contexto do filme de uma forma bem interessante.
Já que iniciei a falar do 3D, mais do que recomendo assistir o longa na tecnologia, passa a ser uma obrigação visual de ver o longa no cinema para ver tudo que é possível ser feito com uma boa câmera, temos profundidade, bons efeitos visuais e boa dinâmica tudo dentro de um contexto, nada que esteja colocado com a tecnologia apenas para agradar quem quer ver coisas voando da tela.
Outro ponto que já está incomodando é a trilha sonora futurista ao estilo "Tron" ou Daft Punk de ser. Caberia algo melhor para o filme, pois na metade da ação já estamos cansados de ouvir o mesmo. Pelo menos ela serve para manter o ritmo frenético do filme, mas que preferiria outro estilo com certeza preferiria.
Enfim, é um filme que vale o preço caro do ingresso 3D e também tem conteúdo para ser visto. Preferi não falar muito dos quadrinhos, pois não conheço, mas meu amigo que assistiu comigo e conhece a HQ disse que ficou bem fiel, então deve agradar esse nicho também. Torço para que tenha bilheteria, pois a produtora já pensa em transformar uma trilogia, então aguardaremos uma boa continuidade, já que esse tem começo, meio e fim sem necessitar de outra história para que finalize a trama. É isso, fico por aqui, mas esse final de semana está recheado de estréias, então abraços e até mais pessoal.
domingo, 16 de setembro de 2012
E a Vida Continua...
Quando o filme "Chico Xavier" lotou todas as sessões possíveis e imaginárias, já falei que ia virar um filão gigantesco, o gênero drama espírita no Brasil, mas desde o lançamento de 2010, os longas baseados nos livros psicografados pelo medium famoso não vêm acertando a mão para empolgar o público e emocionar tanto como o longa do próprio medium. Em "E a Vida Continua..." poderia até ser um longa interessante, mas dois defeitos técnicos pecaram muito forte, a mixagem do som que fez o longa parecer ter sido dublado inteiro e a péssima escolha musical, que todos os outros filmes espíritas vêm pecando em colocar um maldito pianinho sendo tocado durante o filme todo.
Quando o carro da bela e jovem Evelina quebra na estrada, ela não faz ideia de como seus caminhos serão profundamente alterados para sempre. Socorrida pelo gentil Ernesto, Evelina logo fica sabendo que tanto ele como ela estão indo exatamente para o mesmo hotel. Coincidência? Talvez, mas Ernesto não acredita em coincidências. Imediatamente, eles desenvolvem uma amizade tão sólida que persistirá quando ambos passam para o outro plano. Será ali, do outro lado da vida, que Evelina e Ernesto enfrentarão enormes dificuldades e desafios, onde não faltarão surpresas e surpreendentes revelações.
O livro em que o filme foi baseado é considerado um dos best-sellers do medium Chico Xavier e praticamente o filme segue a mesma narrativa do livro, o que atrapalha alguns momentos ficando literal demais, do tipo de uma cena estar acontecendo, a pessoa fala sobre algo, vai lá e mostra o que foi aquele algo, isso num livro funciona, num filme não. E o diretor e roteirista estreante total, que nunca fez ou escreveu nenhum outro filme, apenas atuou em diversos outros, deve ter achado fácil pegar um livro e apenas jogá-lo na tela e que tudo daria certo, infelizmente não acertou a mão na direção fazendo com que o filme não tenha ritmo e quem sabe somente as pessoas que são ligadas à temática espírita vá curtir o longa, os demais que gostam apenas de ver um bom filme com toda certeza sairão decepcionados.
No quesito atuação ficou até difícil analisar pois devido ao problema que falei no começo do texto, tive de me abster rapidamente de ver interpretação vocal dos atores, já que a voz parecia estar saindo antes mesmo do ator falar. Mas mesmo tirando esse problema, achei as atuações do nicho principal Amanda Acosta e Luiz Baccelli bem fraquinhos, tanto que não sustentam suas cenas, dando mais enfoque para os atores que sempre aparecem juntos, os quais já possuem uma bagagem bem maior de filmes, novelas e afins, são os casos de Lima Duarte, Ana Lucia Torre, Rui Resende que nos momentos de diálogos seus fazem boas interpretações.
Visualmente o longa está bem interessante e evita usar um erro grande dos demais filmes do gênero que eram efeitos visuais que eram mais cômicos que bonitos, e assim o filme fica menos técnico e mais próximo a um visual de paraíso, mesmo que ainda assim os ambientes pareçam bem mais com um sanatório, como diz a personagem principal do que com algo que possamos imaginar como um lugar interessante para se passar a eternidade ou até a próxima reencarnação. Outro erro que todos os filmes do gênero vêm pecando é o excesso de fades black e white, cansam visualmente e parecem a todo momento que ou o filme acabou ou algo do estilo e não o que querem mostrar que é algum tipo de passagem, já foi a época que em jornalismo ou em filmes se usavam isso aos montes, hoje é algo muito ruim por a todo momento. A fotografia no geral é bonita, usando bastante cenários verdes, o contraluz funciona para dar um âmbito diferenciado e nos momentos que usam de tecnologia para passar para o lado ruim dos espíritos, também não ficou tão estranho, embora também não tenha ficado ainda bem legal.
Da trilha, me abstenho de falar muito, só que não aguento mais todo filme espírita tentarem convencer e emocionar com um pianinho tocando do início ao fim, vamos ser mais criativos por favor. A marcação de ritmo fica impossível de ser acompanhada, e ao invés de emocionar, passa a cansar.
Enfim, a história em si é bacana de ser vista e se fosse melhor transformada em longa com toda certeza caberia os louvores que o livro tem, mas dessa forma que foi jogado nas telas, a pretensão do diretor de atingir 1 milhão de espectadores só pode ser motivo de chacota, pois não ficou nem um pouco agradável de assistir. Mas também não posso falar que é um filme péssimo visto que já tiveram outros do gênero bem piores, então vou considerar ele como algo mediano. Encerro essa curta semana cinematográfica aqui, mas sexta tem mais. Abraços, boa semana para todos e até mais.
Quando o carro da bela e jovem Evelina quebra na estrada, ela não faz ideia de como seus caminhos serão profundamente alterados para sempre. Socorrida pelo gentil Ernesto, Evelina logo fica sabendo que tanto ele como ela estão indo exatamente para o mesmo hotel. Coincidência? Talvez, mas Ernesto não acredita em coincidências. Imediatamente, eles desenvolvem uma amizade tão sólida que persistirá quando ambos passam para o outro plano. Será ali, do outro lado da vida, que Evelina e Ernesto enfrentarão enormes dificuldades e desafios, onde não faltarão surpresas e surpreendentes revelações.
O livro em que o filme foi baseado é considerado um dos best-sellers do medium Chico Xavier e praticamente o filme segue a mesma narrativa do livro, o que atrapalha alguns momentos ficando literal demais, do tipo de uma cena estar acontecendo, a pessoa fala sobre algo, vai lá e mostra o que foi aquele algo, isso num livro funciona, num filme não. E o diretor e roteirista estreante total, que nunca fez ou escreveu nenhum outro filme, apenas atuou em diversos outros, deve ter achado fácil pegar um livro e apenas jogá-lo na tela e que tudo daria certo, infelizmente não acertou a mão na direção fazendo com que o filme não tenha ritmo e quem sabe somente as pessoas que são ligadas à temática espírita vá curtir o longa, os demais que gostam apenas de ver um bom filme com toda certeza sairão decepcionados.
No quesito atuação ficou até difícil analisar pois devido ao problema que falei no começo do texto, tive de me abster rapidamente de ver interpretação vocal dos atores, já que a voz parecia estar saindo antes mesmo do ator falar. Mas mesmo tirando esse problema, achei as atuações do nicho principal Amanda Acosta e Luiz Baccelli bem fraquinhos, tanto que não sustentam suas cenas, dando mais enfoque para os atores que sempre aparecem juntos, os quais já possuem uma bagagem bem maior de filmes, novelas e afins, são os casos de Lima Duarte, Ana Lucia Torre, Rui Resende que nos momentos de diálogos seus fazem boas interpretações.
Visualmente o longa está bem interessante e evita usar um erro grande dos demais filmes do gênero que eram efeitos visuais que eram mais cômicos que bonitos, e assim o filme fica menos técnico e mais próximo a um visual de paraíso, mesmo que ainda assim os ambientes pareçam bem mais com um sanatório, como diz a personagem principal do que com algo que possamos imaginar como um lugar interessante para se passar a eternidade ou até a próxima reencarnação. Outro erro que todos os filmes do gênero vêm pecando é o excesso de fades black e white, cansam visualmente e parecem a todo momento que ou o filme acabou ou algo do estilo e não o que querem mostrar que é algum tipo de passagem, já foi a época que em jornalismo ou em filmes se usavam isso aos montes, hoje é algo muito ruim por a todo momento. A fotografia no geral é bonita, usando bastante cenários verdes, o contraluz funciona para dar um âmbito diferenciado e nos momentos que usam de tecnologia para passar para o lado ruim dos espíritos, também não ficou tão estranho, embora também não tenha ficado ainda bem legal.
Da trilha, me abstenho de falar muito, só que não aguento mais todo filme espírita tentarem convencer e emocionar com um pianinho tocando do início ao fim, vamos ser mais criativos por favor. A marcação de ritmo fica impossível de ser acompanhada, e ao invés de emocionar, passa a cansar.
Enfim, a história em si é bacana de ser vista e se fosse melhor transformada em longa com toda certeza caberia os louvores que o livro tem, mas dessa forma que foi jogado nas telas, a pretensão do diretor de atingir 1 milhão de espectadores só pode ser motivo de chacota, pois não ficou nem um pouco agradável de assistir. Mas também não posso falar que é um filme péssimo visto que já tiveram outros do gênero bem piores, então vou considerar ele como algo mediano. Encerro essa curta semana cinematográfica aqui, mas sexta tem mais. Abraços, boa semana para todos e até mais.
sábado, 15 de setembro de 2012
Vizinhos Imediatos de 3° Grau
Gosto de comédias que fazem o público do cinema gargalhar sem que seja forçado demais, e os filmes de Ben Stiller, na sua maioria, possuem essa fórmula que cativa. Em "Vizinhos Imediatos de 3° Grau" ele mostra duas facetas bem interessantes que já vi acontecer tanto no cinema quanto na vida real, a famosa lavagem cerebral que grandes redes fazem com seus funcionários, tanto que as pessoas que trabalham dentro delas acabam se sentindo honradas em trabalhar lá e a outra faceta é um filme com aliens serem não tão aterrorizantes assim mesmo matando tudo que vêem em sua frente.
O filme nos mostra que quatro sujeitos comuns unem-se para formar um grupo de vigilância comunitária. Na verdade, a reunião do quarteto não passa de uma desculpa para escaparem de suas vidas sem graça. Mas tudo muda quando eles, acidentalmente, descobrem que a sua cidade foi invadida por extraterrestres.
