Já venho enaltecendo há algum tempo que bons filmes de animação têm surgido cada vez mais de países onde nem imaginávamos existir alguém fazendo desenhos, e agora eis que surge a Coréia do Sul, claro que em coprodução com EUA e Canadá para ter mais visibilidade, mas como a maior parte da equipe é do país do músico Psy, podemos dizer que "O Que Será de Nozes" mostra que a técnica dos olhos puxados está dominando por trás de uma história tradicional dos parques canadense/americanos.
O filme nos mostra que após ser expulso de um parque na cidade grande, o teimoso esquilo Surly(que no Brasil sai com o nome Max) precisa encontrar outros meios para sobreviver. Sua sorte parece mudar quando ele descobre que muito perto dele está a Maury's Nut Store, uma loja com nozes, castanhas, amêndoas... tudo o que Surly sempre sonhou. Agora, o esquilo vai reunir todos os seus amigos para pensar em um jeito de invadir o estabelecimento e roubar toda a comida.
Acho divertido quando mudam nomes de personagens nas animações, pois sempre ao chegar de um filme e buscar as sinopses para colocar aqui fico com cara de será que ouvi o nome errado o longa inteiro? Mas não são as empresas nacionais de dublagem que gostam de inventar novas histórias. Mas tudo bem, falando do filme, a história em si é bacana de acompanhar, com diversas reviravoltas em alguns personagens, vários momentos tentando mostrar alguns moralismos, e até alguns momentos divertidos, claro que todos usando de apelos para puxar o riso da criançada, como peidos, arrotos e pancadarias, que são os modos mais fáceis de fazer com que a criançada entre no clima, já que hoje é assim que levam as vidas. A montagem da história é envolvente, mas não cria nada de novo talvez até a ideia original tenha nascido com o filme "A Era do Gelo", mas o que sabemos é que o longa veio proveniente de um curta muito premiado em 2007.
Os personagens em si possuem características que conseguem chamar a atenção tanto dos pequeninos quanto dos mais velhos que forem aos cinemas, mas a ideologia é tão infantilizada e junto com uma dublagem tão forçada nas gírias nacionais, que talvez até alguns adolescentes saiam do cinema incomodados com a apelação usada. Além disso, mesmo sendo um filme 3D não temos tantas texturas nos personagens, claro que isso já estamos mal-acostumados com o que a Pixar e a Disney nos apresenta, mas daria para terem trabalhado um pouco mais que agradaria não só as criancinhas. O herói da história, Max ou Surly dependendo da versão que assistirem, consegue amarrar nossos olhos sempre pra ele, devido principalmente a sua cor diferenciada dos demais e isso é um fator interessante que vale a pena ser pensado, pois como não tem um grande carisma, por ser meio que um anti-herói logo no começo, acabaria desaparecendo frente aos demais, então essa foi uma boa sacada para prestarmos atenção nele. A mocinha da história ficou fraca demais e não nos convence a nada, faltou dinâmica no personagem e trabalhar mais nas emoções. O ratinho amigo do protagonista parece mais um cão de tão abobado, mas ajuda a trabalhar bem a moral da amizade para as crianças. E já vi desenhos com vilões ruins, mas dessa vez o pessoal falhou feio tanto no lance mafioso do guaxinim quanto no ladrão mafioso que foi quase um enfeite de cena, tudo bem que é algo voltado para crianças, mas nem o bebê mais bobo vai ficar com medo ou bravo com nenhum dos dois.
Visualmente o longa possui elementos bem coloridos e que se encaixam bem na trama, recriando ambientes bem elaborados, como a cena da cachoeira e as dentro do porão, enquanto algumas mais simples acabam sendo bem coloridas para ilustrar a quantidade de elementos cênicos, por exemplo as do parque. E dessa forma, eles conseguem nos manter com os olhos fixos na tela durante os 85 minutos de duração sem cansar, mas também sem empolgar muito. Quanto do 3D, temos algumas cenas com um bom uso da tecnologia, mas são tão poucas que não dá quase diferença alguma no resultado passado.
A parte sonora do filme é bem convincente e agrada ao colocar ruídos em diversos momentos e usar da música mais conhecida do país em 2 momentos durante o próprio filme e para fechar com chave de ouro todos os personagens dançando Gangnam Style junto com a versão de Psy animada durante todos os créditos.
Enfim, é um filme que vale a pena ser visto para conhecer a tecnologia de outros países que não passam tanto por aqui, e para levar a criançada que acaba gostando bastante e rindo das piadas colocadas, não será nada esplendoroso de se ver, mas é possível sair feliz da sessão se for preparado para ver algo mais simples do que parecia ser no trailer. Talvez se não tivessem infantilizado tanto, teríamos um filme mais agradável para todos e não somente para as crianças, mas isso foi uma opção do diretor. Bem é isso pessoal, encerro aqui a semana que infelizmente foi curta no interior, e poderia ter sido bem mais proveitosa se tivesse vindo os 10 filmes que estrearam no Brasil, mas já estamos acostumados com isso. Fico por aqui então, voltando na quinta-feira com mais estreias, então abraços e até lá.
4 comentários:
Boa crítica, vou levar o meu irmão para ver o filme, ele tem 5 anos, espero que ele se divirta muito. E já me adiantarei quanto a expectativa do filme, pra rir junto com ele! =)
Obrigado amigo, tanto pela visita quanto por gostar da crítica, depois fale se seu irmão curtiu os bichinhos, e você também se indo com uma expectativa menor ficou ao menos feliz. Abraços!
Além de divertido The Nut Job também ensina a criança da importância do trabalho em equipe. O final ainda é mais hilariante, personagens dançam o Gangnam Style.
Olá Ale! Pois é, geralmente animações sempre procuram dar boas lições para garotada, e quando funcionam é melhor ainda. O final é bacana mesmo!! Abraços!
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