Antes que venham perguntar o tradicional e falar Coelho, o filme não era em 3D, o que você achou, já vou avisando que dessa vez a pré-estreia por aqui foi no tradicional 2D e não senti a mínima falta dele, tanto que irei pensar duas vezes em rever pagando pelo 3D a não ser que alguém me convença muito do contrário. Pois bem, dito isso, quero também agradecer muito novamente o pessoal da Difusora FM 91,3Mhz por estar propiciando essas ótimas pré-estreias que Ribeirão Preto sempre necessitou disso e vocês estão trazendo só filmaços, então mais uma vez muito obrigado!! Agora vamos falar sobre o que todo mundo quer saber, qual é a desse "Wolverine Imortal", que se me perguntassem há uns 2 meses atrás o que estava esperando dele e há 4 horas atrás, responderia com a mesma e uníssona palavra "NADA", pois não havia curtido praticamente nada o primeiro filme solo do mutante e como muitos sabem adorei "X-Men - Primeira Classe", então ainda estava mais ansioso com o filme do ano que vem do que com esse. Porém minutos antes de sair para a pré-estreia bati o olho num comment do pessoal do site Cineplayers no Facebook dizendo que havia uma cena pós-crédito que ligaria todos os filmes dos mutantes com ele e principalmente com o que vem por aí no filme "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido", aí meus amigos, a curiosidade desse Coelho que vos falar ligou no turbo para ver o quanto antes a última cena. E claro que a Marvel não deixaria o filme ser um fiasco e por apenas no final uma cena mega-plus-master-foda, e dessa vez fizeram um ótimo trabalho consolidando o longa com um traço oriental exímio que todos os amantes de mangás e histórias orientais, além dos fãs da própria HQ do Wolverine com certeza irá sair com um sorriso muito grande da sala com tudo que verá, tornando o longa mais um acerto da Marvel que até poderia ser um pouquinho melhor se não abusasse tanto do poder que a ficção lhe permite, que até irei explicar um pouco mais pra baixo do texto, mas mesmo me incomodando isso, é um filmaço que vale muito a pena assistir.
Antes que me xinguem, peguei a sinopse do site do nosso parceiro AdoroCinema e ela contém diversos spoilers, então quem não quiser ler pule o próximo parágrafo inteiro e fique feliz vendo o filme sem saber de nada assim como fui.
A sinopse nos mostra que logo após matar Jean Grey para salvar a humanidade por ela não conseguir controlar os poderes da Fênix, Logan decidiu abandonar de vez a vida de herói e passou a viver na selva, como um ermitão. Deprimido, ele é encontrado em um bar pela jovem Yukio. Ela foi enviada a mando de seu pai adotivo, Yashida, que foi salvo por Logan em Nagasaki, no Japão, na época em que a bomba atômica foi detonada. Yashida deseja reencontrar Logan para fazer-lhe uma proposta: transferir seu fator de cura para ele, de forma que Logan possa, enfim, se tornar mortal e levar uma vida como uma pessoa qualquer. Ele recusa o convite, mas acaba infectado por Víbora, uma mutante especializada em biologia que é também imune a venenos de todo tipo. Fragilizado, Logan precisa encontrar meios para proteger Mariko, a neta de Yashida, que é alvo tanto de seu pai, Shingen quanto da Yakuza, a máfia japonesa.
Bem, se você leu ou não a sinopse, já irei falar o que mais me incomodou no filme que é a questão de que pessoas normais podem levar um tiro, pular de um prédio e sair andando de boa e logo em seguida tomam um soco e sofrem de dor, peraí cade o nexo nisso? Pois bem, dito isso sem colocar nenhum spoiler e depois que vocês assistirem, procurem discutir comigo nos comentários sem usar spoilers também sobre essas cenas. Mas usando o que muitos críticos adoram dizer, a liberdade poética, vamos ignorar esse fato e ver o que os roteiristas fizeram de bom, que foi unir a cultura oriental de uma maneira bem interessante sem precisar apelar para fatos explicativos, além de não fazer algo simplesmente jogado no tempo, pois o longa está completamente bem situado logo após "X-Men - O Confronto Final" e isso deixa o espectador que já acompanhou os longas anteriores bem situado, e quem não viu nenhum consegue também acompanhar tranquilamente sem se perder, pois usam diálogos bem estruturados que auxiliam à isso. O mais interessante de tudo é ver que eles não fizeram, nem fazem parte dos demais filmes e conseguiram linkar tudo perfeitamente para agradar bem. Outo fato excelente é a redenção de James Mangold em dirigir usando um tom predominantemente forte que poderia ser facilmente eliminado para conseguir uma classificação menor e não fez o que acabou estragando no seu longa anterior("Encontro Explosivo") e conhecendo o público que vai ao cinema, em muitas cenas teremos pessoas colocando as mãos em seus rostos para não ver certos planos, o que acabou tornando ele ainda melhor e que se tirasse os absurdos que disse acima seria algo 100% verossímil e agradaria mais ainda.
Das atuações nem preciso dizer muito, só o fato de não conseguirmos praticamente chamar Hugh Jackman pelo nome e sim ao velo na rua gritar Wolverine já diz muito, pois não existe outro ator que encaixe no papel, ele incorpora com uma veemência ímpar em todas as cenas que você praticamente acredita que exista realmente um homem que possui um exoesqueleto de adamantium que vive entre nós e é um super-herói, simples assim, e isso a cada filme que ele interpreta "ele mesmo" ou o Wolverine como o chamamos, ele melhora a interpretação do personagem aproximando mais ainda do que poderíamos acreditar, ou seja, perfeito. Tao Okamoto tem boas cenas, mas oscilou muito de apavorada para sublime em sua interpretação, e isso pode aparentar insegurança com o personagem, além de confundir o espectador que pode querer ficar esperando algo a mais para o personagem e ver somente o que é mostrado se decepcionando, mas no geral consegue agradar em sua estreia nas telonas e passar a história que foi lhe colocada. Rila Fukushima ainda estou certo que assim como Emília no "Sítio do Pica-Pau Amarelo" é uma boneca com vida pelo seu cabelo e rosto tradicionais dos mangás, não dou um mês para já termos cosplayers da personagem, suas cenas de ação agradam bem mais do que as cenas que têm muito diálogo, então bora colocar a japinha em muitos filmes de luta. Hal Yamanouchi está acostumado ao grande cinema italiano e é notável mesmo deitado em sua maca totalmente incrementada que seus olhos movimentam demais quase fazendo suas mãos mexerem pra todo lado, mas se contém e faz bem, em compensação Ken Yamamura fazendo o personagem jovem consegue transmitir bem o sentimento de dor e ao mesmo tempo o medo das tradições orientais, dois bons atores pra um só personagem. O uso de Famke Janssen no longa não poderia ser melhor, todos ficamos esperando que alguém nos dissesse como seria usado o personagem de Jean Grey no longa e seus momentos na trama estão perfeitos mesmo cheio do cliché tradicional de estourar a luz para mostrar que é sonho. Svetlana Khodchenkova consegue lidar bem a trama em que está envolvida e amarrar até a última cena o motivo pelo qual quer tanto o mutante, os momentos que usa da maquiagem agradam tanto quanto nos momentos que usa apenas do seu diálogo, mas alguns efeitos que faz poderiam ser melhores. Dos demais personagens, alguns até possuem bastante diálogos, mas é mais condizente enquadrar eles na história em si, do que seus diálogos tenham alguma importância maior para a trama, destacando um pouco mais pelo tradicionalismo oriental a última cena de Hiroyuki Sanada.
Um fator bem interessante pra trama é que mesmo tendo alguns pontos bem digitais, apegaram bastante a locações mais cotidianas e isso agradou por não necessitar incrementar tanto na cenografia. Claro que as cenas de velocidade maior, como as do trem e as finais e iniciais no laboratório, mostram um apego bem viajado no contexto futurista, mas a simplicidade tradicional oriental jogou o longa num patamar mais bonito de se ver. Agora um ponto que fica mais como recomendação pessoal, vá assistir numa sala com boa projeção, pois o filme possui quase 80% de suas cenas com chuva ou em ambientes escuros, e com isso mesmo dando para ver bem o contraste das cenas, em alguns cinemas pode ser que seja um problema que não irá satisfazer totalmente o aproveitamento do filme. E falo isso por ter me agrado demais o visual dark que deram pra trama e assim sendo merece ser bem vista. Dos efeitos digitais, alguns como disse na parte dos atores, achei um pouco fracos para um filme de mutantes e tudo mais, mas nas cenas que envolvem bastante ação utilizaram câmeras e planos bem bacanas para que tudo ficasse bem feito e interessante de se assistir como deve ser. Como também falei no início, não assisti o longa na tecnologia 3D ainda, e nem estou com vontade de ir ver pois não senti a mínima necessidade de ter alguma cena que pedisse o uso, então quem quiser ver normal, vá sem pestanejar.
Enfim, um ótimo filme que vale muito a pena ser visto no cinema, pois possui boas cenas de ação que em uma TV nem deve agradar tanto e, além disso, a cena pós-crédito só fez por instigar mais ainda nossa vontade de viajar no tempo e ir para 23/05//2014 para vermos o novo longa dos "X-Men". Recomendo ele com certeza, principalmente por não estar esperando nada dele e saído da sala bem agradado com o que vi, tirando esses pequenos detalhes que citei acima. Fico por aqui hoje mais uma vez agradecendo a Difusora FM pela oportunidade de assistir à mais uma pré-estreia exclusiva junto com os ouvintes da rádio, e me despeço tristemente, falando que só volto no outro final de semana já que as distribuidoras resolveram boicotar o interior novamente mandando apenas essa estreia para cá. Então abraços e até lá, claro que venho responder sempre quem comentar no blog, mas de posts novos só no próximo fim de semana.
sexta-feira, 26 de julho de 2013
sexta-feira, 19 de julho de 2013
O Concurso
É engraçado como são as coisas, quando vi o primeiro corte do filme "O Concurso", em março quando foi apresentado em sessão privada pelo produtor do filme, sai da sessão muito feliz com o que tinha visto e esperando demais pelo lançamento, porém hoje ao assistir ele pronto, ainda continuei rindo muito e me divertindo bastante assim como os demais espectadores da sala onde fui, mas não o achei tão perfeito como tinha achado antes. Claro que como digo a função de uma boa comédia é divertir o público, e isso ele cumpre muito bem, porém não saí vibrando como imaginaria. Recomendo principalmente praqueles que quiserem uma boa diversão sem precisar pensar em nada, dos demais nem vá, pois é certeza de saírem reclamando.
