Com a moda dos reinícios de franquias sem os atores principais é estranho ver um filme, onde o personagem principal não morre, e um novo filme continua perfeitamente sem ele, mas como no livro é dessa forma segundo um amigo, então vamos nos concentrar na história do novo filme, pois o que ocorre em "O Legado Bourne" é exatamente isso: um filme novo mas com ideologias dos anteriores. Não diria ser um filmaço, mas é um bom filme, um pouco difícil de se assimilar e demorado para a ação começar, mas diria que é bem interessante a proposta.
O filme nos mostra que Aaron Cross é agente secreto do governo que se envolve em um programa de lavagem cerebral muito mais perigoso do que aquele pelo qual passou Jason Bourne, desencadeando situações que saem do controle.
A história em si é densa, e prende o espectador, porém em algumas cenas são explicados tantas misturas biológicas que nos deixa pensando se estamos vendo um filme ou uma aula de bioquímica, e isso chega a cansar, fazendo com que o foco da história se perca um pouco. Porém a condução do diretor, principalmente nas cenas de ação mostra um bom filme para agradar os que não tiverem dormido nas cenas mais paradas de explicações.
As atuações estão bem interessantes e nos guiam para a proposta do filme. Jeremy Renner mostra que é um ator bem preparado tanto para cenas de ação quanto para cenas que exigem um bom diálogo com interpretações, e faz um personagem ao mesmo tempo que misterioso e complexo, bem ativo. Rachel Weisz sempre faz boas interpretações dos seus textos e aqui convence ser uma boa cientista com seus textos imensos explicando sobre genética e depois faz o papel de praticamente todas mulheres em filmes de ação de gritar, correr e abraçar o principal. Edward Norton se faz de chato como nunca fez, seu personagem de detetive é bem orquestrado e tem as minúcias que geralmente vemos em pessoas do tipo, com isso mostra uma boa atuação também. Os demais personagens fazem apenas pontas de falas, então nem são praticamente necessários à história para comentar.
No quesito visual, os elementos cênicos estão bem presentes, onde mostra-se elementos dos outros filmes e coisas novas para que o filme transcorra bem. Os cenários também estão muito bem colocados e se mostram bem grandiosos, pois temos bastante cenas com a câmera aberta no máximo para aproveitar o cenário. A fotografia trabalhada em 3 tons, iniciais em branco com a neve, depois escuros para dar o mistério em torno da personagem de Weisz, e depois puxado para o tom avermelhado para dar a ação necessária, também é bem interessante de se prestar atenção nos 3 momentos do filme. E nas cenas de ação ficamos até com dó dos câmeras, pois a correria entre carros é tão grande que chega a dar vertigem o tanto que chacoalha.
A sonoridade da trilha também marca presença, fazendo com que o filme tenha o ritmo cadenciado nos 3 momentos, puxando para a dramaticidade que pede em cada cena. Poderia estar melhor, mas agrada na medida.
Enfim, é um filme bacana, mas poderia ser menos chato nas explicações e partir mais para a ação mesmo. Vale o pagamento do ingresso, mas evitem sessões muito tarde, pois a chance de dormir nas cenas mais tranquilas e explicativas é alta. Hoje ainda tem mais uma estréia para conferir, então volto mais tarde, abraços e até lá pessoal.
2 comentários:
Otimo filme assistir ele aqui em salvador no 4DX da cinepolis valu sim o o ingresso muito legal mesmo e otima critica coelho você é o cara, á e se der da aqui sua opniao sobre o 4Dx da cinepolis se vc tiver a oportunidade em conhecer é clqro valeu abração!
Lucas Maciel
Olá Lucas, estou pretendendo ir na 4DX até o final do ano(provavelmente dia 12 de outubro que estarei na capital) daí com certeza farei uma crítica sobre o filme que estiver em cartaz... mas sobre esse filme imagino que deve ter dado vertigem, pois o tanto que a câmera chacoalha, se a poltrona chacoalhou igual meu Deus!!! Valeu por gostar do blog, e pelo comentário. Abraços!
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