É tão bom quando você vai ao cinema preparado para xingar possuindo uma certeza de que estragaram um dos filmes mais bacanas de terror, afinal seu diretor favorito não é quem dirige, e sai da sessão extremamente feliz que viu que o roteirista honrou realmente sua história e fez algo no mesmo nível, quiçá até melhor! E posso dizer isso de "Sobrenatural - A Origem" com todas as letras, afinal se tem um estilo que costumo pegar no pé quando erram é o tal do terror, afinal para ser bom nesse gênero, não faz mal que entupa seu filme de clichês, mas sim que assuste, faça você pular da poltrona, arrepie com algumas cenas, e até ria em alguns momentos por besteiras que coloquem na trama, e se o filme consegue inserir tudo isso numa única trama, temos de tirar o chapéu e curtir com toda certeza, pois não é todo dia que temos bons filmes do gênero. Claro que o longa não é o estilo que mais agrada os fãs de terror que preferem monstrengos matadores em filmes de terror à espíritos demoníacos estranhos, mas quem for fã do segundo estilo, certamente sairá feliz da sala, e quem tiver visto o primeiro filme de 2010 e o segundo de 2013, que não são necessários para ver esse, sairá ainda mais contente com as aparições dos personagens, e principalmente com a cena de fechamento.
A sinopse em si é bem simples e nos mostra que Elise Rainier é uma médium que quase contra vontade, concorda em usar sua habilidade em contatar os mortos para ajudar uma adolescente que tem sido alvo de uma perigosa entidade sobrenatural.
Assim como é sucinta a sinopse, também tenho que falar que o longa mesmo chamando no Brasil como "A Origem", ainda acredito que se o roteirista original dos três filmes e agora diretor desse novo quiser no Capítulo 4, já que originalmente se chama "Chapter 3" na maioria dos países, fazer a história da jovem Elise e como ela passou a brigar com o espírito que lhe persegue, dará ainda uma ótima história, mas como as distribuidoras brasileiras gostam de colocar os termos "Origem", "Último" e "Final" em tudo que é lançado, vamos assim adotar aqui. Falando sobre a ideologia que Leigh Whannel criou há mais de 5 anos, podemos dizer que ele sempre largou pontinhas nos seus textos para que fossem sendo amarradas, e cuidadosamente, ele nos vai contextualizando tudo, prendendo nossa atenção para algo, e aí a tradição dos filmes de terror vem repentinamente e faz com que quem esteja prestando muita atenção na cena, pule da cadeira! Claro que muitos odeiam esse estilo, e particularmente, eu sou um desses quando não há um bom propósito na cena, mas confesso que hoje as cenas em que usou dessa linguagem foram tão bem feitas e inesperadamente invertidas ao tradicional, que valeram a pena, e digo mais, quem não assustar numa das primeiras cenas, sem dúvida a mais forte, pode sair da sessão e desistir, pois não é seu estilo de filme. Dito isso, o que vemos nessa nova história criada por Whannel é algo bem interessante para mostrar esses entes malignos que perseguem algumas pessoas, e ao trabalhar bem a desenvoltura da médium, a história ficou bacana de ser contada e vista sobre uma ótica diferente do que o excesso familiar dos outros dois filmes. É evidente que James Wan fez dois excelentes filmes, e particularmente eu estava com os dois pés atrás por não ser ele que estaria dirigindo esse novo capítulo por estar com "Velozes e Furiosos 7", e principalmente por ser a estreia de Whannel no comando das câmeras, e ainda por cima mantendo o roteiro como seu, e ainda estando à frente das câmeras já que tanto nos outros dois filmes já era um dos atores secundários, e agora vemos como ele acabou conhecendo a protagonista dos três. Mas contrariando todas as pedras que levei para tacar no filme, a satisfação foi tão grande pelo estilo próprio que ele mostrou de cores, densidade cênica, ângulos e tudo mais no estilo de conduzir, que posso certamente confiar que um quarto filme na sua mão irá funcionar bem. Uma sugestão completamente maluca seria, Wan ir para frente e Whannel para trás, tendo Capítulos 4 e 5!
No quesito atuação, geralmente atores de longas de terror costumam sair muito mal nas expressões, porém diferentemente do que costuma ocorrer que colocam atores em primeiros trabalhos, aqui foram mais cautelosos e escolheram até que bons atores, e certamente o resultado visto foi outro. Stefanie Scott trabalhou bem tanto o lado assustado de sua Quinn quanto o lado assustador quando possuída, e isso é bacana de ver, pois geralmente os atores sentem um certo desvio de personalidade quando atuam em terrores e não conseguem mostrar o seu medo frente ao desconhecido, e dessa maneira a jovem atriz saiu-se bem na maioria das cenas, claro que poderia em algumas entonações dos diálogos chamar mais atenção, mas suas expressões compensaram esses erros. Lin Shaye já pode dizer que o filme é seu após três protagonizações, claro que nos dois primeiros sua Elise ainda disputava o cargo com os demais, mas aqui deram preferência para as suas cenas, e a atriz veterana não desperdiçou um momento sequer, colocando personalidade, explosão de expressões (até lutar a jovem senhora de 62 anos mandou ver), e dessa maneira agradou bastante com o que fez, se tirarem ela de qualquer continuação certamente vão arrumar conflito com o público, então deem seus pulos. Dermot Mulroney até tenta mostrar uma certa preocupação com seu Sean, mas ficou muito omisso como pai e mesmo ao andar no apartamento superior ficou descrente demais da situação, o que é uma certa falha para longas de terror, então precisaria melhorar mais seu modo de agir e principalmente seus semblantes frente ao medo. Angus Sampson e o diretor Leigh Whannel continuam sendo a dupla dinâmica de caça-fantasmas Tucker e Specs, e aqui foram dignamente apresentados no melhor estilo como eram antes de trabalhar com Elise, e ficaram bem bacanas seus trejeitos medrosos, até mais do que nos outros filmes, e dessa maneira funcionaram bem como válvula de respiro frente à tudo que estava ocorrendo. Outro que merece os parabéns, mas que tradicionalmente sem maquiagem não iríamos conhecer de forma alguma é Michael Reed Mackay, pois ao entrar dentro do personagem assombroso do Homem Que Não Conseguia Respirar, ele deu boas nuances assustadoras e mesmo sem bater papo com os protagonistas, conseguiu se expressar muito bem.