A história do filme em si é bem simples, mas foi muito bem produzido, com efeitos altamente interessantes, para que a comédia em si ficasse de segundo plano, não que você ficasse sem rir mas que visualmente não fosse apenas uma comédia como as demais. O problema em si acontece que um filme não vive só de efeitos e em alguns momentos o excesso de efeitos cansa, porém graças a boas piadas que rolam não ficamos sem nos divertir e acabamos esquecendo um pouco da técnica falhando. Só um detalhe que quem for assistir dublado depois comentem aqui dizendo o que acharam, pois o longa tem toda a cara que assim como "Uma Noite do Museu" do próprio Stiller ficará mais divertido sendo inseridas piadas brasileiras ao invés das americanas.
No quesito atuação, os atores sabem fazer bem o ato cômico e não decepcionam. Destaque para Stiller, Hill e Vaughn que fazem um trio perfeito para a comédia, não que Ayoade seja ruim, mas está meio deslocado suas piadas. Hill já está virando policial cômico por natureza e logo vai parecer o Samuel L. Jackson que só faz personagens de um estilo, mas nem por isso ficamos sem rir de suas trapalhadas no filme. Vaughn estava meio desaparecido de boas comédias, e volta com tudo, claro que exagerando em alguns momentos falando alto demais, acredito que deva ter passado algum tempo nos teatros pra voltar assim, mas não incomoda não. Agora alguns atores acredito que nem sabem o que fizeram no filme, tanto que em algumas cenas parecem nem saber o que estão falando são eles Mel Rodriguez e Rosemary Dewitt. Tirando esses, os demais nem atrapalham nem ajudam, então nem vale comentar.
Como falei o longa está muito bem produzido então o que se vê do trabalho da direção de arte é um primor de blockbuster, tendo elementos para serem explodidos e enfeitar todos os cenários por onde estão os atores, nesse quesito o longa mostra-se muito bom. A fotografia escura ajudou bastante nos efeitos e trabalha bastante nos contra-luz para que os efeitos fiquem mais visíveis.
A trilha sonora do longa é bacana também, e conta com músicas bem escolhidas para ditar um ritmo para o longa. A cena onde os personagens cantam junto do rádio também foram bem encaixadas e ficam bem interessantes como uso dramático da história.
Enfim, é um filme divertido, mas que faltou algum detalhe para ficar perfeito, principalmente no final que esquecem um pouco da comédia e virá mais um sci-fi completo. Vale o ingresso pela diversão em si, mas poderia ser melhor se tivessem focado mais nas piadas e menos nos aliens. Fico por aqui hoje, e amanhã assisto a última estréia dessa semana aqui no interior com um filme brasileiro. Então abraços e até mais pessoal.
O filme nos mostra que quatro sujeitos comuns unem-se para formar um grupo de vigilância comunitária. Na verdade, a reunião do quarteto não passa de uma desculpa para escaparem de suas vidas sem graça. Mas tudo muda quando eles, acidentalmente, descobrem que a sua cidade foi invadida por extraterrestres.
A história do filme em si é bem simples, mas foi muito bem produzido, com efeitos altamente interessantes, para que a comédia em si ficasse de segundo plano, não que você ficasse sem rir mas que visualmente não fosse apenas uma comédia como as demais. O problema em si acontece que um filme não vive só de efeitos e em alguns momentos o excesso de efeitos cansa, porém graças a boas piadas que rolam não ficamos sem nos divertir e acabamos esquecendo um pouco da técnica falhando. Só um detalhe que quem for assistir dublado depois comentem aqui dizendo o que acharam, pois o longa tem toda a cara que assim como "Uma Noite do Museu" do próprio Stiller ficará mais divertido sendo inseridas piadas brasileiras ao invés das americanas.
No quesito atuação, os atores sabem fazer bem o ato cômico e não decepcionam. Destaque para Stiller, Hill e Vaughn que fazem um trio perfeito para a comédia, não que Ayoade seja ruim, mas está meio deslocado suas piadas. Hill já está virando policial cômico por natureza e logo vai parecer o Samuel L. Jackson que só faz personagens de um estilo, mas nem por isso ficamos sem rir de suas trapalhadas no filme. Vaughn estava meio desaparecido de boas comédias, e volta com tudo, claro que exagerando em alguns momentos falando alto demais, acredito que deva ter passado algum tempo nos teatros pra voltar assim, mas não incomoda não. Agora alguns atores acredito que nem sabem o que fizeram no filme, tanto que em algumas cenas parecem nem saber o que estão falando são eles Mel Rodriguez e Rosemary Dewitt. Tirando esses, os demais nem atrapalham nem ajudam, então nem vale comentar.
Como falei o longa está muito bem produzido então o que se vê do trabalho da direção de arte é um primor de blockbuster, tendo elementos para serem explodidos e enfeitar todos os cenários por onde estão os atores, nesse quesito o longa mostra-se muito bom. A fotografia escura ajudou bastante nos efeitos e trabalha bastante nos contra-luz para que os efeitos fiquem mais visíveis.
A trilha sonora do longa é bacana também, e conta com músicas bem escolhidas para ditar um ritmo para o longa. A cena onde os personagens cantam junto do rádio também foram bem encaixadas e ficam bem interessantes como uso dramático da história.
Enfim, é um filme divertido, mas que faltou algum detalhe para ficar perfeito, principalmente no final que esquecem um pouco da comédia e virá mais um sci-fi completo. Vale o ingresso pela diversão em si, mas poderia ser melhor se tivessem focado mais nas piadas e menos nos aliens. Fico por aqui hoje, e amanhã assisto a última estréia dessa semana aqui no interior com um filme brasileiro. Então abraços e até mais pessoal.
Resident Evil 5: Retribuição
Quando um filme se torna um numerário acabo ficando triste, pois fico sempre esperando que o próximo melhore algo, ou continue no mesmo ritmo frenético que acabou o anterior, e na maioria das vezes acabo frustrado. O novo longa "Resident Evil 5: Retribuição", pelo trailer tinha tudo para ser uma continuação extremamente válida, com toda a ação bem trabalhada no 4° filme, mas veio como apenas um número entre o 4 e o 6(sim o longa novamente deixa aberto para uma continuação, desnecessária, pois esse deveria ter engatado o que precisava e acabar, e não apenas ficar enchendo linguiça). Porém o que vale mesmo a pena é ver o 3D do longa que cada vez mais Paul W. S. Anderson mostra que sabe brincar com as câmeras tecnológicas para agradar a todos que gostam tanto de uma boa profundidade de campo quanto os que gostam de tudo voando para fora da tela, mas tirando isso não sobra mais nada do longa para ver.
O filme nos mostra que o mortal vírus T, da Umbrella Corporation, continua a desvastar o planeta Terra, transformando a população em mortos-vivos. A última esperança da raça humana, Alice, acorda no coração de um escritório clandestino da Umbrella e revela mais de seu passado misterioso. Sem um refúgio seguro, Alice continua sua busca pelos responsáveis pelo surto na Terra; uma busca que a leva de Tóquio para Nova York, Washington e Moscou, culminando em uma revelação que a forçará a repensar tudo o que um dia achou que fosse verdade. Auxiliada por novos aliados e velhos amigos, Alice precisa lutar para sobreviver e escapar de um mundo hostil à beira do esquecimento.
O mais interessante é fazer a comparação lendo a sinopse com o filme, principalmente com seu final, e verá exatamente o que citei na introdução desse texto, que é cadê o 5° filme? Pois com toda certeza essa poderá ser a sinopse do 6° já que isso tudo é o que ficará para o próximo. Que o longa contém todos os elementos que os fãs do jogo de videogame sempre quiseram ver na tela, sem dúvida alguma está lá, pois está todos os personagens principais, vilões, efeitos, etc, mas fazer um filme só por fazer sem colocar uma continuidade na história que seja, já é demais para meu gosto e bolso.
As atuações como sempre em filmes de ação são quase imperceptíveis, pois o que se vê na maior parte são saltos, tiros, arremessos, e muito pouco se vê dos atores dialogando em si. Mas Milla sabe ser a personagem Alice, afinal já em seu 5° filme com a mesma personagem, já pode ser considerada como a própria, fazendo sempre as mesmas caras e bocas. Nas cenas que apanha também achei um pouco falso seu sofrimento, ninguém apanharia tanto e continuaria com cara de mal. Dos demais personagens só merece destaque, embora quase que muda de diálogos para a atuação de Michelle Rodriguez que faz muito bem seus dois papéis, diferenciando-os de forma que não se assimilem tão facilmente, mas que continuem reconhecidos. Os papéis masculinos, diria que foram enfeites de tela apenas, pois apanham a valer das mulheres e atiram pra todo lado sem que sirva para nada.
Agora vamos falar do que vale a pena, e não é da nova Tecpix(momento Coelho engraçadinho apenas para descontrair a raiva que tive ao esperar por um filme que achava que seria sensacional e foi apenas mediano), que é do visual do filme, que embora seja escuro e aliado aos óculos 3D escurecem mais ainda, tem uma profundidade exemplar graças à tecnologia 3D, e os cenários estão muito bem colocados de forma que pela história pedir que sejam digitais, afinal nada é real como já diz a voz no trailer, então a preocupação para que a cenografia apenas imitasse o real, já ficou muito bem condizente. Os amplos cenários, sejam eles digitais ou construídos também agradam bastante, visto que o diretor usou bastante a câmera aberta, mostrando todo o espaço por onde passaria a história. Os elementos visuais estão presentes em todos os momentos, e na maioria são usados para voar para fora da tela usando a tecnologia, tudo está com perspectiva de visualização e de utilização.
Os efeitos são exagerados, sim! Mas o longa pede, pois a ação corre solta, e como o filme não tem nada a mais para ser mostrado se não tivesse isso seria realmente um lixo. Daí que entra o que falei, o longa só vale pagar para ser assistido em uma sala 3D, pois ver na TV ou de qualquer outra forma, vai ser o mesmo que ver um desenho animado bem ruim e sem contexto. Portanto vá ao cinema e se divirta com todas as explosões, tiros, armas, pedaços de construções e tudo mais que voar para fora da tela ou para o fundo usando a profundidade de campo.
A trilha sonora é um pouco repetitiva demais, mas agrada na medida do possível. Poderiam ter economizado um pouco nos efeitos futurísticos tanto nas músicas quanto na sonoridade dos objetos e tiros, pois ficaram falsos em diversos momentos.
Enfim, é uma produção grandiosíssima, que irá levar muito público ao cinema, mas se você não for um fã nato do jogo de videogame e estava esperando muito do filme pelo trailer assim como eu, a chance de sair frustrado da sala do cinema é bem alta. Portanto vá sem nenhuma perspectiva e se divirta com os elementos voadores, pois a chance de diversão é maior nesse caso. E como falei, se não for para ver em 3D nem vá assistir, espere o 6° filme que se seguir o que promete sem voltar demais com certeza agradará mais. Outro ponto bom desse filme é a retrospectiva inicial que faz para que quem não conheça a saga passe a conhecer e poder assistir dali pra frente. Bem é isso, falei até demais de um filme mediano, fico por aqui nesse início de semana cinematográfica e amanhã tem mais, então abraços e até lá.
