Bom, todos aqui sabem que uma das minhas animações favoritas é belga, e novamente da Bélgica proveio um filme com uma temática bem simples e que talvez alguns até achem bobo demais, mas inegavelmente esse pessoal sabe como fazer boas animações em 3D e "A Mansão Mágica" é pra calar todos que disserem que não enxergam os efeitos de uma sessão mais cara, ou que não conseguem se divertir com as coisas jogadas para fora da tela. E além disso, sem dúvida alguma é notável a alegria que o longa deixou nas crianças na sala, pois com a equação bem simples: mágica + 3D jogando coisas na cara delas + animais falantes = diversão garantida. Só faltou colocar músicas cantarolantes que aí viraria o desenho do ano.
O filme nos mostra que ao ser abandonado pela família, o gato Trovão se refugia na misteriosa mansão de Leonardo, um mágico fora do comum que vive com um grupo de animais com poderes surpreendentes. Quando Leonardo é hospitalizado por conta de um acidente de bicicleta, seu ambicioso sobrinho aproveita-se da situação para tentar vender a mansão sem o seu consentimento. Mas Trovão tem uma ideia fantástica: transformar a mansão em uma casa mal-assombrada!
O misto de temas do roteiro até que é interessante, pois envolve mágico aposentado que faz show para crianças doentes, animais abandonados, herdeiro de família que quer dar fim ao passado somente para fazer dinheiro. E todos esses temas polêmicos foram trabalhados de uma maneira tão doce que acaba divertindo, e trabalhando inconscientemente a ideologia das crianças que acabam ficando felizes com o que é passado, mas ao mesmo tempo acabam aprendendo sempre algo, além de que para os pais que forem levar os filhos não vão apenas ver piadas bobas jogadas ao vento. Pois bem, após fazer "As Aventuras de Sammy" e "Sammy: A Grande Fuga" cá está novamente Ben Stassen dirigindo uma animação cheia de nuances visuais incríveis, e quem já leu minhas críticas sobre esses dois outros filmes dele, sabe que ele não falha no quesito botar o 3D para valer o dinheiro de quem está pagando a mais por isso. Não sabia que o filme era dele junto de Jeremy Degruson que estreia na direção, mas foi diretor de arte do Sammy, mas não parei sequer de falar um minuto do filme, nossa que 3D bom, que efeitos, e tudo mais a respeito da tecnologia, agora vendo os nomes, ficou mais do que explicado e prova que o diretor é o cara nesse quesito. Claro que não é um filme que nos comove e emociona tanto como o das tartaruguinhas, mas diverte tanto ou mais pela questão mágica que é colocado.
Os personagens possuem uma modelagem bem feita, mas nada que seja impressionante, ao menos vemos boas características em cada um e diferente do que alguns vem tentando a amostragem é para parecer desenho mesmo e não humanizar tanto ao ponto de quase virar realidade. Com o auxílio da tecnologia, os personagens possuem dimensões e isso é bacana de ver, mas a todo momento algo está presente para provar que não estamos num live-action. O gatinho Trovão é bem esperto e com seu jeito agradável de ser faz com que torçamos por ele e para que suas aventuras funcionem, e isso é bacana, pois faz tempo que não temos um protagonista mais carismático que os secundários nas animações, e todos os demais ficam sempre abaixo dele seja na diversão ou nas aventuras. O coelho Zeca colocaram uma dublagem cheia de piadas nacionais para ele dizer e acredito que acabou descaracterizando um pouco ele, já que sua personalidade é de um líder durão que não aceita que outros entrem em seu habitat, mas mesmo assim suas situações são interessantes de acompanhar. O mágico Leonardo é um doce só e agrada bastante seus trejeitos da idade e claro suas mágicas. O sobrinho Daniel faz bem a vez de vilão, mas é abobalhado demais para ficarmos torcendo para o seu mal, claro que as crianças vibram quando ele se ferra, mas faz parte. Um dos personagens que talvez deva ter dado trabalho e acabou sendo menos usado do que deveria é a lampadinha LED que acabou ficando bem de segundo plano no longa. Todos os possíveis compradores da mansão são bem cômicos e acabam nos divertindo bastante, destacando claro os trejeitos americanizados da Mama Rosa e as loucuras do casal estranho. Os demais todos acabaram tendo participações carismáticas, mas nada que fosse chamativo demais.
Visualmente o longa é bem colorido e agrada com suas referências visuais, claro que um filme onde a magia e as assombrações são o foco, tudo acaba servindo em cena para abrilhantar cada ato, e isso funcionou muito bem na trama. Como já disse diversas vezes no texto, o 3D é a parte mais importante da trama, com tudo saindo da tela, e dando dimensão ao filme, então não economize de forma alguma vendo o filme sem a tecnologia, já que daí a certeza de reclamar de algo é bem maior, afinal a história como já disse pode ser que você já tenha assistido à uns 10 filmes iguais, mas lhe garanto que não com uma qualidade de efeitos tridimensionais tão grande.
Enfim, é um filme extremamente bem feito que agrada bastante, só faltou um pouco mais de musicalidade para ele que acabaria perfeito. Recomendo para todos que gostem de animações e principalmente para os pais que podem levar a criançada toda num longa que é leve e bem divertido na proposta principal. Bem é isso galera, fico por aqui agora, mas volto logo mais com outro longa que estreou nessa semana, então abraços e até breve.
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