Sobre o conceito visual da trama, temos tudo do mais tradicional, pois ao invés de uma casa mal-assombrada, agora temos um prédio inteiro com histórico ruim, e um grande acerto da trama foi colocar diversos elementos cênicos como pontos importantes de observação, então reparem sempre nos detalhes que o diretor incita dando close, que na sequência aquilo vai ser importante para algo, e aliado à isso, trabalhou muito com cores, assim como já foi de praxe nos capítulos anteriores, dando destaque à tons de vermelho para representar os símbolos mais interessantes de elo entre os dois mundos, e juntamente com isso trabalhando essas cenas do além com um verde azulado bem bacana, e claro como usado nos outros também, a famosa lanterna para guiar a protagonista na escuridão das trevas, e dessa vez, ela veio bem bonita com um tom de azul forte e interessante. Além de bons elementos da equipe cênica, que entraram certeiros nos momentos mais precisos, um bom longa de terror só funciona se escurecer tudo e formos surpreendidos ao esforçar a vista para enxergar no meio da escuridão e de lá surgir algo, isso é o clichê máximo, mas funciona sempre, e aqui o diretor de fotografia soube dosar os tons de uma maneira muito bem interessante para não ficarmos com um filme duro e que abusaria somente disso, mas criou todo um ambiente bem denso e gostoso de vivenciar.
Claro que a sonoplastia de filmes de terror tem toda uma simbologia, e em diversos momentos já ficamos até preparados para o susto iminente com o decorrer da trilha, e Joseph Bishara que já estamos tão acostumados com trilhas para diversos longas do gênero não decepciona junto da equipe de sons que não mantiveram tão forte o "tec tec" dos longas anteriores do equipamento usado pela médium, mas aqui trabalharam mais com o barulho do respiro ofegante da entidade.
Enfim, novamente a tática de ir ao cinema não esperando nada, ou até pronto para atirar pedras funcionou, e acabei gostando até demais do que me foi mostrado na tela do cinema, e ainda mais felizmente peguei uma sessão sem jovens infantis que costumam atrapalhar toda a tensão que o gênero pede. Portanto recomendo que procurem horários não tão no fim do dia, que é quando esse pessoal frequenta as salas, e certamente quem gosta do estilo terror de espíritos, vai sair bem feliz (se é essa a palavra para definir passar medo ou assustar com o que vê, e gostar) com o que verá. Fico por aqui com o único filme que veio além do que já assisti na pré de terça-feira, então volto somente na próxima quinta, se não tiver entrado em estado caótico de tanta abstinência, com a torcida para que apareça uma boa quantidade de longas. Então abraços e até semana que vem pessoal.
sexta-feira, 31 de julho de 2015
quarta-feira, 29 de julho de 2015
Magic Mike XXL
Se você ler a crítica que fiz do primeiro filme no dia 06/11/2012 vai ver o quanto eu "gostei" do primeiro filme, afinal era um longa mais dramático, cheio de nuances confusas e o estilo tradicional de Soderbergh que misturado a querer somente o suspiro das mulheres conseguiu chegar a lugar nenhum. Pois bem, passados quase três anos, Soderbergh resolveu que não iria dirigir a continuação, e seria somente diretor de fotografia com seu pseudônimo Peter Andrews, e entregou o cargo para seu amigo e assistente em diversas outras produções Gregory Jacobs, e o que ele fez com a história de Reid Carolin, que já havia escrito o primeiro filme também? Praticamente uma comédia com muito mais vida, história, diversão, suspiro para as mulheres e principalmente, praticamente abdicou a chatice das drogas do primeiro filme, o que foi um dos pontos mais positivos, e dessa maneira "Magic Mike XXL" entrega um longa que passa voando e agrada em muitos pontos como filme, além claro, de deixar a mulherada louca.
O filme reencontra os Reis de Tampa prontos para jogar a toalha. A história tem início três anos após Mike ter deixado a vida de stripper para trás, porém, eles querem que a despedida aconteça de um jeito bem peculiar: incendiando a casa com uma última performance arrasadora em Myrtle Beach, com a presença do lendário Magic Mike. No caminho para o último show, uma parada estratégica em Jacksonville e Savannah para rever velhos conhecidos e fazer novas amizades, Mike e os garotos aprendem novos movimentos e sacodem o passado de forma surpreendente.
Uma coisa a falar sobre o filme é certa, se o primeiro custou 7 milhões e arrecadou 167 milhões durante todo o tempo que ficou em cartaz, esse que gastaram 14 e apenas estreando em poucos países já ganhou 115, podem esperar pelo terceiro em breve. E dito esses números, podemos dizer que o roteirista Reid Carolin sofreu e muito para remontar sua história, já que com Matthew McConaughey e Alex Pettyfer de fora, já que um ficou caro e o outro teve desavenças com outros atores, então teve que trabalhar uma história inicial para remover eles da trupe, e olha que a maneira que foi escolhida foi bem satisfatória com a ideologia do personagem. E feito isso, o trabalho de composição da história ficou menos dramático e cansativo, afinal sabemos que esse mundo não é as mil maravilhas, mas quando a fantasia tem a proposta de divertir, como é o caso que muitas mulheres vão pagar para ver esse estilo de filme, para que então filosofar sobre drogas, sobre a vida amorosa e tudo mais, se podemos fazer um longa mais caricato sobre o que os pagantes do filme querem ver? E com essa ideologia, o longa consegue agradar e ainda trabalhar alguns conceitos morais sobre o que as mulheres querem, sobre o que vale na vida se é fantasiar algo que você já conhece ou fazer o que gosta de uma maneira nova, e até pontuar certas ideologias sobre reconquistas de amizades antigas, o que acaba tornando o filme para quem for ver sem o intuito de apenas ver homens rebolando, um resultado até que bem interessante, ou seja, se Jacobs conseguiu conquistar o público da TV e ganhar um Emmy, agora certamente escolheu um filão interessante para trabalhar na direção de longas, pois acertou a mão em cheio no estilo. Claro que o filme possui defeitos técnicos, principalmente na montagem, aonde Soderbergh botou novamente sua mão, aonde alguns pontos vão prontos a acontecer e de repente com um corte brusco já estamos em outra cena sem desenvolver a anterior, para exemplificar ocorre na última cena da praia, e na cena da casa das senhoras esse estilo feio de corte, mas como bem sabemos precisaram de tempo para as danças, então poderiam ter sido mais subjetivos e menos forçados nessas cenas.
