Fazia tempo que não via um filme de ação com tão boas
atuações e que fosse tão maluco ao ponto de ter uma grandiosa surpresa no
final. Com toda sinceridade “Selvagens” consegue empolgar com um enredo forte e
bem violento. Mas com tantos atores excelentes no elenco não tinha como ser um
ótimo filme. A única coisa que poderia ser mudada é talvez a duração, pois como
contam tudo acaba enrolando um pouco demais o filme.
O filme nos mostra que Ben é um empresário e produtor de maconha. Com seu amigo Chon - um Seal aposentado - controlam uma lucrativa indústria caseira, criando a melhor erva já desenvolvida. Eles também dividem um amor único por Ophelia. Tudo corre bem até que traficantes do Cartel de Baja aparecem e exigirem entrar no “esquema”.
Como li o começo do livro, posso dizer que o início do filme
está bem semelhante, e essa que sempre foi uma característica de Oliver Stone
nas suas direções, ele é bem sistemático em detalhes, fazendo com que o filme seja preciso de informações e mostre a violência nua e crua que envolve-se por trás dos cartéis de drogas, sendo bem
comparado às violentas guerras do Oriente Médio. A mão de Stone é bem vista também na direção do elenco, pois temos quase
um longa autoral com atores dando show a cada momento.
Falando nos atores, com esse longa poderíamos com certeza
dar pelo menos uma indicação a Salma Hayek, pois o que essa mulher faz nas suas
interpretações da líder do cartel Elena não dá para descrever, é algo absurdo
principalmente nas últimas cenas. Benício del Toro também dá um show no longa
todo, por trás de seus óculos escuros fazendo um vilão muito mal de forma que
passamos a odiá-lo na maior parte das cenas, e essa é a função do vilão como sempre digo. John
Travolta faz um papel simples mas bem encaixado e consegue fazer muito bem no
pouco que aparece. Ah claro, os três principais Aaron Johnson, Taylor Kitsch e Blake Lively também fazem
bem seus papéis, mas num filme desse estilo quem realmente deu show foram os
vilões.
No quesito visual, não temos porque reclamar, temos cenários
paradisíacos muito bem escolhidos e com elementos cenográficos bem encaixados
que acredito ter mostrado bem tudo que tem no livro. Outro ponto interessante
está na edição do filme que mixou imagens com cores e efeitos dando uma boa cara para ele. A
fotografia do filme também ajudou bastante com planos bem diferentes que
agradam no total, passando o sofrimento e ao mesmo tempo ódio nos olhos dos protagonistas.
A trilha sonora é empolgante e alia bem a ditar ritmo ao
filme, que se mantivessem a duração longa que tem, e fosse sem a trilha
escolhida, com certeza seria um filme muito difícil de se assistir.
Enfim, é um filme diferente que pode agradar ou não, não
tendo meio termo. Na minha opinião principalmente pelas atuações muito
consistentes dos vilões, o longa agrada em cheio, fazendo com que seja uma ação de primeira
linha. Bem é isso, vamos pra um novo filme, que hoje ainda tem mais. Abraços e
até já.
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