Após ficar quase meio filme sem entender o porque uma criança conversava com pessoas de cabeças de animais, o resultado de um longa de animação de história bem complexa acaba sendo mais satisfatório do que eu poderia imaginar. “O Menino da Floresta” embora seja um pouco difícil e de nuances mais puxadas para um mangá do que para um desenho comumente visto pelos pais e por crianças de todo mundo, o filme 2D com traços estranhos agrada pela temática imaginária e emocional que projeta nos seus minutos finais.
A família Courge vive isolada na floresta. Enquanto o pai, tirânico impede o filho de sair do local, o pequeno cresce como um selvagem, sem saber da existência de um mundo exterior. As únicas amizades do garoto são os fantasmas da natureza, até o dia em que um evento inesperado o força a sair da floresta. Lá fora, ele descobre a existência de um vilarejo e de uma garotinha chamada Manon.
A história em si é bacana, mas as vozes que escolheram para dublar acabam incomodando um pouco, tendo um resultado um pouco abaixo da média, pois não sendo de fácil assimilação o motivo de tudo ocorrer, acabamos ficando mais concentrados na história do que realmente no agradar do desenho que nos é proposto. Não digo que foi algo ruim, mas poderiam ter dado mais sentido aos animais logo no começo, para que pudéssemos apreciar mais o visual que quiseram nos mostrar da floresta onde o garoto vivia. O último ato faz valer praticamente o filme inteiro, mas você sai da sessão querendo ver novamente com outros olhos após entender tudo, acredito que para crianças o longa deva cansar um pouco. O diretor Jean-Christophe Dessant embora seja experiente em roteiros para animações, aqui faz sua estreia na direção de uma de forma bem satisfatória, como disse, agradando bem os adultos com uma boa história que embora pareça bobinha, tem muito para ser mostrada.
Os personagens em si agradam por suas histórias individuais mais do que tudo, pois como disse os traços não são os habituais que estamos acostumados e com isso chega a ficar difícil de assimilarmos ou gostarmos particularmente de algum. Os animais com corpo de gente chegam a ser bem estranhos, mas com o final da história, eles passam a impressionar mais ainda e acabam agradando bastante pelo contexto que passam.
O visual criado para ambientar a floresta é muito bonito e mesmo sendo em 2D, temos excelentes perspectivas que acabam agradando muito no visual, a cena onde o garoto descobre toda sua história não poderia ter sido melhor criada, agradando tanto pelas cores, quanto pela animação criada para ilustrar a volta no tempo em um flashback, literalmente perfeito quanto a isso.
Enfim, é uma boa animação, mas acaba sendo mais voltada para adultos pela história complexa que possui do que realmente para crianças. Como disse, poderia ter sido mais bem explicada logo no começo para ser mais agradável, mas no geral com a finalização ficou bem bacana de ser vista. Fico por aqui agora, mas daqui a pouco tem muito mais filmes aqui no blog hoje. Abraços e até daqui a pouco.
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