Olhar o pôster de "Diana" e não levar um choque é algo difícil de não ocorrer, pois já é notável a caracterização minuciosa que conseguiram fazer com Naomi Watts de forma a muitos terem quase certeza de que a própria foi levantada do túmulo para filmar. Mas a frase colocada logo no centro também do pôster já diz tudo o que acabou irritando muitos dos críticos que meteram o pau no filme, pois a maioria queria um longa da época princesa de Lady Di e não seu momento celebridade que é mostrado nele durante seus dois últimos anos de vida. E com uma visão romantizada, bonita e gostosa de se ver num filme bem light, ele acaba sendo mais relaxante e gostoso de ver para o público em geral do que para os amigos críticos que preferem algo mais polêmico e trabalhado. E como sou do contra na maioria das vezes, acabei gostando bastante do que vi e mesmo não sendo um grande fã da princesa na época de sua morte, na cena final senti uma certa tristeza e até ouvi alguns dos poucos espectadores da sala chorando.
O longa irá abordar o relacionamento de Lady Di com o cirurgião paquistanês Hasnat Khan, que é descrito no livro "As Crônicas de Diana", de Tina Brown, como o grande amor da vida dela. Os dois se conheceram em 1995, quando Diana visitou um amigo que havia sido operado no Hospital Royal Brompton, onde Khan trabalhava, e estiveram juntos por dois anos. A relação terminou poucos meses antes do acidente que vitimou a Princesa de Galles, em agosto de 1997. Na ocasião, ela já estava se relacionando com o milionário Dodi Fayed, que também morreu no acidente.
O filme não traz nada revelador demais que qualquer pessoa que soubesse ler ou tivesse assistido uma TV na época da morte de Diana não tenha ouvido falar, mas é bacana ficar com uma sinopse bem sucinta, para poder aproveitar o fundo de romance que é criado no melhor estilo de filmes românticos como manda a tradição por completo, e isso é bacana, pois não andam fazendo mais romances nesse estilo nos cinemas, sempre optando ou por levadas mais non-senses ou caindo na tradicional comédia romântica, em que ambos os gêneros acabam saindo um pouco da realidade tradicional de realmente ter brigas de casal e tudo mais. O diretor alemão Oliver Hirschbiegel soube trabalhar os planos de forma poética e com uma leveza que se não lesse em sua biografia sua nacionalidade poderia jurar que era francês, pois a linguagem utilizada e inclusive a escolha de algumas músicas certamente leva a essa conclusão. E não acho isso um erro, muito pelo contrário, acabou deixando na medida para agradar tanto casais que forem assistir quanto quem quiser ver a personificação mais íntima da mulher que praticamente sabíamos de tudo, já que era mais seguida de paparazzis que tudo.
Posso estar adiantado demais, mas acredito potencialmente em mais uma indicação para Naomi Watts, pois sua incorporação de personagem, o que não deve ter sido tão difícil já que como disse e todos sabemos Diana era presença diária na TV, é incrível e mostra uma veracidade muito envolvente com sua atuação, de forma a sentirmos suas dores, sua paixão real pelo doutor e tudo mais que a atriz conseguiu transmitir de forma brilhante e muito caracterizada pela equipe de maquiagem. Naveen Andrews é outro que tomou um photoshop da maquiagem total, pois após assistir ao filme ou até mesmo o trailer, deem uma pesquisada nas fotos do cidadão pela internet e vejam se não é outro ator que está no filme, mas tirando esse lance com o visual do ator, ele se demonstra bem dinâmico nos trejeitos e agrada bastante nas cenas de diálogo onde mostra personalidade e habilidade para papéis dramáticos. Dos demais atores, a maioria faz pequenas pontas em cenas espalhadas, valendo destacar apenas algumas cenas de fofocas bem atuadas de Juliet Stevenson que faz uma grande amiga de Diana.
Filmes biográficos costumam trabalhar bem o visual e aqui não é nem um pouco diferente, contando com ótimos cenários mostrando toda a pompa real que Diana tinha e visitando lugares impressionantes mesmo que muito pobres, mas cheio de elementos de visual riquíssimo para a cenografia do filme. Além disso como é notável já no pôster, um trabalho impressionante da equipe de maquiagem e figurino, que pode talvez ganhar no mínimo uma indicação aos prêmios. A fotografia também aproveitou de tons claros para dar leveza à trama e conseguiu aliar aos cenários doçura para as cenas que precisavam e mesmo não pesando no tom colocar dramaticidade nas mais fortes.
Enfim, não é um filme biográfico memorável, mas funciona muito bem como um romance gostoso de assistir. Poderiam ter apelado tanto mais para o sentimental ou até para um possível complô para dar fim na protagonista como muitos sugerem que aconteceu, mas aí haveria muitos problemas pro lado dos produtores, então é melhor ficarem mais tranquilos e sorridentes com a adaptação do livro apenas. Como disse no início recomendo ele mais para pessoas que gostem de romances que sairão da sala do cinema satisfeitas, já quem esperava ver algo mais polêmico do que o que era mostrado na TV na época, desista, pois não quiseram entrar nessa vertente. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas ainda temos muito pra conferir nos próximos dias, então abraços e até breve.
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