Pra quem achou que não faria nenhuma pequena resenha sobre o misto de documentário e show "Backstreet Boys Show 'Em What You're Made Of" vou acabar desapontando, afinal como falei tudo que passar nos cinemas sendo algo novo que eu não tenha visto e puder ver, esse Coelho estará lá, irá conferir e virá falar para vocês o que achou. E o que posso dizer de antemão é que foi assustador ver como estou velho!!! Não dancei os hits das boybands nos anos 90, mas ouvi muito, fiz compilação das melhores canções em fitas K7 com a pirataria que existia na época (gravar diretamente do rádio torcendo para que o locutor não entrasse no meio falando algo), e claro que todos sabemos que os Backstreet Boys foram os mais famosos da época, arrebatando milhares de pessoas em shows, emplacando um sucesso atrás do outro, clipes cheios de recursos que chamavam muita atenção e por aí vai. Mas você que não é tão fã da banda, da mesma maneira que eu sabia de todos os problemas que a banda enfrentou, como o empresário deles era totalmente sanguinário a ponto de não pagar quase nada para os rapazes, e depois acabou preso por diversos crimes, conhecia aonde viveram e por aí vai? Se sua resposta for sim, significa que você era daquelas garotas que comia tudo sobre os artistas nas revistas de fofocas e o documentário apenas vai servir para você relembrar tudo, mas se a resposta foi não como espero que a maioria diga, o documentário de 2 horas vai mostrar com imagens de VHS e com muitos depoimentos deles próprios recontando como tudo aconteceu de uma maneira gostosa de acompanhar e para fechar com chave de ouro, temos um show acústico com 6 canções num show gravado no Reino Unido, mas de uma maneira tão bem feita que parece ser algo ao vivo, aonde as fãs da sessão irão cantar, dançar e algumas até filmar como se faz em show atualmente.
Analisando o longa como um documentário em si, para quem não curtia as canções na época, pode ser até que acabe achando tudo muito chato, mas o filme não foi feito com essa proposta, de atingir essa pessoa, então como foi feito para um determinado público, o resultado só pode ser um, muitos fãs curtindo cada momento e conhecendo mais como foi a vida de cada um deles, aonde viviam e os problemas pelos quais passaram. De forma que Stephen Kijak dirigiu tudo como se fosse algo bem de bastidores, mas ao saber montar de forma interessante, acabou tendo um resultado além do esperado, ou seja, um filme realmente gostoso de acompanhar e de maneira a não virar um daqueles programetes da Multishow ou MTV que procura saber mais sobre uma banda. Outro fator engraçado de ver é que não apenas nós envelhecemos nesses 20 anos, mas ao ver os vídeos antigos dos rapazes e de outras bandas da época, e como eles estão hoje, pois como eram magros e ao entrar para o show business as drogas rolavam soltas tinham em certos momentos caras de deprimidos e tudo mais, hoje já mais cheinhos e com cara de homens mesmo, podem fumar e afins que vão continuar sendo mais fortinhos.
Enfim, não tenho muito o que falar, afinal em documentários o resultado é mais em cima do conhecimento de algum fato ou de alguém, e aqui isso foi completamente bem trabalhado, agradando o público alvo e principalmente sendo fiel à estrutura da banda, ou seja, com lugares grandiosos para entrevistas, e sempre muita gente ao redor. Quanto ao show de 30 minutos final, foi algo também bem gostoso, pois acústicos costumam ser mais envolventes, e num cinema pede algo menos rebuscado, mas ainda assim cantaram as canções que marcaram época e sua nova música de trabalho que dá nome ao filme, então quem curtia a banda nos anos 90 e quiser mostrar pros filhos o que lhe fazia requebrar o esqueleto naquela época, amanhã tem mais uma chance de ver nos cinemas que estão exibindo, em Ribeirão Preto terá sessão as 18hs no UCI e as 21hs no Cinemark. Bem é isso pessoal, recomendo muito o longa e o show para todos, claro que não é um estilo que leva muitas pessoas para os cinemas, mas já foi um prato cheio para aqueles que não forem nos shows ao vivo que vão rolar em breve. Fico por aqui, mas volto na Terça com o Festival Indie, então abraços e até breve.
PS: Só não dei nota máxima pelo motivo de faltar algo a mais na edição para que o longa funcionasse além dos fãs, pois como disse no outro documentário musical que vi nessa semana, eu nem conhecia o cantor e acabei me apaixonando por tudo que foi mostrado, e aqui como conhecia bem as canções da banda, desejava ver algo a mais.
PS2: Aliás como essa semana está bem musical, um detalhe interessante ao conectar o que vi hoje com o filme de ontem "Danny Collins - Não Olhe Para Trás", podemos ver que a garotada de hoje não conhece o estilo Backstreet Boys, e os shows deles estão com um público já mais velhinho de 30-40-50 anos, então espero ver algo renovado vindo deles, senão a chance do longa de ontem ser a próxima história dos cantores da banda é bem alta.
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