Acho interessante quando vou ao cinema num blockbuster sem esperar muita coisa dele, pois geralmente filmes de heróis não são minhas primeiras opções. Mas depois de um fantástico "Os Vingadores", qualquer nova super produção da Marvel, milhares já ficam esperando por algo que venha pelo menos satisfatório, e em "Thor 2 - O Mundo Sombrio", logo que foi anunciado Alan Taylor que fez da série "Game of Thrones" algo mais cultuado que os próprios livros, o nível do longa já ganhava uma perspectiva maior ainda. Pois bem, hoje após assistir posso dizer que a escolha do diretor foi bem acertada, já que deu um ritmo com muito mais ação do que o primeiro filme do herói mitológico, ele soube ainda manter toda a ótima comicidade que fez do filme "Os Vingadores" um sucesso maior ainda, mas os roteiristas esqueceram um pouco do legado mitológico que o herói faz parte, que poderia ser um pouco mais explorado ao invés de tudo ligar com a ciência. Mas isso é um mero detalhe, que não atrapalha nem um pouco a diversão e tudo mais que o longa proporciona e deve ser mais um recorde de bilheterias para a Marvel.
O filme nos mostra que enquanto Thor liderava as últimas batalhas para conquistar a paz entre os Nove Reinos, o maldito elfo negro Malekith acordava de um longo sono, sedento de vingança e louco para levar todos para a escuridão eterna. Alertado do perigo por Odin, nosso herói precisa contar com a ajuda dos companheiros Volstagg, Sif, entre outros, e até de seu irmão, o traiçoeiro Loki, em um plano audacioso para salvar o universo do grande mal. Mas os caminhos de Thor e da amada Jane Foster se cruzam novamente e, dessa vez, a vida dela está realmente em perigo.
A história montada é bem interessante tanto para quem é fã dos quadrinhos quanto para quem gosta apenas de uma boa diversão nos cinemas, e só de ser assim já é algo que valha a pena, pois consegue lidar bem com o público que for assistir não necessite exageradamente de nenhum conhecimento fora do que está sendo mostrado pra ele. Porém, os que conhecem um pouco dos quadrinhos, ou até mesmo de Mitologia, acabará vendo alguns furos que felizmente não atrapalharam a boa trama criada para ilustrar tanto eventos bem antigos, como os eventos que passaram logo depois da guerra travada em Nova York pelos grandes heróis. A forma cômica presente em diversos personagens é um acerto imenso para o filme, afinal de que adianta uma história séria, se os protagonistas não possuem cara de sérios? E isso só aumenta a diversão na sala de cinema. O diretor que é muito acostumado com séries de TV adotou um ritmo quase de sitcom, adaptando as cenas em tomadas bem rápidas e dinâmicas de forma que quem der meia cochilada com certeza vai perder algo do filme, mas não perderá a essência já que assim como as séries, a parte primordial sempre é retomada. Agora se durante todo o filme não é obrigatório conhecer nada dos quadrinhos, na primeira cena extra após os créditos iniciais é essencial que ou você conheça algo, ou vá com alguém bem experiente na área, no meu caso optei pela segunda opção e levei meu amigo Ivan Gagliardi que é especialista em quadrinhos, e após o filme já me explicou exatamente quem é o personagem e toda a ligação que ele vai ter em "Os Guardiões da Galáxia", filme da Marvel que irá estrear ano que vem. Quanto da segunda cena extra no final dos créditos é apenas mais uma brincadeira assim como acabou acontecendo nos EUA ou nos DVDs.