O filme nos mostra que o mortal vírus T, da Umbrella Corporation, continua a desvastar o planeta Terra, transformando a população em mortos-vivos. A última esperança da raça humana, Alice, acorda no coração de um escritório clandestino da Umbrella e revela mais de seu passado misterioso. Sem um refúgio seguro, Alice continua sua busca pelos responsáveis pelo surto na Terra; uma busca que a leva de Tóquio para Nova York, Washington e Moscou, culminando em uma revelação que a forçará a repensar tudo o que um dia achou que fosse verdade. Auxiliada por novos aliados e velhos amigos, Alice precisa lutar para sobreviver e escapar de um mundo hostil à beira do esquecimento.
O mais interessante é fazer a comparação lendo a sinopse com o filme, principalmente com seu final, e verá exatamente o que citei na introdução desse texto, que é cadê o 5° filme? Pois com toda certeza essa poderá ser a sinopse do 6° já que isso tudo é o que ficará para o próximo. Que o longa contém todos os elementos que os fãs do jogo de videogame sempre quiseram ver na tela, sem dúvida alguma está lá, pois está todos os personagens principais, vilões, efeitos, etc, mas fazer um filme só por fazer sem colocar uma continuidade na história que seja, já é demais para meu gosto e bolso.
As atuações como sempre em filmes de ação são quase imperceptíveis, pois o que se vê na maior parte são saltos, tiros, arremessos, e muito pouco se vê dos atores dialogando em si. Mas Milla sabe ser a personagem Alice, afinal já em seu 5° filme com a mesma personagem, já pode ser considerada como a própria, fazendo sempre as mesmas caras e bocas. Nas cenas que apanha também achei um pouco falso seu sofrimento, ninguém apanharia tanto e continuaria com cara de mal. Dos demais personagens só merece destaque, embora quase que muda de diálogos para a atuação de Michelle Rodriguez que faz muito bem seus dois papéis, diferenciando-os de forma que não se assimilem tão facilmente, mas que continuem reconhecidos. Os papéis masculinos, diria que foram enfeites de tela apenas, pois apanham a valer das mulheres e atiram pra todo lado sem que sirva para nada.
Agora vamos falar do que vale a pena, e não é da nova Tecpix(momento Coelho engraçadinho apenas para descontrair a raiva que tive ao esperar por um filme que achava que seria sensacional e foi apenas mediano), que é do visual do filme, que embora seja escuro e aliado aos óculos 3D escurecem mais ainda, tem uma profundidade exemplar graças à tecnologia 3D, e os cenários estão muito bem colocados de forma que pela história pedir que sejam digitais, afinal nada é real como já diz a voz no trailer, então a preocupação para que a cenografia apenas imitasse o real, já ficou muito bem condizente. Os amplos cenários, sejam eles digitais ou construídos também agradam bastante, visto que o diretor usou bastante a câmera aberta, mostrando todo o espaço por onde passaria a história. Os elementos visuais estão presentes em todos os momentos, e na maioria são usados para voar para fora da tela usando a tecnologia, tudo está com perspectiva de visualização e de utilização.
Os efeitos são exagerados, sim! Mas o longa pede, pois a ação corre solta, e como o filme não tem nada a mais para ser mostrado se não tivesse isso seria realmente um lixo. Daí que entra o que falei, o longa só vale pagar para ser assistido em uma sala 3D, pois ver na TV ou de qualquer outra forma, vai ser o mesmo que ver um desenho animado bem ruim e sem contexto. Portanto vá ao cinema e se divirta com todas as explosões, tiros, armas, pedaços de construções e tudo mais que voar para fora da tela ou para o fundo usando a profundidade de campo.
A trilha sonora é um pouco repetitiva demais, mas agrada na medida do possível. Poderiam ter economizado um pouco nos efeitos futurísticos tanto nas músicas quanto na sonoridade dos objetos e tiros, pois ficaram falsos em diversos momentos.
Enfim, é uma produção grandiosíssima, que irá levar muito público ao cinema, mas se você não for um fã nato do jogo de videogame e estava esperando muito do filme pelo trailer assim como eu, a chance de sair frustrado da sala do cinema é bem alta. Portanto vá sem nenhuma perspectiva e se divirta com os elementos voadores, pois a chance de diversão é maior nesse caso. E como falei, se não for para ver em 3D nem vá assistir, espere o 6° filme que se seguir o que promete sem voltar demais com certeza agradará mais. Outro ponto bom desse filme é a retrospectiva inicial que faz para que quem não conheça a saga passe a conhecer e poder assistir dali pra frente. Bem é isso, falei até demais de um filme mediano, fico por aqui nesse início de semana cinematográfica e amanhã tem mais, então abraços e até lá.
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Totalmente Inocentes
Comédias que não querem ser levadas à sério sempre conseguem convencer, seja por divertir sem ter de manter a linha ou seja por ser absurda demais e acabar sendo divertido por isso. O primeiro longa de Rodrigo Bittencourt, "Totalmente Inocentes" consegue ir por essa linha e diverte bastante usando elementos mais puxado para o videogame, ""Será uma tendência à partir de 2 Coelhos????", que cativa quem estiver na sala do cinema, seja criançada ou até o mais rabugento dos adultos.
O filme em si é uma sátira de filmes consagrados do cinema nacional, como "Cidade de Deus" e "Tropa de Elite". A comunidade do DDC está em guerra. O branquelo Do Morro e o travesti Diaba Loira disputam o poder na comunidade. Alheio a isso, Da Fé acredita que precisa se tornar o chefe do morro para conquistar o amor de Gildinha, sua musa. Tudo piora quando o atrapalhado repórter Vanderlei forja uma capa que vai dar o que falar.
O mais intrigante no roteiro é que embora o longa queira satirizar outros ele não peca como a maioria das sátiras que é escrachar destruindo os filmes originais, ele acaba sendo uma história "nova" porém com efeitos bem colocados para dar uma graça maior do que os dramas sérios que foram suas bases. E nisso o diretor e roteirista estreante em longas Rodrigo Bittencourt acerta a mão de forma que o filme todo embora lotado de algumas piadas forçadas, seja bem leve e gostoso de assistir.
As atuações contam com muitos rostos conhecidos da TV Globo, mas também conta com uma boa quantidade de atores novatos, e isso que é interessante, pois eles não se deixam ameaçar pelos "grandes" nomes que estão junto e fazem bem feito. Claro que em alguns momentos, por ser sátira chega a irritar as atitudes dos personagens, mas fazem bem seus papéis. Os destaques de rostos conhecidos ficam para Fabio Porchat que desponta como um bom ator, diria até melhor que comediante, afinal nunca fui fã das piadas dele e para Mariana Rios que consegue seguir uma boa linha de atuação, fazendo caras e bocas à todo momento, mas de forma bem correta. O trio Kiko Mascarenhas, Fábio Assunção e Ingrid Guimarães também fazem seus papéis corretamente, mas poderiam ter se entregado mais para a trama. Da turminha nova de tela, o destaque fica pros momentos de tela do garotinho Carlos Evandro que faz o personagem Torrado, e demonstra uma aptidão para o enquadramento impressionante, além de ter falas longas e bem pontuadas, tem futuro!!! Outro destaque interessante é Felipe Neto fazendo ele mesmo, como narrador chato da história, realmente não poderia ser outra pessoa.
A cenografia está muito bem colocada, tanto que se vê elementos tanto dos filmes originais sendo satirizados, quanto elementos novos bem colocados para chamarem a atenção e embora tenha cenários bem pobres, ao exemplo da cadeia, tem outros como o QG das crianças completamente lotado de elementos. A fotografia aliada à equipe de efeitos digitais soube brincar bem com tudo que tinham em mãos fazendo com que o longa se parecesse muito com "2 Coelhos" no quesito digital, o que faz dele um nome tradicional pelo menos. Uma boa sacada que gosto muito de ver é a abertura sendo inserida em elementos do próprio filme, com personagens andando e os nomes passando de forma interativa, o melhor exemplo disso é "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain", mas existem vários outros bem usados também.
A parte musical ao mesmo tempo que é engraçada, irrita em alguns momentos, poderiam ter sido menos precários quanto à escolhas, vide as primeiras cenas de Fábio Assunção chega a ficar ridículo de tão bobo que quiseram deixar o personagem. Porém algumas músicas depois foram bem usadas, e o fechamento não poderia ser outra música senão a usada para dar todo o foco que o diretor quis deixar para o longa.
Enfim, não é um filme que falaria para se ver mais que uma vez, então muitos irão preferir ver na TV que passará com certeza principalmente por ter o selo Globo Filmes, mas é no mínimo um longa interessante de se assistir. Já vi muitas sátiras ruins e muitos filmes brasileiros péssimos, esse colocaria como uma boa sátira e um filme brasileiro dentro da média. Agrada no geral. Encerro a semana cinematográfica hoje, mas já me preparando para a que começa amanhã, então até breve pessoal, abraços e sempre comentem!
O filme em si é uma sátira de filmes consagrados do cinema nacional, como "Cidade de Deus" e "Tropa de Elite". A comunidade do DDC está em guerra. O branquelo Do Morro e o travesti Diaba Loira disputam o poder na comunidade. Alheio a isso, Da Fé acredita que precisa se tornar o chefe do morro para conquistar o amor de Gildinha, sua musa. Tudo piora quando o atrapalhado repórter Vanderlei forja uma capa que vai dar o que falar.
O mais intrigante no roteiro é que embora o longa queira satirizar outros ele não peca como a maioria das sátiras que é escrachar destruindo os filmes originais, ele acaba sendo uma história "nova" porém com efeitos bem colocados para dar uma graça maior do que os dramas sérios que foram suas bases. E nisso o diretor e roteirista estreante em longas Rodrigo Bittencourt acerta a mão de forma que o filme todo embora lotado de algumas piadas forçadas, seja bem leve e gostoso de assistir.
As atuações contam com muitos rostos conhecidos da TV Globo, mas também conta com uma boa quantidade de atores novatos, e isso que é interessante, pois eles não se deixam ameaçar pelos "grandes" nomes que estão junto e fazem bem feito. Claro que em alguns momentos, por ser sátira chega a irritar as atitudes dos personagens, mas fazem bem seus papéis. Os destaques de rostos conhecidos ficam para Fabio Porchat que desponta como um bom ator, diria até melhor que comediante, afinal nunca fui fã das piadas dele e para Mariana Rios que consegue seguir uma boa linha de atuação, fazendo caras e bocas à todo momento, mas de forma bem correta. O trio Kiko Mascarenhas, Fábio Assunção e Ingrid Guimarães também fazem seus papéis corretamente, mas poderiam ter se entregado mais para a trama. Da turminha nova de tela, o destaque fica pros momentos de tela do garotinho Carlos Evandro que faz o personagem Torrado, e demonstra uma aptidão para o enquadramento impressionante, além de ter falas longas e bem pontuadas, tem futuro!!! Outro destaque interessante é Felipe Neto fazendo ele mesmo, como narrador chato da história, realmente não poderia ser outra pessoa.