O longa nos mostra que o gaúcho Rogério Carlos, o paulista Bernardinho e o cearense Freitas conseguiram se dar bem em um concurso público para se tornar juiz, mas ainda falta uma última etapa, que será realizada no Rio de Janeiro. Para isso, os três viajam para a Cidade Maravilhosa e lá encontram o quarto candidato, Caio, um carioca que acaba colocando todos numa tremenda enrascada por conta da ideia de conseguir o gabarito faltando menos de 48 horas para o dia D. Para isso dar certo, todos precisarão lidar com a bandidagem e um deles acaba encontrando uma antiga namoradinha (Sabrina Sato) dos tempos da juventude. Aí, a confusão só aumenta e o dia da prova está chegando. Será que eles vão conseguir se dar bem?
Quando fui apresentado ao filme ele ainda chamava "Concurso Público" e embora o produtor e roteirista LG Tubaldini Jr. dissesse que ele não foi inspirado no "Se Beber Não Case", as referências são muitas, afinal as são quatro protagonistas, as coisas só vão piorando a cada ato do filme e tudo mais. Mas tirando isso o longa tem sua sinopse bem própria do nosso Brasil e é interessante que mesmo utilizando de situações que muitos até irão falar que é cliché, o diretor Pedro Vasconcelos estreia bem com seu primeiro longa procurando evitar ao máximo situações que forcem o riso, e é aí que ele se diferencia do famoso americano. O que ocorre são situações que provocam o riso, por simplesmente nos fazer rir, embora sejam caricatas, mas como nós brasileiros estamos acostumados a rir do que nós mesmos fazemos, então acaba bem divertido. Assim como falei da outra vez, reintegro aqui que o longa poderia ser maior, e olha que quando vi ele estava com 100 minutos e foram cortados mais 14, deixando com apenas 86, pois alguns até falariam que seria encher linguiça, mas algumas situações simplesmente ocorrem sem muita explicação, e isso incomoda um pouco, mas preferiram assim, então o que posso falar, se tivessem colocado apenas um exemplo de onde proveio o anão na cadeia no último ato é apenas um que cito sem lotar de spoilers.
As atuações dos quatro estão muito bem encaixadas com a trama e é engraçado que eles vão crescendo em seus papéis na trama de forma que acabamos tendo eles como conhecidos ao final do filme. O destaque na minha opinião no quesito atuação fica para Anderson de Rizzi que encaixa bem demais em todas as cenas que está presente, seja se enquadrando bem nos planos ou seja no seu jeito caricato com seus santos e mandingas. Fábio Porchat também se destaca bastante na trama, embora fosse mais legal se o personagem não fosse já apresentado da forma que é feita logo na primeira cena. Rodrigo Pandolvo tem boas cenas e é engraçado seu trejeito interiorano, toda sua interpretação é válida para o longa agradando bastante no que faz, poderia apenas ser mais expressivo em alguns momentos isolados. Danton Mello mostra o tradicional carioca visto pelo mundo como malandro e até nisso consegue ser malandro para enganar na interpretação, que se olharmos mais a fundo vemos que assim como seu irmão Selton sempre tem a mesma cara para todos os momentos. Sabrina Sato estreando no cinema ainda está bem longe de ser uma atriz, mas pelo esforço e o pouco uso de roupa agrada bem, confesso que preferia a quantidade menor ainda do primeiro corte, mas a censura iria pras alturas. Pedro Paulo Rangel irrita um pouco com sua imposição vocal, mas agrada na expressividade, poderia ter optado pelo meio termo que agradaria bem mais. Nelson Freitas e Carol Castro aparecem bem pouco na exibição e poderiam dar ganho para o filme, mas agradam com o que fazem. Os demais atores acabam sempre tendo alguma participação, mas nada que venha valer a pena falar, tirando o anãozinho que agrada como mafioso, mas poderia ser menos forçado no filme se escolhessem pessoas comuns.
A questão visual da trama é bem trabalhada, passando por muitas locações durante o filme, a equipe trabalhou bem, não se apreendeu muito em colocar diversos elementos cênicos, mas agrada bastante na minuciosidade para representar cada personagem e cada lugar por onde passam. Alguns lugares poderiam ser mais bem trabalhados, principalmente na cena dos anões, porém ela não é uma das cenas mais enfáticas, então está valendo assim também. A fotografia do filme é um pouco escura, mas agrada pela quantidade de planos diferenciados não focando sempre no mesmo ângulo e isso é bacana por não ficar no tradicionalismo brasileiro que estamos acostumados.
Enfim, como disse, é um longa que diverte quem for assistir como sessão pipoca, ou seja, não esperando nenhum grande boom, mas poderia ser melhor se fosse mais longo e colocasse um pouco mais de pimenta em alguns temas. Agrada bastante e faz rir em diversas situações, claro que não como a mulher que estava atrás de mim e provavelmente saiu mijada de tanto rir, mas vale o ingresso pago para uma sessão descontraída que é a forma que eu recomendo ele. Fico por aqui nessa semana, é isso mesmo pessoal só veio essa estreia para o interior, além de "Turbo" que já havia conferido na pré-estreia, mas devo re-conferir a animação de forma legendada e volto pra falar o que achei, senão só na sexta que vem mesmo pessoal. Abraços e até lá então.
PS: Mantive minha nota dada na sessão do primeiro corte, mas poderia reduzir para 7 coelhos facilmente pela redução de tempo.
O longa nos mostra que o gaúcho Rogério Carlos, o paulista Bernardinho e o cearense Freitas conseguiram se dar bem em um concurso público para se tornar juiz, mas ainda falta uma última etapa, que será realizada no Rio de Janeiro. Para isso, os três viajam para a Cidade Maravilhosa e lá encontram o quarto candidato, Caio, um carioca que acaba colocando todos numa tremenda enrascada por conta da ideia de conseguir o gabarito faltando menos de 48 horas para o dia D. Para isso dar certo, todos precisarão lidar com a bandidagem e um deles acaba encontrando uma antiga namoradinha (Sabrina Sato) dos tempos da juventude. Aí, a confusão só aumenta e o dia da prova está chegando. Será que eles vão conseguir se dar bem?
Quando fui apresentado ao filme ele ainda chamava "Concurso Público" e embora o produtor e roteirista LG Tubaldini Jr. dissesse que ele não foi inspirado no "Se Beber Não Case", as referências são muitas, afinal as são quatro protagonistas, as coisas só vão piorando a cada ato do filme e tudo mais. Mas tirando isso o longa tem sua sinopse bem própria do nosso Brasil e é interessante que mesmo utilizando de situações que muitos até irão falar que é cliché, o diretor Pedro Vasconcelos estreia bem com seu primeiro longa procurando evitar ao máximo situações que forcem o riso, e é aí que ele se diferencia do famoso americano. O que ocorre são situações que provocam o riso, por simplesmente nos fazer rir, embora sejam caricatas, mas como nós brasileiros estamos acostumados a rir do que nós mesmos fazemos, então acaba bem divertido. Assim como falei da outra vez, reintegro aqui que o longa poderia ser maior, e olha que quando vi ele estava com 100 minutos e foram cortados mais 14, deixando com apenas 86, pois alguns até falariam que seria encher linguiça, mas algumas situações simplesmente ocorrem sem muita explicação, e isso incomoda um pouco, mas preferiram assim, então o que posso falar, se tivessem colocado apenas um exemplo de onde proveio o anão na cadeia no último ato é apenas um que cito sem lotar de spoilers.
As atuações dos quatro estão muito bem encaixadas com a trama e é engraçado que eles vão crescendo em seus papéis na trama de forma que acabamos tendo eles como conhecidos ao final do filme. O destaque na minha opinião no quesito atuação fica para Anderson de Rizzi que encaixa bem demais em todas as cenas que está presente, seja se enquadrando bem nos planos ou seja no seu jeito caricato com seus santos e mandingas. Fábio Porchat também se destaca bastante na trama, embora fosse mais legal se o personagem não fosse já apresentado da forma que é feita logo na primeira cena. Rodrigo Pandolvo tem boas cenas e é engraçado seu trejeito interiorano, toda sua interpretação é válida para o longa agradando bastante no que faz, poderia apenas ser mais expressivo em alguns momentos isolados. Danton Mello mostra o tradicional carioca visto pelo mundo como malandro e até nisso consegue ser malandro para enganar na interpretação, que se olharmos mais a fundo vemos que assim como seu irmão Selton sempre tem a mesma cara para todos os momentos. Sabrina Sato estreando no cinema ainda está bem longe de ser uma atriz, mas pelo esforço e o pouco uso de roupa agrada bem, confesso que preferia a quantidade menor ainda do primeiro corte, mas a censura iria pras alturas. Pedro Paulo Rangel irrita um pouco com sua imposição vocal, mas agrada na expressividade, poderia ter optado pelo meio termo que agradaria bem mais. Nelson Freitas e Carol Castro aparecem bem pouco na exibição e poderiam dar ganho para o filme, mas agradam com o que fazem. Os demais atores acabam sempre tendo alguma participação, mas nada que venha valer a pena falar, tirando o anãozinho que agrada como mafioso, mas poderia ser menos forçado no filme se escolhessem pessoas comuns.
A questão visual da trama é bem trabalhada, passando por muitas locações durante o filme, a equipe trabalhou bem, não se apreendeu muito em colocar diversos elementos cênicos, mas agrada bastante na minuciosidade para representar cada personagem e cada lugar por onde passam. Alguns lugares poderiam ser mais bem trabalhados, principalmente na cena dos anões, porém ela não é uma das cenas mais enfáticas, então está valendo assim também. A fotografia do filme é um pouco escura, mas agrada pela quantidade de planos diferenciados não focando sempre no mesmo ângulo e isso é bacana por não ficar no tradicionalismo brasileiro que estamos acostumados.
