Acho que nunca fiquei tão indeciso numa briga de melhor animação para o Oscar 2013. Cada dia aparecem mais filmes brilhantes nessa categoria, agora com "A Origem dos Guardiões" temos um filme bem bonito e com uma densidade dramática que poucas animações conseguem fazer. Durante a sessão eu estava aflito pois a sala lotada de crianças já fiquei imaginando que fosse rolar bagunça, pois o filme em quase todo seu miolo é um filme triste, e era notório o sentimento que estava passando para todos na sessão, pois vi muitos pais mega atentos no filme juntamente com as crianças todas estáticas e se divertindo nos momentos propostos de piada que foram colocados. Excelente.
O filme nos mostra que Papai Noel e o Coelho da Páscoa reúnem um grupo de seres folclóricos, como Sandman, Jack Frost e a Fada do Dente, para combater o Bicho-Papão, que tenta fazer com que o mundo viva em sombras eternas.
A história do filme que é baseado numa série de livros é perfeita ao mostrar que o medo domina as pessoas e que se não acreditarmos em algo bom, ele nos domina. Com essa mensagem forte, porém mostrada de forma a poder ser assistido por crianças, apesar de não ser um filme bem infantil, principalmente porque as crianças de hoje nem ligam mais para esses entes místicos. A condução que o diretor faz é algo bem interessante, pois o filme poderia ser bem infantilizado, mas soube levar numa onda mágica para os pais que levarem seus filhos ao cinema para ver a animação, que com toda certeza acreditaram em algum momento de sua vida nesses seres, e isso fez com que o filme ficasse perfeito para todas as idades e com o primor técnico por trás, afinal o diretor foi responsável pela arte de muitas outras animações e filmes, acaba sendo maravilhoso.
Os personagens são todos carismáticos e mesmo alguns não sendo tão conhecidos aqui no Brasil, como o Sandman e o próprio personagem principal Jack Frost, acredito que muitos vão se apaixonar por eles. A dublagem nacional está muito caricata e agradável para todos sem dúvida alguma, mas se vier para cá nas vozes originais de Hugh Jackman, Jude Law Alec Baldwin e Cris Pine, com toda certeza reverei, pois são grandes atores e certamente fizeram bem seus papéis. O interessante é que cada personagem possui bem um estilo próprio de se mexer, de falar, de tudo e isso marca principalmente as crianças que já sabem quem está falando mesmo que não esteja aparecendo em quadro, e isso fica bem evidente nas salas de cinema com bons sons, pois as vozes vêm de todos os lados dando amplitude de onde está cada personagem na tela, bem interessante observar isso também, já que em animações não costumam ter essa preocupação. Outro destaque bacana estão nos personagens coadjuvantes como as fadinhas, os duendes, os yets e os ovos que cada um tem seu movimento próprio e assim como em outras animações são os responsáveis pelos momentos divertidos de cada filme.
Como falei a direção de arte está muito boa, representando tudo minuciosamente bem desenhado, fazendo com que o visual seja deslumbrante para se perder de vista em cada quadro, e isso só é possível devido à um ótimo 3D que tem por trás, tanto que nem é necessário tirar o óculos para ver se realmente está borrando, pois se vê detalhes ao longe de cada cena, e isso prova ser bom em 3D, além de claro muita coisa voando para fora, para que a criançada fique tentando pegar no ar(acho meio inútil isso, mas a molecada gosta). A fotografia varia de cores alegres ao total preto nas cenas que está o Bicho Papão por trás, fazendo com que observemos tudo de diversos pontos, ângulos e cores, o que é bem legal.
A trilha sonora de Alexandre Desplat segue a linha gostosa de ser ouvida, sem ser oportunista em momento algum sempre fluindo junto com cada cena, assim como vimos no trailer que já havia me conquistado há tempos. Nos momentos de tensão ela se mantém não precisando do silêncio mas sim de um ponto sinistro adicionado a ela, o que dá um charme a mais.
Enfim, um filmaço para segurar toda a criançada que começa a sair de férias na sua estréia semana que vem. Vale muito a pena ser conferido pelos pais que forem levar a criançada pois com certeza fará relembrar sua infância e talvez até algumas lágrimas caiam. Recomendo com certeza esse filme em qualquer das tecnologias 2D ou 3D(se puder, afinal está bem colocado a arte e não faz com que sintamos mal por pagar mais caro). É isso pessoal, encerro aqui essa semana de poucas estréias pelo interior, mas sexta estamos de volta e claro se comentarem por aqui, sempre respondo. Então abraços e até mais pessoal.
PS: Muitos vão reclamar da minha nota, mas já estava apaixonado por esse filme desde a primeira vez que vi o trailer há bastante tempo, e por não ter sido decepcionado pelo que vi no longa, o que acontece na maioria das vezes em filmes que espero muito, já valeria uma ótima nota, mas o filme é realmente lindo então vale nota 10.
sábado, 24 de novembro de 2012
Os Candidatos
É engraçado que quando reclamamos dos debates políticos que temos na TV ficamos imaginando que todas aquelas brigas bestas entre os candidatos só ocorrem no Brasil, e com o filme "Os Candidatos" vemos que lá fora também existem patacoadas entre os que estão concorrendo à alguma vaga pública. Porém a transformação da idéia cômica em filme, foi ao meu ver de pouco impacto com o público, visto que tivemos pouquíssimas cópias rodando o Brasil e somente depois de 2 meses que apareceu em terras brasileiras começa a aparecer pelo interior, e como resultado uma sala praticamente vazia e que riu sim, mas em poucos momentos, pois embora os dois atores sejam ótimos, o filme é bem corrido e acaba sendo até ingênuo demais em algumas cenas.
O filme nos mostra que quando o experiente congressista Cam Brady comete uma grande gafe pública antes de um período eleitoral, dois riquíssimos CEOs planejam colocar um candidato rival para ganhar influência no distrito da Carolina do Norte, onde a disputa vai ocorrer. O homem escolhido é o inocente Marty Huggins, diretor do Centro de Turismo local. De primeira, Marty parece ser a escolha mais improvável, mas, com o apoio de seus novos benfeitores, de um gerente de campanha arrojado e das ligações políticas de sua família, ele logo se torna um candidato com quem o carismático Cam precisa se preocupar.
O roteiro em si é bem elaborado e conta com piadas muito bem encaixadas, mas as cenas que mais divertem, pasmem eu estar gostando disso, são as cenas que são forçadas ao riso, onde acontecem coisas tão absurdas que você acaba rindo do que acontece, fora que em salas vazias sempre tem aquela pessoa que tem uma risada muito engraçada que ri e você acaba rindo dela. O problema do longa não ser uma comédia fantástica é que ele tenta ir pelo lado politicamente correto do cinema, que caso tivesse sido mais afincado nas rivalidade políticas mesmo com certeza seria um longa pesado e forte. Porém o diretor teve a sorte de colocar um dos maiores comediantes que Hollywood tem no mercado em seu filme, fazendo com que suas expressões compense ver o filme.
Como iniciei acima, Galifianakis é mais uma vez o cara que domina em qualquer filme que venham a colocá-lo e seu personagem aqui é perfeito, fazendo quase nenhuma cara e boca, sua expressão vem do interior sempre que solta alguma piada no ar, e quando necessita botar a face pra trabalhar destrói, Will Ferrell que me surpreendeu, pois dificilmente ria em seus personagens anteriores, e aqui seu personagem faz tanta cagada que diverte. Jason Sudeikis é outro que agrada em cena, fazendo de seu personagem o mote forte para que tudo ocorra de forma articulada, e acredito que mesmo sendo bom, poderia ter dado um pouco a mais para o longa. Os demais personagens acabam divertindo em alguns momentos por gags cômicas que aprontam junto dos protagonistas, mas suas expressões são lastimáveis, fazendo com que você torça mais para que o diretor foque nos cachorrinhos bobos que em alguns personagens, por exemplo Sarah Baker.
O visual do filme é bacaninha até, embora conte com muitos cenários, todos não sofrem de um requinte de produção, optando mais por encher de figurantes os locais do que colocar objetos cênicos que remetam bem a situação que está ocorrendo em cada cenário. A única boa cena no quesito visual bem rebuscado, é o momento que a casa de Marty é invadida pelos articuladores da campanha para transformá-la, pois tirando essa, acabam sumindo os detalhes. A fotografia também não é algo que seja primoroso, visto que a lente e os planos escolhidos são bem básicos de comédia tradicional sem que seja algo que devemos parar para analisar mais a fundo.
Enfim, é um filme daqueles interessantes para perder uma horinha vendo na televisão, não acho que seja algo que vá compensar muito para quem não é viciado como eu ir ao cinema e pagar estacionamento e sessão, mas claro que em dias mais barato, com as pouquíssimas opções que estão em cartaz pelas cidades pode vir a calhar. Com isso já dá para notar que não é o típico filme de comédia que recomendaria com toda certeza, apenas digo que não é ruim, mas passa longe do brilhantismo, apenas mostrando da forma que iniciei o texto que existem falcatruas políticas em qualquer parte do mundo, senão não estariam ironizando uma potência que é os EUA. É isso pessoal, fico por aqui nessa sexta, mas amanhã terei uma pré-estréia por aqui para poder comentar com vocês, então abraços e até breve.
O filme nos mostra que quando o experiente congressista Cam Brady comete uma grande gafe pública antes de um período eleitoral, dois riquíssimos CEOs planejam colocar um candidato rival para ganhar influência no distrito da Carolina do Norte, onde a disputa vai ocorrer. O homem escolhido é o inocente Marty Huggins, diretor do Centro de Turismo local. De primeira, Marty parece ser a escolha mais improvável, mas, com o apoio de seus novos benfeitores, de um gerente de campanha arrojado e das ligações políticas de sua família, ele logo se torna um candidato com quem o carismático Cam precisa se preocupar.
O roteiro em si é bem elaborado e conta com piadas muito bem encaixadas, mas as cenas que mais divertem, pasmem eu estar gostando disso, são as cenas que são forçadas ao riso, onde acontecem coisas tão absurdas que você acaba rindo do que acontece, fora que em salas vazias sempre tem aquela pessoa que tem uma risada muito engraçada que ri e você acaba rindo dela. O problema do longa não ser uma comédia fantástica é que ele tenta ir pelo lado politicamente correto do cinema, que caso tivesse sido mais afincado nas rivalidade políticas mesmo com certeza seria um longa pesado e forte. Porém o diretor teve a sorte de colocar um dos maiores comediantes que Hollywood tem no mercado em seu filme, fazendo com que suas expressões compense ver o filme.
Como iniciei acima, Galifianakis é mais uma vez o cara que domina em qualquer filme que venham a colocá-lo e seu personagem aqui é perfeito, fazendo quase nenhuma cara e boca, sua expressão vem do interior sempre que solta alguma piada no ar, e quando necessita botar a face pra trabalhar destrói, Will Ferrell que me surpreendeu, pois dificilmente ria em seus personagens anteriores, e aqui seu personagem faz tanta cagada que diverte. Jason Sudeikis é outro que agrada em cena, fazendo de seu personagem o mote forte para que tudo ocorra de forma articulada, e acredito que mesmo sendo bom, poderia ter dado um pouco a mais para o longa. Os demais personagens acabam divertindo em alguns momentos por gags cômicas que aprontam junto dos protagonistas, mas suas expressões são lastimáveis, fazendo com que você torça mais para que o diretor foque nos cachorrinhos bobos que em alguns personagens, por exemplo Sarah Baker.
O visual do filme é bacaninha até, embora conte com muitos cenários, todos não sofrem de um requinte de produção, optando mais por encher de figurantes os locais do que colocar objetos cênicos que remetam bem a situação que está ocorrendo em cada cenário. A única boa cena no quesito visual bem rebuscado, é o momento que a casa de Marty é invadida pelos articuladores da campanha para transformá-la, pois tirando essa, acabam sumindo os detalhes. A fotografia também não é algo que seja primoroso, visto que a lente e os planos escolhidos são bem básicos de comédia tradicional sem que seja algo que devemos parar para analisar mais a fundo.
Enfim, é um filme daqueles interessantes para perder uma horinha vendo na televisão, não acho que seja algo que vá compensar muito para quem não é viciado como eu ir ao cinema e pagar estacionamento e sessão, mas claro que em dias mais barato, com as pouquíssimas opções que estão em cartaz pelas cidades pode vir a calhar. Com isso já dá para notar que não é o típico filme de comédia que recomendaria com toda certeza, apenas digo que não é ruim, mas passa longe do brilhantismo, apenas mostrando da forma que iniciei o texto que existem falcatruas políticas em qualquer parte do mundo, senão não estariam ironizando uma potência que é os EUA. É isso pessoal, fico por aqui nessa sexta, mas amanhã terei uma pré-estréia por aqui para poder comentar com vocês, então abraços e até breve.
domingo, 18 de novembro de 2012
Amanhecer - Parte 2
Uma coisa é interessante, se me falassem há pelo menos dois anos atrás que estaria assistindo em menos de 24 horas, cinco filmes de vampiros feitos para adolescentes pediria para me internar num sanatório, isso é o que mostra o famoso preconceito por não ter visto nenhum filme antes. Claro que não posso afirmar que são excelentes exemplos como filmes em si, pois apesar de ter uma história bem interessante, os 4 primeiros filmes falham muito no quesito efeitos, maquiagem e em atuações, o que pode gerar até um certo desconforto para qualquer um que aprecie um bom cinema. Mas se esforçando para ver toda a história por trás da interpretação do roteiro que foi adaptado dos livros de Stephenie Meyer, conseguirá chegar ao grande final da saga com o filme "Amanhecer - Parte 2" de uma forma muito bem colocada, que se todos os anteriores tivessem pelo menos metade de tudo que puseram nesse longa seria uma série excepcional de ser assistida.