As atuações também foram bem melhoradas nesse novo filme, de forma que os diálogos foram todos bem trabalhados para que a história fosse contada e não ficasse dependente apenas de grandes imagens. Chris Hemsworth vem evoluindo muito nos últimos filmes que tem trabalhado, seja fazendo o herói ou qualquer outro papel, e isso é algo que vale a pena ser visto, pois ao incorporar personagens que não necessitem exclusivamente de pulos e socos, ele poderia acabar ficando sem emprego, mas optou por evoluir e mesmo como super-herói já conseguiu trabalhar bem com trejeitos e entonações interpretativas que fazem algumas cenas suas serem bacanas de observar os diálogos também e não só as lutas. Natalie Portman, assim como no primeiro filme, acaba virando uma coadjuvante de luxo, e mesmo tentando a colocar em mais cenas chaves, ela não consegue exercer um papel que chegue nem perto do que a atriz sabe fazer melhor, o que é uma pena, mas mesmo assim algumas cenas suas acabam agradando por servir de algum elo entre os demais personagens. Tom Hiddleston novamente consegue roubar a cena com sua magnífica interpretação de Loki, fazendo o tom de sarcasmo sua marca registrada e colocando sua magia ilusionista a toda prova, deixando os espectadores mais confusos a cada momento, e já voto assim como muitos já pediram também, um filme onde seja o protagonista principal, contando a história dele. Anthony Hopkins teve uma participação maior dessa vez e conseguiu agradar com seu Odin, oscilando bem no humor e trejeitos nervosos. Christopher Eccleston faz um Mallekit interessante, mas ainda muito longe de ser um vilão extremamente malvado que ficássemos com nervoso com algo que faz, porém agrada tanto na entonação vocal que fica bem interessante observar seus diálogos. Embora o filme tenha um excessivo número de coadjuvantes de luxo, todos fazem muito bem e agradam na medida, destacando bem o elo cômico humano com Kat Dennings, Stellan Skarsgård e Jonathan Howard.
O visual da trama está muito interessante com uma cenografia de tirar o chapéu nos 4 mundos por onde o filme passa. Com elementos cênicos bem alocados sem exageros, o filme agrada, mas poderia como disse no começo ter ligações mais mitológicas que ficaria bem interessante. Agora o grande feito do filme foi ter trabalhado com uma fotografia de cores marcantes de forma que mesmo o título do filme sendo sombrio, conseguimos ter cores vivas e chamativas. Mas sem dúvida a melhor cena visual é a hora que o vermelho domina a tela e praticamente tudo fica quase uma história em quadrinhos gigante. Quanto do 3D, o filme conta com boas cenas de profundidade e vários elementos saltantes que servem mais para entreter do que como conteúdo do filme, no geral quem for mais exigente quanto da tecnologia e prefira mais coisas voando, talvez fique um pouco decepcionado, mas quanto de campo de visão, mesmo nos elementos computacionais, é possível ver bem distante sem embaçar nada na tela.
Enfim, é um bom filme que vai agradar tanto os fãs da Marvel quanto quem quiser ver um bom filme de ação ficcional no cinema, então é diversão garantida em toda sua duração e recomendo a todos que confira nas melhores salas possíveis, pois como tem muita guerra e ação cheia de barulhos, então quanto maior a tela e o equipamento de som melhor para acompanhar e divertir. Fico por aqui agora, mas ainda hoje irei conferir uma pré-estréia de um possível candidato ao Oscar, vamos ver se vai valer a pena mesmo. Então abraços e até mais tarde.
3 comentários:
Oláaaa!
Não tive a mesma sorte que voce, nao levei ninguem que conhecia a historia para me explicar. Será que voce poderia explicar as duas cenas extras!?
beijos e obrigada!
Olá Thais, contar muito por aqui seria dar spoiler, e não sou fã disso, mas a primeira apenas mostra o personagem do Colecionador, que vai ter uma participação significativa no "Guardiões da Galáxia" recebendo algo. E a segunda é apenas uma comicidade normal dos filmes da Marvel, sendo apenas divertido por mostrar a personagem de Natalie Portman desesperada pelo sumiço e o bichão lá saltitando, nada demais que faça valer esperar quem estiver com pressa para ir ao banheiro ou embora do cinema. Abraços!
thor pode voar sem o martelo?ele é imortal?ele é o mais poderozo e mais forte da marvel de todos certo?como aquele demonio bateu no martelo dele o jogando pro lado se só o thor pode levantalo ou movelo?e como esse msm demonio surrou ele se thor é mais forte e mais poderozo? me passa seu msm pra nois trocar ideia
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