A cenografia está muito bem colocada, tanto que se vê elementos tanto dos filmes originais sendo satirizados, quanto elementos novos bem colocados para chamarem a atenção e embora tenha cenários bem pobres, ao exemplo da cadeia, tem outros como o QG das crianças completamente lotado de elementos. A fotografia aliada à equipe de efeitos digitais soube brincar bem com tudo que tinham em mãos fazendo com que o longa se parecesse muito com "2 Coelhos" no quesito digital, o que faz dele um nome tradicional pelo menos. Uma boa sacada que gosto muito de ver é a abertura sendo inserida em elementos do próprio filme, com personagens andando e os nomes passando de forma interativa, o melhor exemplo disso é "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain", mas existem vários outros bem usados também.
A parte musical ao mesmo tempo que é engraçada, irrita em alguns momentos, poderiam ter sido menos precários quanto à escolhas, vide as primeiras cenas de Fábio Assunção chega a ficar ridículo de tão bobo que quiseram deixar o personagem. Porém algumas músicas depois foram bem usadas, e o fechamento não poderia ser outra música senão a usada para dar todo o foco que o diretor quis deixar para o longa.
Enfim, não é um filme que falaria para se ver mais que uma vez, então muitos irão preferir ver na TV que passará com certeza principalmente por ter o selo Globo Filmes, mas é no mínimo um longa interessante de se assistir. Já vi muitas sátiras ruins e muitos filmes brasileiros péssimos, esse colocaria como uma boa sátira e um filme brasileiro dentro da média. Agrada no geral. Encerro a semana cinematográfica hoje, mas já me preparando para a que começa amanhã, então até breve pessoal, abraços e sempre comentem!
domingo, 9 de setembro de 2012
Projeto Dinossauro
Alguns filmes que fazemos pré-julgamentos antes de assistí-los podem nos surpreender na sala de cinema. Em "Projeto Dinossauro", não fui tão surpreendido quanto alguns outros filmes que ao assistir o trailer já falava que seria um lixo, mas pelo menos não foi tão ruim quanto eu pensava ser. O longa parece ser um mix de "Jurassic Park" com "Bruxa de Blair", onde as câmeras estão nas mãos dos personagens do filme e nos levam para um mundo desconhecido de dinossauros no meio da África. Poderia ser mais criativo, mas o longa diverte dentro da proposta de se movimentar na correria, ter apagões de câmeras e até estar no pescoço de um animal movimentando na mesma altura e dinâmica do bicho, bem como está na moda o lance de filmagem nas mãos dos atores.
O filme nos mostra que ao saírem em uma expedição na África, pai e filho descobrem uma espécie que pensavam ter sido extinta há 65 milhões de anos: dinossauros. Agora, com uma câmera na mão para documentar tudo, lutam para sobreviver.
A sinopse nem poderia ser muito mais alongada, pois a trama em si do filme é extremamente simples, os detalhes ficam para o desenrolar que assim como os demais filmes do gênero, "ficção documentada" ou como alguns outros falam filmes com câmera na mão do protagonista, sempre partem de um princípio de que tudo aquilo aconteceu com os protagonistas e depois alguma equipe descobre as filmagens, nesse caso são ditas na primeira cena do longa que foram 100 horas de material(me divirto quando leio isso na tela) e passa a exibir todo o material. A proposta do diretor de documentários, a maioria sobre paleontologia e dinossauros, agora no seu primeiro longa como diretor e roteirista é bacana e pode agradar aqueles que gostam do estilo escolhido para as filmagens, mas aqueles que não curtiram nem "Bruxa de Blair", nem "Atividade Paranormal", ou qualquer outro filme desse estilo, fuja, pois a chance de decepção é alta.
As atuações em si, assim como nos demais filmes do gênero, sempre é de atores desconhecidos das telonas no geral e costuma ser bem fracas, aqui não é diferente e embora tentem fazer boas caras de desespero, susto ou coisa do tipo por estarem presos a uma selva cheia de bichos que querem se alimentar deles, os atores em diversos momentos, mesmo cheio de sangue ou machucados nos corpos parecem estar andando por uma avenida vazia num final de semana, com cara de paisagem sem sal. O que tenta ser um pouquinho melhor é o garoto Matt Kane que faz o mais natural em cena, parecendo querer atuar mesmo, do restante é um pior que o outro quando está de frente para as câmeras.
O melhor do longa sem dúvida está na direção de arte, que conseguiu locações para filmar ele nos melhores pontos e a selva nos faz lembrar bem a animação "Em Busca do Vale Encantado" com um visual muito bonito de se ver. Os elementos que também foram usados no filme agradam e são bem colocados para parecer termos muitos itens, quando tecnicamente não se levaria tanta coisa depois do que ocorre no início. A computação gráfica dos dinossauros também está bem interessante e apesar de poucas espécies aparecerem por inteiro, agradam na textura. A fotografia é o que teve mais trabalho acredito, pois como muito das câmeras estão quase sempre correndo no meio da vegetação, acertar a luz exata para o filme com certeza foi um desafio, mas está bem colocada e mostra que sabiam o que tinham de fazer para que o filme não ficasse somente nos efeitos, esses que também estão bem colocados sem medo de errar, pois afinal são câmeras que batem, desligam e sofrem interferências que devem ser realmente mostradas.
Enfim, é um longa que não está nem entre os muito ruins, mas também está longe de ser algo genial, está mais para algo bem bolado, mas que se manteve nos moldes de outros filmes. Como disse acima, quem gostar do gênero de câmeras operadas pelos próprios atores talvez saia bem feliz com o resultado, mas senão fuja. Eu como costumo gostar desse estilo de filme, até que sai feliz, principalmente por não ser o horror que pensava ser ao ver o trailer. É isso pessoal, fico por aqui hoje, mas essa semana ainda tenho mais uma estréia para conferir e em breve posto ela aqui, por enquanto fica meu abraço e até mais pessoal.
O filme nos mostra que ao saírem em uma expedição na África, pai e filho descobrem uma espécie que pensavam ter sido extinta há 65 milhões de anos: dinossauros. Agora, com uma câmera na mão para documentar tudo, lutam para sobreviver.
A sinopse nem poderia ser muito mais alongada, pois a trama em si do filme é extremamente simples, os detalhes ficam para o desenrolar que assim como os demais filmes do gênero, "ficção documentada" ou como alguns outros falam filmes com câmera na mão do protagonista, sempre partem de um princípio de que tudo aquilo aconteceu com os protagonistas e depois alguma equipe descobre as filmagens, nesse caso são ditas na primeira cena do longa que foram 100 horas de material(me divirto quando leio isso na tela) e passa a exibir todo o material. A proposta do diretor de documentários, a maioria sobre paleontologia e dinossauros, agora no seu primeiro longa como diretor e roteirista é bacana e pode agradar aqueles que gostam do estilo escolhido para as filmagens, mas aqueles que não curtiram nem "Bruxa de Blair", nem "Atividade Paranormal", ou qualquer outro filme desse estilo, fuja, pois a chance de decepção é alta.
As atuações em si, assim como nos demais filmes do gênero, sempre é de atores desconhecidos das telonas no geral e costuma ser bem fracas, aqui não é diferente e embora tentem fazer boas caras de desespero, susto ou coisa do tipo por estarem presos a uma selva cheia de bichos que querem se alimentar deles, os atores em diversos momentos, mesmo cheio de sangue ou machucados nos corpos parecem estar andando por uma avenida vazia num final de semana, com cara de paisagem sem sal. O que tenta ser um pouquinho melhor é o garoto Matt Kane que faz o mais natural em cena, parecendo querer atuar mesmo, do restante é um pior que o outro quando está de frente para as câmeras.
O melhor do longa sem dúvida está na direção de arte, que conseguiu locações para filmar ele nos melhores pontos e a selva nos faz lembrar bem a animação "Em Busca do Vale Encantado" com um visual muito bonito de se ver. Os elementos que também foram usados no filme agradam e são bem colocados para parecer termos muitos itens, quando tecnicamente não se levaria tanta coisa depois do que ocorre no início. A computação gráfica dos dinossauros também está bem interessante e apesar de poucas espécies aparecerem por inteiro, agradam na textura. A fotografia é o que teve mais trabalho acredito, pois como muito das câmeras estão quase sempre correndo no meio da vegetação, acertar a luz exata para o filme com certeza foi um desafio, mas está bem colocada e mostra que sabiam o que tinham de fazer para que o filme não ficasse somente nos efeitos, esses que também estão bem colocados sem medo de errar, pois afinal são câmeras que batem, desligam e sofrem interferências que devem ser realmente mostradas.
Enfim, é um longa que não está nem entre os muito ruins, mas também está longe de ser algo genial, está mais para algo bem bolado, mas que se manteve nos moldes de outros filmes. Como disse acima, quem gostar do gênero de câmeras operadas pelos próprios atores talvez saia bem feliz com o resultado, mas senão fuja. Eu como costumo gostar desse estilo de filme, até que sai feliz, principalmente por não ser o horror que pensava ser ao ver o trailer. É isso pessoal, fico por aqui hoje, mas essa semana ainda tenho mais uma estréia para conferir e em breve posto ela aqui, por enquanto fica meu abraço e até mais pessoal.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Paranorman em 3D
Desde que a computação gráfica entrou de vez nas animações, nem os tão famosos stop-motions que seguiam uma linha bem tradicionalista sobreviveram sem que um 3D seja colocado, ou que os fundos tivessem imensos efeitos digitais. Com essa linha "Paranorman" que entrou em cartaz em poucas salas chega para divertir, sim o terror zumbi animado é um filme onde mais se ri do que fica com medo dos monstros, e mostra que a produtora responsável por excelentes comerciais envolvendo humanos e animações, também sabe fazer bons filmes, mesmo que para isso precise colocar diversos clichés para agradar.
O filme nos mostra que Norman é um menino que fala com os mortos. Para salvar sua cidade de uma maldição secular, ele terá de lidar com zumbis, bruxas, fantasmas e, pior, adultos idiotas. Porém, em sua missão, o jovem aniquilador de feitiços poderá ter suas habilidades paranormais levadas além de seus limites.
