É engraçado quando analisamos os estúdios americanos de cinema, pois alguns que são responsáveis por grandes clássicos, onde o primor tecnológico se equipara bastante às suas histórias, tem seguido ultimamente uma vertente mais voltada às finanças, e com isso filmes que seriam lançados exclusivamente para as TVs, acabam sendo lançados nos cinemas, com pouca ou quase nenhuma história nova, mas que acabam até divertindo e dando um público bem razoável, ou seja, fazendo com que eles façam mais filmes ainda desse estilo. Quando lançou nos cinemas "Aviões" em Setembro de 2013 num teste de colocar algo que já estava pronto para sair no Disney Channel, a surpresa dos executivos foi de uma bilheteria bem rentável, e sua continuação "Aviões 2 - Heróis do Fogo ao Resgate" que já estava sendo desenvolvida então já foi acelerada e colocada nas datas de lançamento desse ano. Funcionando como uma homenagem aos bombeiros que dão suas vidas para salvar tantas outras, o longa até é interessante visualmente, mas peca em ser singelo demais, não trabalhando tanto uma história para ser desenvolvida ou até mesmo algo que entretece mais o público, ficando marcado apenas como uma história bonita de ver, mas que não vai ser lembrada por algo como costumam ser as demais produções da Disney.
A animação traz uma equipe de aviões de combate a incêndios com a missão de proteger o histórico Parque Nacional de Piston Peak de um grande incêndio. Quando o famoso avião corredor Dusty nota que seu motor está danificado, ele precisa mudar de ofício e passa a atuar no mundo aéreo do combate a incêndios. Dusty se junta ao veterano helicóptero Blade Ranger e sua corajosa equipe aérea. Unida, a corajosa equipe luta contra um enorme incêndio, e Dusty aprende o que é necessário para se tornar um verdadeiro herói.
O filme em si pode até agradar quem for esperando ver um desenho comum como os que vê na TV, mas quem for esperando algo que vá realmente entreter as crianças pode sair um pouco frustrado da sessão. Como costumo avaliar nas animações, principalmente em sessões lotadas de crianças, verifico se a garotada ficou sentada quieta, sem muito choro e afins, e dessa vez mesmo com poltronas extremamente confortáveis, muitos ficaram se movendo ou chorando, ou seja, não conseguiu prender a atenção completa do público alvo. Se formos parar para contextualizar o filme, até vamos gostar, rir e até emocionar com algumas situações, mas está bem longe de ser uma animação comovente do estilo que tem sido lançado nos cinemas atualmente, claro que assim como o primeiro filme, esse vai trazer um enorme retorno financeiro para os estúdios, mas o trabalho aqui podemos dizer que foi mais corrido para lançar e menos cauteloso ao se pesquisar, pois uma continuação com menos de 1 ano de prazo, para uma animação que costuma demorar muito tempo para ser feita, é algo que temos de considerar também.
Mas também não podemos falar que ver o filme é um desperdício de tempo, pois como disse no início, o funcionamento dele como uma homenagem aos bombeiros, que já é descrito logo no início do filme, é algo muito bonito de se ver, e encaixou na trama de uma forma simples e bem feita. Todos os personagens estão modelados de forma a agradar visualmente e simbolizar cada ato de heroísmo como um fator de nobreza e sensibilidade que foi bem trabalhado na trama. O diretor que foi responsável por diversos outros filmes televisivos, e até seu último também passado nos cinemas "Tinkerbell e o Segredo das Fadas" tem uma percepção interessante para entreter, usando bons elementos para realçar cada traço e segurando a trama consistentemente, porém se tivessem desenvolvido um pouco mais com toda certeza seria até melhor que o primeiro e quem sabe igualaria ao sucesso que foi o primeiro "Carros", mas como já havia até dito para alguns amigos quando os convidei para ir ao evento do cinema, é apenas um desenhinho gostoso de ver, e mais nada além disso, então com certeza algumas crianças e pais ficarão bem felizes com o que verão, enquanto outros saíram apenas satisfeitos de terem visto um desenho bem feito.
Agora se temos um bom ponto a valorizar foi no quesito dublagem, que a cada animação tem sido feita de uma forma melhor que a outra. Aqui os encaixes com expressões que estão na moda como "beijinho no ombro", "sabe de nada inocente", entre outras acabaram ficando muito divertidas de acompanhar e fez de cada personagem algo diferenciado e interessante de ver. De ator/dublador mais conhecido dentre o público normal está Tata Werneck que deu algumas boas pitadas para sua personagem Dipper que nos mostrou cenas bem engraçadas. O personagem Dustin ficou um pouco mais nivelado por baixo dessa vez, e mesmo sendo o protagonista, acabou não tendo tanto destaque como aconteceu no primeiro filme, acredito que por sua história já ter sido envolvente, agora o que importava era toda a equipe de salvamento mais do que seus problemas pessoais em si. Os carrinhos paraquedistas são bem divertidos e encaixaram bem na trama agradando ver suas maluquices para fazer seu serviço. Um grande destaque está na alta criatividade dos diversos estilos de carrinhos que estão na inauguração do hotel, realmente um deslumbre visual que deve ter dado muito trabalho para a equipe de desenho.
O visual do filme ficou no mesmo nível anterior, sem muita percepção nítida de um desenho tridimensional, e também com poucas texturas, mas realçando bem os traços de forma a agradar nas cenas mais tensas. Então visualmente temos noção de espaço ao menos, mas sem muita preocupação com modelagem, trabalhando mais no desenho gráfico em si. E falando da tecnologia 3D, já estou quase definindo um novo significado para os 3Ds: "Desnecessário Desembolsar Dinheiro", pois temos raros momentos de profundidade, e algum ou outro elemento saltante, então quase que se ficarmos sem o óculos veremos apenas alguns borrões, mas sem atrapalhar quase nada no filme.
Musicalmente o longa também não desaponta, usando de canções bem encaixadas para cada momento e levantando a tensão nas cenas que necessitam de algo a mais para nos envolver, então a sensação de estar acompanhando algo agradável aumenta ainda mais com o que é apresentado, ou seja, souberam pontuar bem nos acordes, misturando ritmos como rock e baladinhas para cada momento específico.
Enfim, não é a melhor animação que já vi, mas agrada pela ideologia apresentada tanto como homenagem quanto como um bom filme que seria sucesso na TV e nas locadoras, claro que nos cinemas também terão muitos frequentadores, afinal ainda temos algumas crianças de férias, e os pais estão com poucas opções para levar elas para passear, então até serve para tentar entreter a galerinha, mas não é algo que eu fale valer a pena completamente em desembolsar dinheiro com ele, mas para quem for, fica a dica de levar em salas tradicionais ao invés das sessões mais caras em 3D. Esse era o último filme que faltava conferir das estreias da semana, mas hoje ainda irei conferir uma pré-estreia que surgiu por todo o país, então amanhã comento o que achei dela aqui no site, então abraços e até breve pessoal.
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