O filme nos mostra que o aventureiro Peter Quill se vê como alvo de uma caçada imparável depois de roubar uma esfera misteriosa desejada por Ronan, um poderoso vilão ambicioso que ameaça todo o universo. Para fugir do perigo, Quill é forçado a se unir com o quarteto de desajustados - Rocket, um guaxinim atirador; Groot, uma árvore humanóide; a sombria e mortal Gamora; e o vingador Drax, o Destruidor. Mas Quill descobre que a esfera possui um poder capaz de mudar os rumos do universo, e então ele deve fazer o seu melhor para unir seu grupo e juntos protegerem a galáxia.
Mais uma vez eu digo, não sou leitor de HQs e muito menos fãs de filmes de heróis, então vou analisar apenas como alguém que gosta de bons filmes, e o que o diretor James Gunn nos entrega aqui é algo de tirar o chapéu, pois confesso estava totalmente incrédulo do longa, pois ao ver os primeiros trailers estava achando o apelo cômico exagerado demais, e juntamente com a combinação de personagens que falei no fim do primeiro parágrafo, poderia julgar que não iria de forma alguma gostar do que veria, mas como um amigo viciado em HQs sempre em nossas conversas dizia que esse era o estilo mesmo da equipe e que aparentava estar bem dentro do que deveria apresentar, acabei ficando mais tranquilo para ir conferir. Pois bem, hoje posso dizer que a forma escolhida para explorar esse universo novo de "super-heróis", que ironicamente todos são fora-da-lei, não teria maneira melhor, utilizando a todo momento de muita irreverência e ambientando sempre com ótimas sacadas e trabalhando bem nos enquadramentos para não ficar apenas como uma comédia boba, mas uma aventura completamente encaixada com os anseios mais primordiais de um longa que se passa no espaço com muitos personagens diferenciados, ângulos de câmera para ninguém botar defeito de cansaço por falta de ritmo, e trabalhando o roteiro com todo envolvimento para que a história se desenvolvesse, tivesse uma credibilidade, fechasse o círculo e ainda nos deixasse com água na boca por uma breve continuação, que já tem até data de estreia marcada para Julho de 2017.
Um ponto mais que positivo para o longa foi na escolha dos atores, pois cada personagem tem um jeito completamente seu e único de ser, que caiu como uma luva para cada um. E por incrível que pareça o destaque principal é para Bradley Cooper com seu guaxinim Rocket que está numa irreverência impressionantemente divertida, e mesmo sendo notável a computação gráfica, quase podemos dizer que se víssemos um animal do estilo falando amanhã iríamos seguir ele pra ver se aprontaria as mesmas peripécias que ficaram perfeitas no filme, um show de dublagem e computação juntas. Chris Pratt chega como um protagonista completamente livre para desenvolver e agrada sendo quase que um ser comum, trabalhando bem trejeitos e interpretações sutis para agradar e nos convencer do personagem que ele é, tanto que na cena em que é finalmente chamado pelo nome que deseja, ali também é o ponto que acabamos convencidos de que ele é quem é, e isso num filme é muito bom de conferir. Zoe Saldana já está acostumada a fazer personagens diferenciados que lutam, correm e tudo mais, e aqui novamente acerta no teor que a personagem pede e agrada bastante, talvez pudesse apenas segurar melhor o tom de alguns diálogos, mas em momento algum atrapalha o andamento. Dave Bautista faz de sua força física algo interessante para criar um personagem oposto quase que mais burro que a própria árvore, e isso acaba soando tão gostoso de ver que diverte e encaixa bem, de forma que o ator que inicialmente parecia não estar encaixado na trupe, encontra rapidamente uma brecha e acaba agradando bastante. Lee Pace não consegue entrar pro hall dos vilões que amamos ver, mas trabalhou de uma forma tão sombria de uma maneira bem sólida e pausada nos diálogos que acaba chamando a atenção pro personagem, claro que gostaríamos de ver muito mais maldade nas telas, mas não foi a intenção que quiseram imprimir no primeiro filme. Não acompanhei se Vin Diesel fez alguma captura de movimento ou apenas dublou o personagem Groot, pois se fez apenas voz, podemos dizer que não fez absolutamente nada, mas se botou o corpão para fazer todos os movimentos, aí sim ficou algo sensacional, pois o personagem tem características marcantes para agradar qualquer um, mesmo falando apenas sempre as mesmas 3 palavras, sua cena pré-final é emocionante e envolvente, juntamente com a final que agrada por ser bonitinha. Além dos protagonistas podemos destacar também as boas participações de Michael Rooker, fazendo um personagem completamente caricato mas que nos chama bastante atenção pelo que faz e nas três cenas que mostra interpretação de diálogos acaba agradando bastante, e mesmo sendo bem rápida as cenas com Benício Del Toro são divertidas e bem colocadas na trama, e aviso para esperarem os créditos para ver a cena antológica dele que quem via muitos filmes nos anos 80-90 vai lembrar do personagem que aparece. O vilão Thanos interpretado por Josh Brolin foi algo muito curto e deve servir mais de base nos outros filmes, e Glenn Close também não fez algo que poderíamos ficar felizes com sua rápida participação no longa, mas no geral todos os demais acabaram fazendo coisas bacanas na tela.