A sinopse pode parecer um filme complicado, mas é bem simples de ser assistido, pois tudo que ocorre faz por divertir, até mesmo nas partes mais sérias o longa puxa pro lado cômico da coisa. A modelagem dos bonecos que são diria 60-70% feitos em stop-motion está bem interessante e agrada no geral. Os efeitos do filme também foram bem feitos e fazem o longa parecer menos desenho em alguns momentos. A direção só poderia ter economizado um pouco nos clichés tradicionais de filmes de zumbi que agradaria um pouco mais, mas não chega a incomodar.
Os personagens em si são bem carismáticos e nos fazem torcer por eles e se familiarizar muitas vezes. Acredito que o filme sem ser dublado deva ser até mais interessante e menos cômico que a versão brasileira, mas como animações raramente vêm com cópias legendadas, assistimos assim mesmo. Norman é um personagem que ao mesmo tempo que gostamos dele com o andar da história, no começo ficamos um pouco bravos com as besteiras que fazem dele um tradicional garoto largado pela sociedade, aqueles que temos mais pena do que dó mesmo, mas depois acaba virando um personagem cativante. O gordinho Neil é o responsável pelas boas risadas junto com seu irmão, pois fazem as maiores besteiras do filme. A irmã de Norman, Courtney, também junto de Alvin faz boas cenas e formam o grupo completo da história, que desenrola bem sem precisar apelar. Os demais personagens fazem seus papéis, mas nem acabam sendo necessários para o desenrolar em si.
Como o filme mistura computação com stop-motion, não dá para diferenciar muito se o cenário em si foi modelado para os bonecos ou apenas desenhado no computador, mas agrada bastante visualmente para a proposta que foi colocado no filme. O único porém do longa que mais uma vez fico sem entender é o motivo de ter sido colocado em 3D, pois nem a profundidade em si está bem colocada, mas o principal acredito ter sido transformar o filme em menos animação e mais percepção humana, se for isso para os olhos críticos até vai agradar, mas para aqueles que forem procurar algo saltando da tela ou longos cenários que se vê cada detalhe, podem esquecer.
Enfim, é um filme interessante, agrada pelo visual e por ter bons personagens, mas esperava um pouco mais, afinal adoro filmes feitos utilizando a tecnologia antiga stop-motion, mas dessa vez a computação dominou um pouco mais. Valeria mais o ingresso caso fosse 2D, mas pelo menos diverte bastante, mais os pais que curtem esse lance de zumbis que as crianças presentes na sala, pois vi os pais racharem de rir, enquanto as crianças apenas assistiam, então pode ser que seja um filme apenas com a desculpa de levar o filho e se divertir mais que ele. Bem é isso, fico por aqui hoje, mas essa semana ainda temos mais estréias, abraços e até breve pessoal.
O filme nos mostra que Norman é um menino que fala com os mortos. Para salvar sua cidade de uma maldição secular, ele terá de lidar com zumbis, bruxas, fantasmas e, pior, adultos idiotas. Porém, em sua missão, o jovem aniquilador de feitiços poderá ter suas habilidades paranormais levadas além de seus limites.
A sinopse pode parecer um filme complicado, mas é bem simples de ser assistido, pois tudo que ocorre faz por divertir, até mesmo nas partes mais sérias o longa puxa pro lado cômico da coisa. A modelagem dos bonecos que são diria 60-70% feitos em stop-motion está bem interessante e agrada no geral. Os efeitos do filme também foram bem feitos e fazem o longa parecer menos desenho em alguns momentos. A direção só poderia ter economizado um pouco nos clichés tradicionais de filmes de zumbi que agradaria um pouco mais, mas não chega a incomodar.
Os personagens em si são bem carismáticos e nos fazem torcer por eles e se familiarizar muitas vezes. Acredito que o filme sem ser dublado deva ser até mais interessante e menos cômico que a versão brasileira, mas como animações raramente vêm com cópias legendadas, assistimos assim mesmo. Norman é um personagem que ao mesmo tempo que gostamos dele com o andar da história, no começo ficamos um pouco bravos com as besteiras que fazem dele um tradicional garoto largado pela sociedade, aqueles que temos mais pena do que dó mesmo, mas depois acaba virando um personagem cativante. O gordinho Neil é o responsável pelas boas risadas junto com seu irmão, pois fazem as maiores besteiras do filme. A irmã de Norman, Courtney, também junto de Alvin faz boas cenas e formam o grupo completo da história, que desenrola bem sem precisar apelar. Os demais personagens fazem seus papéis, mas nem acabam sendo necessários para o desenrolar em si.
Como o filme mistura computação com stop-motion, não dá para diferenciar muito se o cenário em si foi modelado para os bonecos ou apenas desenhado no computador, mas agrada bastante visualmente para a proposta que foi colocado no filme. O único porém do longa que mais uma vez fico sem entender é o motivo de ter sido colocado em 3D, pois nem a profundidade em si está bem colocada, mas o principal acredito ter sido transformar o filme em menos animação e mais percepção humana, se for isso para os olhos críticos até vai agradar, mas para aqueles que forem procurar algo saltando da tela ou longos cenários que se vê cada detalhe, podem esquecer.
Enfim, é um filme interessante, agrada pelo visual e por ter bons personagens, mas esperava um pouco mais, afinal adoro filmes feitos utilizando a tecnologia antiga stop-motion, mas dessa vez a computação dominou um pouco mais. Valeria mais o ingresso caso fosse 2D, mas pelo menos diverte bastante, mais os pais que curtem esse lance de zumbis que as crianças presentes na sala, pois vi os pais racharem de rir, enquanto as crianças apenas assistiam, então pode ser que seja um filme apenas com a desculpa de levar o filho e se divertir mais que ele. Bem é isso, fico por aqui hoje, mas essa semana ainda temos mais estréias, abraços e até breve pessoal.
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
A Delicadeza do Amor
É sempre interessante ver filmes franceses, pois já vou sabendo que ou vai ser algo muito bacana ou vai avacalhar por completo. Quando é uma comédia romântica ou drama cômico romântico como está mais na moda não tem como errar na fórmula do não existir meio termo. "A Delicadeza do Amor" felizmente se encaixa no perfil dos bons filmes, pois agrada com um roteiro bem simples, meio imaginário de personagens, mas que cumpre bem seu papel e faz você sair da sala com uma boa leveza.
O filme nos mostra que Nathalie tem uma vida maravilhosa. Ela é jovem, bonita e tem o casamento perfeito. Mas quando seu marido morre num acidente, seu mundo vira de ponta cabeça. Nos anos seguintes, ela foca em seu trabalho, deixando seus sentimentos de lado. Então, de repente, sem mesmo entender o porquê, ela beija o homem mais inesperado: seu colega de trabalho, Markus. Esse casal incomum embarca numa jornada emocional.
O roteiro em si é bem linear sem grandes picos de mudanças, apenas algumas passagens de tempo estranhamente rápidas que atrapalham um pouco a narrativa, mas tirando isso é bem leve de assimilar e gostoso de ver. Os irmãos diretores também conseguem fazer um tom leve na direção sem forçar o riso ou a pena comum de ser imprimida com certa rigidez. Além da forma delicada que tratam o amor ser bem bonitinha, mas altamente improvável nos dias de hoje.
As atuações estão bem colocadas nas mãos de Audrey Tautou e François Damiens que embora tenham uma boa química entre si, fazem personagens que pouco se veriam nas ruas(e principalmente nas empresas) hoje. Audrey é uma excelente atriz, isso é fato, mas acho que a rispidez criada para o personagem pesou um pouco sobre seu semblante, tanto que é natural se ver no filme que ela está nervosa com o papel. François consegue fazer praticamente num único filme e único personagem, três interpretações diferentes, não sei se o papel pedia ou se ele acabou fazendo ao acaso, e isso da mesma forma que agrada, confunde o espectador deixando no ar o que o personagem realmente sentia, apesar de que as palavras finais são bem profundas e acertam no alvo. Dos demais personagens, praticamente não temos nenhum que salte os olhos da interpretação, pois todos aparecem bem pouco, colocaria apenas um chamariz pequeno para o personagem de Bruno Todeschini que nas cenas de escritório faz um bom papel, mas na cena do bar já não convence como um bêbado.
A plástica visual do longa é bacana, contando com diversos elementos cênicos, principalmente na cena logo após a morte do marido de Nathalie, mas embora sempre presentes em cena uma gama grande de objetos, a maioria acaba nem sendo útil em si para a cena, apenas compõem o cenário mesmo. Os cenários externos esses sim vale de detalhes para se observar tanto para o ambiente criado em si, quanto para o teor da fotografia que foi escolhida para dar o tom da cena. Bem montado nesse quesito.
As baladas escolhidas para a trilha são bem interessantes, variando de todos os gêneros possíveis para dar o ritmo que cada ato do filme pede, porém perde um pouco a nuance de deixar o filme com um tom único, variando de pastelão até algo inusitado como na cena do presente.
Enfim, casais apaixonados irão adorar o filme e pessoas solteiras irão sair reclamando de ser 100% impossível de ocorrer algo do tipo, mas no geral todos sairão felizes com o resultado que pagaram para assistir. Não diria que é o melhor filme francês que já vi, principalmente pelos defeitinhos que apontei no texto acima, mas é um filme que reveria. Fico por aqui, encerrando a semana cinematográfica do interior, mas sexta estou de volta com as estréias, então abraços e até lá pessoal.
O filme nos mostra que Nathalie tem uma vida maravilhosa. Ela é jovem, bonita e tem o casamento perfeito. Mas quando seu marido morre num acidente, seu mundo vira de ponta cabeça. Nos anos seguintes, ela foca em seu trabalho, deixando seus sentimentos de lado. Então, de repente, sem mesmo entender o porquê, ela beija o homem mais inesperado: seu colega de trabalho, Markus. Esse casal incomum embarca numa jornada emocional.
O roteiro em si é bem linear sem grandes picos de mudanças, apenas algumas passagens de tempo estranhamente rápidas que atrapalham um pouco a narrativa, mas tirando isso é bem leve de assimilar e gostoso de ver. Os irmãos diretores também conseguem fazer um tom leve na direção sem forçar o riso ou a pena comum de ser imprimida com certa rigidez. Além da forma delicada que tratam o amor ser bem bonitinha, mas altamente improvável nos dias de hoje.
As atuações estão bem colocadas nas mãos de Audrey Tautou e François Damiens que embora tenham uma boa química entre si, fazem personagens que pouco se veriam nas ruas(e principalmente nas empresas) hoje. Audrey é uma excelente atriz, isso é fato, mas acho que a rispidez criada para o personagem pesou um pouco sobre seu semblante, tanto que é natural se ver no filme que ela está nervosa com o papel. François consegue fazer praticamente num único filme e único personagem, três interpretações diferentes, não sei se o papel pedia ou se ele acabou fazendo ao acaso, e isso da mesma forma que agrada, confunde o espectador deixando no ar o que o personagem realmente sentia, apesar de que as palavras finais são bem profundas e acertam no alvo. Dos demais personagens, praticamente não temos nenhum que salte os olhos da interpretação, pois todos aparecem bem pouco, colocaria apenas um chamariz pequeno para o personagem de Bruno Todeschini que nas cenas de escritório faz um bom papel, mas na cena do bar já não convence como um bêbado.