A sinopse dessa parte da saga mostra que depois do nascimento de Renesmee, filha de Bella Swan e Edward Cullen, os Cullen se reúnem a outros clãs de vampiros para proteger a criança dos Volturi.
Para aqueles que nunca assistiram nenhum capítulo da saga é complicado até ler essa sinopse, pois assim como todos os livros da autora, todos os filmes são necessários que seja visto o anterior e assim sucessivamente, pois nenhum tem começo, meio e fim determinados em cada longa, Por isso como vi todos ontem e hoje, vou falar minha breve opinião de cada um aqui. Nos são apresentados praticamente todos os personagens no primeiro longa("Crepúsculo") que é o que contém mais história e mais conteúdo como filme, mas peca exageradamente na maquiagem e efeitos visuais que se você não tiver paciência praticamente já desiste de ver todos os outros. Depois temos o desenrolar da trama e algumas explicações que serão usadas mais para frente no segundo longa("Lua Nova"), nesse filme a história em si é razoável e temos uma melhora no quesito visual de efeitos e maquiagem, sendo corrigidos alguns erros, mas a atuação medíocre dos protagonistas começam a ficar difíceis de tolerar, salvando-se poucos personagens que atuam bem. Na terceira parte("Eclipse"), o longa já funciona como filme, mas é praticamente uma encheção de linguiça completa tendo fatos praticamente impossíveis de se existir em qualquer lugar, destaque para os momentos de corno que envolvem o triângulo amoroso da trama, aqui embora ainda não tenham melhorado muito suas atuações, pelo menos já é possível identificar mais com cada personagem, pois é mostrada a história praticamente de cada vampiro do clã, porém praticamente é inútil, pois não é usado depois nos demais. O quarto filme("Amanhecer - Parte 1") pode ser considerado como somente um ganha pão para os produtores, pois não tem história nenhuma, tirando as cenas do casamento que foram feitos com altíssimo bom gosto e requinte, o que se vê na trama é algo que só serviu para segurar o público por 1 ano para ver o fechamento, as cenas que a protagonista sofre com o bebê dentro de si são ridículas de uma atuação vergonhosa, além de a primeira parte de mostrar que o Brasil é um país indígena que todos amam samba, o único ponto interessante da trama é a cena pós-créditos que mostra o que acontecerá no último filme. E chegamos finalmente no longa que vamos analisar hoje, onde temos cenas épicas de uma batalha muito bem desenvolvida, onde os efeitos estão bem interessantes, a história chega finalmente ao clímax que faltou nos demais para termos finalmente o fechamento. Diferente dos diretores anteriores, sim tivemos um diretor diferente para cada filme somente os dois "Amanhecer" foram o mesmo, o diretor Bill Condon soube trabalhar bem com a ação tirando quase toda a monotonia presente nos personagens principais que são muito bobinhos, e passando a bola para os vários outros personagens do longa que chamam mais atenção. Ou seja, temos um fechamento bem acertado que como disse se todos tivessem tido essa mesma condução teríamos uma saga que muitos apreciariam não apenas os adolescentes.
Após esse super resumo, o que podemos falar da atuação nesse longa que está nos cinemas é que Robert Pattinson melhorou consideravelmente nesses 5 anos, ainda está longe de ser bom como está em "Cosmópolis" que falamos nessa semana, mas já está melhor que nos primeiros, porém seu personagem é muito sem ação, feito apenas para que as mulheres fiquem encantadas com o modelo de homem das antigas que corteja uma mulher. Taylor Lautner é o que mais cresceu na saga, e como ator, melhorando muito seus trejeitos e fazendo com que passasse de um chamariz para mulheres por estar sempre sem camisa mostrando o corpo malhado, para um ator que sabe interpretar bem o texto, dentre o trio principal acredito que seja o que tem mais futuro fora da saga. Kristen Stewart não tem salvação, está com um corpão nesse último filme e só, sua atuação patética foi a mesma nos 5 filmes e tirando sua atuação em "Runnaways" não acredito que vá conseguir algum dia convencer bem, foi até razoável em "Na Estrada", mas ainda não é uma atriz. Como disse a salvação no quesito atuação desse longa é o foco não ter ficado tanto nos protagonistas, e os personagens de Dakota Fanning e Michael Sheen são os que mais chama a atenção para seus diálogos bem colocados e atuados, fazendo com que quiséssemos que estivessem sempre em cena. E até mesmo Ashley Greene que esteve bem em todos os filmes da saga volta interessante com seu personagem aqui, mostrando ser uma boa atriz. Poderia falar bastante dos coadjuvantes, mas ficaria muito extenso o texto, e como já disse uma vez não é essa minha intenção nos textos aqui, mas quero destacar mais uma vez a sacanagem que fizeram com o Brasil novamente, mostrando que somos um país que vive no meio do mato, reparem nos vampiros brasileiros colocados na trama e com isso tirem a conclusão de o que somos para os EUA.
No quesito visual, nesse longa temos poucos elementos, já que o filme se passa praticamente todo no campo de batalha, mas o visual neve sempre agrada em cheio, tendo boas misturas de cores aqui para serem bem visualizadas. Um ponto interessante nesse quesito está presente no figurino de cada vampiro que vem para auxiliar os protagonistas, pois como cada um é de uma região do mundo, a equipe de arte soube retratar cada um com roupas características. A direção de fotografia, assim como em todos os longas da saga sempre fez um bom trabalho, tendo câmeras em diversos ângulos, trabalhando sempre com luzes interessantes e aliando a cenografia existente para que fossem um bom filme. Os efeitos visuais que foram péssimos em todos os outros longas da saga, aqui estão muito bem colocados, ainda não é algo que se fale nossa que maravilha, mas comparados aos primeiros, estão perfeitos, somente as arrancadas de cabeça que não me convencem como algo normal, que precisaria ser mais sanguinolento, mas enfim não tem como arrumar mais.
As trilhas sonoras, sempre foram muito bem escolhidas nos 5 filmes, mas convenhamos que as dos dois últimos são as mais interessantes, tanto as aceleradas quanto as românticas, fazendo com que o longa seja bem gostoso de assistir por ter boas escolhas musicais, claro que falo desse último, pois os anteriores nem que tocasse a melhor música do mundo salvaria.
Enfim, a saga fechou realmente com chave de ouro, tendo um filme que diverte, tem suas boas cenas de ação, faz ficar tenso e tem seu momento açúcar na água para adoçar os corações. Sendo um longa completo. Deve lotar muitas salas, afinal só está passando praticamente ele nos cinemas e todos querem ver, devendo arrecadar muito dinheiro do público, principalmente no Brasil, o que deveria ser estranho já que somos sempre pejorativamente humilhados no longa(não sei se no livro também, mas acredito que sim). A nota que vou dar é somente para esse longa, mas como curiosidade as notas de cada filme individual seria 7,5,6 e 4 para os anteriores. Fico por aqui, já que não tem mais nada passando nos cinemas desejando que todos vejam esse e quem não viu os anteriores por algum preconceito que seja, assista, como sempre digo é bom ver coisas ruins também para se ter patamar para dar notas boas. Até sexta pessoal, rezando para que venha algo já que a saga deve permanecer um bom tempo em cartaz.
A sinopse dessa parte da saga mostra que depois do nascimento de Renesmee, filha de Bella Swan e Edward Cullen, os Cullen se reúnem a outros clãs de vampiros para proteger a criança dos Volturi.
Para aqueles que nunca assistiram nenhum capítulo da saga é complicado até ler essa sinopse, pois assim como todos os livros da autora, todos os filmes são necessários que seja visto o anterior e assim sucessivamente, pois nenhum tem começo, meio e fim determinados em cada longa, Por isso como vi todos ontem e hoje, vou falar minha breve opinião de cada um aqui. Nos são apresentados praticamente todos os personagens no primeiro longa("Crepúsculo") que é o que contém mais história e mais conteúdo como filme, mas peca exageradamente na maquiagem e efeitos visuais que se você não tiver paciência praticamente já desiste de ver todos os outros. Depois temos o desenrolar da trama e algumas explicações que serão usadas mais para frente no segundo longa("Lua Nova"), nesse filme a história em si é razoável e temos uma melhora no quesito visual de efeitos e maquiagem, sendo corrigidos alguns erros, mas a atuação medíocre dos protagonistas começam a ficar difíceis de tolerar, salvando-se poucos personagens que atuam bem. Na terceira parte("Eclipse"), o longa já funciona como filme, mas é praticamente uma encheção de linguiça completa tendo fatos praticamente impossíveis de se existir em qualquer lugar, destaque para os momentos de corno que envolvem o triângulo amoroso da trama, aqui embora ainda não tenham melhorado muito suas atuações, pelo menos já é possível identificar mais com cada personagem, pois é mostrada a história praticamente de cada vampiro do clã, porém praticamente é inútil, pois não é usado depois nos demais. O quarto filme("Amanhecer - Parte 1") pode ser considerado como somente um ganha pão para os produtores, pois não tem história nenhuma, tirando as cenas do casamento que foram feitos com altíssimo bom gosto e requinte, o que se vê na trama é algo que só serviu para segurar o público por 1 ano para ver o fechamento, as cenas que a protagonista sofre com o bebê dentro de si são ridículas de uma atuação vergonhosa, além de a primeira parte de mostrar que o Brasil é um país indígena que todos amam samba, o único ponto interessante da trama é a cena pós-créditos que mostra o que acontecerá no último filme. E chegamos finalmente no longa que vamos analisar hoje, onde temos cenas épicas de uma batalha muito bem desenvolvida, onde os efeitos estão bem interessantes, a história chega finalmente ao clímax que faltou nos demais para termos finalmente o fechamento. Diferente dos diretores anteriores, sim tivemos um diretor diferente para cada filme somente os dois "Amanhecer" foram o mesmo, o diretor Bill Condon soube trabalhar bem com a ação tirando quase toda a monotonia presente nos personagens principais que são muito bobinhos, e passando a bola para os vários outros personagens do longa que chamam mais atenção. Ou seja, temos um fechamento bem acertado que como disse se todos tivessem tido essa mesma condução teríamos uma saga que muitos apreciariam não apenas os adolescentes.
Após esse super resumo, o que podemos falar da atuação nesse longa que está nos cinemas é que Robert Pattinson melhorou consideravelmente nesses 5 anos, ainda está longe de ser bom como está em "Cosmópolis" que falamos nessa semana, mas já está melhor que nos primeiros, porém seu personagem é muito sem ação, feito apenas para que as mulheres fiquem encantadas com o modelo de homem das antigas que corteja uma mulher. Taylor Lautner é o que mais cresceu na saga, e como ator, melhorando muito seus trejeitos e fazendo com que passasse de um chamariz para mulheres por estar sempre sem camisa mostrando o corpo malhado, para um ator que sabe interpretar bem o texto, dentre o trio principal acredito que seja o que tem mais futuro fora da saga. Kristen Stewart não tem salvação, está com um corpão nesse último filme e só, sua atuação patética foi a mesma nos 5 filmes e tirando sua atuação em "Runnaways" não acredito que vá conseguir algum dia convencer bem, foi até razoável em "Na Estrada", mas ainda não é uma atriz. Como disse a salvação no quesito atuação desse longa é o foco não ter ficado tanto nos protagonistas, e os personagens de Dakota Fanning e Michael Sheen são os que mais chama a atenção para seus diálogos bem colocados e atuados, fazendo com que quiséssemos que estivessem sempre em cena. E até mesmo Ashley Greene que esteve bem em todos os filmes da saga volta interessante com seu personagem aqui, mostrando ser uma boa atriz. Poderia falar bastante dos coadjuvantes, mas ficaria muito extenso o texto, e como já disse uma vez não é essa minha intenção nos textos aqui, mas quero destacar mais uma vez a sacanagem que fizeram com o Brasil novamente, mostrando que somos um país que vive no meio do mato, reparem nos vampiros brasileiros colocados na trama e com isso tirem a conclusão de o que somos para os EUA.