Outro grande acerto no longa foram as diretrizes visuais que foram encaixadas na trama, pois temos muitos elementos que fazem diversas referências a outros filmes, aparatos que estão presentes na tela prontos para serem encaixados a cada ato, nada está apenas jogado na tela, de forma que olhamos algo perdido num canto, logo está servindo de arma ou está sendo montado, ou acaba sendo jogado para o público, num trabalho artístico impressionante que envolveu tanto da cenografia real como da digital um primor técnico impressionante, envolvendo toda a equipe de figurino com maquiagem encaixando tudo na medida certa para não ficarmos nem com um filme pesado de formas subjetivas muito menos um filme jogado apenas para satisfazer os fãs. O trabalho da equipe de fotografia também soube regular as cores fortes dos figurinos contrastando sempre com filtros encaixados para cada ato, dando o teor mais sombrio quando o vilão está em cena, ou puxando totalmente para cores claras nos momentos onde a comicidade rola solta, ou seja, perfeição completa nas escolhas.
Quanto do 3D do filme, não posso dizer que foi algo que me envolveu tanto, mas também não é algo que não valha a pena ver, temos muitas cenas com imersão de profundidade, cenas em movimento de câmera com primeira pessoa para colocar o espectador junto do filme e também diversos momentos com algumas coisas saindo da tela, mas poderiam ter explorado sim mais a tecnologia já que é um filme com muita ação e acabaria ficando bem encaixado mais tecnologia ainda na trama. Porém os efeitos foram precisos nos momentos que precisariam ocorrer e de forma totalmente convincente.
Agora o grande ápice da trama fica por conta das escolhas musicais de Tyler Bates, que botou os anos 80-90 na agulha do walkman do protagonista e fez um filme com uma característica única por envolver o ritmo certo para cada ato com a música perfeita para representar, ou seja, um primor nas escolhas de clássicos que marcaram uma época agradando sem precedentes tanto ao fazer rir com o encaixe, como nas atitudes que vão decorrendo a partir delas. Com toda certeza podemos colocar como um diferenciador completo dentro do longa, pois qualquer outro estilo escolhido não daria o mesmo resultado.
Enfim, falei demais, claro que sem dar spoilers, afinal não gosto disso, e recomendo muito a trama para todos, inclusive para os que não forem tão amantes de longas de super-heróis, pois a puxada cômica é tão envolvente que vai agradar até alguns que julgam esse estilo como algo voltado apenas para um grupo de pessoas mais joviais. E claro é mais um dos longas que lembraremos ao final do ano como um dos melhores do ano, pois ficou encaixado na medida certa. Não irei dar a nota máxima para o filme somente por achar que poderiam ter trabalhado um pouco mais o vilão e os efeitos 3D, mas caso tivesse notas quebradas com toda certeza seria um filme com 9,5 coelhos. Bem essa foi a única estreia da semana no interior, mas como terei uma pré-estreia por aqui para conferir, volto ainda mais uma vez no fim de semana com um novo post, então deixo aqui apenas meus abraços e um até breve pessoal.
2 comentários:
Bom primeiramente quero dar parabens pelo seu blog acompanho sempre suas criticas em relaçao aos filmes,esse guardioes da galaxia realmente fico muito bom,mas um otimo filme da marvel em relaçao ao 3d nao vi ainda,falando em 3d queria saber sua opiniao sobre o recente imax uci do ribeirao shopping vale apena?
Olá amigo! Obrigado pelos parabéns, pelo menos um vício que serviu pra algo não é mesmo rsss!! Quanto ao 3D do Imax do UCI, por enquanto assisti apenas 2 filmes lá: "Como Treinar Seu Dragão 2" e "Transformers: A Era da Extinção", o primeiro foi bem bacana pelos vôos, o segundo já foi sensacional pela quantidade de efeitos. A sala tem um grandioso efeito 3D por ser 2 projetores, diferentemente das demais salas, então temos algo mais intenso, mas tem de acertar bem o local para sentar, pois ela é muito inclinada então se pegar muito pra cima capaz de o efeito não ser tão agradável. Costumo ficar na F, G ou H. Espero ter ajudado. Abraços!
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