A plástica visual do longa é bacana, contando com diversos elementos cênicos, principalmente na cena logo após a morte do marido de Nathalie, mas embora sempre presentes em cena uma gama grande de objetos, a maioria acaba nem sendo útil em si para a cena, apenas compõem o cenário mesmo. Os cenários externos esses sim vale de detalhes para se observar tanto para o ambiente criado em si, quanto para o teor da fotografia que foi escolhida para dar o tom da cena. Bem montado nesse quesito.
As baladas escolhidas para a trilha são bem interessantes, variando de todos os gêneros possíveis para dar o ritmo que cada ato do filme pede, porém perde um pouco a nuance de deixar o filme com um tom único, variando de pastelão até algo inusitado como na cena do presente.
Enfim, casais apaixonados irão adorar o filme e pessoas solteiras irão sair reclamando de ser 100% impossível de ocorrer algo do tipo, mas no geral todos sairão felizes com o resultado que pagaram para assistir. Não diria que é o melhor filme francês que já vi, principalmente pelos defeitinhos que apontei no texto acima, mas é um filme que reveria. Fico por aqui, encerrando a semana cinematográfica do interior, mas sexta estou de volta com as estréias, então abraços e até lá pessoal.
domingo, 2 de setembro de 2012
Procura-se um Amigo Para o Fim do Mundo
Me sinto honrado quando vejo um filme de uma diretora estreante que tem em seu roteiro todas as características de tudo que se precisa para um filme comover: drama, romance e comédia leve. E fico mais feliz ainda com a escolha de Steve Carell que vem mudando levemente de comédias bobas para tons mais dramáticos acertados. Com isso dito, já podem ver que adorei "Procura-se um Amigo Para o Fim do Mundo", que felizmente foi traduzido no original também, o longa não vai agradar a todos, principalmente àqueles que comprarem como uma comédia, mas o filme contém uma leveza para o mesmo drama forte que "Melancolia" tratou aos berros.
O filme nos mostra que Dodge foi abandonado pela esposa após descobrir que um meteoro se chocará com a Terra em um curto espaço de tempo. Decidido a recuperar o tempo perdido, ele sai numa viagem para encontrar uma namorada dos tempos de escola e acaba conhecendo Penny no meio dessa confusa história.
A história do filme em si é bem simples, porém as artimanhas feitas nos diálogos extremamente bem construídos e interpretados pelos atores envolvem de uma maneira, que deslancha com suavidade todo o drama que passam os personagens do filme. Conseguimos ver desde os que nem ligam para que o mundo acabe e continuam suas vidas como nada estivesse acontecendo até os que se desesperam e saem fazendo uma algazarra completa. A diretora Lorene Scafaria consegue mostrar em seu primeiro ato como diretora, já fora roteirista e atriz em diversos outros filmes, que tem potencial e mãos firmes para conduzir um drama sem precisar forçar a boa amizade que se preze, e é visto isso nas atuações, pois todos os atores parecem estar se deliciando com o longa e não sofrendo como vemos em alguns filmes. Lorene está de parabéns tanto pelo roteiro quanto pelo lindo filme que conseguiu dirigir.
As atuações de Steve Carell e Keira Knightley mostra a química que atores precisam para uma boa comédia romântica, mas ao mesmo tempo que seguram as pontas para que o longa não saia do tema que é dramático. Carell já tinha dado um show em "Um Divã Para Dois" que saiu esses dias por aqui, e agora confirma mais ainda que deve ficar nessa linha do drama com pitadas cômicas, ao mostrar um personagem que sofre por ser solitário querendo ter algum amigo, ao mesmo tempo que não quer ter alguém para dividir os problemas. Knightley é uma atriz que varia por demais seus gêneros, e sempre consegue mostrar-se bem para as câmeras, aqui não seria diferente, sendo forte por dentro e boba por fora, agrada na medida o seu personagem ao mesmo tempo que nos deixa bravos. Os demais personagens sempre que entram em cena, trazem bons tons e diálogos, nunca forçando para aparecer e também de modo que não sumam da mente, o destaque entre eles embora que de poucas cenas fica para Tonita Castro e Martin Sheen, pois ambos dão boas lições quando estão em quadro.
Fazia tempo que não via uma cenografia que fala tanto, o peso dos vinis empregados no longa, dando sentido juntamente com o lance das cartas são detalhes pequenos mas que se vistos dão um outro ar para o longa, e esses são apenas dois exemplos de tudo que a direção de arte pois no longa valorizando um pouco de tudo. A fotografia poderia ter sido melhor empregada para dar tom ao filme, ficando com o básico apenas, porém os ângulos escolhidos para as câmeras agradam bastante ao dar ênfase nos protagonistas.
Como a protagonista coleciona vinis e tem um bom gosto musical, a trilha sonora não poderia ser de melhor qualidade, ouvimos músicas que fazem todo o sentido de embalar o longa do começo ao fim, agradando os ouvidos de uma forma como não se vê em qualquer filme.
Enfim, é um filme muito bem colocado, pois ao mesmo tempo que é um drama, não chega a pesar forte como o tal, colocando pitadas de comédia romântica para que tenha leveza. Recomendo que vá ao cinema para ver um drama, senão como disse no início a chance de se chatear e querer sair da sala como vi algumas pessoas fazendo é alto. Porém é maravilhoso de se ver com boas lições e cadência ímpar. Fico por aqui hoje, mas essa semana ainda tem mais um atrasado para comentar, então abraços e até breve pessoal.
O filme nos mostra que Dodge foi abandonado pela esposa após descobrir que um meteoro se chocará com a Terra em um curto espaço de tempo. Decidido a recuperar o tempo perdido, ele sai numa viagem para encontrar uma namorada dos tempos de escola e acaba conhecendo Penny no meio dessa confusa história.
A história do filme em si é bem simples, porém as artimanhas feitas nos diálogos extremamente bem construídos e interpretados pelos atores envolvem de uma maneira, que deslancha com suavidade todo o drama que passam os personagens do filme. Conseguimos ver desde os que nem ligam para que o mundo acabe e continuam suas vidas como nada estivesse acontecendo até os que se desesperam e saem fazendo uma algazarra completa. A diretora Lorene Scafaria consegue mostrar em seu primeiro ato como diretora, já fora roteirista e atriz em diversos outros filmes, que tem potencial e mãos firmes para conduzir um drama sem precisar forçar a boa amizade que se preze, e é visto isso nas atuações, pois todos os atores parecem estar se deliciando com o longa e não sofrendo como vemos em alguns filmes. Lorene está de parabéns tanto pelo roteiro quanto pelo lindo filme que conseguiu dirigir.
As atuações de Steve Carell e Keira Knightley mostra a química que atores precisam para uma boa comédia romântica, mas ao mesmo tempo que seguram as pontas para que o longa não saia do tema que é dramático. Carell já tinha dado um show em "Um Divã Para Dois" que saiu esses dias por aqui, e agora confirma mais ainda que deve ficar nessa linha do drama com pitadas cômicas, ao mostrar um personagem que sofre por ser solitário querendo ter algum amigo, ao mesmo tempo que não quer ter alguém para dividir os problemas. Knightley é uma atriz que varia por demais seus gêneros, e sempre consegue mostrar-se bem para as câmeras, aqui não seria diferente, sendo forte por dentro e boba por fora, agrada na medida o seu personagem ao mesmo tempo que nos deixa bravos. Os demais personagens sempre que entram em cena, trazem bons tons e diálogos, nunca forçando para aparecer e também de modo que não sumam da mente, o destaque entre eles embora que de poucas cenas fica para Tonita Castro e Martin Sheen, pois ambos dão boas lições quando estão em quadro.
Fazia tempo que não via uma cenografia que fala tanto, o peso dos vinis empregados no longa, dando sentido juntamente com o lance das cartas são detalhes pequenos mas que se vistos dão um outro ar para o longa, e esses são apenas dois exemplos de tudo que a direção de arte pois no longa valorizando um pouco de tudo. A fotografia poderia ter sido melhor empregada para dar tom ao filme, ficando com o básico apenas, porém os ângulos escolhidos para as câmeras agradam bastante ao dar ênfase nos protagonistas.
Como a protagonista coleciona vinis e tem um bom gosto musical, a trilha sonora não poderia ser de melhor qualidade, ouvimos músicas que fazem todo o sentido de embalar o longa do começo ao fim, agradando os ouvidos de uma forma como não se vê em qualquer filme.
Enfim, é um filme muito bem colocado, pois ao mesmo tempo que é um drama, não chega a pesar forte como o tal, colocando pitadas de comédia romântica para que tenha leveza. Recomendo que vá ao cinema para ver um drama, senão como disse no início a chance de se chatear e querer sair da sala como vi algumas pessoas fazendo é alto. Porém é maravilhoso de se ver com boas lições e cadência ímpar. Fico por aqui hoje, mas essa semana ainda tem mais um atrasado para comentar, então abraços e até breve pessoal.
O Legado Bourne
Com a moda dos reinícios de franquias sem os atores principais é estranho ver um filme, onde o personagem principal não morre, e um novo filme continua perfeitamente sem ele, mas como no livro é dessa forma segundo um amigo, então vamos nos concentrar na história do novo filme, pois o que ocorre em "O Legado Bourne" é exatamente isso: um filme novo mas com ideologias dos anteriores. Não diria ser um filmaço, mas é um bom filme, um pouco difícil de se assimilar e demorado para a ação começar, mas diria que é bem interessante a proposta.
O filme nos mostra que Aaron Cross é agente secreto do governo que se envolve em um programa de lavagem cerebral muito mais perigoso do que aquele pelo qual passou Jason Bourne, desencadeando situações que saem do controle.
A história em si é densa, e prende o espectador, porém em algumas cenas são explicados tantas misturas biológicas que nos deixa pensando se estamos vendo um filme ou uma aula de bioquímica, e isso chega a cansar, fazendo com que o foco da história se perca um pouco. Porém a condução do diretor, principalmente nas cenas de ação mostra um bom filme para agradar os que não tiverem dormido nas cenas mais paradas de explicações.
As atuações estão bem interessantes e nos guiam para a proposta do filme. Jeremy Renner mostra que é um ator bem preparado tanto para cenas de ação quanto para cenas que exigem um bom diálogo com interpretações, e faz um personagem ao mesmo tempo que misterioso e complexo, bem ativo. Rachel Weisz sempre faz boas interpretações dos seus textos e aqui convence ser uma boa cientista com seus textos imensos explicando sobre genética e depois faz o papel de praticamente todas mulheres em filmes de ação de gritar, correr e abraçar o principal. Edward Norton se faz de chato como nunca fez, seu personagem de detetive é bem orquestrado e tem as minúcias que geralmente vemos em pessoas do tipo, com isso mostra uma boa atuação também. Os demais personagens fazem apenas pontas de falas, então nem são praticamente necessários à história para comentar.
