007: Operação Skyfall

10/27/2012 08:26:00 PM |

Mesmo não sendo fã da série 007, tenho de tirar o chapéu para o que vi hoje em "007: Operação Skyfall", pois o conjunto da obra: bom roteiro, excelente fotografia e um vilão de primeira linha bem atuado fez com que o filme mesmo sendo extremamente longo mantivesse todo o charme que a franquia têm e consagrasse numa produção gigantesca bem feita.

O filme nos mostra que a lealdade de James Bond  à M é testada quando seu passado volta a atormentá-la. Com a MI6 sendo atacada, o agente 007 precisa rastrear e destruir a ameaça, sem se importar o quão pessoal será o custo disto.

A direção soube usar cada centavo investido para fazer um ótimo longa com méritos para todos os envolvidos sem tirar nem por, começando com um roteiro bem denso onde existe a questão da lealdade posta a prova, passando por ótimos planos escolhidos para filmar sem que perdesse um segundo para qualquer coisa, depois colocando uma direção de arte impecável com elementos sobrando para todos os lados, na sequência colocando à prova ótimos efeitos especiais explosivos, encaixando uma fotografia cheia de relances de luzes e uma trilha bem posta inclusive na abertura sem precisar usar tanto do tema tradicional e fechando com chave de ouro com ótimas atuações. Que mais que precisaria somando tudo isso senão virar um ótimo filme?

As atuações estão todas ótimas, mas sem dúvida alguma o grande nome do filme se chama Javier Bardem, que faz um vilão muito inteligente e interessante, tanto que poderíamos comparar ele facilmente à outro vilão que todos são apaixonados que é o Coringa do Batman. Daniel Craig está bem como sempre, e faz seu Bond como todos os demais sempre fazem um atirador, claro que com menos apetrechos que tínhamos em filmes antigos do agente, mas sempre galanteador e tudo que faz dá certo. Judi Dench quando faz personagens bem sérios é um arraso, e não foi diferente aqui. E até Ben Whishaw consegue fazer um personagem simples mas com bons diálogos quando aparece em cena. Os demais personagens aparecem com poucas falas, mas também não decepcionam.

Que produção impecável no quesito artístico, que nem diria minha avó o dinheiro faz coisas, e aqui faz locações magníficas para serem altamente bem exploradas pelos diretores de arte e fotografia de modo que tudo tenha grande contexto no longa, temos objetos cênicos minuciosos para dar charme e precisão à cada momento do longa. Aliado à esses objetos e locações minuciosos, o diretor de fotografia Roger Deakins faz jogos de luzes e sombras que só faz em melhorar o filme, transformando-o numa obra digna de ser vista de outra forma que não apenas assistir por assistir.

Outro ponto que merece ser falado ainda no quesito artístico é a quantidade de explosões, trens caindo e sendo destruídos, tudo muito bem feito pela equipe de efeitos especiais, que faz valer mais ainda o longa.

A trilha sonora de Thomas Newman é outro ponto que ficou bem encaixado no longa, pois não foi necessário a todo momento ficar entrando o tema tradicional do 007 para dar continuísmo às cenas, assim sendo outras trilhas colocadas caíram bem interessantes para a trama. O tema da abertura cantado por Adele também se encaixou bem com a trama contada nesse capítulo do longa.

Enfim, é um filme bem interessante, daqueles que valem realmente a pena ser assistido, e como disse não sou fã da série, muito pelo contrário para estar recomendando. Não é necessário ter assistido nenhum outro filme do espião famoso, pois é um capítulo bem isolado que tem começo, meio e fim bem colocados. E embora Sam Mendes tenha feito um ótimo trabalho aqui, que venhao 24° 007 com Christopher Nolan dirigindo como se tem falado tanto na mídia, aí sim vai virar um filme pra se ter exposto num quadro. Fico por aqui hoje, mas amanhã tem mais por aqui. Abraços e até amanhã.


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