Compilações de esquetes geralmente ou são geniais ou acabam virando uma junção de histórias desconexas que atrapalham um todo. E infelizmente "Os Infiéis" faz parte desse último estilo, pois é um filme que junta várias histórias sobre a infidelidade o que lembra um pouco o brasileiro "Todo Mundo Tem Problemas Sexuais", porém com a diferença de que aqui temos boas atuações, mas mesmo assim oscilando entre comédias normais, pastelão e até momentos dramáticos o longa se perde deixando no ar apenas a pergunta do que será que eles queriam passar com o filme?
Dividido em esquetes, o longa é composto de diversas situações cômicas que retratam a infidelidade masculina pela perspectiva de sete realizadores: Jean Dujardi, Gilles Lellouche, Emmanuelle Bercot, Fred Cavayé, Eric Lartigau, Alexandre Courtès e Michel Hazanavicius.
O lance de ser histórias divididas e sem que elas sejam bem paradas entre uma e outra é que em diversos momentos você acha que vai ter um continuísmo e é quebrado por outra coisa bem nada a ver com a anterior e isso faz com que fiquemos perdidos na maioria dos casos, principalmente por serem muitas vezes os mesmos atores apenas maquiados ou vestindo roupas diferentes que deixam mais ainda a sensação de perdi algo. Porém nem todas as esquetes são ruins, as melhores são as mais curtinhas, que não dá tempo para que fiquemos presos com alguma história esperando a continuidade.
Como disse as atuações estão bem interessantes e mostra que Jean Dujardin se faz por merecedor do prêmio que levou da Academia nesse ano. Jean faz ao todo 5 personagens e todos bem caracterizados, o que é bom por um lado ao mostrar sua versatilidade, mas péssimo por outro, pois como disse as histórias são bem parecidas então ficamos esperando a sequência de algo e é quebrado por outra atuação diferenciada. Gilles Lellouche também faz 5 personagens porém todos muito semelhantes, o que faz com que fiquemos mais confusos ainda, mas no geral todos estão bem interessantes. Um destaque tirando os dois protagonistas eu diria ser Guillaume Canet que faz de Thibault um dos pontos mais cômicos na sua cena individual, porém na cena conjunta ficou meio estranho. Os demais personagens são bacanas, mas não chamam tanto a responsabilidade para si, então acabam sumindo no filme.
Por serem várias histórias, temos também vários cenários, e isso é bem válido para o longa, pois temos diversos elementos, alguns extremamente absurdos mas que estão presentes e dão um ganho pelo menos para cada história. Um ponto bem favorável que entra pro quesito visual está nos figurinos e na maquiagem que faz com que os personagens mudem bastante, ou pelo menos o mínimo para não parecerem o mesmo da esquete anterior. A fotografia em si não é muito variada, e fica no básico do que estamos acostumados.
A trilha sonora está bem presente no longa e agrada no geral com as músicas escolhidas para segurar o ritmo do filme. Em sua maioria todas são usadas dentro da linguagem do filme, sendo manipuladas por rádios, boates e tocadores portáteis, o que faz melhor do que apenas jogadas na trama.
Enfim, no geral é um filme que não vale a pena ver no cinema, pois não convence no geral. Não que seja um filme totalmente perdido, mas existiriam muitas outras formas melhores dessas esquetes serem mostradas em um longa-metragem. Prefira ver quando sair em DVD que pelo menos sai mais barato do que pagar um ingresso de cinema. Fico por aqui, essa semana ainda temos mais um filme para conferir, então abraços e até breve pessoal.
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