Cada dia mais eu vejo que o cinema francês vem se assemelhando mais com o cinema americano, tudo bem que no francês temos mais absurdos improváveis de acontecer numa vida real, mas que está ficando muito semelhante isso sem dúvida alguma. Falo isso porque em "Aconteceu em Saint-Tropez", temos quase uma história bem americanizada de encontros e desencontros familiares e amorosos que acabam culminando em uma história única. O filme em si é bem bacana, bonito de se ver, cheio de confusões e reviravoltas, mas acaba sendo previsível em alguns momentos, tendo um desfecho satisfatório, principalmente para aqueles que gostarem de um bom romance cheio de trapalhadas e acontecimentos.
No filme nos é apresentado os irmãos Roni e Zef que se detestam. Muitas brigas já aconteceram entre os dois, por causa do trabalho, das mulheres, da maneira como vivem a religião judaica...A situação piora quando Roni decide casar a sua filha no mesmo dia em que Zef enterra sua esposa. A partir deste momento, uma série de eventos caóticos vão tirar a família dos eixos, mas eventos inesperados podem acabar gerando uma história de amor... ou mesmo duas.
A história em si como vocês podem notar pela sinopse é bem simples e a diretora Daniéle Thompson acaba nem se preocupando muito em complicar a história para termos algo bem divertido e conciso com o que é mostrado. Embora vejamos o entrelace de todos, tudo fica bem simples de ser entendido e agradável de se ver, finalizando de forma bem bacana com os três protagonistas. Poderia ser até um pouco mais difícil se fosse mais francês, mas o que temos é o comum de um filme americano.
A atuação que é mostrada pelos protagonistas agrada bastante e o que vemos é um Kad Merad sendo mais tradicional que em seus outros filmes, agradando na media e até sendo chato demais cantando toda hora a mesma música. Eric Elmosnino até inquietante para não dizer tradicional, mas faz bem seu papel judaico. Clara Ponsot sabe ser linda e faz bem seu papel de garota mimada, agradando na medida certa para o papel. Monica Bellucci está um espetáculo de beleza e seu papel não poderia ser outra, casada por interesse e fazendo o comum de seus papéis. Lou de Laâge acaba parecendo quase uma Amanda Seyfried e faz de seu papel o comum de comédias românticas, mas claro possui muito mais expressão que a americana, e assim agrada bastante. Não vou enrolar muito para falar das atuações, mas o que vemos é o tradicional dos atores de comédias românticas se saindo bem, mas não sendo nada demais, claro tirando Ivry Gitlis que fazia tempo que um senhor de idade não me divertia tanto.
O filme nos mostra a França tradicional e bela de sempre, retratando uma família rica e tradicional também de costumes judaicos e alguns não seguindo o que deveria da religião para contrastar bem, então o que vemos é o comum sem ser chamativo demais nem apelativo demais, retratando sempre as belezas que a França e a Europa pode nos mostrar, claro com uma fotografia impressionantemente boa. Agradando em todos os sentidos e como disse no início fazendo o filme ficar mais ainda com a cara de um longa americano.
Enfim, é uma boa comédia romântica com todas as características que conhecemos sem mudar em nada, tendo alguns conflitos bem bacanas de serem vistos e deve agradar bem a todos que forem assistir. Recomendo apenas para os que realmente gostarem desse estilo um pouco açucarado e cheio de reviravoltas cômicas, senão acabarão reclamando mais do que agradando. Eu gostei, mas esperava um pouco mais de uma boa comédia romântica francesa ao invés de algo tão americano. Fico por aqui, mas daqui a pouco tem mais do Festival Varilux de Cinema Francês. Abraços e até daqui a pouco.
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