A sinopse nos mostra que em Dallas, Joe é um detetive, mas também um assassino por encomenda. Quando Chris, um traficante de 22 anos, tem seu estoque roubado pela própria mãe, ele deve rapidamente encontrar 6 mil dólares, senão será assassinado. Chris recorre então a "Killer Joe", lembrando que o seguro de vida de sua mãe vale 50 mil dólares. Inicialmente Joe recusa, porque só é pago adiantado, mas ele abre uma exceção contanto que Dottie, a sedutora irmã mais nova de Chris, sirva de "garantia sexual" até o dia do pagamento.
Como disse a história é bem simples, mas William Friedkin, sim o diretor do clássico "O Exorcista" de 1973, consegue fazer algo impressionante de forma a transformar o protagonista, mesmo sendo um "vilão" matador num personagem tão cativante embora carrancudo que acabamos torcendo para que ele mate todo mundo e mais um pouco, chegando ao ápice revelador de forma tão forte que embora possa chocar algumas pessoas que forem ver, de forma que você vibra com os atos do protagonista. Claro que o diretor não fez tudo sozinho, pois contou com um ator genial, mas os planos escolhidos e a forma de condução da história que ele escolheu para fazer tudo é realmente impressionante.
Pra falar que Matthew McConaughey está excelente, ele precisaria piorar uns 200%, é impressionante a frieza do ator para fazer alguns atos em cena sempre com a mesma expressão sem hesitar em nada, isso poderia ser ruim e dizerem que a inexpressividade atrapalha, mas para o personagem em questão esse detalhe é o que mais conta deixando tudo perfeito. Emile Hirsch consegue convencer bem em algumas cenas, mas faz umas tomadas que você fica se perguntando o porquê dele ser tão bobo, mas que nem diria muitas mensagens subliminares por aí: são as drogas né. Juno Temple não é tão novinha quanto seu personagem no filme, mas consegue convencer muito bem, embora sua voz seja extremamente chata, a veracidade que passa de garota inocente do interior é bem colocada e tudo que faz se encaixa muito bem, uma excelente atuação da garota. Thomas Haden Church consegue lidar muito bem com seu personagem, mesmo que em poucas cenas, e nas últimas cenas faz valer bem seu papel. Gina Gershon aparentava não estar servindo para nada no filme, mas sua ligação final com direito a uma das melhores cenas subliminares, ou não, já feita no cinema. O elenco de apoio poderia ter sido menos bobo, mas como só são utilizados em pouquíssimas cenas nem incomodam tanto.
O visual do longa, embora com muitas cenas inúteis, por exemplo 3 cenas mostrando um cachorro chato que não serve em nada para a história, consegue fazer um Texas mais interiorano do que realmente é, parecendo que o longa se passe quase no século passado nos faroestes da vida, numa cidade atual. Isso é bacana, mas ao mesmo tempo pode pecar um pouco. Como a história pede toda essa simbologia, agrada bastante ver isso, e toda a fotografia empregada acaba ajudando bem para realçar todos os elementos cênicos e marcar o filme.
Enfim, é um filme forte com uma história que não deva agradar a muitos, principalmente por alguns exageros bem machistas que eu achei bem válidos, mas pode pesar para alguns, embora consiga retratar bem do que somos capazes em momentos de fúria. Recomendo bastante o filme que deve estar sendo lançado logo mais em DVD já que foi lançado nos EUA em 2011 e no Brasil no comecinho de Março, só aparecendo por aqui agora, o que é uma pena, pois é um excelente filme do gênero que me lembrou bastante os antigos longas policiais. A história de 102 minutos passa tão rápida que aparenta ter bem menos e quem for fã desse estilo sairá bem feliz com o que verá. Encerro minha semana cinematográfica aqui, mas na sexta estou de volta com muitos filmes que já vi que estrearão pelo Brasil e felizmente também pelo interior. Abraços e até mais pessoal.
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