No quesito visual, nesse longa temos poucos elementos, já que o filme se passa praticamente todo no campo de batalha, mas o visual neve sempre agrada em cheio, tendo boas misturas de cores aqui para serem bem visualizadas. Um ponto interessante nesse quesito está presente no figurino de cada vampiro que vem para auxiliar os protagonistas, pois como cada um é de uma região do mundo, a equipe de arte soube retratar cada um com roupas características. A direção de fotografia, assim como em todos os longas da saga sempre fez um bom trabalho, tendo câmeras em diversos ângulos, trabalhando sempre com luzes interessantes e aliando a cenografia existente para que fossem um bom filme. Os efeitos visuais que foram péssimos em todos os outros longas da saga, aqui estão muito bem colocados, ainda não é algo que se fale nossa que maravilha, mas comparados aos primeiros, estão perfeitos, somente as arrancadas de cabeça que não me convencem como algo normal, que precisaria ser mais sanguinolento, mas enfim não tem como arrumar mais.
As trilhas sonoras, sempre foram muito bem escolhidas nos 5 filmes, mas convenhamos que as dos dois últimos são as mais interessantes, tanto as aceleradas quanto as românticas, fazendo com que o longa seja bem gostoso de assistir por ter boas escolhas musicais, claro que falo desse último, pois os anteriores nem que tocasse a melhor música do mundo salvaria.
Enfim, a saga fechou realmente com chave de ouro, tendo um filme que diverte, tem suas boas cenas de ação, faz ficar tenso e tem seu momento açúcar na água para adoçar os corações. Sendo um longa completo. Deve lotar muitas salas, afinal só está passando praticamente ele nos cinemas e todos querem ver, devendo arrecadar muito dinheiro do público, principalmente no Brasil, o que deveria ser estranho já que somos sempre pejorativamente humilhados no longa(não sei se no livro também, mas acredito que sim). A nota que vou dar é somente para esse longa, mas como curiosidade as notas de cada filme individual seria 7,5,6 e 4 para os anteriores. Fico por aqui, já que não tem mais nada passando nos cinemas desejando que todos vejam esse e quem não viu os anteriores por algum preconceito que seja, assista, como sempre digo é bom ver coisas ruins também para se ter patamar para dar notas boas. Até sexta pessoal, rezando para que venha algo já que a saga deve permanecer um bom tempo em cartaz.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Boca
É engraçado como filmes bons brasileiros acabam nem quase sendo distribuídos e somem de cartaz quase sem que ninguém os veja. Um exemplar disso é "Boca" que foi lançado em Setembro com pouquíssimas cópias, apareceu aqui na sexta-feira e já está indo pra sessões somente a tarde, para logo desaparecer também. O filme tem uma narrativa interessante para uma ótima história, com uma fotografia de primeira linha e só peca em alguns pontos de montagem, mas que podem ser relevados considerando tudo que o enredo quer passar. Porém como todo bom filme brasileiro, não tem uma boa distribuidora e sofre para conseguir ficar em qualquer cinema. Uma pena!
Adaptado da autobiografia de Hiroito de Moraes Joanides, o filme retrata a atmosfera noturna da Boca do Lixo, região de prostituição no centro de São Paulo nos anos 50 e 60. Oriundo de uma família de classe media alta, Hiroito frequentava a Boca apenas como boêmio em busca de aventuras sexuais, até que uma tragédia pessoal provoca uma mudança em sua vida. Seu pai é violentamente assassinado e Hiroito é acusado pelo crime. Dois meses depois deste acontecimento, Hiroito compra dois revólveres e se muda para a Boca, tornando-se rapidamente um dos bandidos mais procurados pela polícia.
A história em si já é algo interessante para ser transmitida em formato de filme, e nesse gênero praticamente mafioso, no Brasil quase não temos exemplares de longas, daí o diretor e roteirista Flávio Frederico soube transmitir de forma bem contínua e intrigante para a tela um longa com ritmo bem cadenciado, que apenas poderia ter sido melhor montado na edição para que não precisasse tanto de fades black para mudar de um ano para o outro. Porém tirando isso, o que vemos é uma boa mostra de como o personagem era, mostrando pontos bons e ruins mesmo sendo baseado em uma autobiografia.
As atuações estão bem corretas, não diria serem excelentes, mas mostram personagens bem sujos e convincentes no geral quanto da concepção de época. Daniel Oliveira faz bem o protagonista, e a equipe de maquiagem remodelou completamente sua feição para que ficasse bem parecido com Hiroito, seus diálogos estão bem imponentes e colocados, mas em alguns momentos sua forma de expressão relembrou seu outro personagem no cinema, Cazuza. Hermila Guedes em alguns momentos mostra uma boa personificação para seu personagem, mas em alguns momentos parece desorientada quanto ao que fazer. Milhem Cortaz raramente erra na frente das câmeras, e seu personagem é bem carismático nas cenas que aparece, fazendo bons diálogos quando está junto do protagonista. Paulo Cesar Peréio é um daqueles personagens que aparecem num longa de certa forma a ser um coadjuvante, mas que por fazer feições tão próprias acaba chamando a atenção para si, fazendo um delegado daqueles bem corruptos e canastrões, o que vemos é um personagem com potencial para que fosse até melhor do que já é. Os demais personagens fazem bem também em cena, aparecendo com poucas doses, sempre sem atrapalhar o andamento do filme e isso é bom, só não consegui entender muito bem o personagem do garotinho para o longa, pois seu personagem entrou e saiu da história sem influenciar praticamente em nada.
A equipe de arte reconstruiu uma São Paulo decadente dos anos 50/60 que é de se impressionar pelo visual que conseguem, com muita certeza deve ter sido um trabalho árduo, mas que compensou plenamente pelo resultado final que está impecável. Temos elementos cênicos para qualquer lado que se olhe, dando um sabor extra para o longa que raramente vemos em filmes brasileiros. A fotografia de Adrian Teijido já está se tornando um marco no cinema brasileiro, sempre usando de um tom amarelado característico seu, usa e abusa de luzes e sombras e dá um charme mesmo nos momentos mais simples do longa.
A trilha sonora com músicas da época e usando o mix de ruídos característicos do tocado por discos de vinil, o filme dita um ritmo gostoso de assistir sem cansar em momento algum. As músicas escolhidas são também de um primor que poucas vezes escutamos.
Enfim, é um longa bem caprichado, tendo apenas poucos erros que não chegam a serem fatais, que merecia ter tido um pouco mais de destaque no circuito comercial brasileiro, já que foi produzido em 2010, conseguiram lançar somente agora em setembro de 2012 e com pouquíssimas cópias, fazendo com que quase ninguém o assista, o que é uma pena, pois assim como muitos outros bons filmes que são feitos no Brasil, acabam sendo jogados apenas em mostras, onde o público que pode valorizar o cinema brasileiro praticamente mesmo não vai. Fico por aqui encerrando essa semana, pois praticamente tudo foi removido dos cinemas para a estréia de "Amanhecer", e como disse irei assistir todos da saga nesse fim de semana para conferir o novo, já que não vi nenhum até hoje, assim que ver o último postarei aqui a opinião completa da saga, então abraços e até lá pessoal.
Adaptado da autobiografia de Hiroito de Moraes Joanides, o filme retrata a atmosfera noturna da Boca do Lixo, região de prostituição no centro de São Paulo nos anos 50 e 60. Oriundo de uma família de classe media alta, Hiroito frequentava a Boca apenas como boêmio em busca de aventuras sexuais, até que uma tragédia pessoal provoca uma mudança em sua vida. Seu pai é violentamente assassinado e Hiroito é acusado pelo crime. Dois meses depois deste acontecimento, Hiroito compra dois revólveres e se muda para a Boca, tornando-se rapidamente um dos bandidos mais procurados pela polícia.
A história em si já é algo interessante para ser transmitida em formato de filme, e nesse gênero praticamente mafioso, no Brasil quase não temos exemplares de longas, daí o diretor e roteirista Flávio Frederico soube transmitir de forma bem contínua e intrigante para a tela um longa com ritmo bem cadenciado, que apenas poderia ter sido melhor montado na edição para que não precisasse tanto de fades black para mudar de um ano para o outro. Porém tirando isso, o que vemos é uma boa mostra de como o personagem era, mostrando pontos bons e ruins mesmo sendo baseado em uma autobiografia.
As atuações estão bem corretas, não diria serem excelentes, mas mostram personagens bem sujos e convincentes no geral quanto da concepção de época. Daniel Oliveira faz bem o protagonista, e a equipe de maquiagem remodelou completamente sua feição para que ficasse bem parecido com Hiroito, seus diálogos estão bem imponentes e colocados, mas em alguns momentos sua forma de expressão relembrou seu outro personagem no cinema, Cazuza. Hermila Guedes em alguns momentos mostra uma boa personificação para seu personagem, mas em alguns momentos parece desorientada quanto ao que fazer. Milhem Cortaz raramente erra na frente das câmeras, e seu personagem é bem carismático nas cenas que aparece, fazendo bons diálogos quando está junto do protagonista. Paulo Cesar Peréio é um daqueles personagens que aparecem num longa de certa forma a ser um coadjuvante, mas que por fazer feições tão próprias acaba chamando a atenção para si, fazendo um delegado daqueles bem corruptos e canastrões, o que vemos é um personagem com potencial para que fosse até melhor do que já é. Os demais personagens fazem bem também em cena, aparecendo com poucas doses, sempre sem atrapalhar o andamento do filme e isso é bom, só não consegui entender muito bem o personagem do garotinho para o longa, pois seu personagem entrou e saiu da história sem influenciar praticamente em nada.
A equipe de arte reconstruiu uma São Paulo decadente dos anos 50/60 que é de se impressionar pelo visual que conseguem, com muita certeza deve ter sido um trabalho árduo, mas que compensou plenamente pelo resultado final que está impecável. Temos elementos cênicos para qualquer lado que se olhe, dando um sabor extra para o longa que raramente vemos em filmes brasileiros. A fotografia de Adrian Teijido já está se tornando um marco no cinema brasileiro, sempre usando de um tom amarelado característico seu, usa e abusa de luzes e sombras e dá um charme mesmo nos momentos mais simples do longa.
A trilha sonora com músicas da época e usando o mix de ruídos característicos do tocado por discos de vinil, o filme dita um ritmo gostoso de assistir sem cansar em momento algum. As músicas escolhidas são também de um primor que poucas vezes escutamos.
Enfim, é um longa bem caprichado, tendo apenas poucos erros que não chegam a serem fatais, que merecia ter tido um pouco mais de destaque no circuito comercial brasileiro, já que foi produzido em 2010, conseguiram lançar somente agora em setembro de 2012 e com pouquíssimas cópias, fazendo com que quase ninguém o assista, o que é uma pena, pois assim como muitos outros bons filmes que são feitos no Brasil, acabam sendo jogados apenas em mostras, onde o público que pode valorizar o cinema brasileiro praticamente mesmo não vai. Fico por aqui encerrando essa semana, pois praticamente tudo foi removido dos cinemas para a estréia de "Amanhecer", e como disse irei assistir todos da saga nesse fim de semana para conferir o novo, já que não vi nenhum até hoje, assim que ver o último postarei aqui a opinião completa da saga, então abraços e até lá pessoal.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Cosmópolis
Existem filmes que poucas pessoas irão curtir ao assistir, um desses é "Cosmópolis", não que ele seja ruim, mas sua linguagem é algo pouco usual de ser conferida, e muitos irão se cansar, porém o filme é de um nível de diálogos que poucas vezes iremos ver num filme só, o que mostra que sim, Robert Pattinson tem salvação e consegue fazer um filme decente, desde que tenha um diretor decente por trás dele.
O filme nos mostra que Eric Packer é um milionário egocêntrico que acordou com uma obsessão: cortar o cabelo no seu barbeiro, localizado do outro lado da cidade. Para isso, o gênio de ouro das finanças terá de atravessar, em sua limousine, uma caótica Nova York que irá revelar uma ameaça a seu império a cada quilômetro percorrido.
O interessante do contexto do longa é ir vendo a decadência do personagem e o acréscimo na dramaticidade, para chegarmos num final triunfal que tivemos de perguntar para nossa amiga que foi junto e leu o livro o que ocorreu lá, e claro que não vou revelar aqui. É indicativo, mas se tivesse colocado acho que ia sair do cinema vibrando. O problema do longa para uma maioria que confere filmes no cinema é que ele é muito dialogado, sem quase ação em si, e isso pode cansar um pouco, mas a idéia da loucura toda do filme que David Cronenberg coloca nele é algo impressionante de bom.
No quesito atuação, como disse acima sob uma boa direção Robert Pattinson pode ter bons diálogos e interpretar bem, no começo achei que fosse odiar seu jeito de expressar, mas foi engatando uma boa forma e acabou perfeito. Paul Giamatti está sensacional, sua cena final é de mostrar porque mereceria estar no topo, além de onde está, seu personagem é de ficar obcecado com o tanto de diálogos que tem em poucos minutos, um show! Em compensação Sarah Gadon tive vontade de querer tampar o ouvido em todas as cenas que aparecia, um tédio só sua voz, sua interpretação, tudo, se no filme ela aparecesse mais com certeza seria o pior filme que já vi. Os demais personagens tem pequenas passagens pelo carro do protagonista, mas não decepcionam nem um pouco.