Sobre a atuação, Channing Tatum já mostrou em diversos outros filmes que tem melhorado bastante nas suas expressões e claro que mesmo num filme aonde o seu Mike só necessitaria dançar para chamar atenção, ele conseguiu imprimir de certa forma alguns trejeitos e já ficamos esperando para o que pode fazer em seu próximo papel, agora de super-herói. Assim como Tatum, Stephen Boss mostrou que dança muito e basicamente, como o emprego de seu Malik era somente isso, acabou fazendo bem, claro que poderia ter um pouco de diálogo para mostrar se sabe atuar, mas como disse no parágrafo anterior, essa não era a proposta do longa. Novamente coube a Joe Manganiello a maior parte das piadas sobre tamanho do documento de seu Ritchie, e ao desenvolver essa postura, ele teve acertadamente um papel bem pontual na trama, funcionando bem mais do que no primeiro filme que serviu apenas de figura, ainda não é algo que possamos falar que seja metade das boas interpretações que já teve na carreira, mas ao menos não decepcionou. Matt Bomer conseguiu surpreender de apenas um rostinho bonito para alguém que canta, e bem, e dessa maneira seu Ken já pode ser chamado para algum musical que promete não desapontar nem as moças que forem ver ele pela beleza e muito menos no gogó para dar interpretação às canções. Assim como Bomer, Donald Glover também encaixou bom tom na sua cantoria, e de certa forma mostrou um jeito diferente da tradicional "cantada" com seu Andre, o que agradou certamente. O lutador e ator Kevin Nash está bem velho, mas ainda assim, mostrou boa comicidade para o seu Tarzan e além de estar sempre pronto para os textos mais bem encaixados, ainda teve assim como no primeiro filme, a cena mais engraçada e estilosa de strip. Sobre as mulheres do filme, não sei se ficaram com medo de trabalhar mais o conceito romantizado e envolver o relacionamento da personagem Zoe de Amber Heard Depp(nem sabia que tinha casado com o Johnny!!) com Mike, e embora tivesse seu momento de consulta temperamental na cozinha e depois ser utilizada na dança, não foram muito longe e nem deram muito texto para que ela desenvolvesse sua expressividade característica, o que de certo modo também pode ser uma falha do filme, mas como mulheres não eram o ponto forte da trama, tanto ela quanto Jada Pinkett Smith com sua Rome acabaram escondidas, mas Jada ainda saiu-se melhor, pois teve uma participação mais envolvente tanto em seu castelo quanto como MC da apresentação dos rapazes, e dessa maneira empolgou ao menos. Os demais até possuem de certa forma algumas boas cenas como Adam Rodriguez com seu Tito, mas ficaram bem para segundo plano, então vamos parar por aqui.
Sobre o visual, escolheram até que boas locações para desenvolver o filme e isso é bacana de ver numa produção, pois diferente do que aconteceu no primeiro filme que tudo parecia meio psicodélico, aqui tudo foi pensado com um propósito determinante, como o Castelo de Rome todo pronto como um clube para mulheres realmente cheio de efeitos, o food-truck interessante com uma proposta diferenciada, passando pela casa das senhoras aonde os vinhos serviram para o tom da conversa, e até mesmo o hotel da convenção teve seus elementos bem usados para proporcionar um show realmente como deveria, e assim mesmo que a ideia inicial era de um road-movie que acabou sendo abandonado no meio do caminho para ir para outros rumos, souberam determinar cada ato de uma maneira pronta e bem feita. A fotografia também abusou menos de efeitos piscantes e luzes, para algo mais tradicional e centrado na proposta que queriam, mas ainda com muito dinamismo nos momentos de dança, o filme conseguiu ter movimento e não cansar, ou seja, mesmo não sendo sua a direção, certamente Soderbergh foi autorizado a dar contexto próprio no estilo de filmagem, para que nesse quesito não houvesse erro algum.
Com uma trilha sonora de tirar o chapéu, o filme agradou demais, e o melhor é que ela não funcionou apenas para dar ritmo à trama, mas em diversos momentos foi usada como composição de cena, então cada ato foi encaixado com uma canção, ou mix de canções, próprias para divertir e simbolizar o que a cena queria passar, destaque nesse sentido de simbolização para a cena que usaram Backstreet Boys e para o momento em que Matt Bomer canta "Heaven". E antes que me peçam, segue o link para ouvirem as excelentes escolhas musicais que foram inseridas.
Enfim, muitos vão falar que fiquei maluco com a nota, mas como sempre digo, se o longa cumpre com a proposta que veio a ser feito, ele já andou metade do caminho, se possui uma história bem colocada, caminhou mais alguns passos, e se o restante se encaixa porque não dar então uma nota boa para o filme. Claro que também necessito pontuar os defeitos e assim sendo também não posso dar uma nota excelente para o longa, mas confesso que me surpreendi com o que vi, e de certa maneira até recomendo para quem for acompanhar alguma mulher mais assanhada que só quer ver os corpos rebolantes dos atores, que certamente vai conseguir se divertir com a história passada também. Claro que não recomendo para os homens que forem assistir, que tente fazer comparações e inventem de performar depois para suas digníssimas companheiras, pois o vexame pode ser grande, portanto aqueles que forem acompanhar elas, apenas vejam, escutem depois elas todas assanhadas e façam que não viram nada demais e está tudo certo. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje novamente agradecendo a parceria com o pessoal da Difusora FM 91,3Mhz de Ribeirão Preto por poder conferir o longa na pré-estreia exclusiva que lotou e agradou a todos que foram convidados, e volto na quinta com a outra estreia da semana, então abraços e até breve.
O filme reencontra os Reis de Tampa prontos para jogar a toalha. A história tem início três anos após Mike ter deixado a vida de stripper para trás, porém, eles querem que a despedida aconteça de um jeito bem peculiar: incendiando a casa com uma última performance arrasadora em Myrtle Beach, com a presença do lendário Magic Mike. No caminho para o último show, uma parada estratégica em Jacksonville e Savannah para rever velhos conhecidos e fazer novas amizades, Mike e os garotos aprendem novos movimentos e sacodem o passado de forma surpreendente.
