Não tenho costume de falar sobre filmes vistos na TV, mas esse ano como assisti o Globo de Ouro inteiro e falaram tão bem de alguns, e aproveitando que estão passando na TV a cabo resolvi ver esses que foram feitos exclusivamente para a TV e por razões óbvias não passarão no cinema. Para iniciar os trabalhos assisti hoje "Game Change", ou "Virada do Jogo" como apareceu na legenda afinal ouvimos tanto falar no nome em inglês que nem era necessário traduzir na minha opinião. Sobre o filme é algo impressionante o que é feito nas eleições americanas, o povo participa com uma garra que nunca saberemos realmente como é isso. O que nos é transmitido, se foi real mesmo ficarei mais impressionado ainda, é que a escolhida para vice-presidente era uma pessoa completamente desligada do mundo político fora de seu estado e foi escolhida apenas para ser uma show-Woman para ganhar votos contra o show-Man Obama em 2008. E a forma que conduziram isso foi magnífico de forma a enaltecer a cada ato do longa.
O filme nos mostra que o foco está nos bastidores da eleição presidencial nos Estados Unidos em 2008, com especial atenção à escolha da então governadora do Alaska, Sarah Palin, como candidata à vice-presidência do candidato John McCain. Com base em entrevistas, inclusive com o assessor estratégico do partido republicano, Steve Schmidt, o filme revela o que de fato aconteceu naquela campanha que entrou para a história.
A abordagem do roteiro é bem política, mas com pontuações claras para fatos internos de bastidores de campanha, e isso faz com que o filme tenha um ritmo frenético que só vai aumentando a cada ato. Essa forma escolhida é muito interessante e me fez acreditar que foi isso que faltou no "Tudo Pelo Poder" de George Clooney, pois aqui temos pessoas incumbidas de uma campanha argumentativa e discernentes mesmo que colocando a Governadora Sarah Palin como uma anta que não sabe nada de política à frente de coisas como falcatruas que vimos no filme de Clooney. O diretor Jay Roach que sempre fez comédias acerta a mão aqui num drama e acredito que se tivesse feito a mesma coisa em "Os Candidatos" com certeza a comédia teria sido bem mais legal.
No quesito atuação já tivemos as respostas no domingo(13/01) com alguns prêmios do Globo de Ouro e daqui 2 semanas poderemos ver mais no SAG para esse elenco maravilhoso que destrói frente às câmeras. Julianne Moore está perfeita, fazendo uma Palin excêntrica e dinâmica, e nas cenas que necessita fechar a cara faz com uma robustez que é garantido que poucas atrizes fariam. Ed Harris está forte nos seus diálogos e mesmo não aparecendo muito, quando entra em cena detona. Woody Harrelson está muito bom, seu personagem é o foco em diversos momentos da trama e ele conduz com uma naturalidade e imposição ímpar de uma forma que dificilmente outro ator caberia, papel feito na medida para o ator. Sarah Paulson poderia ter feito mais, algumas cenas está perfeita, mas em outras parece estar com uma cara de choro que nenhum assessor faria. Os demais personagens apenas têm engates na trama, não importando tanto, mas também não atrapalham.
A direção de arte fez um trabalho de campo muito bom, e mesmo não tendo muita variedade de cenografia, sempre são ou entrevistas ou debates ou saídas de rua com o povo ou salas de reuniões, mostrou cada cenário ou locação como se fosse visto em qualquer noticiário muito bem representado. A fotografia foi bem tradicional não tendo muito o que ser falado.
Enfim, valeu as 2 horas na frente da TV para acompanhar, hoje ainda passará outra sessão no HBO Signature então caso tenham o canal assistam, senão assim que for possível veja, pois vale muito a pena principalmente para vermos que nem sempre o candidato que mais tem carisma é o que vai saber administrar nosso país/estado/cidade. Fico por aqui hoje, mas amanhã verei outro telefilme e comentarei aqui. Abraços e até mais pessoal.
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