O filme nos mostra que ao terminar o ano letivo, Nicolau, seus pais e a avó viajam para o litoral para aproveitar o verão. Lá, o garoto não perde tempo. Ele faz novos amigos e ainda conhece uma menina por quem fica encantado e que acredita ser sua futura esposa. Entre a praia, o hotel e a floresta, Nicolau e sua turma se aventuram nessas férias inesquecíveis.
Recordo bem pouco do primeiro filme, mas lembro que ri muito das ideias e bagunças que o jovem se metia, e por serem bem inteligentes eram interessantíssimas, e essas sacadas ficaram faltando no novo filme. Alguns podem até achar que o motivo é a troca do protagonista, mas a verdade é que o problema está no roteiro mais adulto, e acabou que o frescor infantil até ficou implícito na trama, mas não teve o mesmo impacto bacana do anterior. Claro que ainda é um filme bem gostoso de ver com um bom desenvolvimento e cara completa de sessão da tarde, mas faltou a inocência dominar mais. Ao trabalhar demais as subtramas o diretor Laurent Tirard fez uma opção perigosa, porém acertada ao ver que somente a história familiar não se sustentaria sozinha e dessa forma, alguns personagens que nem teriam importância acabam sendo a diversão do filme no final.
Embora tenha sido o único trocado do primeiro filme, o garoto Mathéo Boisselier fez suas cenas de maneira bem sutil e adequada, respeitando a versão original feita por Maxime Godart, e isso mostra tanto sua boa atuação quanto mostrar que a direção soube manter o que deu certo no passado, e dessa forma mesmo ficando sempre como segundo plano na trama, suas desventuras junto dos outros garotos acaba sendo algo legal de acompanhar. Dos garotos vale destacar mais suas características que já são apresentadas logo que entram em cena do que as suas atuações em si, por exemplo o jovem que come tudo nos faz rir demais e o que só chora também, e até mesmo o que se impõe como mandão faz os trejeitos de forma perfeita para remeter às características do personagem, então quem sabe mais pra frente virem grandes atores de teatro ou cinema. Valérie Lemercier repetiu seu papel de mãe do protagonista, começando meio escondida, mas foi crescendo tanto na trama e na forma de atuar que ao final já ganha tanto destaque que quase vira a protagonista de tudo e isso não é ruim, pois demonstra que o que foi proposto no roteiro foi cumprido com perfeição pela atriz e assim acabou nos cativando para seu personagem de mulher moderna. Kad Merad já tem uma cara engraçada e aliado ao que foi proposto agora para o seu papel de pai que vê a mulher se destacando ficou muito bom de acompanhar, claro que de certa forma é algo não muito original, mas o ator soube fluir com naturalidade. Outra garota que vale destaque é Erja Malatier que começou com diversas referências ao filme "O Iluminado" é depois ficou dócil e divertida de ver. Dos demais poucos tiveram destaque, chamando atenção em um ou outro momento, mas sem muito o que apresentar, valendo apenas citar as referências de direção italiana exagerada no personagem feito por Luca Zingaretti.
Um grande destaque do filme ficou por conta da direção de arte que fez bonito nas escolhas de cores e decorações para cada cenário parecer único e com incrementos de forma a parecer totalmente como uma HQ e isso é maravilhoso de ver na tela. Aliado a isso, temos uma fotografia dinâmica e bem cuidadosa para que o filme fosse bem vivo e gostoso de acompanhar, com frescor e alegria mesmo nas tardes chuvosas.
Enfim, um bom exemplo de longa infantil que mesmo errando no contexto e diferenciando bem do original, ainda manteve o que de bom e sábio tem nesse estilo de filme francês, ou seja, vale a pena ser conferido. Fico por aqui agora, mas já vou para a próxima sessão de hoje, então abraços e até mais tarde.
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