Uma coisa a falar sobre o filme é certa, se o primeiro custou 7 milhões e arrecadou 167 milhões durante todo o tempo que ficou em cartaz, esse que gastaram 14 e apenas estreando em poucos países já ganhou 115, podem esperar pelo terceiro em breve. E dito esses números, podemos dizer que o roteirista Reid Carolin sofreu e muito para remontar sua história, já que com Matthew McConaughey e Alex Pettyfer de fora, já que um ficou caro e o outro teve desavenças com outros atores, então teve que trabalhar uma história inicial para remover eles da trupe, e olha que a maneira que foi escolhida foi bem satisfatória com a ideologia do personagem. E feito isso, o trabalho de composição da história ficou menos dramático e cansativo, afinal sabemos que esse mundo não é as mil maravilhas, mas quando a fantasia tem a proposta de divertir, como é o caso que muitas mulheres vão pagar para ver esse estilo de filme, para que então filosofar sobre drogas, sobre a vida amorosa e tudo mais, se podemos fazer um longa mais caricato sobre o que os pagantes do filme querem ver? E com essa ideologia, o longa consegue agradar e ainda trabalhar alguns conceitos morais sobre o que as mulheres querem, sobre o que vale na vida se é fantasiar algo que você já conhece ou fazer o que gosta de uma maneira nova, e até pontuar certas ideologias sobre reconquistas de amizades antigas, o que acaba tornando o filme para quem for ver sem o intuito de apenas ver homens rebolando, um resultado até que bem interessante, ou seja, se Jacobs conseguiu conquistar o público da TV e ganhar um Emmy, agora certamente escolheu um filão interessante para trabalhar na direção de longas, pois acertou a mão em cheio no estilo. Claro que o filme possui defeitos técnicos, principalmente na montagem, aonde Soderbergh botou novamente sua mão, aonde alguns pontos vão prontos a acontecer e de repente com um corte brusco já estamos em outra cena sem desenvolver a anterior, para exemplificar ocorre na última cena da praia, e na cena da casa das senhoras esse estilo feio de corte, mas como bem sabemos precisaram de tempo para as danças, então poderiam ter sido mais subjetivos e menos forçados nessas cenas.
Sobre a atuação, Channing Tatum já mostrou em diversos outros filmes que tem melhorado bastante nas suas expressões e claro que mesmo num filme aonde o seu Mike só necessitaria dançar para chamar atenção, ele conseguiu imprimir de certa forma alguns trejeitos e já ficamos esperando para o que pode fazer em seu próximo papel, agora de super-herói. Assim como Tatum, Stephen Boss mostrou que dança muito e basicamente, como o emprego de seu Malik era somente isso, acabou fazendo bem, claro que poderia ter um pouco de diálogo para mostrar se sabe atuar, mas como disse no parágrafo anterior, essa não era a proposta do longa. Novamente coube a Joe Manganiello a maior parte das piadas sobre tamanho do documento de seu Ritchie, e ao desenvolver essa postura, ele teve acertadamente um papel bem pontual na trama, funcionando bem mais do que no primeiro filme que serviu apenas de figura, ainda não é algo que possamos falar que seja metade das boas interpretações que já teve na carreira, mas ao menos não decepcionou. Matt Bomer conseguiu surpreender de apenas um rostinho bonito para alguém que canta, e bem, e dessa maneira seu Ken já pode ser chamado para algum musical que promete não desapontar nem as moças que forem ver ele pela beleza e muito menos no gogó para dar interpretação às canções. Assim como Bomer, Donald Glover também encaixou bom tom na sua cantoria, e de certa forma mostrou um jeito diferente da tradicional "cantada" com seu Andre, o que agradou certamente. O lutador e ator Kevin Nash está bem velho, mas ainda assim, mostrou boa comicidade para o seu Tarzan e além de estar sempre pronto para os textos mais bem encaixados, ainda teve assim como no primeiro filme, a cena mais engraçada e estilosa de strip. Sobre as mulheres do filme, não sei se ficaram com medo de trabalhar mais o conceito romantizado e envolver o relacionamento da personagem Zoe de Amber Heard Depp(nem sabia que tinha casado com o Johnny!!) com Mike, e embora tivesse seu momento de consulta temperamental na cozinha e depois ser utilizada na dança, não foram muito longe e nem deram muito texto para que ela desenvolvesse sua expressividade característica, o que de certo modo também pode ser uma falha do filme, mas como mulheres não eram o ponto forte da trama, tanto ela quanto Jada Pinkett Smith com sua Rome acabaram escondidas, mas Jada ainda saiu-se melhor, pois teve uma participação mais envolvente tanto em seu castelo quanto como MC da apresentação dos rapazes, e dessa maneira empolgou ao menos. Os demais até possuem de certa forma algumas boas cenas como Adam Rodriguez com seu Tito, mas ficaram bem para segundo plano, então vamos parar por aqui.
Sobre o visual, escolheram até que boas locações para desenvolver o filme e isso é bacana de ver numa produção, pois diferente do que aconteceu no primeiro filme que tudo parecia meio psicodélico, aqui tudo foi pensado com um propósito determinante, como o Castelo de Rome todo pronto como um clube para mulheres realmente cheio de efeitos, o food-truck interessante com uma proposta diferenciada, passando pela casa das senhoras aonde os vinhos serviram para o tom da conversa, e até mesmo o hotel da convenção teve seus elementos bem usados para proporcionar um show realmente como deveria, e assim mesmo que a ideia inicial era de um road-movie que acabou sendo abandonado no meio do caminho para ir para outros rumos, souberam determinar cada ato de uma maneira pronta e bem feita. A fotografia também abusou menos de efeitos piscantes e luzes, para algo mais tradicional e centrado na proposta que queriam, mas ainda com muito dinamismo nos momentos de dança, o filme conseguiu ter movimento e não cansar, ou seja, mesmo não sendo sua a direção, certamente Soderbergh foi autorizado a dar contexto próprio no estilo de filmagem, para que nesse quesito não houvesse erro algum.
Com uma trilha sonora de tirar o chapéu, o filme agradou demais, e o melhor é que ela não funcionou apenas para dar ritmo à trama, mas em diversos momentos foi usada como composição de cena, então cada ato foi encaixado com uma canção, ou mix de canções, próprias para divertir e simbolizar o que a cena queria passar, destaque nesse sentido de simbolização para a cena que usaram Backstreet Boys e para o momento em que Matt Bomer canta "Heaven". E antes que me peçam, segue o link para ouvirem as excelentes escolhas musicais que foram inseridas.
