Quando um filme tem muitas mudanças de data de estreia, ao mesmo tempo em que ficamos bravos começamos a desconfiar que muito bom não deva ser, senão a distribuidora não mudaria tanto. Com essa premissa "Alvo Duplo" que estava previsto para estrear dia 01 de março acabou adiado de data primeiro para o dia 05 de abril e agora finalmente estreou no dia 12, mas pelo que vi na sala onde assisti tendo apenas a minha pessoa para conferir, já estou prevendo um belo fracasso de bilheterias, que ou o público já baixou na internet alguma cópia boa ou realmente os fãs de Stallone já viram pelo trailer que não devem sair muito felizes dos cinemas. O fato é que o longa realmente é bem fraco, mostrando apenas mais do mesmo do brucutu que não perde um tiro nem uma boa briga e faz sangue voar para todo lado em cenas que acabam sendo até risíveis muitas vezes, mas o que não podemos reclamar é da falta de ação.
O longa nos mostra que depois de verem seus parceiros morrerem, o matador de aluguel Jimmy Bobo e o detetive de polícia Taylor Kwon, de Nova York, formam aliança para se vingar do responsável pelas mortes, nas ruas de Nova Orleans e nos bastidores de Washington.
A sinopse não poderia ser mais sucinta, pois o que está escrito no parágrafo anterior decorre nos 93 minutos sem tirar nem por, tendo apenas muitas mortes, de vilões claro, pelo meio do caminho. O diretor Walter Hill não nos decepciona no quesito de ação sem parar, e temos apenas alguns respiros em cenas com diálogos que nem deveriam existir, pois com eles ou sem eles, o longa seria o mesmo. Já que entrei nesse quesito dos diálogos, o que nos é mostrado é mais uma prova de que Hollywood anda fraca das pernas perdendo seriamente seus bons roteiristas para as séries televisivas, o que é uma grande pena, pois a cada dia fica mais triste ouvir frases ditas nos filmes que servem praticamente para nada. O que não sei dizer é se a HQ em que o longa é baseado possui diálogos tão ruins assim, ou apenas estragaram na adaptação para o cinema.
Falar das atuações desse filme é praticamente ser repetitivo, pois temos atores que fazem tudo no mesmo ritmo sem oscilar nada. Temos três brucutus, sendo que um é exterminado logo no início, e ainda ficamos com dois que sofrem demais com seus diálogos ruins. Stallone ainda quer se mostrar capaz de fazer bons filmes policiais, mas virou praticamente um robô próprio seu, que nem é de se duvidar ainda ser um clone, pois já muitos perguntaram umas mil vezes se ele ainda não morreu, sua forma de andar está cada vez mais esquisita e suas brigas continuam da mesma forma de sempre. Jason Momoa, assim como o personagem Morel diz: "é um corpo que só serve pra briga, sem cérebro nenhum", o que fica completamente claro em sua briga final com Stallone, é revoltante ver um ator que faz estereótipo de si mesmo, tanto que ao pegar os machados se tivesse alguma molecada na sala do cinema já iam gritar: "Vai Conan". Sung Kang é um dos atores coreanos que até gosto de ver nas telas, mas na maioria das vezes seu personagem puxa pra um lado cômico que ele não possui, ficando no ar aquelas piadas típicas que seu amigo conta e você ri para o cara não passar vergonha, aqui como um policial meio atrapalhado que faz tudo pelo celular não funcionou muito não. Adewale Akinnuoye-Agbaje até tenta fazer boas interpretações com os diálogos que tem em mãos, mas quando faz sua melhor ironia não dá mais tempo de salvar o longa nem ele mais, poderia ter sido mais bem aproveitado como um vilão mais forte, pois seus atos acabam sendo fracos demais para alguém que é tipo um mafioso dos bons. Sarah Shahi faz um papelzinho tão fraco que pelo trailer pareceria que seria um grande elo pro longa, mas é quase um enfeite de 20 minutos, nem servindo muito para par romântico tendo apenas sido falada no diálogo final.
A equipe de arte trabalhou de forma bacana pelo menos e até tenta salvar o filme com boas locações, claro todas prontas para milhares de brigas e explosões, com elementos cênicos bem montados, mesmo na maioria dos casos nem sendo usados em cena. A direção de fotografia também trabalhou de forma concisa, dando um ar meio retrô ao longa granulando as cenas, deixando ele com estilo dos filmes antigos que Stallone costumava protagonizar.
Enfim, é daqueles filmes que a Globo irá adorar passar nos fins de domingo, então nem perca seu tempo na sala do cinema, pois é mais do mesmo: muita pancadaria, muita correria, muitos tiros e nenhuma história nem diálogo convincente para agradar quem tenha um pouco mais de cérebro do que os brucutus. Fico por aqui hoje recomendando apenas para quem quiser realmente ver muito Stallone sem ser em "Os Mercenários", pois não vale a pena gastar dinheiro com ele no cinema. Amanhã tem mais post por aqui, então desejo uma boa noite e até breve.
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