Enfim, como disse, é um longa que diverte quem for assistir como sessão pipoca, ou seja, não esperando nenhum grande boom, mas poderia ser melhor se fosse mais longo e colocasse um pouco mais de pimenta em alguns temas. Agrada bastante e faz rir em diversas situações, claro que não como a mulher que estava atrás de mim e provavelmente saiu mijada de tanto rir, mas vale o ingresso pago para uma sessão descontraída que é a forma que eu recomendo ele. Fico por aqui nessa semana, é isso mesmo pessoal só veio essa estreia para o interior, além de "Turbo" que já havia conferido na pré-estreia, mas devo re-conferir a animação de forma legendada e volto pra falar o que achei, senão só na sexta que vem mesmo pessoal. Abraços e até lá então.
PS: Mantive minha nota dada na sessão do primeiro corte, mas poderia reduzir para 7 coelhos facilmente pela redução de tempo.
sábado, 13 de julho de 2013
Turbo em 3D
A única coisa que sei dessas férias de Julho é que os pais estão completamente lascados, pois a cada semana surge uma nova animação sendo lançada nos cinemas e uma está melhor que a outra de forma que a criançada quer ver todas, então haja dinheiro para os pais né! Hoje por exemplo fui conferir a pré-estreia de "Turbo" que chega pra valer na próxima sexta 19, e meus caros leitores, pra quem assim como eu desdenhou do trailer achando que seria apenas mais uma animaçãozinha jogada para arrecadar dinheiro dos pais se enganou bonito, pois o longa emociona, traz a mensagem pros pequenos de não desistir nunca do sonho e com personagens cativantes consegue segurar muito bem a trama durante toda sua duração, não tendo cenas jogadas ao vento em momento algum. E com isso a Dreamworks também entra forte na briga do Oscar do ano que vem que mais uma vez promete.
A sinopse nos mostra que uma lesma de jardim sonha em ser o animal mais rápido da sua raça, e uma experiência científica inesperada permite ao animal realizar este sonho. Depois de fazer amizade com outros caracóis espertalhões, Turbo percebe que ninguém vence sozinho. Então ele decide ajudar seus amigos a conquistar seus sonhos, antes de perseguir seu próprio sonho impossível: ganhar a corrida Indy 500.
Embora pareça simples e infantil, a animação tem algumas cenas bem pesadas que os pequenos nem devam notar, mas os pais com certeza irão enxergar as referências que o roteiro conseguiu colocar tanto para dar mais emoção ao filme quanto para se destacar dos demais filmes do gênero que estão lotando os cinemas nessa época do ano. E aliado ao bom roteiro, o diretor estreia na direção de uma animação de peso depois de passar pelo setor de arte de diversos outros bons desenhos e soube primar por bons traços e não ficou apenas nisso, juntando um ritmo frenético que só quem é bastante fã das corridas sabe como é emocionante chegar ao final triunfal de uma delas. Outro fator bem interessante foi em primar por cada caracol ser diferente um do outro, mesmo tendo aos montes num jardim, cada um tem sua personalidade, sua textura, sua concha e por aí vai, ou seja, um diretor de arte subindo pra direção não deixaria de primar por algo que sempre defendeu, e com isso agradou demais os espectadores para que pudéssemos escolher os nossos preferidos na tela.
Dos personagens vou me ater em falar sobre o carisma de cada um, pois da dublagem que está bem legal, não consegui pegar todos os nomes que estão presentes. Diferente do que anda acontecendo no mundo das animações, o longa não se preocupou tanto com texturas e com isso preferiu trabalhar mais com cores e personalidades. O protagonista Turbo convence bem em querer ser diferente dos demais e ansiar por ser um grande corredor e quando ganha seus poderes fica deveras divertido com tudo que faz, além de conseguir segurar a criançada toda presa olhando para suas atitudes. Tito, assim como Turbo é engraçado e também deseja que sua vila e os tacos de seu irmão sejam um sucesso, e claro que sonhador como o protagonista tem tudo para agradar as mentes mais imaginativas, além disso, uma coisa engraçada que pra mim ficou parecendo que o garotinho de "Up" cresceu e virou ele. Chet é o irmão de Turbo e sendo completamente o oposto dele agrada por dar conselhos inteligentes e sensatos sobre segurança, suas cenas onde ficam na dúvida se é macho ou fêmea são bem bacanas devido sua cor roxa, a dublagem de Bruno Garcia está bem bacana com uma voz que nem parece a do ator. Angelo, assim como Chet é o irmão de Tito e também possui uma visão mais rígida em relação aos sonhos do irmão, uma das cenas mais bacanas dessas oposições foi a que fizeram entre os quatro personagens e cada um vai falando e respondendo intercalando os irmãos, ficou muito bonita e inteligente. A trupe de caracóis da plantação de tomates é apenas interessante para vermos as diversas formas, mas não na história em si. Em compensação os caracóis de corrida são muito bem feitos e cada um agrada de uma forma, Descolado é divertido pela sua irreverência gostaria de ver a versão legendada pra ouvir Snoop Dogg dublar ele. Sombra Branca é o personagem divertido que todo gordinho da turma acaba virando. Brasa é a única mulher da equipe de corredores, mas nem por isso é graciosa, poderia ter tido mais espaço na trama, mas nas cenas que aparece agrada bastante na dublagem de Isis Valverde. Chicote é o típico lider e sua participação no longa é bem envolvente sempre procurando ajudar o protagonista, bem bacana mesmo as coisas que faz mesmo parecendo ser do mal. O corredor Guy Champeón é o típico chamariz ganhador, e se o filme tivesse passado semana passada que o azarão ganhou no MMA ia ser mais enquadrado ainda suas frases de que só aparecem, chamam atenção, mas na hora H perdem, não consegui ver ele como um vilão para a trama, mas sua arrogância irrita um pouco. Enfim, falei praticante de todos que aparecem no filme, tirando o pessoal do mini shopping que é bacana também, mas não chegam a ser de forte eloquência para a trama, destacando apenas a velhinha Kim Ly que faz algumas cenas bem engraçadas com seu jeito ríspido.
O visual do longa em diversos momentos impressiona bastante, tanto que nas cenas finais da corrida de Indianápolis, nem parece que estamos vendo uma animação, com carros beirando a realidade. Nas demais cenas temos diversos objetos de cena bem coloridos sempre variando nas nuances e isso agradou bastante principalmente pelo fato de não termos tantas texturas. Agora o fator que todo mundo pergunta, o 3D agrada em pouquíssimas cenas, claro que ele alia a dar perspectiva nas velocidades para não termos tantos borrões na tela, mas compensar ver na tecnologia não garanto tanto não, acredito que por isso vieram mais salas de pré-estreia em 2D tradicional do que 3D, então quem quiser ver o filme economizando não irá perder muito não.
As trilhas sonoras foram muito bem escolhidas para tocar dentro do personagem ao melhor estilo do rádio de um carro e diverte com ele fazendo as coreografias, e a música viral "Ele é veloz" que no original é cantada por Snoop Dogg "Let The Bass Go" fica literalmente na cabeça cantando muitas vezes depois que você sai da sala.
Enfim, mais uma boa animação nesse ano que estamos vendo ser um dos mais produtivos no gênero. Recomendo ele tanto pelas lições que consegue mostrar pros pequeninos, quanto pela qualidade da animação. Ou seja, senhores pais, boa sorte nos gastos no cinema, mas podem pelo menos dar uma economizada indo no 2D. Fico por aqui hoje e essa semana é só (já posso começar a chorar??), volto sexta que vem rezando pra que venha muitos filmes para o interior. Abraços e até lá pessoal.
A sinopse nos mostra que uma lesma de jardim sonha em ser o animal mais rápido da sua raça, e uma experiência científica inesperada permite ao animal realizar este sonho. Depois de fazer amizade com outros caracóis espertalhões, Turbo percebe que ninguém vence sozinho. Então ele decide ajudar seus amigos a conquistar seus sonhos, antes de perseguir seu próprio sonho impossível: ganhar a corrida Indy 500.
Embora pareça simples e infantil, a animação tem algumas cenas bem pesadas que os pequenos nem devam notar, mas os pais com certeza irão enxergar as referências que o roteiro conseguiu colocar tanto para dar mais emoção ao filme quanto para se destacar dos demais filmes do gênero que estão lotando os cinemas nessa época do ano. E aliado ao bom roteiro, o diretor estreia na direção de uma animação de peso depois de passar pelo setor de arte de diversos outros bons desenhos e soube primar por bons traços e não ficou apenas nisso, juntando um ritmo frenético que só quem é bastante fã das corridas sabe como é emocionante chegar ao final triunfal de uma delas. Outro fator bem interessante foi em primar por cada caracol ser diferente um do outro, mesmo tendo aos montes num jardim, cada um tem sua personalidade, sua textura, sua concha e por aí vai, ou seja, um diretor de arte subindo pra direção não deixaria de primar por algo que sempre defendeu, e com isso agradou demais os espectadores para que pudéssemos escolher os nossos preferidos na tela.