Enfim, muitos vão falar que fiquei maluco com a nota, mas como sempre digo, se o longa cumpre com a proposta que veio a ser feito, ele já andou metade do caminho, se possui uma história bem colocada, caminhou mais alguns passos, e se o restante se encaixa porque não dar então uma nota boa para o filme. Claro que também necessito pontuar os defeitos e assim sendo também não posso dar uma nota excelente para o longa, mas confesso que me surpreendi com o que vi, e de certa maneira até recomendo para quem for acompanhar alguma mulher mais assanhada que só quer ver os corpos rebolantes dos atores, que certamente vai conseguir se divertir com a história passada também. Claro que não recomendo para os homens que forem assistir, que tente fazer comparações e inventem de performar depois para suas digníssimas companheiras, pois o vexame pode ser grande, portanto aqueles que forem acompanhar elas, apenas vejam, escutem depois elas todas assanhadas e façam que não viram nada demais e está tudo certo. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje novamente agradecendo a parceria com o pessoal da Difusora FM 91,3Mhz de Ribeirão Preto por poder conferir o longa na pré-estreia exclusiva que lotou e agradou a todos que foram convidados, e volto na quinta com a outra estreia da semana, então abraços e até breve.
domingo, 26 de julho de 2015
A Forca (The Gallows)
Ultimamente temos reclamado bastante de que o gênero terror não anda nos entregando novas histórias e apenas usando de alguns artifícios característicos para assustar o público, de modo que acabem saindo da sessão sem arrepios e medo de nada do que foi entregue. E pela história de "A Forca", poderíamos esperar algo mais contundente, afinal até conseguiram montar uma história mais envolvente e trabalharam com algo que poderia criar uma perspectiva sombria em torno do personagem principal, mas infelizmente ao exagerar no tradicional apelo da câmera na mão dos protagonistas, uso de "câmera do celular" e outros apetrechos de efeitos, o filme simples acabou esquecendo princípio mais básico de um terror: assustar. E assim acabamos saindo da sessão na dúvida de que valeu todo o marketing gratuito que conseguiram, pois ao entregar um filme simples desse não tem quem vai querer rever o filme, se tornando esquecível minutos após a sessão.
A sinopse nos mostra que há vinte anos o colégio de uma cidadezinha foi palco de uma tragédia. Um acidente grave aconteceu durante uma peça escolar e, agora, os novos estudantes planejam reencenar a peça como forma de homenagear aqueles que perderam suas vidas anos atrás. Mas os alunos logo percebem que essa é uma decisão errada com graves consequências.
É interessante ver a forma que desenvolveram o roteiro para que as junções finais ficassem bem traçadas e agradassem com a conclusão da história, e talvez se mesmo mantivessem toda essa linha de apresentação que surpreendeu no final, e inserissem um tom mais sombrio e assustador, sem ficar tanto intercalando imagens do celular, com imagens da câmera amadora, voltando a história para explicar o que ocorreu no outro cômodo e tudo mais que foi exagerado, teríamos um filme que agradaria bem mais e ainda certamente criaria um novo monstrengo para o hall dos monstros do terror, o que acabou não acontecendo. Também é bacana observar, que a produção ocorreu quase que independente inicialmente, e só no processo final das campanhas de marketing e distribuição que entraram os nomes fortes da Warner e Jason Blum que já é conhecido por outros longas de terror, então se considerarmos dessa forma, os diretores e roteiristas estreantes Travis Cluff e Chris Lofing até que souberam dosar a história para construir algo que por bem pouco não fez um filme memorável, mas aqueles que realmente apreciam uma boa história de terror, certamente verá que eles se perderam e muito no miolo da trama, pois sabiam como começar e fechar o filme, diga-se de passagem com uma amarração bem interessante, mas não tinham noção do que deveriam fazer para assustar e causar no meio do caminho, transformando o filme apenas em correria pelos corredores da escola sem chegar a lugar algum. E sendo assim, pode até ser que ganhem uma boa quantia com o filme, já que o orçamento foi baixo e como o marketing foi bem feito, muitos acabarão assistindo (apenas para pontuar, hoje na sessão em que fui, tinha muito mais gente que se somar todos os outros filmes de terror que conferi nos últimos meses), e o dinheiro virá, então caso inventem de fazer uma sequência, torço para que melhorem essa condição.
Sobre a atuação, ficou até bem fácil de escrever sobre cada um dos atores, pois utilizaram seus próprios nomes na trama, e isso certamente facilita erros na hora de chamar determinado personagem no filme, pois como já vimos em erros de produção, geralmente um chama o outro pelo nome ao invés do nome do personagem e a gafe ocorre, o que aqui passa limpo nesse quesito. Reese Mishler até almejou algumas expressões mais assustadas para o seu personagem e de certa maneira saiu-se bem como protagonista, mas a inexperiência em longas foi mais dominante do que o rostinho bonito, e dessa maneira o jovem assim como os diretores, acabou desapontando bastante, talvez o desespero fosse mais preciso do que o espanto frente à tudo que iria passar. Ryan Shoos podemos classificar como aquele incrédulo de tudo que só quer sacanear todos da faculdade e ao ficar sempre com a câmera sua voz chega em certos momentos até incomodar de modo que acabamos torcendo para que o espírito pegue logo ele para termos uma câmera mais limpa, e convenhamos que o jovem não se esforçou nem um pouco para expressar nas cenas que apareceu frente à câmera, então totalmente dispensável. Cassidy Gifford já não tinha chamado tanta atenção em "Deus Não Está Morto" e aqui caminhava rumo a não ser nem lembrada, mas esteve presente em duas das cenas mais icônicas da trama, a principal do pôster, trailer e afins, e a que a marca no seu pescoço fica muito evidente, num trabalho preciso da equipe de maquiagem, e claro que nessas cenas, botou todo seu jeito impactante para que suas expressões fossem bem vistas, então a jovem que já possui pais famosos no meio, certamente com essas duas cenas deve ganhar mais outros bons papéis em breve, mas aqui podia ainda chamar mais a atenção tranquilamente, porém era de elenco quase que secundário, então saiu-se bem. Agora Pfeifer Brown teve um longa inteiro ingrato, aonde apenas fez sorrisinhos e expressões fajutas, para ter um final glorioso e estupendo, e sem dar mais spoilers, a garota conseguiu entregar tão bem seu estilo na cena final, que assim como a peça em que era a protagonista na trama, mereceria um auditório maior para ser aplaudida, então grata surpresa para a cobradora de pênalti dos 45 minutos do segundo tempo. Dos demais todos foram bem mal usados, inclusive o ator que faz o fantasma/espírito merecia uma participação melhor, mas esqueceram dele, ou não tiveram orçamento suficiente para assustar sem errar, então deixaram ele para escanteio.
Como disse no início, um dos pontos fortes da trama ficou a cargo da produção, pois mesmo com um orçamento baixíssimo, a equipe foi esperta de escolher uma cidade bem colaborativa para que o colégio não precisasse de muitos enfeites para ficar sombrio, os elementos da peça encaixassem bem na produção e principalmente com o uso de câmeras menos robustas, afinal queriam dar um ar menos profissional para as filmagens, o que anda ocorrendo muito no mundo do terror, tudo caiu como uma luva, já que não precisavam de muito requinte. E dessa maneira todos os elementos cênicos usados, acabaram encaixando bem para que o longa ficasse envolvente, No quesito fotográfico, abusaram demais da falta de luz, o clichê máximo do gênero, e por incrível que pareça a cena que mais pega o público desprevenido possui luz demais, contrariando tudo e todos, e dessa maneira não temos que falar que o longa acertou com a iluminação "precária", pois poderiam ter feito melhor os âmbitos para que o espírito fosse mais presente do que apenas sons e poucas aparições em algumas cenas, ou seja, falharam muito no princípio básico que o gênero pede.