No quesito visual, os elementos cênicos estão bem presentes, onde mostra-se elementos dos outros filmes e coisas novas para que o filme transcorra bem. Os cenários também estão muito bem colocados e se mostram bem grandiosos, pois temos bastante cenas com a câmera aberta no máximo para aproveitar o cenário. A fotografia trabalhada em 3 tons, iniciais em branco com a neve, depois escuros para dar o mistério em torno da personagem de Weisz, e depois puxado para o tom avermelhado para dar a ação necessária, também é bem interessante de se prestar atenção nos 3 momentos do filme. E nas cenas de ação ficamos até com dó dos câmeras, pois a correria entre carros é tão grande que chega a dar vertigem o tanto que chacoalha.
A sonoridade da trilha também marca presença, fazendo com que o filme tenha o ritmo cadenciado nos 3 momentos, puxando para a dramaticidade que pede em cada cena. Poderia estar melhor, mas agrada na medida.
Enfim, é um filme bacana, mas poderia ser menos chato nas explicações e partir mais para a ação mesmo. Vale o pagamento do ingresso, mas evitem sessões muito tarde, pois a chance de dormir nas cenas mais tranquilas e explicativas é alta. Hoje ainda tem mais uma estréia para conferir, então volto mais tarde, abraços e até lá pessoal.
O filme nos mostra que Aaron Cross é agente secreto do governo que se envolve em um programa de lavagem cerebral muito mais perigoso do que aquele pelo qual passou Jason Bourne, desencadeando situações que saem do controle.
A história em si é densa, e prende o espectador, porém em algumas cenas são explicados tantas misturas biológicas que nos deixa pensando se estamos vendo um filme ou uma aula de bioquímica, e isso chega a cansar, fazendo com que o foco da história se perca um pouco. Porém a condução do diretor, principalmente nas cenas de ação mostra um bom filme para agradar os que não tiverem dormido nas cenas mais paradas de explicações.
As atuações estão bem interessantes e nos guiam para a proposta do filme. Jeremy Renner mostra que é um ator bem preparado tanto para cenas de ação quanto para cenas que exigem um bom diálogo com interpretações, e faz um personagem ao mesmo tempo que misterioso e complexo, bem ativo. Rachel Weisz sempre faz boas interpretações dos seus textos e aqui convence ser uma boa cientista com seus textos imensos explicando sobre genética e depois faz o papel de praticamente todas mulheres em filmes de ação de gritar, correr e abraçar o principal. Edward Norton se faz de chato como nunca fez, seu personagem de detetive é bem orquestrado e tem as minúcias que geralmente vemos em pessoas do tipo, com isso mostra uma boa atuação também. Os demais personagens fazem apenas pontas de falas, então nem são praticamente necessários à história para comentar.
No quesito visual, os elementos cênicos estão bem presentes, onde mostra-se elementos dos outros filmes e coisas novas para que o filme transcorra bem. Os cenários também estão muito bem colocados e se mostram bem grandiosos, pois temos bastante cenas com a câmera aberta no máximo para aproveitar o cenário. A fotografia trabalhada em 3 tons, iniciais em branco com a neve, depois escuros para dar o mistério em torno da personagem de Weisz, e depois puxado para o tom avermelhado para dar a ação necessária, também é bem interessante de se prestar atenção nos 3 momentos do filme. E nas cenas de ação ficamos até com dó dos câmeras, pois a correria entre carros é tão grande que chega a dar vertigem o tanto que chacoalha.
A sonoridade da trilha também marca presença, fazendo com que o filme tenha o ritmo cadenciado nos 3 momentos, puxando para a dramaticidade que pede em cada cena. Poderia estar melhor, mas agrada na medida.
Enfim, é um filme bacana, mas poderia ser menos chato nas explicações e partir mais para a ação mesmo. Vale o pagamento do ingresso, mas evitem sessões muito tarde, pois a chance de dormir nas cenas mais tranquilas e explicativas é alta. Hoje ainda tem mais uma estréia para conferir, então volto mais tarde, abraços e até lá pessoal.
sábado, 1 de setembro de 2012
Os Mercenários 2
Que já não se fazem filmes de pancadaria, tiros e explosões como antigamente, isso é fato, seja por os fortões agora terem ficados metrosexuais demais ou pelos dublês estarem querendo cada vez mais direitos que as estrelas principais. Daí o que fazer? Chamar o Chapolin Colorado não dá, então que voltem as estrelas do passado em ação. Com essa proposta foi feito o filme "Os Mercenários" em 2010 e agora voltam com tudo em "Os Mercenários 2", que graças ao bom Chuck Norris, não foi novamente dirigido por Stallone, e com isso temos a mesma dose de pancadaria e boas piadas que vimos no primeiro, mas com mais conteúdo e melhores cenas.
O filme acompanha os heróis em uma batalha pessoal. A equipe é reunida quando o Sr. Church convoca Os Mercenários para assumirem um trabalho aparentemente simples. A tarefa parece dinheiro fácil para Barney e seu bando de guerreiros experientes. Mas quando as coisas dão erradas e um deles é violentamente assassinado, a equipe é forçada a buscar vingança em um território hostil, onde as probabilidades estão contra eles.
A história em si é simples, mas foi bem desenvolvida, dando espaço para que o orçamento completo do filme seja bem explodido, e toda a testosterona seja derramada em sangue dos vilões. Simon West soube dirigir bem a história que agora teve uma equipe toda envolvida para escrever e não só as mãos de Stallone, de forma que o que vemos na tela é algo não apenas divertido como eram os filmes dos brucutus no passado, mas também possui uma essência em si, que faz gostar da história que eles estão envolvidos. Os detalhes nas piadas feitas entre os protagonistas, utilizando frases famosas suas e fatos que marcaram suas carreiras também são muito bem encaixados no roteiro.
Falar da atuação de tantos personagens icônicos é algo extremamente difícil, mas todos estão bem em cena, mesmo os que aparecem bem pouco, e claro também estão bem velhos, logo seremos capazes de ver eles fazendo comédias simples por não conseguirem mais correr e pular. O ponto forte do filme está que cada personagem faz praticamente igual o que fazia no passado, então reconhecemos cada um nos seus ápices, sendo os personagens que marcaram serem, não como personagens fictícios criados para cada filme. Um dos destaques está na entrada de Chuck Norris para o elenco, pois suas cenas são as mais divertidas do filme. Outro destaque está para Jean-Claude Van Damme que faz um vilão muito mal encarado, e sua briga final é de ajudar a socar no ar, mas poderia apenas aparecer mais no filme, mas faz bem seu papel. Jason Statham também mostra que voltou bem a atividade e faz boas cenas. Schwarzenegger também poderia ter trabalhado mais, mas consegue divertir com as piadas feitas em cima do seu "I'll be back". E claro não poderíamos deixar de fora o dono do filme, que agora apenas atuando nos mostra que voltou a ser o Sylvester Stallone que gostamos de ver na tela, socando todos que aparecem na sua frente e mandando muito tiro pelos ares. Um destaque negativo fica para Nan Yu que assim como Giselle Itié serviu para praticamente nada no primeiro filme, aqui ela faz interpretação nenhuma para praticamente nada, então foi apenas um caché gasto para colocar um pouco de feminilidade no meio dos brucutus.
A equipe de arte junto com a equipe pirotécnica de efeitos especiais nesse estilo de filme sempre tem seu trabalho bem valorizado, e não seria diferente aqui. Temos explosões para todos os gostos, tiros para todo o lado, cenários e mais cenários sendo destruídos, milhões de objetos de cena servindo como arma para bater nos vilões e claro sempre muita gente para vestir com figurinos de guerra. Tudo está bem colocado de forma a dar um bom show visual. Apenas um defeito, mas que era tradicional nos filmes antigos e faz parte do contexto é o sangue espirrado no começo do filme, que o figurante leva um tiro simples e explode sangue pra todo lado de forma a quebrar as leis da Física. A fotografia bem puxada para os tons escuros também agrada e relembra bem o visual dos filmes que remetem à boa época dos protagonistas, sempre movimentando as câmeras para dar gás ao filme, é um ponto bem positivo.
A trilha sonora também está bem colocada no filme, de modo que sempre esteja rolando algum rock ou alguma música que nos divirta na mesma medida e velocidade que os tiros ou socos estão rolando. Serve bem para dar ritmo ao filme.
Enfim, poderia ser melhor, mas diverte bastante e agrada à todos que esperavam ver um bom filme quando foram assistir o primeiro e saíram decepcionados com o que viram. É válido o ingresso, principalmente por estar sendo passado nas melhores salas, pelo menos aqui em Ribeirão Preto, onde o som está tinindo e temos explosões vistas como nunca no cinema. A única coisa é que assim como todos os filmes do gênero pancadaria, sempre podem ser vistos na mesma sintonia sem nada que apresente alguma novidade, então já sabemos o que vai acontecer a cada momento, tendo início meio e fim sempre iguais, fazendo com que fiquem um pouco cansativos. Bem é isso, gostei, mas esperava mais, fico por aqui, mas hoje ainda verei mais uma pré-estréia para poder falar aqui o que achei para vocês, então até mais tarde pessoal.
O filme acompanha os heróis em uma batalha pessoal. A equipe é reunida quando o Sr. Church convoca Os Mercenários para assumirem um trabalho aparentemente simples. A tarefa parece dinheiro fácil para Barney e seu bando de guerreiros experientes. Mas quando as coisas dão erradas e um deles é violentamente assassinado, a equipe é forçada a buscar vingança em um território hostil, onde as probabilidades estão contra eles.
A história em si é simples, mas foi bem desenvolvida, dando espaço para que o orçamento completo do filme seja bem explodido, e toda a testosterona seja derramada em sangue dos vilões. Simon West soube dirigir bem a história que agora teve uma equipe toda envolvida para escrever e não só as mãos de Stallone, de forma que o que vemos na tela é algo não apenas divertido como eram os filmes dos brucutus no passado, mas também possui uma essência em si, que faz gostar da história que eles estão envolvidos. Os detalhes nas piadas feitas entre os protagonistas, utilizando frases famosas suas e fatos que marcaram suas carreiras também são muito bem encaixados no roteiro.