Dos personagens vou me ater em falar sobre o carisma de cada um, pois da dublagem que está bem legal, não consegui pegar todos os nomes que estão presentes. Diferente do que anda acontecendo no mundo das animações, o longa não se preocupou tanto com texturas e com isso preferiu trabalhar mais com cores e personalidades. O protagonista Turbo convence bem em querer ser diferente dos demais e ansiar por ser um grande corredor e quando ganha seus poderes fica deveras divertido com tudo que faz, além de conseguir segurar a criançada toda presa olhando para suas atitudes. Tito, assim como Turbo é engraçado e também deseja que sua vila e os tacos de seu irmão sejam um sucesso, e claro que sonhador como o protagonista tem tudo para agradar as mentes mais imaginativas, além disso, uma coisa engraçada que pra mim ficou parecendo que o garotinho de "Up" cresceu e virou ele. Chet é o irmão de Turbo e sendo completamente o oposto dele agrada por dar conselhos inteligentes e sensatos sobre segurança, suas cenas onde ficam na dúvida se é macho ou fêmea são bem bacanas devido sua cor roxa, a dublagem de Bruno Garcia está bem bacana com uma voz que nem parece a do ator. Angelo, assim como Chet é o irmão de Tito e também possui uma visão mais rígida em relação aos sonhos do irmão, uma das cenas mais bacanas dessas oposições foi a que fizeram entre os quatro personagens e cada um vai falando e respondendo intercalando os irmãos, ficou muito bonita e inteligente. A trupe de caracóis da plantação de tomates é apenas interessante para vermos as diversas formas, mas não na história em si. Em compensação os caracóis de corrida são muito bem feitos e cada um agrada de uma forma, Descolado é divertido pela sua irreverência gostaria de ver a versão legendada pra ouvir Snoop Dogg dublar ele. Sombra Branca é o personagem divertido que todo gordinho da turma acaba virando. Brasa é a única mulher da equipe de corredores, mas nem por isso é graciosa, poderia ter tido mais espaço na trama, mas nas cenas que aparece agrada bastante na dublagem de Isis Valverde. Chicote é o típico lider e sua participação no longa é bem envolvente sempre procurando ajudar o protagonista, bem bacana mesmo as coisas que faz mesmo parecendo ser do mal. O corredor Guy Champeón é o típico chamariz ganhador, e se o filme tivesse passado semana passada que o azarão ganhou no MMA ia ser mais enquadrado ainda suas frases de que só aparecem, chamam atenção, mas na hora H perdem, não consegui ver ele como um vilão para a trama, mas sua arrogância irrita um pouco. Enfim, falei praticante de todos que aparecem no filme, tirando o pessoal do mini shopping que é bacana também, mas não chegam a ser de forte eloquência para a trama, destacando apenas a velhinha Kim Ly que faz algumas cenas bem engraçadas com seu jeito ríspido.
O visual do longa em diversos momentos impressiona bastante, tanto que nas cenas finais da corrida de Indianápolis, nem parece que estamos vendo uma animação, com carros beirando a realidade. Nas demais cenas temos diversos objetos de cena bem coloridos sempre variando nas nuances e isso agradou bastante principalmente pelo fato de não termos tantas texturas. Agora o fator que todo mundo pergunta, o 3D agrada em pouquíssimas cenas, claro que ele alia a dar perspectiva nas velocidades para não termos tantos borrões na tela, mas compensar ver na tecnologia não garanto tanto não, acredito que por isso vieram mais salas de pré-estreia em 2D tradicional do que 3D, então quem quiser ver o filme economizando não irá perder muito não.
As trilhas sonoras foram muito bem escolhidas para tocar dentro do personagem ao melhor estilo do rádio de um carro e diverte com ele fazendo as coreografias, e a música viral "Ele é veloz" que no original é cantada por Snoop Dogg "Let The Bass Go" fica literalmente na cabeça cantando muitas vezes depois que você sai da sala.
Enfim, mais uma boa animação nesse ano que estamos vendo ser um dos mais produtivos no gênero. Recomendo ele tanto pelas lições que consegue mostrar pros pequeninos, quanto pela qualidade da animação. Ou seja, senhores pais, boa sorte nos gastos no cinema, mas podem pelo menos dar uma economizada indo no 2D. Fico por aqui hoje e essa semana é só (já posso começar a chorar??), volto sexta que vem rezando pra que venha muitos filmes para o interior. Abraços e até lá pessoal.
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Anna Karenina
Uma coisa que posso dizer dessa nova versão de "Anna Karenina" é que esse texto de Tolstoy vai ter ainda mais umas 200 versões e sempre um será diferente do outro, e quando achamos que já fizeram de forma mais inusitada possível, sempre virá um diretor que conseguirá deixá-la mais complexa ainda. Não se assuste ao ler essas primeiras palavras sobre o filme, pois mesmo sendo um filme com linguagem bem difícil e ao mesmo tempo estranha, acaba sendo bem interessante a forma que trabalha com a oposição do que é o amor e o que é o pecado da traição visto de uma forma que embora bem machista, acaba sendo leve se jogado ao olhar diferenciado de um único personagem. O longa é interessante, bonito, bem atuado, porém extremamente cansativo, seus 129 minutos parecem inacabáveis, mas conseguem fazer um fechamento decente.
A sinopse nos situa no Século XIX. Anna Karenina é casada com Alexei Karenin, um rico funcionário do governo. Ao viajar para consolar a cunhada, que vive uma crise no casamento devido à infidelidade do marido, ela conhece o conde Vronsky, que passa a cortejá-la. Apesar da atração que sente, Anna o repele e decide voltar para sua cidade. Entretanto, Vronsky a encontra na estação do trem, onde confessa seu amor. Anna resolve se separar de Karenin, só que o marido se recusa a lhe conceder o divórcio e ainda a impede de ver o filho deles.
Como vocês podem ler acima, a típica história do casamento infiel tradicionalmente machista, onde o homem que trai é o bom e a mulher que trai deve ser castigada, que já foi muito batida em diversos filmes e livros, porém é interessante ver aqui que o diretor Joe Wright soube trabalhar de uma forma bem interessante com as duas vertentes que possui no seu enredo, de maneira que o personagem Levin possui uma visão completamente diferenciada tanto na forma de pensar quanto em suas cenas finais que agradam muito por colocar ideias novas numa época difícil de lidar com esses pensamentos tradicionalistas. Outro fato interessantíssimo foi como trabalhou os planos cênicos, utilizando das cenas saindo do palco e indo para um fundo real e vice-versa, deixando os espectadores quase malucos achando que tudo se passa numa peça, e isso ficou magnífico com os planos quase sequenciais, enriquecendo a linguagem de uma forma perfeita e ímpar de se ver nas telas do cinema.
As atuações estão incríveis de uma maneira que impressiona tudo que os atores fazem. Keira Knightley é interessante, misteriosa e tudo mais que a personagem pedia, só poderia ser mais convincente nas cenas que toma morfina, pois nunca vi ninguém ficar daquela forma. Jude Law está mais calmo do que nunca chegando a irritar sua forma de agir, mas como o personagem pedia é maravilhosa a forma que interpreta e mais uma vez mostra que pode fazer qualquer personagem nos cinemas que irá agradar. Aaron Taylor-Johnson conseguiu me impressionar, principalmente agora que estou lendo que outros personagens ele já fez, em hipótese alguma liguei o nome à pessoa, simplesmente incrível sua atuação fria de catador incomensurável de mulheres e como disse não reconheci de forma alguma o mesmo garoto que fez "Kick-Ass" e com isso mostra que pode ser qualquer personagem de maneira incrível. Domhnall Gleeson é o grande contraponto da trama e sua forma romântica e centrada é perfeita para o personagem, sem dúvida na minha opinião foi dele uma das melhores cenas do longa ao estar apenas olhando sua mulher cuidando de seu irmão. Os demais personagens de Ruth Wilson, Kelly MacDonald, Matthew MacFadyen e Alicia Vikander estão bem colocados, mas não se destacam muito, apenas fazendo com que a trama gire e ligue os pontos com os protagonistas. Outro ponto bacana são os figurantes à cada momento trocando de roupa e sendo outros personagens na melhor forma do teatro antigo, literalmente um show.
A parte visual do longa como disse é algo muito interessante, pois nunca tinha visto um filme mixar cenas abertas com cenas dentro de um teatro, o que acaba dando uma perspectiva diferenciada tanto no olhar técnico quanto na forma inteligente que a equipe soube construir. Claro que o sair do teatro algumas vezes dá aquele alivio da pressão total, senão teríamos um filme claustrofóbico. E com esses planos completamente malucos, o diretor de fotografia não só impressiona pela técnica usada como transforma a variação da iluminação em algo brilhante. E essa sacada do teatro ficou mágica, onde temos a cenografia sendo alterada praticamente ao vivo, o que não deve ter acontecido, mas que fez com que muitas vezes tivéssemos diversos planos-sequências do melhor estilo possível. O longa que foi indicado à quatro Oscar: Fotografia, Trilha Sonora, Design de Produção e Figurino, onde ganhou apenas nessa última categoria, afinal é excelente os trajes dos personagens e não teria como perder. Além dos 4 Oscar foi indicado a mais 27 outros prêmios e levou mais 13.
Enfim, é um filme que quem gosta de filmes de época vai gostar muito e aqueles que não gostam de filmes diferentes do tradicional vão acabar ficando bem confusos com o entra e sai do teatro mudando cada hora de um personagem pro outro. Recomendo ver ele mais em casa, que dá para parar e rever algumas cenas do que no cinema, mesmo porque ele foi lançado em 15 de março no Brasil e a Universal só mandou agora para o interior através do Cinecult, então muito em breve deve estar nas melhores locadoras para que todos possam ver, mas quem for de Ribeirão Preto e quiser, ele fica em cartaz nas próximas terças e quintas no Cinemark. Fico por aqui, essa semana que está iniciando hoje já vi todos que estrearam por aqui nas pré-estreias, mas nem por isso irei deixar meus leitores sem uma crítica no site, então amanhã irei ver a pré de mais uma animação que chega com tudo para as férias da garotada. Então abraços e até amanhã pessoal.
A sinopse nos situa no Século XIX. Anna Karenina é casada com Alexei Karenin, um rico funcionário do governo. Ao viajar para consolar a cunhada, que vive uma crise no casamento devido à infidelidade do marido, ela conhece o conde Vronsky, que passa a cortejá-la. Apesar da atração que sente, Anna o repele e decide voltar para sua cidade. Entretanto, Vronsky a encontra na estação do trem, onde confessa seu amor. Anna resolve se separar de Karenin, só que o marido se recusa a lhe conceder o divórcio e ainda a impede de ver o filho deles.