Enfim, podemos falar que o longa teve bem mais erros do que acertos, mas como tiveram dois grandes pontos, o marketing e a história interessante, o longa vai acabar ficando dentro de uma nota satisfatória, mas não tenho como recomendar o filme nem para os amantes do gênero, muito menos para quem não gosta, ficando bem classificado, como aquele filme que você vê num dia que não tem mais nada passando na TV e para por achar uma ou outra cena tensa que parece que vai dar em algum lugar, e só isso, então a expectativa criada para o famoso Charlie-Charlie logo mais vai ser esquecida e sequer lembraremos do filme caso não falem de uma continuação. Bem é isso pessoal, encerro aqui essa semana cinematográfica curta, mas volto em breve com uma pré que irei conferir, então abraços e até mais.
PS: Digo cena final no texto inteiro, me referindo até enquanto estamos na escola, pois a cena seguinte quase me fez dar nota 0 para o filme de tão ruim que é, e na tentativa de darem uma partida para um segundo filme, estragaram as poucas coisas boas que o longa já tinha feito.
A sinopse nos mostra que há vinte anos o colégio de uma cidadezinha foi palco de uma tragédia. Um acidente grave aconteceu durante uma peça escolar e, agora, os novos estudantes planejam reencenar a peça como forma de homenagear aqueles que perderam suas vidas anos atrás. Mas os alunos logo percebem que essa é uma decisão errada com graves consequências.
É interessante ver a forma que desenvolveram o roteiro para que as junções finais ficassem bem traçadas e agradassem com a conclusão da história, e talvez se mesmo mantivessem toda essa linha de apresentação que surpreendeu no final, e inserissem um tom mais sombrio e assustador, sem ficar tanto intercalando imagens do celular, com imagens da câmera amadora, voltando a história para explicar o que ocorreu no outro cômodo e tudo mais que foi exagerado, teríamos um filme que agradaria bem mais e ainda certamente criaria um novo monstrengo para o hall dos monstros do terror, o que acabou não acontecendo. Também é bacana observar, que a produção ocorreu quase que independente inicialmente, e só no processo final das campanhas de marketing e distribuição que entraram os nomes fortes da Warner e Jason Blum que já é conhecido por outros longas de terror, então se considerarmos dessa forma, os diretores e roteiristas estreantes Travis Cluff e Chris Lofing até que souberam dosar a história para construir algo que por bem pouco não fez um filme memorável, mas aqueles que realmente apreciam uma boa história de terror, certamente verá que eles se perderam e muito no miolo da trama, pois sabiam como começar e fechar o filme, diga-se de passagem com uma amarração bem interessante, mas não tinham noção do que deveriam fazer para assustar e causar no meio do caminho, transformando o filme apenas em correria pelos corredores da escola sem chegar a lugar algum. E sendo assim, pode até ser que ganhem uma boa quantia com o filme, já que o orçamento foi baixo e como o marketing foi bem feito, muitos acabarão assistindo (apenas para pontuar, hoje na sessão em que fui, tinha muito mais gente que se somar todos os outros filmes de terror que conferi nos últimos meses), e o dinheiro virá, então caso inventem de fazer uma sequência, torço para que melhorem essa condição.
Sobre a atuação, ficou até bem fácil de escrever sobre cada um dos atores, pois utilizaram seus próprios nomes na trama, e isso certamente facilita erros na hora de chamar determinado personagem no filme, pois como já vimos em erros de produção, geralmente um chama o outro pelo nome ao invés do nome do personagem e a gafe ocorre, o que aqui passa limpo nesse quesito. Reese Mishler até almejou algumas expressões mais assustadas para o seu personagem e de certa maneira saiu-se bem como protagonista, mas a inexperiência em longas foi mais dominante do que o rostinho bonito, e dessa maneira o jovem assim como os diretores, acabou desapontando bastante, talvez o desespero fosse mais preciso do que o espanto frente à tudo que iria passar. Ryan Shoos podemos classificar como aquele incrédulo de tudo que só quer sacanear todos da faculdade e ao ficar sempre com a câmera sua voz chega em certos momentos até incomodar de modo que acabamos torcendo para que o espírito pegue logo ele para termos uma câmera mais limpa, e convenhamos que o jovem não se esforçou nem um pouco para expressar nas cenas que apareceu frente à câmera, então totalmente dispensável. Cassidy Gifford já não tinha chamado tanta atenção em "Deus Não Está Morto" e aqui caminhava rumo a não ser nem lembrada, mas esteve presente em duas das cenas mais icônicas da trama, a principal do pôster, trailer e afins, e a que a marca no seu pescoço fica muito evidente, num trabalho preciso da equipe de maquiagem, e claro que nessas cenas, botou todo seu jeito impactante para que suas expressões fossem bem vistas, então a jovem que já possui pais famosos no meio, certamente com essas duas cenas deve ganhar mais outros bons papéis em breve, mas aqui podia ainda chamar mais a atenção tranquilamente, porém era de elenco quase que secundário, então saiu-se bem. Agora Pfeifer Brown teve um longa inteiro ingrato, aonde apenas fez sorrisinhos e expressões fajutas, para ter um final glorioso e estupendo, e sem dar mais spoilers, a garota conseguiu entregar tão bem seu estilo na cena final, que assim como a peça em que era a protagonista na trama, mereceria um auditório maior para ser aplaudida, então grata surpresa para a cobradora de pênalti dos 45 minutos do segundo tempo. Dos demais todos foram bem mal usados, inclusive o ator que faz o fantasma/espírito merecia uma participação melhor, mas esqueceram dele, ou não tiveram orçamento suficiente para assustar sem errar, então deixaram ele para escanteio.