O visual do longa inicialmente é bem simples, pois fica praticamente 90% dentro da limousine, mas ao andar um pouco nos locais que o protagonista sai do carro mostram uma cenografia bem trabalhada para que não canse tanto visualmente e agrada em cheio, como já falei muito e vou continuar a falar, até na cenografia a última cena é perfeita. A fotografia pesada é bem interessante também, e o diretor soube usar bem a dimensão das câmeras para ficar mudando de planos sem que exigisse uma rapidez de pensamento.
A trilha é forte tocando bem baixo em alguns momentos até sumindo e outras vezes dominando o espaço, fazendo com que o longa tivesse um ritmo próprio nem acelerado demais nem tão parado. E isso é um prato cheio. Confesso que no início poderia ter acelerado um pouco mais, pois bate uma preguiça na lentidão, mas logo depois pega ritmo.
Enfim, é um longa bem diferente dos padrões e mostra um bom nível intelectual de filme. Como disse não é um filme que muitos gostarão, e muito menos é comercial, tanto que veio para o Brasil com míseras cópias e só consegui ver agora no Cinecult depois de 2 meses que estreou no país. Mas valeu a pena esperar para ver no cinema, pois o filme é bem interessante. Só mudaria o ritmo talvez para ficar menos cansativo. É isso pessoal, fico por aqui hoje, mas ainda restaram alguns filmes da semana passada para conferir, já que com o feriado e a estréia do maior blockbuster do ano entupirá as salas e não virá mais nada para o interior. Abraços e até breve pessoal.
O filme nos mostra que Eric Packer é um milionário egocêntrico que acordou com uma obsessão: cortar o cabelo no seu barbeiro, localizado do outro lado da cidade. Para isso, o gênio de ouro das finanças terá de atravessar, em sua limousine, uma caótica Nova York que irá revelar uma ameaça a seu império a cada quilômetro percorrido.
O interessante do contexto do longa é ir vendo a decadência do personagem e o acréscimo na dramaticidade, para chegarmos num final triunfal que tivemos de perguntar para nossa amiga que foi junto e leu o livro o que ocorreu lá, e claro que não vou revelar aqui. É indicativo, mas se tivesse colocado acho que ia sair do cinema vibrando. O problema do longa para uma maioria que confere filmes no cinema é que ele é muito dialogado, sem quase ação em si, e isso pode cansar um pouco, mas a idéia da loucura toda do filme que David Cronenberg coloca nele é algo impressionante de bom.
No quesito atuação, como disse acima sob uma boa direção Robert Pattinson pode ter bons diálogos e interpretar bem, no começo achei que fosse odiar seu jeito de expressar, mas foi engatando uma boa forma e acabou perfeito. Paul Giamatti está sensacional, sua cena final é de mostrar porque mereceria estar no topo, além de onde está, seu personagem é de ficar obcecado com o tanto de diálogos que tem em poucos minutos, um show! Em compensação Sarah Gadon tive vontade de querer tampar o ouvido em todas as cenas que aparecia, um tédio só sua voz, sua interpretação, tudo, se no filme ela aparecesse mais com certeza seria o pior filme que já vi. Os demais personagens tem pequenas passagens pelo carro do protagonista, mas não decepcionam nem um pouco.
O visual do longa inicialmente é bem simples, pois fica praticamente 90% dentro da limousine, mas ao andar um pouco nos locais que o protagonista sai do carro mostram uma cenografia bem trabalhada para que não canse tanto visualmente e agrada em cheio, como já falei muito e vou continuar a falar, até na cenografia a última cena é perfeita. A fotografia pesada é bem interessante também, e o diretor soube usar bem a dimensão das câmeras para ficar mudando de planos sem que exigisse uma rapidez de pensamento.
A trilha é forte tocando bem baixo em alguns momentos até sumindo e outras vezes dominando o espaço, fazendo com que o longa tivesse um ritmo próprio nem acelerado demais nem tão parado. E isso é um prato cheio. Confesso que no início poderia ter acelerado um pouco mais, pois bate uma preguiça na lentidão, mas logo depois pega ritmo.
Enfim, é um longa bem diferente dos padrões e mostra um bom nível intelectual de filme. Como disse não é um filme que muitos gostarão, e muito menos é comercial, tanto que veio para o Brasil com míseras cópias e só consegui ver agora no Cinecult depois de 2 meses que estreou no país. Mas valeu a pena esperar para ver no cinema, pois o filme é bem interessante. Só mudaria o ritmo talvez para ficar menos cansativo. É isso pessoal, fico por aqui hoje, mas ainda restaram alguns filmes da semana passada para conferir, já que com o feriado e a estréia do maior blockbuster do ano entupirá as salas e não virá mais nada para o interior. Abraços e até breve pessoal.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Marcados Para Morrer
Imagine como seria a série da TV Bandeirantes “Policia 24 horas” com longa
duração mas mostrando além das apreensões um pouco também da vida de alguns
policiais. Imaginou? Não precisa, basta que você vá aos cinemas conferir
“Marcados Para Morrer”, pois a premissa do longa é basicamente essa, mostrando
a atuação de dois policiais que se metem com um grupo de traficantes barra
pesada e mostram sua iteração como parceiros também fora da viatura.
A sinopse do filme é simples, pois mostra dois policiais, Brian Taylor e Mike Zavala, que confiscam uma pequena quantia em dinheiro e algumas armas de um cartel de drogas, o que os coloca na mira dos criminosos.
O trailer me atraiu, pelas câmeras na mão aparentar que o filme fosse algo mais puxado para o videogame, mas logo no inicio já descobrimos ser algo mais puxado para um reality show com policiais mostrando sua vida no trabalho e fora dele. E não acredito que isso possa interessar para muitas pessoas, pois o longa mesmo acaba ficando mais com cara de filme nos minutos finais. A direção pelo menos soube dosar bem de forma inteligente o uso das câmeras, não ficando tão falso as imagens, parecendo ser sempre as câmeras dos policiais e dos bandidos que estão sendo usadas para filmar na maioria das cenas, e isso sim é um ponto positivo para o longa, pois geralmente esses filmes que usam de base o famoso “Bruxa de Blair” e sua câmera na mão, não costumam funcionar da mesma forma, não que não existam bastante furos de câmeras em ângulos errados do que estariam nas mãos ou peitos dos protagonistas, mas isso na maioria do tempo passa despercebido, diferente de outros filmes.
Os dois atores principais Jake Gyllenhaal e Michael Peña até convencem bem como policiais, e seus atos fazem por merecer os seus respectivos papéis. É interessante ver que Gyllenhaal ultimamente tem feito bastante personagens militares, o que pode se tornar um nicho e logo mais estarmos sempre relacionando ele à esses papéis, mas Peña aparentemente é daqueles que poderia ser discriminado por seus papéis sempre latinos, quase nunca fazendo algo diferente. No geral, agradam e convencem com suas atuações, mas como o filme não é algo brilhante como função de cinema, acredito que foram desperdícios demais por tudo que fizeram. Os demais atores coadjuvantes também convencem como policiais, porém a gangue estar filmando seus atos ficou meio falso de convencer, e os atores nem se esforçam para se mostrarem maus, apenas atirando a esmo e fazendo caras mau encaradas. Outro ponto que se pecou um pouco foi nos diálogos, pois não temos preocupação alguma com o que é dito, ficando em alguns momentos até bobo demais a conversa dos protagonistas, ou dos antagonistas, mas como o longa quis parecer mais com uma realidade, e como nunca saí numa viatura ou com gangues, pode ser que seja assim que conversem.
No quesito visual, o longa preza por bons elementos cênicos, mostrando até coisas demais, como cadáveres e pessoas desfiguradas, de forma que nem alguns filmes de terror mostrariam, e isso é bom para tentar convencer o espectador de que está vendo uma ficção e não um reality show. Como disse o longa preza bem pela câmera na mão então a fotografia vista é o que aparece na frente dos protagonistas, não tendo importância nem preocupação quase nenhuma com luzes ou qualquer efeito digital.
Enfim, o longa pode até ser válido para policiais e pessoas que curtem o programa “Policia 24 horas”, mas para os espectadores comuns de cinema, em sua maioria pode achar de uma chatice completa. No geral o filme é razoável, pois existem momentos de perseguição bem interessantes, principalmente no fim do filme. Mas na minha opinião, a cena final é completamente desnecessária. Fico por aqui hoje, com esses filmes que consegui ver em outra cidade que não a minha, mas essa semana ainda temos muitos filmes por aqui, então até breve pessoal.
A sinopse do filme é simples, pois mostra dois policiais, Brian Taylor e Mike Zavala, que confiscam uma pequena quantia em dinheiro e algumas armas de um cartel de drogas, o que os coloca na mira dos criminosos.
O trailer me atraiu, pelas câmeras na mão aparentar que o filme fosse algo mais puxado para o videogame, mas logo no inicio já descobrimos ser algo mais puxado para um reality show com policiais mostrando sua vida no trabalho e fora dele. E não acredito que isso possa interessar para muitas pessoas, pois o longa mesmo acaba ficando mais com cara de filme nos minutos finais. A direção pelo menos soube dosar bem de forma inteligente o uso das câmeras, não ficando tão falso as imagens, parecendo ser sempre as câmeras dos policiais e dos bandidos que estão sendo usadas para filmar na maioria das cenas, e isso sim é um ponto positivo para o longa, pois geralmente esses filmes que usam de base o famoso “Bruxa de Blair” e sua câmera na mão, não costumam funcionar da mesma forma, não que não existam bastante furos de câmeras em ângulos errados do que estariam nas mãos ou peitos dos protagonistas, mas isso na maioria do tempo passa despercebido, diferente de outros filmes.
Os dois atores principais Jake Gyllenhaal e Michael Peña até convencem bem como policiais, e seus atos fazem por merecer os seus respectivos papéis. É interessante ver que Gyllenhaal ultimamente tem feito bastante personagens militares, o que pode se tornar um nicho e logo mais estarmos sempre relacionando ele à esses papéis, mas Peña aparentemente é daqueles que poderia ser discriminado por seus papéis sempre latinos, quase nunca fazendo algo diferente. No geral, agradam e convencem com suas atuações, mas como o filme não é algo brilhante como função de cinema, acredito que foram desperdícios demais por tudo que fizeram. Os demais atores coadjuvantes também convencem como policiais, porém a gangue estar filmando seus atos ficou meio falso de convencer, e os atores nem se esforçam para se mostrarem maus, apenas atirando a esmo e fazendo caras mau encaradas. Outro ponto que se pecou um pouco foi nos diálogos, pois não temos preocupação alguma com o que é dito, ficando em alguns momentos até bobo demais a conversa dos protagonistas, ou dos antagonistas, mas como o longa quis parecer mais com uma realidade, e como nunca saí numa viatura ou com gangues, pode ser que seja assim que conversem.
No quesito visual, o longa preza por bons elementos cênicos, mostrando até coisas demais, como cadáveres e pessoas desfiguradas, de forma que nem alguns filmes de terror mostrariam, e isso é bom para tentar convencer o espectador de que está vendo uma ficção e não um reality show. Como disse o longa preza bem pela câmera na mão então a fotografia vista é o que aparece na frente dos protagonistas, não tendo importância nem preocupação quase nenhuma com luzes ou qualquer efeito digital.
Enfim, o longa pode até ser válido para policiais e pessoas que curtem o programa “Policia 24 horas”, mas para os espectadores comuns de cinema, em sua maioria pode achar de uma chatice completa. No geral o filme é razoável, pois existem momentos de perseguição bem interessantes, principalmente no fim do filme. Mas na minha opinião, a cena final é completamente desnecessária. Fico por aqui hoje, com esses filmes que consegui ver em outra cidade que não a minha, mas essa semana ainda temos muitos filmes por aqui, então até breve pessoal.
Argo
Quando o patriotismo americano volta a aparecer no cinema em
formato drama, já temos um fato: cheiro de Oscar no ar. E não que “Argo” seja
um filme contagiante, muito pelo contrário, até chegar nas cenas finais, o
longa tem um ritmo bem lento, cheio de detalhes bem dialogados que fazem com
que o espectador que não vá preparado para isso canse ou até mesmo saia da
sessão. O único ponto que faz os mais nostálgicos vibrar é a logo antiga da Warner que aparece para abrir o longa.
A história do filme se passa em novembro de 1979, quando a revolução iraniana atinge seu ápice e militantes surpreendem a embaixada dos EUA em Teerã, fazendo 52 reféns americanos. Mas, no meio do caos, seis americanos conseguem escapar e encontrar refúgio na casa do embaixador canadense. Sabendo que é apenas uma questão de tempo até os seis serem encontrados e provavelmente mortos, Tony Mendez, um especialista em fugas da CIA, sugere um plano arriscado para retirá-los do país em segurança. Um plano tão incrível que só poderia acontecer nos filmes.
