Imagine como seria a série da TV Bandeirantes “Policia 24 horas” com longa
duração mas mostrando além das apreensões um pouco também da vida de alguns
policiais. Imaginou? Não precisa, basta que você vá aos cinemas conferir
“Marcados Para Morrer”, pois a premissa do longa é basicamente essa, mostrando
a atuação de dois policiais que se metem com um grupo de traficantes barra
pesada e mostram sua iteração como parceiros também fora da viatura.
A sinopse do filme é simples, pois mostra dois policiais, Brian Taylor e Mike Zavala, que confiscam uma pequena quantia em dinheiro e algumas armas de um cartel de drogas, o que os coloca na mira dos criminosos.
O trailer me atraiu, pelas câmeras na mão aparentar que o filme fosse algo mais
puxado para o videogame, mas logo no inicio já descobrimos ser algo mais puxado
para um reality show com policiais mostrando sua vida no trabalho e fora dele.
E não acredito que isso possa interessar para muitas pessoas, pois o longa
mesmo acaba ficando mais com cara de filme nos minutos finais. A direção pelo
menos soube dosar bem de forma inteligente o uso das câmeras, não ficando tão falso
as imagens, parecendo ser sempre as câmeras dos policiais e dos bandidos que
estão sendo usadas para filmar na maioria das cenas, e isso sim é um ponto positivo para o longa,
pois geralmente esses filmes que usam de base o famoso “Bruxa de Blair” e sua
câmera na mão, não costumam funcionar da mesma forma, não que não existam bastante furos de câmeras em ângulos errados do que estariam nas mãos ou peitos dos protagonistas, mas isso na maioria do tempo passa despercebido, diferente de outros filmes.
Os dois atores principais Jake Gyllenhaal e Michael Peña até
convencem bem como policiais, e seus atos fazem por merecer os seus respectivos
papéis. É interessante ver que Gyllenhaal ultimamente tem feito bastante
personagens militares, o que pode se tornar um nicho e logo mais estarmos
sempre relacionando ele à esses papéis, mas Peña aparentemente é daqueles que
poderia ser discriminado por seus papéis sempre latinos, quase nunca fazendo algo diferente. No geral, agradam e
convencem com suas atuações, mas como o filme não é algo brilhante como função
de cinema, acredito que foram desperdícios demais por tudo que fizeram. Os
demais atores coadjuvantes também convencem como policiais, porém a gangue
estar filmando seus atos ficou meio falso de convencer, e os atores nem se
esforçam para se mostrarem maus, apenas atirando a esmo e fazendo caras mau
encaradas. Outro ponto que se pecou um pouco foi nos diálogos, pois não temos
preocupação alguma com o que é dito, ficando em alguns momentos até bobo demais
a conversa dos protagonistas, ou dos antagonistas, mas como o longa quis
parecer mais com uma realidade, e como nunca saí numa viatura ou com gangues, pode
ser que seja assim que conversem.
No quesito visual, o longa preza por bons elementos cênicos,
mostrando até coisas demais, como cadáveres e pessoas desfiguradas, de forma
que nem alguns filmes de terror mostrariam, e isso é bom para tentar convencer
o espectador de que está vendo uma ficção e não um reality show. Como disse o
longa preza bem pela câmera na mão então a fotografia vista é o que aparece na
frente dos protagonistas, não tendo importância nem preocupação quase nenhuma
com luzes ou qualquer efeito digital.
Enfim, o longa pode até ser válido para policiais e pessoas
que curtem o programa “Policia 24 horas”, mas para os espectadores comuns de cinema,
em sua maioria pode achar de uma chatice completa. No geral o filme é razoável,
pois existem momentos de perseguição bem interessantes, principalmente no fim
do filme. Mas na minha opinião, a cena final é completamente desnecessária.
Fico por aqui hoje, com esses filmes que consegui ver em outra cidade que não a
minha, mas essa semana ainda temos muitos filmes por aqui, então até breve
pessoal.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...