Como disse no início, um dos pontos fortes da trama ficou a cargo da produção, pois mesmo com um orçamento baixíssimo, a equipe foi esperta de escolher uma cidade bem colaborativa para que o colégio não precisasse de muitos enfeites para ficar sombrio, os elementos da peça encaixassem bem na produção e principalmente com o uso de câmeras menos robustas, afinal queriam dar um ar menos profissional para as filmagens, o que anda ocorrendo muito no mundo do terror, tudo caiu como uma luva, já que não precisavam de muito requinte. E dessa maneira todos os elementos cênicos usados, acabaram encaixando bem para que o longa ficasse envolvente, No quesito fotográfico, abusaram demais da falta de luz, o clichê máximo do gênero, e por incrível que pareça a cena que mais pega o público desprevenido possui luz demais, contrariando tudo e todos, e dessa maneira não temos que falar que o longa acertou com a iluminação "precária", pois poderiam ter feito melhor os âmbitos para que o espírito fosse mais presente do que apenas sons e poucas aparições em algumas cenas, ou seja, falharam muito no princípio básico que o gênero pede.
Enfim, podemos falar que o longa teve bem mais erros do que acertos, mas como tiveram dois grandes pontos, o marketing e a história interessante, o longa vai acabar ficando dentro de uma nota satisfatória, mas não tenho como recomendar o filme nem para os amantes do gênero, muito menos para quem não gosta, ficando bem classificado, como aquele filme que você vê num dia que não tem mais nada passando na TV e para por achar uma ou outra cena tensa que parece que vai dar em algum lugar, e só isso, então a expectativa criada para o famoso Charlie-Charlie logo mais vai ser esquecida e sequer lembraremos do filme caso não falem de uma continuação. Bem é isso pessoal, encerro aqui essa semana cinematográfica curta, mas volto em breve com uma pré que irei conferir, então abraços e até mais.
PS: Digo cena final no texto inteiro, me referindo até enquanto estamos na escola, pois a cena seguinte quase me fez dar nota 0 para o filme de tão ruim que é, e na tentativa de darem uma partida para um segundo filme, estragaram as poucas coisas boas que o longa já tinha feito.
sábado, 25 de julho de 2015
Pixels em 3D
Cá estou novamente remando contra a maré, afinal são raros os filmes que vou na mesma levada que meus amigos críticos de grandes sites! Pois se a grande maioria está pontuando "Pixels" como um filme bobo e falando mal somente de Adam Sandler sem lembrar de todo o restante que o longa nos proporciona, eu certamente não vou falar isso, afinal mesmo sendo novo, joguei muitos jogos de Arcade, alguns em fliperamas, e outros no saudoso Atari, e posso dizer que da mesma forma que me divertia jogando, me diverti muito assistindo ao filme. E se você está com medo de não conhecer a ideologia de padrões que os jogos dessa época nos entregava, fique tranquilo, pois o filme possui um padrão de comicidade também bem simples, mas certamente vai divertir até mesmo quem nunca sequer pegou um controle de videogame na mão, com personagens bem interessantes, que certamente mereceriam mais destaque, mas como não estamos falando de um filme sobre as histórias dos games, mas sim dos jogadores de games, a ideologia vai deixar eles apenas como coadjuvantes e figurantes no longa e dessa maneira ainda vamos ter de esperar o "Detona Ralph 2" para ver mais alguma história de personagem dos jogos que curtíamos.
O filme nos mostra que quando seres intergalácticos interpretam um arquivo em vídeo com imagens de jogos de arcade clássicos como uma declaração de guerra contra eles, eles atacam a Terra usando esses jogos como modelos para suas várias ofensivas. O presidente Will Cooper busca ajuda de seu melhor amigo de infância Sam Brenner, um campeão de competições de vídeo-games nos anos 80 - e agora um instalador de home theater - para liderar uma equipe de jogadores veteranos, derrotar os alienígenas e salvar o planeta. Eles ainda vão contar com a ajuda da tenente-coronel Violet Van Patten, uma especialista em tecnologia que irá fornecer aos arcaders as armas exclusivas para lutar contra os aliens.
Muitos ficaram bravos de não terem aprofundado mais o roteiro, já que se basearam para o longa, num curta homônimo premiadíssimo de Patrick Jean, e lá toda a história do filme já foi contada, e aqui apenas alongada, mas quantos outros já não tivemos assim? Por qual motivo os produtores deveriam se arriscar em algo novo, se o curta já foi bem premiado? As respostas sempre não são ditas, afinal o público já acostumou com a tese de que se tem Sandler é ruim, e não precisam justificar mais nada, e na minha pequena opinião como produtor é que em time que já entrou em campo ganhando, jogar na retranca e usando o padrão é certeza de agradar quem for disposto a se divertir, e garanto que quem for ao cinema pronto para uma história bem divertida, com muita coisa que só vimos quando pequenos na TV e nos videogames, não vai se decepcionar. E digo que não vai ter decepção, não apenas pelo fato de que o filme é bacana, mas coloco junto a assinatura do diretor Chris Columbus, que na época do auge dos jogos arcades nos anos 80/90, escrevia grandes longas que marcaram a infância e adolescência da maioria que conheço, como "Os Goonies", "Gremlins", depois dirigiu vários outros clássicos que muitos viram milhares de vezes como os "Esqueceram de Mim", passou por uma geração mais nova com dois "Harry Potter" e um "Percy Jackson", então só por isso não iria por seu nome em risco, e trabalhou da forma como desejamos, entregando um longa para passar repetidas vezes em todos os horários da TV aberta e fechada, abusando de efeitos, personagens conhecidos e carismáticos, que muitos vão querer sair do cinema e procurar algum emulador para jogar os velhotes no computador mais próximo. Agora se precisamos pontuar um defeito da direção e do roteiro, apenas complemento o que disse no primeiro parágrafo, que os personagens principais poderiam ser os games ao invés dos jogadores, mas aí já temos um representante que já foi feito "Detona Ralph", e sua continuação já está sendo produzida para colocar mais vida nos personagens que tanto gostamos, e claro que com isso, Sandler entra em destaque, e como a maioria dos críticos de alto escalão odeiam o ator com seu jeito tradicional de pontuar suas piadas, acabaram que andam com a meta máxima de queimar o filme para que ninguém vá ver nos cinemas, mas os que gostam de uma boa diversão como é o caso deste que vos digita, saíram bem contentes com o que viram e recomendam com certeza.