Como vocês podem ler acima, a típica história do casamento infiel tradicionalmente machista, onde o homem que trai é o bom e a mulher que trai deve ser castigada, que já foi muito batida em diversos filmes e livros, porém é interessante ver aqui que o diretor Joe Wright soube trabalhar de uma forma bem interessante com as duas vertentes que possui no seu enredo, de maneira que o personagem Levin possui uma visão completamente diferenciada tanto na forma de pensar quanto em suas cenas finais que agradam muito por colocar ideias novas numa época difícil de lidar com esses pensamentos tradicionalistas. Outro fato interessantíssimo foi como trabalhou os planos cênicos, utilizando das cenas saindo do palco e indo para um fundo real e vice-versa, deixando os espectadores quase malucos achando que tudo se passa numa peça, e isso ficou magnífico com os planos quase sequenciais, enriquecendo a linguagem de uma forma perfeita e ímpar de se ver nas telas do cinema.
As atuações estão incríveis de uma maneira que impressiona tudo que os atores fazem. Keira Knightley é interessante, misteriosa e tudo mais que a personagem pedia, só poderia ser mais convincente nas cenas que toma morfina, pois nunca vi ninguém ficar daquela forma. Jude Law está mais calmo do que nunca chegando a irritar sua forma de agir, mas como o personagem pedia é maravilhosa a forma que interpreta e mais uma vez mostra que pode fazer qualquer personagem nos cinemas que irá agradar. Aaron Taylor-Johnson conseguiu me impressionar, principalmente agora que estou lendo que outros personagens ele já fez, em hipótese alguma liguei o nome à pessoa, simplesmente incrível sua atuação fria de catador incomensurável de mulheres e como disse não reconheci de forma alguma o mesmo garoto que fez "Kick-Ass" e com isso mostra que pode ser qualquer personagem de maneira incrível. Domhnall Gleeson é o grande contraponto da trama e sua forma romântica e centrada é perfeita para o personagem, sem dúvida na minha opinião foi dele uma das melhores cenas do longa ao estar apenas olhando sua mulher cuidando de seu irmão. Os demais personagens de Ruth Wilson, Kelly MacDonald, Matthew MacFadyen e Alicia Vikander estão bem colocados, mas não se destacam muito, apenas fazendo com que a trama gire e ligue os pontos com os protagonistas. Outro ponto bacana são os figurantes à cada momento trocando de roupa e sendo outros personagens na melhor forma do teatro antigo, literalmente um show.
A parte visual do longa como disse é algo muito interessante, pois nunca tinha visto um filme mixar cenas abertas com cenas dentro de um teatro, o que acaba dando uma perspectiva diferenciada tanto no olhar técnico quanto na forma inteligente que a equipe soube construir. Claro que o sair do teatro algumas vezes dá aquele alivio da pressão total, senão teríamos um filme claustrofóbico. E com esses planos completamente malucos, o diretor de fotografia não só impressiona pela técnica usada como transforma a variação da iluminação em algo brilhante. E essa sacada do teatro ficou mágica, onde temos a cenografia sendo alterada praticamente ao vivo, o que não deve ter acontecido, mas que fez com que muitas vezes tivéssemos diversos planos-sequências do melhor estilo possível. O longa que foi indicado à quatro Oscar: Fotografia, Trilha Sonora, Design de Produção e Figurino, onde ganhou apenas nessa última categoria, afinal é excelente os trajes dos personagens e não teria como perder. Além dos 4 Oscar foi indicado a mais 27 outros prêmios e levou mais 13.
Enfim, é um filme que quem gosta de filmes de época vai gostar muito e aqueles que não gostam de filmes diferentes do tradicional vão acabar ficando bem confusos com o entra e sai do teatro mudando cada hora de um personagem pro outro. Recomendo ver ele mais em casa, que dá para parar e rever algumas cenas do que no cinema, mesmo porque ele foi lançado em 15 de março no Brasil e a Universal só mandou agora para o interior através do Cinecult, então muito em breve deve estar nas melhores locadoras para que todos possam ver, mas quem for de Ribeirão Preto e quiser, ele fica em cartaz nas próximas terças e quintas no Cinemark. Fico por aqui, essa semana que está iniciando hoje já vi todos que estrearam por aqui nas pré-estreias, mas nem por isso irei deixar meus leitores sem uma crítica no site, então amanhã irei ver a pré de mais uma animação que chega com tudo para as férias da garotada. Então abraços e até amanhã pessoal.
domingo, 7 de julho de 2013
O Cavaleiro Solitário
Essa semana mesmo dei uma entrevista sobre os filmes western que produzi e uma das perguntas foi se o gênero poderia voltar com tudo nos cinemas. Quando respondi que sim não tinha em mente que na mesma semana poderia ver um grandioso exemplo disso que é "O Cavaleiro Solitário", pois ele traz completamente a essência do velho oeste e da colonização dos EUA de uma forma incrível, lotada de efeitos especiais para que ninguém tenha praticamente nada para reclamar. E o melhor, não basta um longa ter apenas efeitos, pra ficar perfeito ainda conta com uma história muito bem roteirizada que agrada na medida certa, só cansando um pouco devido o excesso de fatos que quiseram mostrar e com isso a sua duração ficou exagerada, mas tirando isso ele possui alta comicidade, fatos bem encaixados e atuações mais do que perfeitas.
O filme nos situa em Colby, Texas, 1869. John Reid é um advogado que acaba de retornar à sua cidade-natal, onde vive seu irmão Dan, a cunhada Rebecca e o sobrinho Danny. John está disposto a cumprir a justiça ao pé da letra, levando os criminosos ao tribunal, apesar da resistência local. Ao acompanhar o irmão e outros Texas Rangers em uma patrulha pelo deserto, o grupo é atacado pelos capangas de Butch Cavendish, um bandido que tem a fama de comer carne humana. Todos são assassinados, com exceção de John, que fica à beira da morte. O índio Tonto o encontra e, ao perceber que um cavalo branco escolhe John, passa a ajudá-lo. Tonto acredita que John foi escolhido por um mensageiro espiritual e que, como voltou da morte, não pode mais ser morto. A partir de então John passa a usar uma máscara e, ao lado de Tonto, faz de tudo para reencontrar Cavendish.
O bacana da história é que ela se liga inteira com todos os fatos, de forma que Tonto ao contar a história inteira para um jovem garotinho dentro de um museu coloca sua visão dos fatos e essa se mostra bem crível para todos os fatos. Além disso, como não lembro muito da história da série original, tudo que me foi mostrado considerei praticamente algo novo e com isso acabei achando brilhante e agradável demais. O diretor Gore Verbinski acostumado à grandes produções não economizou nem uma vírgula que fosse em munição, a qual parece nunca acabar, nem em cenários grandiosos com planos bastante abertos, aonde enaltece todo o velho oeste como deve ser feito, com a cidadezinha largada no meio do deserto, os índios afastados, o ponto de briga entre índios e brancos, aqui sendo a prata ao invés do costumeiro ouro, e claro vilões e mocinhos muito bem caracterizados correndo, pulando, explodindo tudo que vier pela frente, mas não de forma jogada ao acaso, tudo tem seu motivo muito bem explicado. Além dos planos abertos para valorizar o cenário, o diretor também trabalhou bastante com planos intimistas onde foca os personagens no seu auge da interpretação, como sendo uma das poucas coisas que se diferenciou dos tradicionais westerns, mas com isso colocou sua marca no gênero também.
As atuações como disse no início estão perfeitas, mas era inegável que Depp se sobreporia à Hammer, visto que ele é um dos atores mais interpretativos que conhecemos atualmente. Falando sobre Johnny Depp, enfim vi um personagem que se você não lesse nos créditos iniciais, cartazes e tudo mais, não saberia que é ele, pois faz algo novo tão interessante e bem maquiado que nos encanta e conseguimos sair da sessão bem felizes com o que ele nos mostra. Falei que Armie Hammer não se sobrepõe, mas nem por isso podemos falar que não está ótimo no papel do Cavaleiro Solitário, agradando com boas interpretações do texto, fazendo toda a ação que é necessária ao papel. William Fichtner está incrível como vilão de uma forma que poucas vezes vimos com fator crueldade, só é uma pena que por ser um filme padrão Disney economizaram nas cenas que mostram mais sangue, senão com toda certeza o público acabaria odiando mais ainda ele, tornando um dos vilões mais temidos da sétima arte. Tom Wilkinson também faz um papel bem interessante, que ao final nos dá a ligação mais completa ainda com a trama, agradou bastante mas poderia ser mais incisivo nas cenas iniciais. Ainda bem que Ruth Wilson aparece pouco na trama, pois não mostrou a que veio na trama, fazendo algumas caras e bocas que soaram bem simplórios. Helena Bonham Carter fazendo um papel menos excêntrico agrada bastante e embora apareça pouco acaba fazendo um papel bem marcante para sua carreira. Bryant Prince ficou com uma cara de assustado em seu primeiro longa, mas agradou nas cenas que precisou mostrar atuação. Os demais atores acabam aparecendo pouco, mas sempre em prol do filme, fazendo com que suas atuações sejam marcantes e agradem bastante na tela do cinema.
Fazia tempo que não via um visual western tão bem trabalhado com todos os elementos cênicos que o gênero pede, a ideia da ferrovia como elo de ligação acaba soando 100% natural ao final da trama e encaixa muito bem com o demais do enredo. Tudo é mostrado com detalhes para retratar bem o local onde se passa e os objetos que auto-explicam a ligação de cada um dos personagens. Outro fato é o tom amarelado escolhido pelo diretor de fotografia que acaba soando magnífico principalmente nas cenas que contrasta com o brilho da prata, tanto que em alguns momentos o prateado domina a cena invertendo os valores e mostrando tudo que quer dizer apenas no visual lindíssimo que o diretor não economizou em planos abertos para mostrar tudo. Outro fato bem interessante é a profundidade que conseguiram tirar sem necessitar de câmeras 3D e fazer com que o espectador pague mais caro por isso, até poderia ter sido convertido que ficaria bem bacana, mas ainda assim prefiro da forma que foi mostrado. Além disso tudo, temos que aplaudir muito a equipe de maquiagem, que fez de Johnny Depp um personagem único no seu repertório e que ficou irreconhecível tanto na pele do índio Tonto quanto no visual envelhecido do mesmo personagem.