Como o longa é baseado num fato real, e a maioria das pessoas nem se lembram da época, eu por exemplo nem era nascido, a história é bem interessante e por incrível que pareça poderia estar acontecendo inclusive nos dias atuais. E com esse tino comercial que Ben Affleck tem, soube escolher o roteiro perfeito para dirigir e com toda certeza mostrar mais uma vez que assim como outros grandes atores que saíram da frente das câmeras para trás delas, claro que no seu caso parcialmente, afinal sempre anda estrelando os filmes que dirige, que possui uma ótima mão para colocar os fatos de forma a serem bem convincentes. As imagens em vários momentos parecem ser até arquivos da TV, mas pelo tamanho da perspectiva com certeza foi filmado e tratado de forma a enganar o espectador. Um ponto que vale ressaltar está presente nos bons diálogos do longa, pois tudo se encaixa bem, principalmente as ironias presentes nos sets de filmagem que qualquer pessoa que já tenha visto um making-off ou participado de algum filme com certeza reconhecerá. O interessante por trás de tudo é que o longa é intrigante, mas não chega a ser pesado para que ficássemos pensando em como poderia terminar, é mais algo visualmente que sabemos que tudo vai dar certo e é só aguardar o desenrolar.
Um ponto interessante para Affleck é que mesmo dirigindo, consegue ainda atuar bem nos seus filmes, e aqui não é diferente, nas cenas em que aparece domina o ambiente com seu perfil e falas ditadas em bom timbre e isso faz convencer seu personagem em ser um agente e inclusive parecer um produtor mesmo de cinema. Outros atores se destacam também, por exemplo John Goodman que ficou altamente semelhante com o maquiador premiado John Chambers("O Planeta dos Macacos") quando vemos ao final as fotos da época. Alan Arkin ao fazer um velho e premiado diretor é perfeito, e seu melhor diálogo fica com toda certeza na negociação do filme com o roteirista original, é com certeza uma cena perfeita para todos que já negociaram um roteiro com alguém. Todos no geral fazem boas interpretações e estão muito bem dirigidos em cena para ficar destacando cada um, inclusive a equipe de figuração faz bonito em cena, demonstrando toda a raiva aos EUA e com toda certeza assim parecerem iranianos, e assim sendo não decepcionam em momento algum quando aparecem no filme.
O quesito visual, é outro bom exemplo de como o longa está interessante, pois foi feito um excelente trabalho de construção de época, onde temos tudo bem colocado como figurinos, objetos cênicos(telefones, papéis, TVs, entre outros), e até mesmo a cenografia dos lugares onde se passa o filme, representando muito bem os locais na época em que se passa. Isso faz com que a equipe de arte seja bem valorizada. A fotografia foi sujada um pouco para dar um ar antigo ao longa, e com os planos escolhidos ficando bem entre os tradicionais com closes mais fechados e poucas cenas bem abertas, trazem um aspecto mais documental para que o filme ficasse interessante.
A parte sonora soube trabalhar de forma clássica, sem abusar muito para que o filme não saísse do contexto escolhido. Trabalha bem no timing do longa apenas marcando as cenas sem que dê um ritmo nem acelerado nem lento demais, apenas colocando lenha e sufocando o espectador nas cenas finais. O silêncio ultimamente já virando cliché, também é bem usado em alguns momentos.
Enfim, é um longa interessante, com a cara completa de Oscar, mas que não possui um ritmo nem história interessante para chamar e segurar o público geral nas sessões dos cinemas, tanto que a maioria presente em minha sessão ao final do filme só comentava as cenas finais como sendo bacanas, sendo que muitos nem chegaram a esperar por elas, pois muitos saíram no meio da sessão, onde ele fica bem devagar. Recomendo ver como um filme artístico bem dirigido e que provavelmente vai estar entre os indicados do Oscar, mas já garanto que não é um longa bacana de ser visto por ser algo politicamente americano. Fico por aqui hoje, mas amanhã tem mais. Abraços pessoal.
A história do filme se passa em novembro de 1979, quando a revolução iraniana atinge seu ápice e militantes surpreendem a embaixada dos EUA em Teerã, fazendo 52 reféns americanos. Mas, no meio do caos, seis americanos conseguem escapar e encontrar refúgio na casa do embaixador canadense. Sabendo que é apenas uma questão de tempo até os seis serem encontrados e provavelmente mortos, Tony Mendez, um especialista em fugas da CIA, sugere um plano arriscado para retirá-los do país em segurança. Um plano tão incrível que só poderia acontecer nos filmes.
Como o longa é baseado num fato real, e a maioria das pessoas nem se lembram da época, eu por exemplo nem era nascido, a história é bem interessante e por incrível que pareça poderia estar acontecendo inclusive nos dias atuais. E com esse tino comercial que Ben Affleck tem, soube escolher o roteiro perfeito para dirigir e com toda certeza mostrar mais uma vez que assim como outros grandes atores que saíram da frente das câmeras para trás delas, claro que no seu caso parcialmente, afinal sempre anda estrelando os filmes que dirige, que possui uma ótima mão para colocar os fatos de forma a serem bem convincentes. As imagens em vários momentos parecem ser até arquivos da TV, mas pelo tamanho da perspectiva com certeza foi filmado e tratado de forma a enganar o espectador. Um ponto que vale ressaltar está presente nos bons diálogos do longa, pois tudo se encaixa bem, principalmente as ironias presentes nos sets de filmagem que qualquer pessoa que já tenha visto um making-off ou participado de algum filme com certeza reconhecerá. O interessante por trás de tudo é que o longa é intrigante, mas não chega a ser pesado para que ficássemos pensando em como poderia terminar, é mais algo visualmente que sabemos que tudo vai dar certo e é só aguardar o desenrolar.
Um ponto interessante para Affleck é que mesmo dirigindo, consegue ainda atuar bem nos seus filmes, e aqui não é diferente, nas cenas em que aparece domina o ambiente com seu perfil e falas ditadas em bom timbre e isso faz convencer seu personagem em ser um agente e inclusive parecer um produtor mesmo de cinema. Outros atores se destacam também, por exemplo John Goodman que ficou altamente semelhante com o maquiador premiado John Chambers("O Planeta dos Macacos") quando vemos ao final as fotos da época. Alan Arkin ao fazer um velho e premiado diretor é perfeito, e seu melhor diálogo fica com toda certeza na negociação do filme com o roteirista original, é com certeza uma cena perfeita para todos que já negociaram um roteiro com alguém. Todos no geral fazem boas interpretações e estão muito bem dirigidos em cena para ficar destacando cada um, inclusive a equipe de figuração faz bonito em cena, demonstrando toda a raiva aos EUA e com toda certeza assim parecerem iranianos, e assim sendo não decepcionam em momento algum quando aparecem no filme.
O quesito visual, é outro bom exemplo de como o longa está interessante, pois foi feito um excelente trabalho de construção de época, onde temos tudo bem colocado como figurinos, objetos cênicos(telefones, papéis, TVs, entre outros), e até mesmo a cenografia dos lugares onde se passa o filme, representando muito bem os locais na época em que se passa. Isso faz com que a equipe de arte seja bem valorizada. A fotografia foi sujada um pouco para dar um ar antigo ao longa, e com os planos escolhidos ficando bem entre os tradicionais com closes mais fechados e poucas cenas bem abertas, trazem um aspecto mais documental para que o filme ficasse interessante.
A parte sonora soube trabalhar de forma clássica, sem abusar muito para que o filme não saísse do contexto escolhido. Trabalha bem no timing do longa apenas marcando as cenas sem que dê um ritmo nem acelerado nem lento demais, apenas colocando lenha e sufocando o espectador nas cenas finais. O silêncio ultimamente já virando cliché, também é bem usado em alguns momentos.
Enfim, é um longa interessante, com a cara completa de Oscar, mas que não possui um ritmo nem história interessante para chamar e segurar o público geral nas sessões dos cinemas, tanto que a maioria presente em minha sessão ao final do filme só comentava as cenas finais como sendo bacanas, sendo que muitos nem chegaram a esperar por elas, pois muitos saíram no meio da sessão, onde ele fica bem devagar. Recomendo ver como um filme artístico bem dirigido e que provavelmente vai estar entre os indicados do Oscar, mas já garanto que não é um longa bacana de ser visto por ser algo politicamente americano. Fico por aqui hoje, mas amanhã tem mais. Abraços pessoal.
domingo, 11 de novembro de 2012
Selvagens
Fazia tempo que não via um filme de ação com tão boas
atuações e que fosse tão maluco ao ponto de ter uma grandiosa surpresa no
final. Com toda sinceridade “Selvagens” consegue empolgar com um enredo forte e
bem violento. Mas com tantos atores excelentes no elenco não tinha como ser um
ótimo filme. A única coisa que poderia ser mudada é talvez a duração, pois como
contam tudo acaba enrolando um pouco demais o filme.
O filme nos mostra que Ben é um empresário e produtor de maconha. Com seu amigo Chon - um Seal aposentado - controlam uma lucrativa indústria caseira, criando a melhor erva já desenvolvida. Eles também dividem um amor único por Ophelia. Tudo corre bem até que traficantes do Cartel de Baja aparecem e exigirem entrar no “esquema”.
Como li o começo do livro, posso dizer que o início do filme está bem semelhante, e essa que sempre foi uma característica de Oliver Stone nas suas direções, ele é bem sistemático em detalhes, fazendo com que o filme seja preciso de informações e mostre a violência nua e crua que envolve-se por trás dos cartéis de drogas, sendo bem comparado às violentas guerras do Oriente Médio. A mão de Stone é bem vista também na direção do elenco, pois temos quase um longa autoral com atores dando show a cada momento.
Falando nos atores, com esse longa poderíamos com certeza dar pelo menos uma indicação a Salma Hayek, pois o que essa mulher faz nas suas interpretações da líder do cartel Elena não dá para descrever, é algo absurdo principalmente nas últimas cenas. Benício del Toro também dá um show no longa todo, por trás de seus óculos escuros fazendo um vilão muito mal de forma que passamos a odiá-lo na maior parte das cenas, e essa é a função do vilão como sempre digo. John Travolta faz um papel simples mas bem encaixado e consegue fazer muito bem no pouco que aparece. Ah claro, os três principais Aaron Johnson, Taylor Kitsch e Blake Lively também fazem bem seus papéis, mas num filme desse estilo quem realmente deu show foram os vilões.
No quesito visual, não temos porque reclamar, temos cenários paradisíacos muito bem escolhidos e com elementos cenográficos bem encaixados que acredito ter mostrado bem tudo que tem no livro. Outro ponto interessante está na edição do filme que mixou imagens com cores e efeitos dando uma boa cara para ele. A fotografia do filme também ajudou bastante com planos bem diferentes que agradam no total, passando o sofrimento e ao mesmo tempo ódio nos olhos dos protagonistas.
A trilha sonora é empolgante e alia bem a ditar ritmo ao filme, que se mantivessem a duração longa que tem, e fosse sem a trilha escolhida, com certeza seria um filme muito difícil de se assistir.
Enfim, é um filme diferente que pode agradar ou não, não tendo meio termo. Na minha opinião principalmente pelas atuações muito consistentes dos vilões, o longa agrada em cheio, fazendo com que seja uma ação de primeira linha. Bem é isso, vamos pra um novo filme, que hoje ainda tem mais. Abraços e até já.
O filme nos mostra que Ben é um empresário e produtor de maconha. Com seu amigo Chon - um Seal aposentado - controlam uma lucrativa indústria caseira, criando a melhor erva já desenvolvida. Eles também dividem um amor único por Ophelia. Tudo corre bem até que traficantes do Cartel de Baja aparecem e exigirem entrar no “esquema”.
Como li o começo do livro, posso dizer que o início do filme está bem semelhante, e essa que sempre foi uma característica de Oliver Stone nas suas direções, ele é bem sistemático em detalhes, fazendo com que o filme seja preciso de informações e mostre a violência nua e crua que envolve-se por trás dos cartéis de drogas, sendo bem comparado às violentas guerras do Oriente Médio. A mão de Stone é bem vista também na direção do elenco, pois temos quase um longa autoral com atores dando show a cada momento.
Falando nos atores, com esse longa poderíamos com certeza dar pelo menos uma indicação a Salma Hayek, pois o que essa mulher faz nas suas interpretações da líder do cartel Elena não dá para descrever, é algo absurdo principalmente nas últimas cenas. Benício del Toro também dá um show no longa todo, por trás de seus óculos escuros fazendo um vilão muito mal de forma que passamos a odiá-lo na maior parte das cenas, e essa é a função do vilão como sempre digo. John Travolta faz um papel simples mas bem encaixado e consegue fazer muito bem no pouco que aparece. Ah claro, os três principais Aaron Johnson, Taylor Kitsch e Blake Lively também fazem bem seus papéis, mas num filme desse estilo quem realmente deu show foram os vilões.
