Finalmente 18

5/19/2013 12:53:00 AM |

Quando digo que me revolta ver um filme dublado, muitos falam que sou hipócrita, que não sigo uma maioria e tudo mais, mas daí a distribuidora manda somente duas cópias dubladas e nenhuma legendada para a cidade, o que fazemos, vamos lá tentar a sorte e ver "Finalmente 18". Pois bem, antes eu esperasse sair em DVD ou algo do tipo, pois ver o protagonista gritar "Vai Corinthians!" numa determinada cena e ouvir meio cinema rir falando que é certeza que ele não falou isso, foi querer abusar demais da minha capacidade. Tirando isso e de mais outros fatos abusivos da dublagem, me concentrei nas situações que ocorrem para não ficar sendo também o chato que reclama de tudo, e até que o filme cumpre com seu papel de divertir, embora deva concordar que os diretores deveriam ter ficado apenas escrevendo para "Se Beber Não Case".

A sinopse nos mostra que na noite anterior a uma importante prova na faculdade de medicina, Jeff Chang sai para celebrar seu aniversário de 21 anos com seus dois melhores amigos. O que era para ser uma comemoração rápida, torna-se uma noite sem precedentes.

Sim, você não leu errado, ele sai para comemorar seus 21 anos e não 18 como passam no cartaz e na dublagem do filme, mas isso é devido que no Brasil com 18 já se pode beber álcool a vontade enquanto nos EUA só é permitido aos 21, então não se assuste com isso. Tirando esse fato maluco, a estreia dos dois roteiristas da trilogia "Se Beber Não Case" Jon Lucas e Scott Moore na direção e claro como roteiristas também do longa, é até "inteligente", pois usam dos mesmos artifícios que os fizeram famosos no bando de loucos, colocando situações inusitadas onde cada vez tudo quando parece melhorar só vai piorando, e com isso acaba divertindo o espectador que for apenas assistir algo que lhe divirta sem que precise pensar muito. O problema é que até quando será que isso vai funcionar? Pois a fórmula já vem desgastando desde o primeiro longa da trilogia, passada pelo adolescente "Projeto X" que não é deles, e agora fazem algo intermediário que funciona no quesito fazer rir, mas é altamente cheio de absurdos técnicos que qualquer um que vá achando que verá uma comédia inteligente, se é que exista alguém que vá assistir esse longa com esse pensamento, sairá extremamente decepcionado, pois todas as piadas e cenas sempre vão para o tino pejorativo ou escatológico para forçar o riso, mas diferente de alguns outros filmes funciona, pois mesmo dublado eu ri de alguns atos.

As atuações vou analisar as ações que fizeram, pois a entonação da dublagem vou preferir me abster, já que depois do "Vai Corinthians!" é melhor nem falar as outras besteiras que saíram das bocas dos dubladores, fico imaginando que tipo de roteiro essas pessoas seguem quando vão dublar um filme! Miles Teller praticamente faz o mesmo papel que em "Projeto X", e continua chato pacas, aprontando todas, mas mostrando que tem talento para câmeras, pois sempre está enquadrado de forma que sua ação seja vista completamente, pode ser que mais pra frente vire um ator bacana. Skylar Astin também agrada e aparenta fazer sempre da mesma forma seus papéis, aqui, por exemplo, tenta ser galanteador da mesma forma que em "A Escolha Perfeita", mas não passa de alguém bem atrapalhado e metido a mauricinho, também tem boa participação de tela e pode crescer com papéis melhores. Agora o grande nome do filme é Justin Chon que de coadjuvante na série "Crepúsculo", pula para um papel muito pirado e mesmo estando completamente maluco e embebedado consegue fazer as melhores cenas possíveis, a do banheiro embora nojenta pacas é sensacional, além claro da do ursinho que já está no trailer, estarei esperando algum filme sério dele para ver se sair melhor ainda, mas promete. Os demais personagens como possuem apenas participações, é melhor nem falarmos muito sobre eles, visto que com a dublagem acabaram ficando com vozes horríveis e falando cara vez mais besteira.

O visual do campus escolhido para ambientar a trama é bem bacana, tendo praticamente todos os elementos das tradicionais universidades americanas que aparecem em filmes, como festas malucas (ainda quero saber que tipo de culto o povo estava fazendo numa mega fogueira com búfalos), fraternidades satanistas e pessoas andando completamente malucas por todo lado. É altamente cliché, mas a produção até que trabalhou bem com a direção de arte para deixar tudo nos conformes, deixando apenas que a fotografia trabalhasse as luzes de forma bem coerente para deixar o filme com mais cara possível de farra e bebedeira.

Enfim, se estivesse na locadora daqui uns meses na dúvida entre escolher esse ou "Projeto X", com certeza optaria pelo segundo, já que mesmo ambos sendo completamente insanos, "Projeto X" é mais original com a questão de câmeras "amadoras" e aqui tudo se torna piegas demais com a finalização escolhida. Como no cinema é o que temos pra hoje, e a sala onde fui estava completamente lotada, algo que eu não esperava, pela forma de conseguir divertir o espectador até que vai valer a pena. Mas se tiver outras opções, deixe esse por último. Fico por aqui hoje, mas ainda faltam 2 filmes que estreiaram para conferir, então abraços e até breve pessoal.


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