A trilha sonora de Hans Zimmer mostra sua volta por cima de boas tramas e aliada a lembrar os velhos filmes do gênero faz com que nos empolguemos e balançamos os pés junto com a música. Ela entoa com o ritmo escolhido para o filme transformando ele num clássico bem agradável.
Enfim, um excelente filme que vale completamente ser assistido várias vezes e só não agrada mais pela alta duração que acaba cansando um pouco no miolo, mas tirando isso é sensacional e muito bem dirigido, atuado e principalmente produzido. Recomendo com toda certeza para todos que gostam tanto do gênero quanto de bons filmes de ação. Aparentemente vocês devem achar que existe uma cena pós créditos que apenas mostra o personagem de Tonto caminhando, mas fica apenas nisso, então quem quiser ir embora logo no começo dela não fique com medo que não irá perder nada. O filme continua em pré-estreia durante toda a semana com apenas um horário em diversas cidades e na próxima sexta vem com tudo para lotar salas. De estreias por aqui veio somente esses, então encerro por aqui, voltando apenas na quinta-feira com um Cinecult bem atrasado, então abraços e até breve pessoal.
O filme nos situa em Colby, Texas, 1869. John Reid é um advogado que acaba de retornar à sua cidade-natal, onde vive seu irmão Dan, a cunhada Rebecca e o sobrinho Danny. John está disposto a cumprir a justiça ao pé da letra, levando os criminosos ao tribunal, apesar da resistência local. Ao acompanhar o irmão e outros Texas Rangers em uma patrulha pelo deserto, o grupo é atacado pelos capangas de Butch Cavendish, um bandido que tem a fama de comer carne humana. Todos são assassinados, com exceção de John, que fica à beira da morte. O índio Tonto o encontra e, ao perceber que um cavalo branco escolhe John, passa a ajudá-lo. Tonto acredita que John foi escolhido por um mensageiro espiritual e que, como voltou da morte, não pode mais ser morto. A partir de então John passa a usar uma máscara e, ao lado de Tonto, faz de tudo para reencontrar Cavendish.
O bacana da história é que ela se liga inteira com todos os fatos, de forma que Tonto ao contar a história inteira para um jovem garotinho dentro de um museu coloca sua visão dos fatos e essa se mostra bem crível para todos os fatos. Além disso, como não lembro muito da história da série original, tudo que me foi mostrado considerei praticamente algo novo e com isso acabei achando brilhante e agradável demais. O diretor Gore Verbinski acostumado à grandes produções não economizou nem uma vírgula que fosse em munição, a qual parece nunca acabar, nem em cenários grandiosos com planos bastante abertos, aonde enaltece todo o velho oeste como deve ser feito, com a cidadezinha largada no meio do deserto, os índios afastados, o ponto de briga entre índios e brancos, aqui sendo a prata ao invés do costumeiro ouro, e claro vilões e mocinhos muito bem caracterizados correndo, pulando, explodindo tudo que vier pela frente, mas não de forma jogada ao acaso, tudo tem seu motivo muito bem explicado. Além dos planos abertos para valorizar o cenário, o diretor também trabalhou bastante com planos intimistas onde foca os personagens no seu auge da interpretação, como sendo uma das poucas coisas que se diferenciou dos tradicionais westerns, mas com isso colocou sua marca no gênero também.
As atuações como disse no início estão perfeitas, mas era inegável que Depp se sobreporia à Hammer, visto que ele é um dos atores mais interpretativos que conhecemos atualmente. Falando sobre Johnny Depp, enfim vi um personagem que se você não lesse nos créditos iniciais, cartazes e tudo mais, não saberia que é ele, pois faz algo novo tão interessante e bem maquiado que nos encanta e conseguimos sair da sessão bem felizes com o que ele nos mostra. Falei que Armie Hammer não se sobrepõe, mas nem por isso podemos falar que não está ótimo no papel do Cavaleiro Solitário, agradando com boas interpretações do texto, fazendo toda a ação que é necessária ao papel. William Fichtner está incrível como vilão de uma forma que poucas vezes vimos com fator crueldade, só é uma pena que por ser um filme padrão Disney economizaram nas cenas que mostram mais sangue, senão com toda certeza o público acabaria odiando mais ainda ele, tornando um dos vilões mais temidos da sétima arte. Tom Wilkinson também faz um papel bem interessante, que ao final nos dá a ligação mais completa ainda com a trama, agradou bastante mas poderia ser mais incisivo nas cenas iniciais. Ainda bem que Ruth Wilson aparece pouco na trama, pois não mostrou a que veio na trama, fazendo algumas caras e bocas que soaram bem simplórios. Helena Bonham Carter fazendo um papel menos excêntrico agrada bastante e embora apareça pouco acaba fazendo um papel bem marcante para sua carreira. Bryant Prince ficou com uma cara de assustado em seu primeiro longa, mas agradou nas cenas que precisou mostrar atuação. Os demais atores acabam aparecendo pouco, mas sempre em prol do filme, fazendo com que suas atuações sejam marcantes e agradem bastante na tela do cinema.
Fazia tempo que não via um visual western tão bem trabalhado com todos os elementos cênicos que o gênero pede, a ideia da ferrovia como elo de ligação acaba soando 100% natural ao final da trama e encaixa muito bem com o demais do enredo. Tudo é mostrado com detalhes para retratar bem o local onde se passa e os objetos que auto-explicam a ligação de cada um dos personagens. Outro fato é o tom amarelado escolhido pelo diretor de fotografia que acaba soando magnífico principalmente nas cenas que contrasta com o brilho da prata, tanto que em alguns momentos o prateado domina a cena invertendo os valores e mostrando tudo que quer dizer apenas no visual lindíssimo que o diretor não economizou em planos abertos para mostrar tudo. Outro fato bem interessante é a profundidade que conseguiram tirar sem necessitar de câmeras 3D e fazer com que o espectador pague mais caro por isso, até poderia ter sido convertido que ficaria bem bacana, mas ainda assim prefiro da forma que foi mostrado. Além disso tudo, temos que aplaudir muito a equipe de maquiagem, que fez de Johnny Depp um personagem único no seu repertório e que ficou irreconhecível tanto na pele do índio Tonto quanto no visual envelhecido do mesmo personagem.
A trilha sonora de Hans Zimmer mostra sua volta por cima de boas tramas e aliada a lembrar os velhos filmes do gênero faz com que nos empolguemos e balançamos os pés junto com a música. Ela entoa com o ritmo escolhido para o filme transformando ele num clássico bem agradável.
Enfim, um excelente filme que vale completamente ser assistido várias vezes e só não agrada mais pela alta duração que acaba cansando um pouco no miolo, mas tirando isso é sensacional e muito bem dirigido, atuado e principalmente produzido. Recomendo com toda certeza para todos que gostam tanto do gênero quanto de bons filmes de ação. Aparentemente vocês devem achar que existe uma cena pós créditos que apenas mostra o personagem de Tonto caminhando, mas fica apenas nisso, então quem quiser ir embora logo no começo dela não fique com medo que não irá perder nada. O filme continua em pré-estreia durante toda a semana com apenas um horário em diversas cidades e na próxima sexta vem com tudo para lotar salas. De estreias por aqui veio somente esses, então encerro por aqui, voltando apenas na quinta-feira com um Cinecult bem atrasado, então abraços e até breve pessoal.
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Truque de Mestre
Serei crucificado por alguns colegas de crítica, mas hoje assisti à "Truque de Mestre" mais como espectador do que como crítico em si mesmo, pois quando quis fazer faculdade de cinema foi mais pelo simples fato de toda essa magia que a ilusão de ótica nos traz, de várias fotos juntas criarem um movimento que acreditamos ser real, e desde quando vi o primeiro trailer do filme já criei uma expectativa enorme em torno dele, pois sou apaixonado por mágicas e truques de ilusionismo, e hoje ao conferir parecia uma daquelas crianças bobas caindo em tudo que era mostrado na tela. Claro que irei rever o filme para tentar pegar todos os erros possíveis e com toda certeza não irei mais me surpreender com o que vi, porém como uma primeira apresentação, o que posso falar com toda sinceridade é que cumpriu muito além do que eu esperava, tendo um começo muito bom, um miolo razoável e um fechamento digno dos melhores shows de mágica, então vou falar um pouco de cada coisa do filme que até pode ter alguns errinhos e defeitos, mas como um ótimo entretenimento vale a pena demais.
A sinopse nos mostra que Daniel Atlas é o carismático líder do grupo de ilusionistas chamado "Os Quatro Cavaleiros". O que poucos sabem é que, enquanto encanta o público com suas mágicas sob o palco, o grupo também rouba bancos em outro continente e ainda por cima distribui a quantia roubada nas contas dos próprios espectadores. Estes crimes fazem com que o agente do FBI Dylan Hobbs esteja determinado a capturá-los de qualquer jeito, ainda mais após o grupo anunciar que em breve fará seu assalto mais audacioso. Para tanto ele conta com a ajuda de Alma Vargas, uma detetive da Interpol, e também de Thaddeus Bradley, um veterano desmistificador de mágicos que insiste que os assaltos são realizados a partir de disfarces e jogos envolvendo vídeos.