No quesito visual, não temos porque reclamar, temos cenários paradisíacos muito bem escolhidos e com elementos cenográficos bem encaixados que acredito ter mostrado bem tudo que tem no livro. Outro ponto interessante está na edição do filme que mixou imagens com cores e efeitos dando uma boa cara para ele. A fotografia do filme também ajudou bastante com planos bem diferentes que agradam no total, passando o sofrimento e ao mesmo tempo ódio nos olhos dos protagonistas.
A trilha sonora é empolgante e alia bem a ditar ritmo ao filme, que se mantivessem a duração longa que tem, e fosse sem a trilha escolhida, com certeza seria um filme muito difícil de se assistir.
Enfim, é um filme diferente que pode agradar ou não, não tendo meio termo. Na minha opinião principalmente pelas atuações muito consistentes dos vilões, o longa agrada em cheio, fazendo com que seja uma ação de primeira linha. Bem é isso, vamos pra um novo filme, que hoje ainda tem mais. Abraços e até já.
sábado, 10 de novembro de 2012
Ruby Sparks - A Namorada Perfeita
É engraçado quando você vê um filme que ao mesmo tempo que intriga você, fazendo pensar de que forma pode acabar, e ao mesmo tempo esse mesmo filme divertir com sutilezas. É mais ou menos com essa idéia que "Ruby Sparks - A Namorada Perfeita" consegue agradar o público que o conferir, pois não chega a ser um filme perfeito que vá satisfazer a todos, mas a forma que vai intrigando e divertindo na mesma quantidade consegue mantê-lo de forma dócil e gostosa para que ao final possa ser fechado de uma forma sútil sem necessitar dar grandes explicações para que o espectador se satisfaça.
A sinopse do filme nos mostra que Calvin é um jovem romancista que alcançou um enorme sucesso no início de sua carreira, mas agora está passando por um bloqueio com sua escrita e sua vida amorosa. Finalmente, ele faz uma descoberta e cria uma personagem inspiradora, chamada Ruby. Semanas depois, quando Calvin encontra Ruby, em carne e osso, sentada em seu sofá, ele fica completamente surpreso que suas palavras tenham se transformado em uma pessoa real.
O mais interessante da história toda é que a própria Ruby é a roteirista original do filme, e em seu primeiro roteiro Zoe Kazan consegue mesmo que seja uma história complexa e de difícil assimilação, ela é bem contada e flui bem nas mãos dos dois diretores. Poderia talvez ter um ritmo um pouco mais cadenciado, mas assim como fizeram em "Pequena Miss Sunshine", os diretores preferiram dar alma aos personagens, parando diversas vezes o filme em diversas cenas sem falas nem sons apenas com o personagem parado pensando. Nos momentos iniciais isso flui de forma bacana, mas com o andar do longa acaba cansando em alguns momentos. Uma das vantagens desse longa é ele ser linear, pois se fosse recortado, acredito que seria extremamente confuso, mas como não foi os acontecimentos sequenciais só nos fazem divertir na medida em que tudo ocorre e em vários momentos somos pegos pensando: Mas como?
Os personagens principais são muito bem conduzidos pelos atores escolhidos e fazem do filme principalmente nas cenas que estão somente os dois algo que não conseguimos tirar os olhos da tela para observar suas boas facetas. Zoe Kazan acredito que tenha com toda certeza escrito o personagem para ser interpretado por ela mesma, pois diria que se vê ela em cena, com doçura e tudo que é escrito no texto do filme sendo passado em minúcias. Paul Dano vem crescendo, isso é um fato consumado, ainda não está no seu melhor ato, mas já mostra uma boa evolução comparado seus trabalhos anteriores, o que se nota aqui principalmente nas cenas em que está com mais atores é que se perde o foco em fazer somente suas interpretações, ficando sempre abaixo deixando que outro o sobressaia. Os demais personagens são bem coadjuvantes, mas podemos destacar Chris Messina que faz boas expressões principalmente ao descobrir a realidade de Ruby e um destaque negativo pela presença irreconhecível de Antonio Banderas, quase não aparecendo no longa, por isso o destaque que ao ver no crédito fiquei um bom tempo tentando relembrar onde tivesse aparecido, pois não se esforça em momento quase algum para querer aparecer no filme.
O quesito visual é interessante de ser observado aqui, pois as cores chamativas do figurino de Ruby fazem quase nos remeter a um filme noir, onde somente algumas peças se destacam comparado a toda brancura da atriz. E aliado a bons cenários por onde o filme se passa somos sempre agraciado com boas misturas de cores, sempre focando no momento em que os personagens estão passando. Isso é um ponto muito bem trabalhado entre a equipe de arte e a de fotografia, que soube eximir os sentimentos com a temperatura das cores, adoçando mais ainda o filme para que ele fosse diríamos mais romântico.
A trilha sonora na minha opinião é aflita, pois ela diferente da arte que procura andar no mesmo sincronismo dos acontecimentos dos personagens, ela vai por uma caminho inverso, agitando em momentos mais densos e sumindo ou sendo mais calma nos momentos mais felizes do longa. E isso é um ponto que talvez tenha amarrado a velocidade do longa. Porém alguns momentos, o não uso de trilha alguma funciona muito bem para dar a tensão necessária do momento, e apesar de já estar virando quase um cliché isso, ainda agrada bastante.
Enfim, é um longa que podemos falar ser um pouco açucarado, que aqueles que estiverem apaixonados podem se identificar um pouco mais, e aqueles com rancor podem detestar o longa um pouco mais, porém na medida geral, ele agrada de forma bem sútil e acaba sendo gostoso de se assistir, pois diferente dos filmes tradicionais de arte não comercial, esse diverte com as situações inusitadas que os protagonistas vivem. Faz-se valer o ingresso, e recomendo que vejam se possível seja de qualquer forma, pois como é um filme artístico veio pela Fox Searchlight com poucas cópias para o Brasil, então é mais provável que se veja nas locadoras e na TV mais facilmente que no cinema. Fico por aqui agora, mas nesse sábado estarei indo para minha cidade natal para ver 3 filmes que estrearão por lá e não por aqui, e estarei colocando tudo no blog para que vocês possam acompanhar, então abraços e até mais pessoal.
A sinopse do filme nos mostra que Calvin é um jovem romancista que alcançou um enorme sucesso no início de sua carreira, mas agora está passando por um bloqueio com sua escrita e sua vida amorosa. Finalmente, ele faz uma descoberta e cria uma personagem inspiradora, chamada Ruby. Semanas depois, quando Calvin encontra Ruby, em carne e osso, sentada em seu sofá, ele fica completamente surpreso que suas palavras tenham se transformado em uma pessoa real.
O mais interessante da história toda é que a própria Ruby é a roteirista original do filme, e em seu primeiro roteiro Zoe Kazan consegue mesmo que seja uma história complexa e de difícil assimilação, ela é bem contada e flui bem nas mãos dos dois diretores. Poderia talvez ter um ritmo um pouco mais cadenciado, mas assim como fizeram em "Pequena Miss Sunshine", os diretores preferiram dar alma aos personagens, parando diversas vezes o filme em diversas cenas sem falas nem sons apenas com o personagem parado pensando. Nos momentos iniciais isso flui de forma bacana, mas com o andar do longa acaba cansando em alguns momentos. Uma das vantagens desse longa é ele ser linear, pois se fosse recortado, acredito que seria extremamente confuso, mas como não foi os acontecimentos sequenciais só nos fazem divertir na medida em que tudo ocorre e em vários momentos somos pegos pensando: Mas como?
Os personagens principais são muito bem conduzidos pelos atores escolhidos e fazem do filme principalmente nas cenas que estão somente os dois algo que não conseguimos tirar os olhos da tela para observar suas boas facetas. Zoe Kazan acredito que tenha com toda certeza escrito o personagem para ser interpretado por ela mesma, pois diria que se vê ela em cena, com doçura e tudo que é escrito no texto do filme sendo passado em minúcias. Paul Dano vem crescendo, isso é um fato consumado, ainda não está no seu melhor ato, mas já mostra uma boa evolução comparado seus trabalhos anteriores, o que se nota aqui principalmente nas cenas em que está com mais atores é que se perde o foco em fazer somente suas interpretações, ficando sempre abaixo deixando que outro o sobressaia. Os demais personagens são bem coadjuvantes, mas podemos destacar Chris Messina que faz boas expressões principalmente ao descobrir a realidade de Ruby e um destaque negativo pela presença irreconhecível de Antonio Banderas, quase não aparecendo no longa, por isso o destaque que ao ver no crédito fiquei um bom tempo tentando relembrar onde tivesse aparecido, pois não se esforça em momento quase algum para querer aparecer no filme.
O quesito visual é interessante de ser observado aqui, pois as cores chamativas do figurino de Ruby fazem quase nos remeter a um filme noir, onde somente algumas peças se destacam comparado a toda brancura da atriz. E aliado a bons cenários por onde o filme se passa somos sempre agraciado com boas misturas de cores, sempre focando no momento em que os personagens estão passando. Isso é um ponto muito bem trabalhado entre a equipe de arte e a de fotografia, que soube eximir os sentimentos com a temperatura das cores, adoçando mais ainda o filme para que ele fosse diríamos mais romântico.
A trilha sonora na minha opinião é aflita, pois ela diferente da arte que procura andar no mesmo sincronismo dos acontecimentos dos personagens, ela vai por uma caminho inverso, agitando em momentos mais densos e sumindo ou sendo mais calma nos momentos mais felizes do longa. E isso é um ponto que talvez tenha amarrado a velocidade do longa. Porém alguns momentos, o não uso de trilha alguma funciona muito bem para dar a tensão necessária do momento, e apesar de já estar virando quase um cliché isso, ainda agrada bastante.
Enfim, é um longa que podemos falar ser um pouco açucarado, que aqueles que estiverem apaixonados podem se identificar um pouco mais, e aqueles com rancor podem detestar o longa um pouco mais, porém na medida geral, ele agrada de forma bem sútil e acaba sendo gostoso de se assistir, pois diferente dos filmes tradicionais de arte não comercial, esse diverte com as situações inusitadas que os protagonistas vivem. Faz-se valer o ingresso, e recomendo que vejam se possível seja de qualquer forma, pois como é um filme artístico veio pela Fox Searchlight com poucas cópias para o Brasil, então é mais provável que se veja nas locadoras e na TV mais facilmente que no cinema. Fico por aqui agora, mas nesse sábado estarei indo para minha cidade natal para ver 3 filmes que estrearão por lá e não por aqui, e estarei colocando tudo no blog para que vocês possam acompanhar, então abraços e até mais pessoal.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Diário de um Banana 3: Dias de Cão
Já ouviram aquela história do um é bom, dois é melhor, três é demais? Isso serve muito bem no cinema, pois quase sempre os filmes que têm dois filmes costumam ficar interessantes, arrecadam um bom dinheiro e destroem tudo num terceiro. Com "Diário de um Banana 3: Dias de Cão" aconteceu bem essa história, pois o terceiro filme da franquia, vem com um tema bem fraquinho, e piadas que quase não fazem a criançada presente na sessão se divertir, fazendo com que muitos comecem a falar que querem ir embora, e tenho de concordar com eles que deu bastante vontade de sair, mas no final melhorou um pouquinho para que não fosse um filme 100% jogado fora.
O filme nos mostra que Greg Heffley, mesmo em férias, consegue aprontar muita confusão com suas ideias mirabolantes. Tudo por que seu pai decidiu que esta é uma boa hora para passar aqueles momentos de pai e filho. Para que nada estrague seus planos, Greg finge que trabalha em um luxuoso clube de campo, mas nem tudo sai como ele imaginou.
O problema principal do longa é que agora Greg está mais pro lado adolescente menos infantil, e diferente do que ocorria antes que suas brincadeiras atrapalhadas rendiam risadas, agora ficam bobas apenas, e isso acabou estragando um pouco o longa. Não sei se na série de livros acabou ficando assim ou se ficou mais interessante essa época, mas no film, infelizmente não funcionou. Um ponto positivo para o longa foi manter os mesmos atores e personagens dos anteriores, e isso faz com que o longa seja de fácil assimilação para aqueles que já viram os demais, mas para quem não assistiu nenhum, não sei se a história ficará bem contada. Outro ponto que aproveitaram bem menos foram os desenhos, e fiquei triste com a retirada, pois davam uma cara mais legal para o longa.
No quesito atuação, não temos nenhuma melhoria nem piora, pois como disse os atores são os mesmos. Zachary Gordon aparentemente se diverte em cena fazendo sempre igual tudo. Robert Capron se solta mais dessa vez e fica aparentemente mais ator do que nos anteriores, mas ainda é o gordinho sem muitas expressões. Steve Zahn está cada vez mais bobo e precisa de um novo nicho para engrenar, senão logo logo será um daqueles atores que não chamamos mais por nome e sim pelos seus personagens caricatos. Devon Bostick também não conseguiu melhorar em nada sua atuação, e agora como não é mais o foco do filme, acabou ficando mais para segundo plano e nas cenas que aparece estraga suas atuações. Então no geral de atuação não sobrou ninguém que fizesse o longa ser lembrado por alguma boa interpretação.
