O que procuramos quando vamos assistir a um filme de comédia? Rir e se divertir, de preferência da primeira até a última cena correto? Pois bem, levando isso em consideração "Minha Mãe é Uma Peça - O Filme" não só cumpre com louvor, como coloca Paulo Gustavo como o melhor comediante brasileiro da atualidade. Sua história adaptada para as telonas faz com que todos que forem aos cinemas conferir o longa não saiam de lá sem rir muito, mesmo que seja apenas na cena de créditos onde mostra sua mãe, que foi a musa inspiradora para o personagem principal.
O longa nos mostra que Dona Hermínia é uma mulher de meia idade, divorciada do marido, que a trocou por uma mais jovem. Hiperativa, ela não larga o pé de seus filhos Marcelina e Juliano, sem se dar conta que eles já estão bem grandinhos. Um dia, após descobrir que eles consideram ela uma chata, resolve sair de casa sem avisar para ninguém, deixando todos, de alguma forma, preocupados com o que teria acontecido. Mal sabem eles que a mãe foi visitar a querida tia Zélia para desabafar com ela suas tristezas do presente e recordar os bons tempos do passado.
A história mostrada é bacana, mas acredito que se não tivessem focado tanto em alguns pontos dramáticos e cortassem a quantidade exagerada de inserts desnecessários, teríamos uma comédia das melhores do mundo, pois realmente tudo embora exagerado é muito engraçado. Mas como preferiram dar uma enchida de linguiça no texto do Paulo Gustavo para que ficasse um longa de 85 minutos, algumas cenas acabam acontecendo e você fica se perguntando o porquê de terem colocado aquilo. A direção do estreante em longas André Pellenz é bem feita, abusando bastante de closes no protagonista e trabalhando bem em conjunto com a equipe de arte para retratar de forma correta o ambiente em que vive a família de Dona Hermínia, e com isso o diretor não só acerta a mão como deve conseguir botar muitos olhos no seu nome, afinal como a peça de Paulo já foi vista por mais de 1 milhão de pessoas, o longa deve seguir também por essa linha.
No quesito atuação poderia passar o texto inteiro somente falando o nome de Paulo Gustavo, afinal o personagem de Dona Hermínia já podemos dizer que é uma parte dele, de forma a ter trejeitos próprios, diálogo afiado perfeito e tudo que um ator poderia fazer para ser considerado um comediante de primeira linha. Rodrigo Pandolfo faz bem também seu papel, um pouco exagerado em algumas cenas, mas deve ter agradado fazendo o papel real do próprio Paulo, aqui diria que foi bom, mas aguardem que no seu próximo filme ele está perfeito. Mariana Xavier ficou exagerada no papel de gordinha devoradora de tudo, que até consegue emocionar na sua cena dramática, mas poderia ser mais sutil em algumas cenas, no geral acaba sendo divertido algumas coisas que faz, mas sempre pecando pelo excesso. Herson Capri faz mais um papel inútil no cinema, de maneira que precisavam de um marido para o filme e ele entrou e ficou, conseguindo somente nas suas cenas finais mostrar ao menos um pouco de interpretação, mas no geral foi fraquíssimo. Ingrid Guimarães nos momentos em que aparece consegue fazer um papel que com toda certeza poderia ser utilizado para seus filmes, pois ficou mais com sua cara essa perua aqui do que a empresária louca que costuma fazer, agrada no geral, mas como seu papel não possui tanta importância para o filme, acaba saindo de cena quase que a todo momento. Os demais atores coadjuvantes conseguem servir de base para que Paulo tenha com quem desfiar seu texto e acabam agradando também sem atrapalhar muito, valendo destacar claro Suely Franco que é a presença mais próxima durante todo o filme e tirando sua cena inicial dançando Sandra Rosa Madalena, o restante que faz é de muito boa valia.
A equipe de arte teve um trabalho bem interessante para não pecar em objetos de cena, tanto que tudo aparenta estar colocado com motivo lógico até mesmo os mais pequenos bibelôs. Tanto que numa cena de discussão com sua irmã tudo é bem relatado dando motivo para cada móvel. Além disso, souberam muito bem criar uma casa de família classe média baixa sem exagerar em clichés. A fotografia até que não teve tanto trabalho, pois como a maioria das cenas foram sempre trabalhadas ou com closes ou com planos médios, a iluminação tradicional caiu bem para a trama. Nas cenas fora do contexto que falei que poderiam ser tiradas, devem ter as mantido por aparentam ser a de maior trabalho tanto da equipe de arte quanto da fotografia com nuances em tons pastel que ficaram bem bonitos, mas que são apenas isso, descaracterizando o lado cômico maior que a trama poderia ter ficado.
Enfim, é uma comédia com C maiúsculo que quem quiser rir bastante com toda a caracterização que Paulo Gustavo faz das maiores preocupações que toda mãe tem, deve correr para uma sala de cinema e conferir. Além disso, levem suas mães, pois com certeza elas irão se reconhecer em diversos momentos, só não vão falar no meio do cinema o típico "tá vendo, você faz isso" e deixem para ter uma DRM(Discussão de Relação Maternal) em casa, após rirem bastante juntos. Como disse, é uma pena alguns deslizes, mas que fazendo a conta se tivessem sido removidos não teríamos um longa e sim um média-metragem, então quem sabe num segundo filme, já que esse deve dar muita bilheteria, podem melhorar tudo isso. Fico por aqui hoje com a última estreia do fim de semana no interior, pois como disse fomos novamente boicotados pelas distribuidoras Paris Filmes e Imagem Filmes, mas amanhã estarei conferindo um dos atrasados que resolveu dar as caras por aqui. Abraços e até amanhã.
2 comentários:
Olá Coelho adoro seu blog mas vc só pecou numa coisa o nome do comediante é Paulo GUSTAVO, e nao Paulo Augusto srsrs,
Bjao te adoro ...e .. á
Casa comigo? rsrsrs
Celeste Santana
Rsssss Olá Celeste, nossa preciso começar a ver menos filmes já estou trocando até nome do ator principal!!! Mas Augusto, Gustavo tudo vira Guto mesmo não é... (olha a desculpa esfarrapada) Meu Deussssss!!! Mas obrigado mesmo, já alterei tudo bonitinho... rsss
Nossa recebendo propostas de casamento agora no blog!! Tá cada dia mais sério isso aqui mesmo hein... Beijos Coelho!
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