A história em si pode até parecer simples e de fácil desvendamento, tanto que logo ao iniciar o filme já começa o velho jogo de apostas, que todos que gostam do estilo de filme que tente nos enganar faz, quem é quem, o que iremos descobrir, e alguns fatos até são bem fáceis de pegar que nem precisaríamos do personagem de Morgan Freeman explicar em sua cena final, pois até uma criança conseguiria imaginar o que aconteceu, afinal a história em si explica de uma forma tão banal que somente os policiais não veem, mas afinal é um filme ou uma novela da Glória Perez? Calma pessoal, apenas algumas mágicas são bem colocadas e mais claro ainda que não vá falar muito para não estragar a surpresa final, a qual eu acredito que não está tão fácil de pegar, como disse irei rever e quem sabe até possa achar o filme péssimo, mas hoje só tenho que parabenizar o diretor Louis Leterrier e todos os mágicos que estiveram envolvidos para ensinar os truques reais para os atores, que aprenderam muito bem para evitar o excesso de efeitos especiais. A forma de posicionamento de câmeras chega a beirar o impossível, tendo ângulos de todas as maneiras possíveis para realmente impressionar o público que está vendo, então agradou demais. É certo que existem diversos erros, mas que a grande magia procura encobrir ao máximo e como falei hoje estou preferindo passar para vocês, meus leitores a emoção que senti principalmente no gran-show-finalle, pois já estava começando a desanimar com o andamento do miolo do filme e vieram com um show de luzes e a revelação completa que me arrepiei inteiro com a produção impecável e mágica que tiveram cuidado de fazer.
No quesito atuação, não tem um do elenco que não tenha me impressionado que seja com uma pontinha de algo. Nunca fui fã de Jesse Eisenberg, mas seu modo rápido de falar (diga-se de passagem, será que nenhum diretor de elenco tentou acalmar ele?) caiu como uma luva para o personagem que precisa falar rápido para conseguir nos enganar, seu jeitão poderia ser um pouco mais cafajeste, mas agrada bastante. Mark Ruffalo, quem diria iria me incomodar com um personagem que não vê o que acontece bem na sua frente, e é bem bacana ver isso dele, na cena que está tomando um porre no bar, realmente mostra que conseguiu guardar um pouco da personalidade do seu amigo verde pra ser colocada nos seus próximos personagens. Woody Harrelson literalmente incorporou um personagem desses mágicos hipnóticos que chegam até irritar a forma que conseguem arrancar informações das pessoas, é brilhante sua atuação. Isla Fisher está tão linda quanto seu personagem, e poderia ter continuado mais cativante como na sua cena inicial até o fim, mas agrada no geral. Dave Franco consegue ser o elo de ação para as cenas do miolo e com isso acaba agradando mais como pólvora do que com interpretação em si, mas foi muito bem. Mélanie Laurent faz um personagem meio sonso, sem sal nem açúcar, mas serviu bem tanto pra brilhar no visual do filme quanto para ser uma das possíveis revelações do filme. Michael Caine sempre faz bons personagens, mas aqui como canastrão e investidor acabou soando mais divertido do que deveria, embora uma das revelações sobre ele sejam interessantes. Alguém aqui conhece algum papel ruim de Morgan Freeman? Eu desconheço, então não tem como falar uma palavra menor do que brilhante para sua atuação que está bem encaixada com a trama e com uma canastrice que só o Mister M sem a máscara faria melhor. Bom, falei de todos os principais e já está bom, pois o restante apenas é figuração, e haja figurantes pras cena final do filme.
Do quesito técnico da direção de arte e da fotografia falarei bem pouco, pois tudo que eu disser aqui pode soar como spoiler, então apenas focarei apenas em dizer que é muito brilho, muito efeito de luz, objetos de cena extremamente criativos, cenários gigantescos e tudo mais que um bom número de mágica pede e deve ter. Alguns amigos comentaram que poderia ser em 3D, discordo, pois quebraria o elo mágico que o cinema tem de nos iludir, então com isso a fotografia não economizou nem um pouco em luzes para maquiar os truques e nos iludir bonito. Com toda certeza tenho de destacar a penúltima cena que é a mais cheia de figurantes e luzes, a qual me arrepiou inteiro com o show que os mágicos dão.
Enfim, falaria horas sobre o filme e já estou até com dó dos meus amigos que irão sair comigo agora a noite, pois não sei como vou me segurar para não parar de falar dele. Muitos que forem já prontos para passar o filme inteiro tentando achar defeitos e os truques com certeza sairão bravos e não irão aproveitar toda a diversão que ele pode e irá causar se você for pronto para se divertir. Então como diria o músico Naldo (tá apelei em citar Naldo no meu texto!) se joga no filme e aproveite o espetáculo que com certeza sairá feliz da sala tendo aproveitado cada centavo pago no ingresso. Irei rever essa semana como Fernando malvado, se é que conseguirei fazer isso com algo que gosto tanto, mas deixo com essa ressalva acima toda a recomendação possível para o filme. Fico por aqui, amanhã irei conferir a única pré-estreia que surgiu pelo interior e na quinta terei um Cinecult bem atrasado, e nessa semana será somente isso, já que os demais longas não vieram pra cá. Abraços mágicos em todos e até breve pessoal.
PS: Até pensei em não dar nota máxima para o filme por diminuir o ritmo no miolo, mas não consigo ver ele com outros olhos, pelo menos hoje, então reclamem a vontade, mas não iria ficar feliz em ver um filme que esperava muito para ver nos cinemas e que cumpriu além das expectativas que criei, o que geralmente não acontece, com uma nota menor que 10 coelhos.
A sinopse nos mostra que Daniel Atlas é o carismático líder do grupo de ilusionistas chamado "Os Quatro Cavaleiros". O que poucos sabem é que, enquanto encanta o público com suas mágicas sob o palco, o grupo também rouba bancos em outro continente e ainda por cima distribui a quantia roubada nas contas dos próprios espectadores. Estes crimes fazem com que o agente do FBI Dylan Hobbs esteja determinado a capturá-los de qualquer jeito, ainda mais após o grupo anunciar que em breve fará seu assalto mais audacioso. Para tanto ele conta com a ajuda de Alma Vargas, uma detetive da Interpol, e também de Thaddeus Bradley, um veterano desmistificador de mágicos que insiste que os assaltos são realizados a partir de disfarces e jogos envolvendo vídeos.
A história em si pode até parecer simples e de fácil desvendamento, tanto que logo ao iniciar o filme já começa o velho jogo de apostas, que todos que gostam do estilo de filme que tente nos enganar faz, quem é quem, o que iremos descobrir, e alguns fatos até são bem fáceis de pegar que nem precisaríamos do personagem de Morgan Freeman explicar em sua cena final, pois até uma criança conseguiria imaginar o que aconteceu, afinal a história em si explica de uma forma tão banal que somente os policiais não veem, mas afinal é um filme ou uma novela da Glória Perez? Calma pessoal, apenas algumas mágicas são bem colocadas e mais claro ainda que não vá falar muito para não estragar a surpresa final, a qual eu acredito que não está tão fácil de pegar, como disse irei rever e quem sabe até possa achar o filme péssimo, mas hoje só tenho que parabenizar o diretor Louis Leterrier e todos os mágicos que estiveram envolvidos para ensinar os truques reais para os atores, que aprenderam muito bem para evitar o excesso de efeitos especiais. A forma de posicionamento de câmeras chega a beirar o impossível, tendo ângulos de todas as maneiras possíveis para realmente impressionar o público que está vendo, então agradou demais. É certo que existem diversos erros, mas que a grande magia procura encobrir ao máximo e como falei hoje estou preferindo passar para vocês, meus leitores a emoção que senti principalmente no gran-show-finalle, pois já estava começando a desanimar com o andamento do miolo do filme e vieram com um show de luzes e a revelação completa que me arrepiei inteiro com a produção impecável e mágica que tiveram cuidado de fazer.
No quesito atuação, não tem um do elenco que não tenha me impressionado que seja com uma pontinha de algo. Nunca fui fã de Jesse Eisenberg, mas seu modo rápido de falar (diga-se de passagem, será que nenhum diretor de elenco tentou acalmar ele?) caiu como uma luva para o personagem que precisa falar rápido para conseguir nos enganar, seu jeitão poderia ser um pouco mais cafajeste, mas agrada bastante. Mark Ruffalo, quem diria iria me incomodar com um personagem que não vê o que acontece bem na sua frente, e é bem bacana ver isso dele, na cena que está tomando um porre no bar, realmente mostra que conseguiu guardar um pouco da personalidade do seu amigo verde pra ser colocada nos seus próximos personagens. Woody Harrelson literalmente incorporou um personagem desses mágicos hipnóticos que chegam até irritar a forma que conseguem arrancar informações das pessoas, é brilhante sua atuação. Isla Fisher está tão linda quanto seu personagem, e poderia ter continuado mais cativante como na sua cena inicial até o fim, mas agrada no geral. Dave Franco consegue ser o elo de ação para as cenas do miolo e com isso acaba agradando mais como pólvora do que com interpretação em si, mas foi muito bem. Mélanie Laurent faz um personagem meio sonso, sem sal nem açúcar, mas serviu bem tanto pra brilhar no visual do filme quanto para ser uma das possíveis revelações do filme. Michael Caine sempre faz bons personagens, mas aqui como canastrão e investidor acabou soando mais divertido do que deveria, embora uma das revelações sobre ele sejam interessantes. Alguém aqui conhece algum papel ruim de Morgan Freeman? Eu desconheço, então não tem como falar uma palavra menor do que brilhante para sua atuação que está bem encaixada com a trama e com uma canastrice que só o Mister M sem a máscara faria melhor. Bom, falei de todos os principais e já está bom, pois o restante apenas é figuração, e haja figurantes pras cena final do filme.
Do quesito técnico da direção de arte e da fotografia falarei bem pouco, pois tudo que eu disser aqui pode soar como spoiler, então apenas focarei apenas em dizer que é muito brilho, muito efeito de luz, objetos de cena extremamente criativos, cenários gigantescos e tudo mais que um bom número de mágica pede e deve ter. Alguns amigos comentaram que poderia ser em 3D, discordo, pois quebraria o elo mágico que o cinema tem de nos iludir, então com isso a fotografia não economizou nem um pouco em luzes para maquiar os truques e nos iludir bonito. Com toda certeza tenho de destacar a penúltima cena que é a mais cheia de figurantes e luzes, a qual me arrepiou inteiro com o show que os mágicos dão.
