Logo que "Invocação do Mal" saiu, muitos já começaram a perguntar mais sobre a história da boneca "Annabelle", e é claro que nenhum produtor deixaria de lado a curiosidade do público sem já correr para algum roteirista e encomendar um bom roteiro. Pois bem, 392 dias após o sucesso do filme original já estamos com o spin-off pronto e assustando a galera que gosta de uma história tensa, com sustos bem colocados em momentos estratégicos para pegar você desprevenido e a indagação do motivo que levaria alguém a comprar uma boneca feia e assustadora como essa, e pasmem, a história é totalmente baseada em fatos reais, e a boneca real encontra-se trancada em um museu, onde apenas 1 padre a visita 2 vezes por mês.
O filme nos conta que tudo começou quando John Form encontra o presente perfeito para sua esposa grávida, Mia - uma boneca que usa um vestido de noiva branco. Mas a felicidade de Mia com Annabelle não dura muito. A boneca atrai membros de uma seita e o casal é violentamente atacado.
A sinopse é bem sucinta já que não podemos também falar muito sobre o longa, já que a ideologia do filme é melhor entendida assistindo e se envolvendo com o que é passado. Mas prestem bastante atenção nos sermões do padre, que o restante fica fácil e mais interessante. E claro, faça o que o diretor John R. Leonetti, que foi o diretor de fotografia do filme original, quis de nós, relaxe e se deixe assustar, afinal terror que você fica procurando erros, você acaba achando e não curte o que é passado. Claro que a história real é um pouco diferente, e consegue ser mais bizarra ainda, já que uma mãe compra para uma filha a boneca feiosa, então não consigo nem imaginar isso, apesar de que o final da história deixa no ar essa possibilidade para caso queiram continuar ele antes de ir para o "Invocação do Mal 2", mas acredito que não já que o começo do filme já é o Invocação. O que acabou faltando é mais vida à boneca, claro que seus momentos de andança são de arrepiar, mas os momentos que fica parada é quase no estilo "Atividade Paranormal" que ficamos grudados esperando acontecer algo e apenas a cara feia dela está nos encarando, então isso acaba sendo uma falha grande para envolver e assustar mais o público, mas repito quando a boneca não está parada, ou com o que vem de brinde com ela, aí o bicho pega e o cagaço vem.
Sobre a atuação, já começamos bem com a ironia que um diretor de casting quis fazer a piada pronta, chamando para protagonista uma mulher com o mesmo nome da boneca, tenho quase certeza de que deve ser algum humorista essa pessoa, mas Annabelle Wallis faz por compensar seu nome e consegue manter a tensão no olhar e de forma desesperante só vai aumentando sua performance, e ainda que não tenha nenhum momento grandioso, a cena da garagem é muitíssimo bem interpretada por ela. Ward Horton atuou de forma como se nada tivesse ocorrendo ao seu lado, e isso irrita de certa forma, pois mesmo o cara mais corajoso do mundo iria entender a mulher e tudo que estava rolando ali, no mínimo faria algo e não apenas fazendo sua residência médica, e o ator foi bem fraquinho tanto na atuação quanto nos trejeitos. Tony Amendola faz um padre bem estranho e com semblantes que se ele fosse o mal do filme acho que caberia bem para o ator, poderiam ter colocado alguém com um semblante mais sereno que acertariam mais do que o que ele fez. Alfre Woodart me lembrou um misto de Woopy e Oprah e fez mérito às boas atuações que ambas já fizeram nos cinemas, pois fez trejeitos bem encaixados e soube ser eloquente nos diálogos quando foi solicitado. Além dos protagonistas, vale o destaque para o carisma do bebê que a cada situação estava sempre risonho e bem disposto para as tomadas diferenciadas.
A equipe de arte trabalhou bem para colocar os elementos pontuados a cada canto dos cenários, e além da boneca estranha, as outras bonecas também deram um tom bem sombrio para a trama, a cena da garagem é ímpar de suspense e tudo mais agrada muito visualmente. Aliás para quem quiser conhecer a verdadeira boneca, aqui está o link. Se existia uma coisa que não tinha como falhar no filme é a fotografia, afinal como sabemos o diretor é formado nessa academia, e a cada nuance apresentada com a mistura de luzes piscando, sombras e sustos vindo do nada só vemos acerto em cima de acerto. Os efeitos visuais não foram lá os melhores que já vimos, afinal optaram por usar menos computação gráfica para dar mais realismo nas cenas, mas o velho estilo de assustar até que funcionou bem.
Todo terror que se preze não pode falhar com a trilha sonora, e mais uma vez a tarefa ficou a cargo de Joseph Bishara que sabe dosar o nível de tensão na medida para não atrapalhar nunca o ritmo de um filme. Mas como disse já uma vez, preferia ver mais movimento no espírito da boneca que ficar ouvindo a sonoridade olhando pra ela, esperando algo e sabendo que vou assustar na sequência com o que virá, então quase toda hora parando com isso chega a cansar um pouco.
Enfim, é um bom filme de terror, mas que por ser parte de um todo, e o filme que foi descendente ser uma das melhores obras do ano passado, a responsabilidade acabou sendo alta demais para ser cumprida logo de cara, e como sabemos o diretor não é um grande nome que pudesse fazer algo surpreendente, vide seus filmes anteriores "Mortal Kombat: Aniquilação" e "Efeito Borboleta 2", ou seja, vai lhe dar alguns sustos, isso eu garanto, mas não vai te deixar borrado de medo com o que verá na tela. Bem é isso pessoal, fico por aqui agora, mas esse foi apenas o começo da semana cinematográfica recheada que teremos. Então abraços e até mais.
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