Falar da atuação de tantos personagens icônicos é algo extremamente difícil, mas todos estão bem em cena, mesmo os que aparecem bem pouco, e claro também estão bem velhos, logo seremos capazes de ver eles fazendo comédias simples por não conseguirem mais correr e pular. O ponto forte do filme está que cada personagem faz praticamente igual o que fazia no passado, então reconhecemos cada um nos seus ápices, sendo os personagens que marcaram serem, não como personagens fictícios criados para cada filme. Um dos destaques está na entrada de Chuck Norris para o elenco, pois suas cenas são as mais divertidas do filme. Outro destaque está para Jean-Claude Van Damme que faz um vilão muito mal encarado, e sua briga final é de ajudar a socar no ar, mas poderia apenas aparecer mais no filme, mas faz bem seu papel. Jason Statham também mostra que voltou bem a atividade e faz boas cenas. Schwarzenegger também poderia ter trabalhado mais, mas consegue divertir com as piadas feitas em cima do seu "I'll be back". E claro não poderíamos deixar de fora o dono do filme, que agora apenas atuando nos mostra que voltou a ser o Sylvester Stallone que gostamos de ver na tela, socando todos que aparecem na sua frente e mandando muito tiro pelos ares. Um destaque negativo fica para Nan Yu que assim como Giselle Itié serviu para praticamente nada no primeiro filme, aqui ela faz interpretação nenhuma para praticamente nada, então foi apenas um caché gasto para colocar um pouco de feminilidade no meio dos brucutus.
A equipe de arte junto com a equipe pirotécnica de efeitos especiais nesse estilo de filme sempre tem seu trabalho bem valorizado, e não seria diferente aqui. Temos explosões para todos os gostos, tiros para todo o lado, cenários e mais cenários sendo destruídos, milhões de objetos de cena servindo como arma para bater nos vilões e claro sempre muita gente para vestir com figurinos de guerra. Tudo está bem colocado de forma a dar um bom show visual. Apenas um defeito, mas que era tradicional nos filmes antigos e faz parte do contexto é o sangue espirrado no começo do filme, que o figurante leva um tiro simples e explode sangue pra todo lado de forma a quebrar as leis da Física. A fotografia bem puxada para os tons escuros também agrada e relembra bem o visual dos filmes que remetem à boa época dos protagonistas, sempre movimentando as câmeras para dar gás ao filme, é um ponto bem positivo.
A trilha sonora também está bem colocada no filme, de modo que sempre esteja rolando algum rock ou alguma música que nos divirta na mesma medida e velocidade que os tiros ou socos estão rolando. Serve bem para dar ritmo ao filme.
Enfim, poderia ser melhor, mas diverte bastante e agrada à todos que esperavam ver um bom filme quando foram assistir o primeiro e saíram decepcionados com o que viram. É válido o ingresso, principalmente por estar sendo passado nas melhores salas, pelo menos aqui em Ribeirão Preto, onde o som está tinindo e temos explosões vistas como nunca no cinema. A única coisa é que assim como todos os filmes do gênero pancadaria, sempre podem ser vistos na mesma sintonia sem nada que apresente alguma novidade, então já sabemos o que vai acontecer a cada momento, tendo início meio e fim sempre iguais, fazendo com que fiquem um pouco cansativos. Bem é isso, gostei, mas esperava mais, fico por aqui, mas hoje ainda verei mais uma pré-estréia para poder falar aqui o que achei para vocês, então até mais tarde pessoal.
Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros em 3D
Existem filmes que ficamos pensando, porque o diretor exagera tanto em determinado efeito? "Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros", tem tudo para ser um filmaço: uma história interessante, bastante ação, e tem efeitos de primeira linha, mas que devido ao exagero, cansa em determinados momentos e acaba em outros ficando extremamente digital de forma que o não tenha uma plástica convincente.
O filme nos mostra que depois da morte de sua mãe, causada por uma criatura sobrenatural, o jovem Abraham Lincoln passa a procurar vingança contra o assassino. Sua busca o leva a um mundo sombrio, no qual os vampiros usam escravos como alimento em seu império secreto localizado no sul dos Estados Unidos. Vendo que caçá-los apenas não é suficiente, Lincoln decide se tornar o líder da nação.
Como história o longa convence e tem um bom enredo, até gostaria de ler o livro escrito pelo próprio roteirista do longa para ver o filme com outros olhos, já que não visualizaria tantos efeitos que o diretor colocou. O diretor Timur Bekmambetov que já fez de "O Procurado" um exagero de efeitos extremamente estranhos para um filme policial, agora com uma ficção completa e em 3D, abusou de tudo que poderia fazer, tendo cenas de tantos efeitos digitais que você olha pra cena mesmo sendo genial e não se convence de forma alguma que aquilo poderia estar acontecendo, vide as cenas dos cavalos e a do trem. Não digo que os efeitos estragaram o filme, muito pelo contrário, pois são efeitos bem feitos, mas o exagero cansa um pouco.
No quesito atuação, escolher um protagonista praticamente desconhecido, acredito que pela aparência com o Lincoln real de fotos, não foi em momento algum um erro, pois Benjamin Walker faz bons movimentos tanto de ação quanto de interpretação. Dominic Cooper faz um papel diríamos interessante, mas sua história contada serviu tanto para dar a liga no filme quanto caberia, ou quem sabe caberá um filme apenas dele mais pra frente, como interpretação achei que faltou mais dinâmica. Anthony Mackie é o eterno coadjuvante de luxo, sempre faz boas interpretações, mas seus papéis sempre estão em segundo ou terceiro plano de forma que suma perante os protagonistas. Mary Elizabeth Winstead, ou mais conhecida como Ramona Flowers em "Scott Pilgrim" que foi um dos seus melhores personagens, aqui faz uma mulher bem pacata, mas intrigante, se tivesse o mesmo âmbito que tem na cena final ao longo do filme todo seria perfeito. Rufus Sewell convence como vilão, mas também poderia ter uma participação maior no longa, para que ficássemos com mais raiva dele. Dos demais atores, acabam aparecendo pouco e não fazem muita diferença do que fazem em cena, então nem compensa falar muito.
A direção de arte até trabalhou bastante, pois vemos muitos elementos de época espalhados ao longo do filme seja em objetos ou principalmente nos figurinos. Mas quem trabalhou na verdade foi a direção de arte digital, esses sim trabalharam, pois pelo que dá para notar temos uns 80% de cenário digital, além de cavalos digitais(muitos correndo e sendo jogados), entre outras coisas, e nem tentaram disfarçar que é digital, é bem notável. A fotografia aliando escuridão com tons de cinza e vermelho caíram de forma interessante para deixar o filme denso, mas acredito que esses tons aliados à quantidade excessiva de efeitos ao serem passados para um blu-ray ou vistos na televisão vai fazer o filme parecer um enorme desenho.
Aqueles que reclamam do 3D de coisas voando, terão sua felicidade para conter em muitas cenas que é arremessado pedaços de madeira e outras coisas, bem como vampiros aparecendo do nada e pegando pessoas desprevenidas pulando da poltrona do cinema. A profundidade do 3D também está interessante nas cenas que contém, porém alguns momentos se nota o desaparecimento da tecnologia.
Enfim, é um longa que agrada pela história mas cansa pelo excesso, poderia ter sido melhor dosado. Vale o ingresso e principalmente pelo que disse acima, recomendo ver em 3D no cinema, pois talvez não agrade ser visto de outra forma, porém aqueles que não gostam de filmes com muitos efeitos evitem, senão com toda certeza sairão da sala de cinema reclamando muito. É isso, fico por aqui, mas nesse final de semana ainda temos muitos filmes interessantes por aqui, então abraços e até breve pessoal.
O filme nos mostra que depois da morte de sua mãe, causada por uma criatura sobrenatural, o jovem Abraham Lincoln passa a procurar vingança contra o assassino. Sua busca o leva a um mundo sombrio, no qual os vampiros usam escravos como alimento em seu império secreto localizado no sul dos Estados Unidos. Vendo que caçá-los apenas não é suficiente, Lincoln decide se tornar o líder da nação.
Como história o longa convence e tem um bom enredo, até gostaria de ler o livro escrito pelo próprio roteirista do longa para ver o filme com outros olhos, já que não visualizaria tantos efeitos que o diretor colocou. O diretor Timur Bekmambetov que já fez de "O Procurado" um exagero de efeitos extremamente estranhos para um filme policial, agora com uma ficção completa e em 3D, abusou de tudo que poderia fazer, tendo cenas de tantos efeitos digitais que você olha pra cena mesmo sendo genial e não se convence de forma alguma que aquilo poderia estar acontecendo, vide as cenas dos cavalos e a do trem. Não digo que os efeitos estragaram o filme, muito pelo contrário, pois são efeitos bem feitos, mas o exagero cansa um pouco.
No quesito atuação, escolher um protagonista praticamente desconhecido, acredito que pela aparência com o Lincoln real de fotos, não foi em momento algum um erro, pois Benjamin Walker faz bons movimentos tanto de ação quanto de interpretação. Dominic Cooper faz um papel diríamos interessante, mas sua história contada serviu tanto para dar a liga no filme quanto caberia, ou quem sabe caberá um filme apenas dele mais pra frente, como interpretação achei que faltou mais dinâmica. Anthony Mackie é o eterno coadjuvante de luxo, sempre faz boas interpretações, mas seus papéis sempre estão em segundo ou terceiro plano de forma que suma perante os protagonistas. Mary Elizabeth Winstead, ou mais conhecida como Ramona Flowers em "Scott Pilgrim" que foi um dos seus melhores personagens, aqui faz uma mulher bem pacata, mas intrigante, se tivesse o mesmo âmbito que tem na cena final ao longo do filme todo seria perfeito. Rufus Sewell convence como vilão, mas também poderia ter uma participação maior no longa, para que ficássemos com mais raiva dele. Dos demais atores, acabam aparecendo pouco e não fazem muita diferença do que fazem em cena, então nem compensa falar muito.
A direção de arte até trabalhou bastante, pois vemos muitos elementos de época espalhados ao longo do filme seja em objetos ou principalmente nos figurinos. Mas quem trabalhou na verdade foi a direção de arte digital, esses sim trabalharam, pois pelo que dá para notar temos uns 80% de cenário digital, além de cavalos digitais(muitos correndo e sendo jogados), entre outras coisas, e nem tentaram disfarçar que é digital, é bem notável. A fotografia aliando escuridão com tons de cinza e vermelho caíram de forma interessante para deixar o filme denso, mas acredito que esses tons aliados à quantidade excessiva de efeitos ao serem passados para um blu-ray ou vistos na televisão vai fazer o filme parecer um enorme desenho.
Aqueles que reclamam do 3D de coisas voando, terão sua felicidade para conter em muitas cenas que é arremessado pedaços de madeira e outras coisas, bem como vampiros aparecendo do nada e pegando pessoas desprevenidas pulando da poltrona do cinema. A profundidade do 3D também está interessante nas cenas que contém, porém alguns momentos se nota o desaparecimento da tecnologia.
Enfim, é um longa que agrada pela história mas cansa pelo excesso, poderia ter sido melhor dosado. Vale o ingresso e principalmente pelo que disse acima, recomendo ver em 3D no cinema, pois talvez não agrade ser visto de outra forma, porém aqueles que não gostam de filmes com muitos efeitos evitem, senão com toda certeza sairão da sala de cinema reclamando muito. É isso, fico por aqui, mas nesse final de semana ainda temos muitos filmes interessantes por aqui, então abraços e até breve pessoal.