Enfim, falaria horas sobre o filme e já estou até com dó dos meus amigos que irão sair comigo agora a noite, pois não sei como vou me segurar para não parar de falar dele. Muitos que forem já prontos para passar o filme inteiro tentando achar defeitos e os truques com certeza sairão bravos e não irão aproveitar toda a diversão que ele pode e irá causar se você for pronto para se divertir. Então como diria o músico Naldo (tá apelei em citar Naldo no meu texto!) se joga no filme e aproveite o espetáculo que com certeza sairá feliz da sala tendo aproveitado cada centavo pago no ingresso. Irei rever essa semana como Fernando malvado, se é que conseguirei fazer isso com algo que gosto tanto, mas deixo com essa ressalva acima toda a recomendação possível para o filme. Fico por aqui, amanhã irei conferir a única pré-estreia que surgiu pelo interior e na quinta terei um Cinecult bem atrasado, e nessa semana será somente isso, já que os demais longas não vieram pra cá. Abraços mágicos em todos e até breve pessoal.
PS: Até pensei em não dar nota máxima para o filme por diminuir o ritmo no miolo, mas não consigo ver ele com outros olhos, pelo menos hoje, então reclamem a vontade, mas não iria ficar feliz em ver um filme que esperava muito para ver nos cinemas e que cumpriu além das expectativas que criei, o que geralmente não acontece, com uma nota menor que 10 coelhos.
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Todo Mundo em Pânico 5
Não sei como ainda me impressiono quando vejo o cartaz de que sairá mais uma continuação de "Todo Mundo em Pânico". Sempre que vejo, penso as mesmas coisas: "Será que Hollywood não tem mais nada para fazer? Será que dá tanto lucro ainda? Será que só eu acho tão ruim?", mas vendo as opiniões espalhadas pela internet, vejo que mais pessoas pensam assim também e fico mais aliviado de não ser tão chato. A única coisa bacana que gosto de ver nesses filmes é quantos filmes será que vão conseguir tentar estragar, e nessa quinta versão temos desde todos os "Atividade Paranormal" até "Cisne Negro", passando por "A Origem", "Mama", "A Entidade", "Sobrenatural", "Planeta dos Macacos: A Origem", além de se auto-sacanearem Charlie Sheen e Lindsay Lohan. E você deve pensar, nossa muitos filmes bons, deve sair algo legal daí não é? Pois bem, juntou tudo isso e não saiu é nada, as boas piadas, se é que existiram, estão todas presentes já no trailer e até nos fazem rir, mas o geral é tão fraco que acabamos saindo da sala rindo mais das cenas de erros que passa durante os créditos do que com o filme em si.
A sinopse nos mostra que após passarem a noite juntos, Charlie é morto por Lindsay, que foi possuída por um demônio. Com isso os três filhos dele simplesmente desaparecem, sendo encontrados por dois amigos em uma cabana abandonada no meio da floresta. Lá duas das crianças passaram a agir de forma animalesca, obedecendo as ordens de um ser invisível para as demais pessoas a quem chamam de mama. Levados para um orfanato, não demora muito para que os três passem a viver com os tios Dan e Jody Campbell, que não gosta nem um pouco de ter que cuidar de crianças. Entretanto, para que possa ter a guarda dos sobrinhos Dan concorda que ele e a família terão que viver em uma casa repleta de câmeras de vigilância. É lá que estranhos eventos acontecem, tendo a misteriosa mama como responsável.
Pronto, você leu a sinopse, assistiu o trailer no final desse texto, pronto pode ir dormir tranquilamente e economizar seu rico dinheiro que gastaria vendo o filme no cinema, espere passar na TV que com toda certeza você irá ficar mais feliz, ou melhor, só veja se não estiver passando mais nada que seja útil, ou melhor ainda vá ler um livro. Não digo que você não irá rir na sessão ou na sua casa com alguns absurdos que colocaram, mas está longe de ser algo que valha a pena, diferentemente do que vimos no primeiro e no segundo filme da franquia. A forma que sacaneiam os filmes acaba soando tão chula e escolhido as partes de alguns que já eram ruins nos seus originais, que apenas olhamos e soltamos um mísero sorrisinho de canto de boca. Além disso, o diretor Malcolm D. Lee parece nem saber o que está fazendo, colocando a câmera cada hora numa posição diferente do padrão que a cena pediria, ou seja, além de ruim de história é um absurdo de planos que desesperaria qualquer técnico de cinema.
Falar das atuações num filme ruim é algo que me pesa, pois não tem o que falar senão que todos até se esforçam para tentar agradar um pouco, mas com o roteiro beirando o ridículo em tudo fica difícil demais ser agradável para o publico. Então vou considerar todos ruins, tirando Terry Crews que sempre faz os mesmos papéis, então já sabemos o que esperar dele, Erica Ash que tem as cenas menos ruins e Ashley Tisdale que se esforça para não patinar tanto aparecendo o filme inteiro. Do restante até tentei tirar algum proveito, mas é muito difícil.
Como o longa trabalha com muitos filmes, outro ponto interessante está na cenografia, que é bem reconhecida para quem assistiu todos os filmes citados, então nesse quesito é um dos poucos pontos positivos que dá pra assimilar que pelo menos alguém da equipe técnica trabalhou bastante, no caso a equipe de arte. A fotografia aparentou estar em constante briga com a equipe de efeitos especiais, pois nas cenas que necessitava estar escuro para o efeito ficar bacana, estava uma claridade imensa, e onde precisava estar claro para mostrar algo mais pontual dos efeitos, a fotografia jogava o tom mais escuro possível. Além disso, os efeitos mesmo estando em briga constante como disse, são de nível que até eu que não sei mexer muito no AfterEffects conseguiria fazer melhor.
Enfim, é mais um produto tosco que Hollywood tenta empurrar goela abaixo e tendo custado apenas 14 milhões e já rendido quase 73 milhões até hoje, com certeza devem continuar fazendo mais e mais, afinal todo produtor que se preze não quer nem saber se o filme é bom, quer é dinheiro no bolso. Não recomendo ele para ninguém afinal como falei no início é gastar dinheiro à toa, mas se tiver algum ingresso sobrando aí que esteja no fim da validade e quiser rir de algumas besteiras, tente dar uma volta no shopping e entrar no final da sessão para ver os erros nos créditos. Fico por aqui encerrando a semana cinematográfica um pouco tarde dessa vez, mas sexta-feira já estaremos de volta com novos filmes por aqui, então abraços e até lá pessoal.
A sinopse nos mostra que após passarem a noite juntos, Charlie é morto por Lindsay, que foi possuída por um demônio. Com isso os três filhos dele simplesmente desaparecem, sendo encontrados por dois amigos em uma cabana abandonada no meio da floresta. Lá duas das crianças passaram a agir de forma animalesca, obedecendo as ordens de um ser invisível para as demais pessoas a quem chamam de mama. Levados para um orfanato, não demora muito para que os três passem a viver com os tios Dan e Jody Campbell, que não gosta nem um pouco de ter que cuidar de crianças. Entretanto, para que possa ter a guarda dos sobrinhos Dan concorda que ele e a família terão que viver em uma casa repleta de câmeras de vigilância. É lá que estranhos eventos acontecem, tendo a misteriosa mama como responsável.
Pronto, você leu a sinopse, assistiu o trailer no final desse texto, pronto pode ir dormir tranquilamente e economizar seu rico dinheiro que gastaria vendo o filme no cinema, espere passar na TV que com toda certeza você irá ficar mais feliz, ou melhor, só veja se não estiver passando mais nada que seja útil, ou melhor ainda vá ler um livro. Não digo que você não irá rir na sessão ou na sua casa com alguns absurdos que colocaram, mas está longe de ser algo que valha a pena, diferentemente do que vimos no primeiro e no segundo filme da franquia. A forma que sacaneiam os filmes acaba soando tão chula e escolhido as partes de alguns que já eram ruins nos seus originais, que apenas olhamos e soltamos um mísero sorrisinho de canto de boca. Além disso, o diretor Malcolm D. Lee parece nem saber o que está fazendo, colocando a câmera cada hora numa posição diferente do padrão que a cena pediria, ou seja, além de ruim de história é um absurdo de planos que desesperaria qualquer técnico de cinema.
Falar das atuações num filme ruim é algo que me pesa, pois não tem o que falar senão que todos até se esforçam para tentar agradar um pouco, mas com o roteiro beirando o ridículo em tudo fica difícil demais ser agradável para o publico. Então vou considerar todos ruins, tirando Terry Crews que sempre faz os mesmos papéis, então já sabemos o que esperar dele, Erica Ash que tem as cenas menos ruins e Ashley Tisdale que se esforça para não patinar tanto aparecendo o filme inteiro. Do restante até tentei tirar algum proveito, mas é muito difícil.
Como o longa trabalha com muitos filmes, outro ponto interessante está na cenografia, que é bem reconhecida para quem assistiu todos os filmes citados, então nesse quesito é um dos poucos pontos positivos que dá pra assimilar que pelo menos alguém da equipe técnica trabalhou bastante, no caso a equipe de arte. A fotografia aparentou estar em constante briga com a equipe de efeitos especiais, pois nas cenas que necessitava estar escuro para o efeito ficar bacana, estava uma claridade imensa, e onde precisava estar claro para mostrar algo mais pontual dos efeitos, a fotografia jogava o tom mais escuro possível. Além disso, os efeitos mesmo estando em briga constante como disse, são de nível que até eu que não sei mexer muito no AfterEffects conseguiria fazer melhor.
Enfim, é mais um produto tosco que Hollywood tenta empurrar goela abaixo e tendo custado apenas 14 milhões e já rendido quase 73 milhões até hoje, com certeza devem continuar fazendo mais e mais, afinal todo produtor que se preze não quer nem saber se o filme é bom, quer é dinheiro no bolso. Não recomendo ele para ninguém afinal como falei no início é gastar dinheiro à toa, mas se tiver algum ingresso sobrando aí que esteja no fim da validade e quiser rir de algumas besteiras, tente dar uma volta no shopping e entrar no final da sessão para ver os erros nos créditos. Fico por aqui encerrando a semana cinematográfica um pouco tarde dessa vez, mas sexta-feira já estaremos de volta com novos filmes por aqui, então abraços e até lá pessoal.