No quesito visual sim tivemos uma melhora, afinal como agora saíram da escola, temos mais locações para que o filme se passasse, e isso agrada um pouco, pois os lugares são bem interessantes: um parque de praia, dois clubes e um acampamento. E todos com bastante elementos para representar cada local, sem ser necessário falar onde estão, mas como é um filme infantil dublado sempre falam na narração. Os planos e a fotografia também não saem do padrão, e já estão ficando cansativos para a série.
Enfim, espero que esse tenha sido o último da série, ou pelo menos se inventarem de fazer outro que dêem uma guinada para ou voltar a ser bem infantil como é os anteriores ou vire uma comédia tradicional bem feita envolvendo crianças. Esse é um dos que não recomendo ser visto por ninguém no cinema, talvez numa sessão da tarde até caia razoável para tentar entreter alguma criança, mas gastar cinema com ele é demais. Fico por aqui, mas hoje ainda temos mais um filme para conferir, então abraços e até mais tarde pessoal.
O filme nos mostra que Greg Heffley, mesmo em férias, consegue aprontar muita confusão com suas ideias mirabolantes. Tudo por que seu pai decidiu que esta é uma boa hora para passar aqueles momentos de pai e filho. Para que nada estrague seus planos, Greg finge que trabalha em um luxuoso clube de campo, mas nem tudo sai como ele imaginou.
O problema principal do longa é que agora Greg está mais pro lado adolescente menos infantil, e diferente do que ocorria antes que suas brincadeiras atrapalhadas rendiam risadas, agora ficam bobas apenas, e isso acabou estragando um pouco o longa. Não sei se na série de livros acabou ficando assim ou se ficou mais interessante essa época, mas no film, infelizmente não funcionou. Um ponto positivo para o longa foi manter os mesmos atores e personagens dos anteriores, e isso faz com que o longa seja de fácil assimilação para aqueles que já viram os demais, mas para quem não assistiu nenhum, não sei se a história ficará bem contada. Outro ponto que aproveitaram bem menos foram os desenhos, e fiquei triste com a retirada, pois davam uma cara mais legal para o longa.
No quesito atuação, não temos nenhuma melhoria nem piora, pois como disse os atores são os mesmos. Zachary Gordon aparentemente se diverte em cena fazendo sempre igual tudo. Robert Capron se solta mais dessa vez e fica aparentemente mais ator do que nos anteriores, mas ainda é o gordinho sem muitas expressões. Steve Zahn está cada vez mais bobo e precisa de um novo nicho para engrenar, senão logo logo será um daqueles atores que não chamamos mais por nome e sim pelos seus personagens caricatos. Devon Bostick também não conseguiu melhorar em nada sua atuação, e agora como não é mais o foco do filme, acabou ficando mais para segundo plano e nas cenas que aparece estraga suas atuações. Então no geral de atuação não sobrou ninguém que fizesse o longa ser lembrado por alguma boa interpretação.
No quesito visual sim tivemos uma melhora, afinal como agora saíram da escola, temos mais locações para que o filme se passasse, e isso agrada um pouco, pois os lugares são bem interessantes: um parque de praia, dois clubes e um acampamento. E todos com bastante elementos para representar cada local, sem ser necessário falar onde estão, mas como é um filme infantil dublado sempre falam na narração. Os planos e a fotografia também não saem do padrão, e já estão ficando cansativos para a série.
Enfim, espero que esse tenha sido o último da série, ou pelo menos se inventarem de fazer outro que dêem uma guinada para ou voltar a ser bem infantil como é os anteriores ou vire uma comédia tradicional bem feita envolvendo crianças. Esse é um dos que não recomendo ser visto por ninguém no cinema, talvez numa sessão da tarde até caia razoável para tentar entreter alguma criança, mas gastar cinema com ele é demais. Fico por aqui, mas hoje ainda temos mais um filme para conferir, então abraços e até mais tarde pessoal.
Frankenweenie em 3D
Que as animações não feitas para crianças ultimamente vêm surpreendendo isso é fato, afinal o ganhador desse ano do Oscar já foi desse estilo, mas não esperava que fosse sair do cinema apaixonado após ver "Frankenweenie". Tim Burton se superou ao fazer uma animação no melhor estilo seu em preto e branco e colocar ainda por cima um 3D de perspectiva perfeito. Aliás essas palavras perfeito, perfeição são as que mais se encaixam para falar de tudo nesse longa, pois é muito bom mesmo.
O filme nos mostra que depois de perder, inesperadamente, seu adorado cão Sparky, o jovem Victor Frankenstein usa o poder da ciência para trazer de volta à vida seu melhor amigo - com apenas alguns pequenos ajustes. Ele tenta esconder sua criação feita à mão, mas, quando Sparky sai, os colegas de sala de Victor, seus professores e toda a cidade aprendem que tentar “dominar a vida” pode ser algo monstruoso.
A história em si já é fascinante pela quantidade de referências aos filmes antigos que Tim Burton nos mostra, mas colocado em stop-motion com seus personagens no seu melhor estilo, aliado a uma fotografia em preto e branco com sombras, nuances e perspectivas perfeitas foi querer demais para esse coração, para completar ainda bota a cara a tapa colocando o longa em 3D, onde temos uma profundidade show(claro nas cenas que contém, afinal não está presente no longa todo) foi algo que não poderia esperar nem em sonho um longa assim. Muitos vão falar que ele já tinha feito o longa no formato curta e tal, mas os complementos colocados para alongar o filme para 87 minutos o deixaram mais perfeitos ainda sem estragar história nem enrolar, tudo caiu muito bem.
Os personagens são todos muito bem feitos e interessantes, mas os destaques de personificação ficam para o gato e sua dona, que espantariam qualquer um, o professor de ciências Rzykruski que é assombroso, mas muito bem interessante e a voz de Martin Landau caiu perfeito para ele. Dai em questão de movimentos, claro ficam para os dois protagonistas Sparky e Victor que o mestre Tim Burton os faz numa naturalidade que parecem reais ou computadorizados e não bonecos, e isso é genial. No geral todos os personagens são muito interessantes e a maioria remetem à homenagens aos personagens de filmes antigos, então tudo está muito bom.
A realidade dos cenários é outra chave interessante do filme, temos diversos elementos cênicos usados a todo momento para dificultar mais ainda o longa, e mostrar, sim somos os melhores em stop-motion, e chega a ser apaixonante, acho que se um dia eu entrar num set desses de stop-motion tão perfeitos como são os de Tim Burton capaz de não sobreviver ao infarte e necessitarei de um Victor Frankestein para reviver. As sombras e nuances captadas em preto e branco pela equipe de fotografia é outro espetáculo a parte, você enxerga tudo com uma nitidez impressionante para uma animação, é algo irreal como só tinha visto anteriormente no outro longa do Tim "Noiva Cadáver", o qual muito dos personagens desse novo se parecem.
O 3D foi bem usado nas cenas que contém, afinal como todos sabemos nenhum filme ainda conteve 100% do longa com profundidade/perspectiva/efeitos voadores em 3D. Mas o uso aqui é notável em bastante cenas, pois além de ser notável pela profundidade de campo que se tinha, era só tirar o óculos e ver borrões diversas vezes.
Enfim, um longa maravilhoso que deve ser visto e revisto, e mais um na minha lista de desejos para ter em casa, pois perfeição tem de ser guardada. Não é um filme recomendado para crianças, afinal é bem pesado na carga de terror, então crianças não irão entender naturalmente, mas as mais avançadinhas, os pais podem levar para se divertir junto, pois tirando as crianças novinhas recomendo para todos por demais. É isso pessoal, não falo que encerro a semana cinematográfica hoje, pois ficaram muitos sem ver devido a minha viagem, e daí misturarei com as estréias por aqui junto das estréias em outra cidade que irei conferir, ou seja, aguardem muitos posts nessa semana. Fico por aqui hoje desejando abraços e até muito breve com mais filmes por aqui.
O filme nos mostra que depois de perder, inesperadamente, seu adorado cão Sparky, o jovem Victor Frankenstein usa o poder da ciência para trazer de volta à vida seu melhor amigo - com apenas alguns pequenos ajustes. Ele tenta esconder sua criação feita à mão, mas, quando Sparky sai, os colegas de sala de Victor, seus professores e toda a cidade aprendem que tentar “dominar a vida” pode ser algo monstruoso.
A história em si já é fascinante pela quantidade de referências aos filmes antigos que Tim Burton nos mostra, mas colocado em stop-motion com seus personagens no seu melhor estilo, aliado a uma fotografia em preto e branco com sombras, nuances e perspectivas perfeitas foi querer demais para esse coração, para completar ainda bota a cara a tapa colocando o longa em 3D, onde temos uma profundidade show(claro nas cenas que contém, afinal não está presente no longa todo) foi algo que não poderia esperar nem em sonho um longa assim. Muitos vão falar que ele já tinha feito o longa no formato curta e tal, mas os complementos colocados para alongar o filme para 87 minutos o deixaram mais perfeitos ainda sem estragar história nem enrolar, tudo caiu muito bem.
Os personagens são todos muito bem feitos e interessantes, mas os destaques de personificação ficam para o gato e sua dona, que espantariam qualquer um, o professor de ciências Rzykruski que é assombroso, mas muito bem interessante e a voz de Martin Landau caiu perfeito para ele. Dai em questão de movimentos, claro ficam para os dois protagonistas Sparky e Victor que o mestre Tim Burton os faz numa naturalidade que parecem reais ou computadorizados e não bonecos, e isso é genial. No geral todos os personagens são muito interessantes e a maioria remetem à homenagens aos personagens de filmes antigos, então tudo está muito bom.
A realidade dos cenários é outra chave interessante do filme, temos diversos elementos cênicos usados a todo momento para dificultar mais ainda o longa, e mostrar, sim somos os melhores em stop-motion, e chega a ser apaixonante, acho que se um dia eu entrar num set desses de stop-motion tão perfeitos como são os de Tim Burton capaz de não sobreviver ao infarte e necessitarei de um Victor Frankestein para reviver. As sombras e nuances captadas em preto e branco pela equipe de fotografia é outro espetáculo a parte, você enxerga tudo com uma nitidez impressionante para uma animação, é algo irreal como só tinha visto anteriormente no outro longa do Tim "Noiva Cadáver", o qual muito dos personagens desse novo se parecem.
O 3D foi bem usado nas cenas que contém, afinal como todos sabemos nenhum filme ainda conteve 100% do longa com profundidade/perspectiva/efeitos voadores em 3D. Mas o uso aqui é notável em bastante cenas, pois além de ser notável pela profundidade de campo que se tinha, era só tirar o óculos e ver borrões diversas vezes.
Enfim, um longa maravilhoso que deve ser visto e revisto, e mais um na minha lista de desejos para ter em casa, pois perfeição tem de ser guardada. Não é um filme recomendado para crianças, afinal é bem pesado na carga de terror, então crianças não irão entender naturalmente, mas as mais avançadinhas, os pais podem levar para se divertir junto, pois tirando as crianças novinhas recomendo para todos por demais. É isso pessoal, não falo que encerro a semana cinematográfica hoje, pois ficaram muitos sem ver devido a minha viagem, e daí misturarei com as estréias por aqui junto das estréias em outra cidade que irei conferir, ou seja, aguardem muitos posts nessa semana. Fico por aqui hoje desejando abraços e até muito breve com mais filmes por aqui.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Três Histórias, Um Destino
Como muitos sabem, não sou uma pessoa religiosa, e assistir um filme enfadado completamente em cima de uma ideologia me assustava, principalmente ao ver que o filme "Três Histórias, Um Destino", era baseado no livro de uma igreja forte como é a de R. R. Soares. Mas como todos sabem, assisto tudo que aparece aqui pelo interior, e cá estou eu a escrever após assistir este longa no cinema e posso falar, se todos os livros de ideologias religiosas fossem tão bem produzidos como esse longa foi, com toda certeza esse nicho de filmes seria um sucesso no Brasil.
A sinopse do filme é longa, mas ajuda a entender um pouco mais sobre o longa, ela mostra que cada um pode trilhar a própria história e ir ao encontro do seu destino. Mas, às vezes, durante esse percurso, as circunstâncias parecem nos engolir diante de um grande desafio, e acabamos nos perdendo no caminho.Frank é um dedicado líder religioso que se torna obcecado pelo poder e pela ambição desenfreada. O que falará mais alto: o lado espiritual ou a vida material? Jeremias é fruto de uma família desestruturada que aprende na “escola das ruas” a se virar sozinho. Só um milagre poderá salvá-lo de um futuro trágico. Elizabeth foi educada por uma mãe superprotetora, mas, ao conhecer seu grande amor, experimenta, pela primeira vez, a liberdade para a qual não estava preparada.Três histórias diferentes, três pessoas buscando a mesma resposta para seus dilemas: como traçar um novo rumo na vida?
O bacana do longa que como disse inicialmente foi muito bem produzido pela Uptone Pictures, a qual nunca havia ouvido falar, é que mesmo a história sendo 100% religiosa, sim meu caro leitor, a cada 20 palavras ditas no longa, uma é igreja, isso se não for mais, o filme é levado de forma a passar sim como filme e não um conto para ser mostrado apenas nos cultos da Igreja da Graça que é onde o pastor que escreveu o livro é missionário. Portanto se você não se prender à nenhuma religião e gostar de ver um filme, não irá se decepcionar com o que vai ver na tela. Claro que existem alguns exageros, afinal como disse o livro é religioso, então temos toda hora o longa querendo lhe mostrar a salvação e tudo mais que só a Igreja pode lhe trazer, e com praticamente no minuto 80 se marquei bem o tempo temos a situação que se não fosse rápida teria destruído todo o longa com uma cena caricata de coisas demoníacas, que na minha opinião se tivesse sido eliminada não atrapalharia em nada o andamento do longa e muito pelo contrário melhoraria ele. Mas tirando esses pormenores o diretor e escritor estreante Robert C. Treveiler consegue transmitir um bom longa para o cinema. Só achei uma pena o que a Graça Filmes fez com o longa de somente exibir no Brasil todo somente cópias dubladas, ignorando o fato do filme ter sido rodado integralmente nos Estados Unidos, não atrapalha, mas como sempre digo é estranho ver pessoas mexendo a boca e saindo apenas alguns sons.
Os atores principais do longa fazem bonito em cena, dando boas interpretações para seus personagens. Daniel Zacapa faz o ambicioso perfeito, e mostra exatamente um lado que vemos muito em diversas pessoas e principalmente em alguns pastores por aí, então ao mesmo tempo que serviu para mostrar o errado deve ter dado uma pontada em muitos da própria igreja. Zoe Myers também faz bem seu papel, mas ela é a mais afetada pela dublagem, pois com toda certeza sua voz e timbre de interpretação não é o que a dubladora pôs na entonação de sua voz, mas o que vemos de expressões faciais, mostram que o que fez está dentro do contexto. Daniel Samonas também faz bem o que lhe é proposto, e mostra o trabalhador que no namoro tudo é lindo, mas depois do casamento só trabalha, também achei estranho sua dublagem. O papel de Jeremiah é dividido entre 3 atores pois o longa passa pela infância, juventude e maturidade do personagem, mas embora as crianças tivessem sido muito boas nas interpretações, quem dá o show final, mesmo que fosse apenas no finalzinho é Kevin L. Johnson que faz um pastor jovem e muito bem encaixado para com seu personagem. Os demais atores acabam fazendo pontas e tendo poucas falas e expressões, mas como disse por se tratar de um filme dublado é difícil analisar cada ator, então ficarei apenas com os principais.
No quesito visual, temos muitas locações e todas com bastante elementos para dar a noção completa do espaço onde o longa se passa, o que como disse mostra um ótimo trabalho da equipe de produção, tudo dá medidas para o longa, situando o espectador completamente de onde o personagem está e isso na minha opinião conta muito para todo tipo de filme. Os planos e a luz usada pelo diretor de fotografia também mostra um ponto a favor do filme, pois temos belas imagens sendo tratadas com minúcias em cada momento.
A trilha sonora também foi muito bem escolhida, e o encaixe da música-tema brasileira Maravilha, a qual não sei se está colocada realmente no longa completo ou foi colocada apenas na versão brasileira do longa, cantada pelo cantor Thalles Roberto agrada no momento que é colocada e após os créditos iniciais entra o clipe dela misturando cenas do filme que acabamos de assistir com o cantor a interpretando, que ficou bem legal.
Enfim, é um longa interessante principalmente no quesito técnico, pois como história é complicado falar principalmente por não ser uma pessoa que entende do assunto religioso. Se visto apenas como filme, muitos que forem contra algumas coisas religiosas podem até reclamar e não gostar, mas se colocar a ideologia em cima e não ligar tanto para o quesito religioso com certeza será um longa muito bem aproveitado. Acredito que quem for muito religioso, principalmente evangélicos, irão se emocionar bastante com o longa e sairão completamente satisfeitos, e os demais como disse podem aproveitar com certeza, pois está bem feito. Como disse no início, se todos os filmes baseados em alguma religião se espelharem nesse para fazer uma boa produção, com certeza os filmes baseados em livros de qualquer padre, ou medium ou pastores, com toda certeza seriam ótimos de se assistir. Bem é isso, fico por aqui nesse momento, mas já vou para mais uma sessão, então daqui a pouco tem mais crítica aqui no blog. Abraços e até daqui a pouco.
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Magic Mike
Alguns filmes podem causar algum tipo de alvoroço sem ao menos ter um bom conteúdo por trás dele, e "Magic Mike" é um desses casos, pois levou milhares de pessoas aos cinemas nos EUA e ao desembarcar aqui no Brasil só pela primeira cena a senhora aparentando uns 40 anos que estava ao meu lado na sessão em que estava já mostrou qual seria a única serventia do filme de stripers: fazer a mulherada suspirar. Pois tirando isso o filme não serve para mais nada, não tem roteiro, não tem excelentes atuações, não tem bons diálogos, e tem uma fotografia diferenciada que até agora estou me perguntando o porquê.
O filme nos mostra que Mike é um operário charmoso e com muitos talentos. Durante o dia ele trabalha construindo casas, à noite em um clube para mulheres. Vendo potencial em um colega da construção que ele chama de Kid, Mike resolve ensinar tudo o que aprendeu sobre a arte de dançar e das mulheres. Mike então conhece Brooke, irmã do Garoto, e passa a querer ter algo mais sério. Mas como ele poderá manter com seu badalado estilo de vida e uma garota das antigas?
O mais interessante ao ler a sinopse é que pode até parecer que teria alguma história boa para ser mostrada, ou que o foco dramático fosse ser empunhado, ou então até que fosse contada a história real de Channing Tatum, afinal o rapaz que é o astro do filme, antes de ser nome presente em todas as produções recentes era striper na vida real, mas não o filme se preocupa em mostrar as danças do clube de mulheres e as drogas que consomem nas baladas, antes e depois do espetáculo, esquecendo de ter uma história para sustentar o longa. Tanto que o filme que é bem longo(110 minutos), parece até ser mais longo ainda cansando para terminar. Na verdade nem parece ser um filme do Soderberg que são introspectivos, e sim que ele se perdeu totalmente.
No quesito atuações, não diria que estão ruins, mas estão muito longe de ser algo satisfatório que mesmo não tendo bons diálogos poderiam tentar salvar o filme sem ser dançando seminus e sim atuando para as câmeras. Channing Tatum ainda não me convenceu ser apenas mais um rosto bonito jogado nas telas, pois sempre faz as mesmas expressões, os mesmos trejeitos, aqui até dança legal, afinal já teve de fazer isso para ganhar seu pão diário, mas ainda assim nos momentos em que precisa falar, sai do foco de filme. Alex Pettyfer até tenta fazer bem seu papel nos momentos em que atua, mas como seu personagem era o que mais precisaria de ter bons diálogos ou boas atuações, ele some e não consegue sustentar o personagem, suas cenas iniciais até são satisfatórias, mas depois já era. Matthew McConaughey é um dos poucos que salvam do filme, tendo uma boa interpretação e é onde está presente os melhores diálogos, onde põe tudo o que sabe fazer sem ser necessário dançar, algo que só faz no final e bem feito. Kevin Nash ainda deve estar se perguntando o que foi fazer no filme, pois seu papel beira o ridículo, servindo apenas para os momentos cômicos, já que o filme está classificado como comédia. Cody Horn até tenta fazer uma boa interpretação, mas como seu personagem acaba omisso na maior parte do filme, também fica bem a desejar. Riley Keough é outra que deve estar se perguntando até agora o que foi o papel dela, nada para o filme, nada para a atriz, péssimo. Teria muitos outros que só surgem para serem falados, mas nem compensa pois não valeram nem positivo nem negativamente para o longa.
No quesito artístico, temos bem poucos cenários, e todos estão embora com poucos elementos, bem montados para o longa, mas como o foco do longa foi jogado para outro lado, acabam nem sendo muito bem utilizados, e tirando a boate acabam desaparecendo todo o restante. O mais engraçado que não entendi, que achava até ser defeito do trailer é o fato de a fotografia ter sido amarelada, pois isto passa somente que querem parecer filmes antigos e não é o caso desse, mas felizmente isso deixou o filme um pouco mais bonito nas cenas abertas e as opções de câmeras usadas para os planos em que os protagonistas estão chapados também agradam por serem diferenciados.
O longa conta também com uma boa trilha sonora, e isso salva um pouco o filme, mas mesmo assim não chega a ser algo tão fenomenal.
Enfim, faltou muito para ser um longa que chamasse a atenção sem ser levar a mulherada para ver homens rebolando de pouca roupa, e isso é um ponto completamente falho para algo que já está se falando em até ter uma continuação(#Supermedo!!!), mas quem sabe corrijam e ponham mais história para que fique bom. Bem é isso, apenas comecei a semana meio tardiamente, mas teremos muitos filmes nos próximos dias, então aguardem. Abraços e até breve.
O filme nos mostra que Mike é um operário charmoso e com muitos talentos. Durante o dia ele trabalha construindo casas, à noite em um clube para mulheres. Vendo potencial em um colega da construção que ele chama de Kid, Mike resolve ensinar tudo o que aprendeu sobre a arte de dançar e das mulheres. Mike então conhece Brooke, irmã do Garoto, e passa a querer ter algo mais sério. Mas como ele poderá manter com seu badalado estilo de vida e uma garota das antigas?
O mais interessante ao ler a sinopse é que pode até parecer que teria alguma história boa para ser mostrada, ou que o foco dramático fosse ser empunhado, ou então até que fosse contada a história real de Channing Tatum, afinal o rapaz que é o astro do filme, antes de ser nome presente em todas as produções recentes era striper na vida real, mas não o filme se preocupa em mostrar as danças do clube de mulheres e as drogas que consomem nas baladas, antes e depois do espetáculo, esquecendo de ter uma história para sustentar o longa. Tanto que o filme que é bem longo(110 minutos), parece até ser mais longo ainda cansando para terminar. Na verdade nem parece ser um filme do Soderberg que são introspectivos, e sim que ele se perdeu totalmente.
No quesito atuações, não diria que estão ruins, mas estão muito longe de ser algo satisfatório que mesmo não tendo bons diálogos poderiam tentar salvar o filme sem ser dançando seminus e sim atuando para as câmeras. Channing Tatum ainda não me convenceu ser apenas mais um rosto bonito jogado nas telas, pois sempre faz as mesmas expressões, os mesmos trejeitos, aqui até dança legal, afinal já teve de fazer isso para ganhar seu pão diário, mas ainda assim nos momentos em que precisa falar, sai do foco de filme. Alex Pettyfer até tenta fazer bem seu papel nos momentos em que atua, mas como seu personagem era o que mais precisaria de ter bons diálogos ou boas atuações, ele some e não consegue sustentar o personagem, suas cenas iniciais até são satisfatórias, mas depois já era. Matthew McConaughey é um dos poucos que salvam do filme, tendo uma boa interpretação e é onde está presente os melhores diálogos, onde põe tudo o que sabe fazer sem ser necessário dançar, algo que só faz no final e bem feito. Kevin Nash ainda deve estar se perguntando o que foi fazer no filme, pois seu papel beira o ridículo, servindo apenas para os momentos cômicos, já que o filme está classificado como comédia. Cody Horn até tenta fazer uma boa interpretação, mas como seu personagem acaba omisso na maior parte do filme, também fica bem a desejar. Riley Keough é outra que deve estar se perguntando até agora o que foi o papel dela, nada para o filme, nada para a atriz, péssimo. Teria muitos outros que só surgem para serem falados, mas nem compensa pois não valeram nem positivo nem negativamente para o longa.
No quesito artístico, temos bem poucos cenários, e todos estão embora com poucos elementos, bem montados para o longa, mas como o foco do longa foi jogado para outro lado, acabam nem sendo muito bem utilizados, e tirando a boate acabam desaparecendo todo o restante. O mais engraçado que não entendi, que achava até ser defeito do trailer é o fato de a fotografia ter sido amarelada, pois isto passa somente que querem parecer filmes antigos e não é o caso desse, mas felizmente isso deixou o filme um pouco mais bonito nas cenas abertas e as opções de câmeras usadas para os planos em que os protagonistas estão chapados também agradam por serem diferenciados.
O longa conta também com uma boa trilha sonora, e isso salva um pouco o filme, mas mesmo assim não chega a ser algo tão fenomenal.
Enfim, faltou muito para ser um longa que chamasse a atenção sem ser levar a mulherada para ver homens rebolando de pouca roupa, e isso é um ponto completamente falho para algo que já está se falando em até ter uma continuação(#Supermedo!!!), mas quem sabe corrijam e ponham mais história para que fique bom. Bem é isso, apenas comecei a semana meio tardiamente, mas teremos muitos filmes nos próximos dias, então aguardem. Abraços e até breve.