Já que entrei na questão atuação, vamos falar um pouco sobre cada um dos protagonistas. Adam Sandler não muda nunca, então quem gosta vai continuar gostando dele e do seu jeito duro de atuar, e quem não gosta, não vai ser nesse filme que irá gostar dele, pois ele repete com seu Sam Brenner os mesmos problemas que sempre faz nos filmes que protagoniza, de colocar piadas sem graça nos seus diálogos e parecer o astro mais completo de Hollywood, e até ele sabe que não é mais isso faz tempo, mas ainda tem seus fãs, e de certo modo até gosto de seus filmes, mas já vou preparado para ver pouca expressão de sua parte, e com isso, as vezes me satisfaço. Falar de Peter Dinklage é estranho, pois o longa inicialmente mostra os personagens nos anos 80 e quase podia jurar que seu Eddie criança era interpretado também por ele, já que é pequenino e isso seria de certo modo uma piada bem colocada, mas não, Andrew Brambridge que o fez e mandou bem demais nas expressões, enquanto sua versão mais velha mostrou o que no pequenino ator é bom, que é trabalhar somente nos olhares mais impactantes e jogar seu diálogo sempre em tom mais irônico do que informativo, o que é muito legal de ver, porém é um fato claro que muitas cenas suas foram cortadas e isso é um pequeno problema que quem for mais exigente vai reclamar. Josh Gad até possui bons momentos como Ludlow, mas sempre forçando a barra com piadas de mal gosto, que podem até falar que já estava no roteiro e apenas caiu para ele, porém 90% dos personagens que faz são apeladores, e isso me irrita até mais do que os problemas que o povo acusa Sandler de fazer, então mesmo que rindo muito de algumas situações que se envolve, acabamos ficando mais pasmos com as bobeiras que faz do que se divertindo com ele. Kevin James de certo modo até foi bem com o seu presidente Cooper, mas um pouco abobado demais para um presidente americano, caberia mais próximo de um Brasil ou coisa do tipo, mas até que suas cenas aonde demonstra sua ingenuidade acabam sendo tão divertidas que acabamos ignorando esse fato. E para finalizar os protagonistas temos Michelle Monaghan que até entregou um certo carisma e sensualidade para sua Violet, mas como soldado ficou devendo um pouco mais de classe e posicionamento, pois ficou no ar tanto sua patente, como especialidade em fazer armas tecnológicas, e mesmo que isso não seja algo tão importante para a trama, acabou ficando estranho se compararmos seu jeito frágil na casa dela, com as atitudes no quartel. O elenco de apoio também ficou devendo bastante na interpretação, pois sempre que era necessário uma frase de efeito ou uma expressão mais forte de cada um, o que víamos era mais a indagação de o que estavam fazendo naquele momento perdidos no quadro, e isso por muito pouco não estragou o longa, afinal assim como muitas cenas de Dinklage, os secundários foram cortados ao máximo.
Sobre o conceito visual da trama, podemos dizer que a pesquisa feita para conseguir os direitos com os vários jogos foi muito bem feita, pois vemos no mínimo uns 10 jogos espalhados na cena de invasão e claro que cada um na sua característica de poucos gráficos acabaram envolvendo e ficando muito interessante de ver junto com a filmagem tradicional, pois alguns diretores até estragariam a arte tradicional dos jogos aperfeiçoando eles, arredondando e dando mais classe para o seu filme, mas Columbus certamente exigiu o máximo de pixelização possível e a equipe artística e computacional conseguiu agradar bastante com o que foi entregue, misturando junto dos atores e das locações num envolvimento bem bacana de acompanhar e se divertir com os jogos que tanto jogamos na infância, além claro de muitas cores para os pequenos que forem aos cinemas agradarem bastante com o que verão. A fotografia também não abandonou de modo algum o estilo, e procurou trabalhar bem com contraluzes para destacar os protagonistas e os jogos, deixando o restante de cena de certo modo até um pouco apagado, mas isso com a inserção da profundidade na texturização do 3D convertido, até se encaixou bem e acabou agradando bastante. E claro que ao falarmos do 3D, temos de destacar mais os efeitos de tiros, explosões pixelizadas e de certa maneira até alguns elementos vazando para fora da tela, o que fica bacana de ser visto na telona, mas aqueles mais exigentes que gostam de um longa cheio de profundidade de campo, aonde se vê objetos distantes em várias camadas provavelmente irá reclamar que o efeito não vale a pena, então é uma questão de gosto isso, mas acredito que quem for economizar vai perder o ponto forte do filme que são os efeitos explosivos em quadradinhos.
Na questão musical, a escolha de canções temas da época deram um charme retrô para o filme muito bacana e diverte nas esquetes colocadas durante todo o longa, e claro que junto dos sons clássicos dos jogos, o filme se desenvolveu até que muito bem nesse quesito, o que geralmente faltam um pouco nas comédias, e além disso a música final dos créditos "Game On" completou a trama junto com a ilustração do filme inteiro em pixels, que vale muito a pena ficar vendo.
Enfim, se você gosta de uma boa sessão pipoca com um filme divertido que quase não possui uma história, mas agrada por tudo que ocorre, passe na bombonière do seu cinema preferido e assista o longa com a certeza absoluta de que irá se divertir muito com tudo que é mostrado, agora se você é daqueles chatos que exige que todo filme tenha conteúdo e dinâmica expressiva dos atores, recomendo que pense duas vezes antes de ir, pois a certeza é de só reclamar do que irá ver. Portanto dessa maneira deixo a minha recomendação dizendo que curti demais o que foi mostrado, e pessoalmente mesmo não sendo extremamente fã de Sandler, Gad e outros do elenco, saí bem contente com tudo. Bem é isso pessoal, fico por aqui agora, mas volto em breve com o outro longa que estreou por aqui, então abraços e até breve.
O filme nos mostra que quando seres intergalácticos interpretam um arquivo em vídeo com imagens de jogos de arcade clássicos como uma declaração de guerra contra eles, eles atacam a Terra usando esses jogos como modelos para suas várias ofensivas. O presidente Will Cooper busca ajuda de seu melhor amigo de infância Sam Brenner, um campeão de competições de vídeo-games nos anos 80 - e agora um instalador de home theater - para liderar uma equipe de jogadores veteranos, derrotar os alienígenas e salvar o planeta. Eles ainda vão contar com a ajuda da tenente-coronel Violet Van Patten, uma especialista em tecnologia que irá fornecer aos arcaders as armas exclusivas para lutar contra os aliens.
Muitos ficaram bravos de não terem aprofundado mais o roteiro, já que se basearam para o longa, num curta homônimo premiadíssimo de Patrick Jean, e lá toda a história do filme já foi contada, e aqui apenas alongada, mas quantos outros já não tivemos assim? Por qual motivo os produtores deveriam se arriscar em algo novo, se o curta já foi bem premiado? As respostas sempre não são ditas, afinal o público já acostumou com a tese de que se tem Sandler é ruim, e não precisam justificar mais nada, e na minha pequena opinião como produtor é que em time que já entrou em campo ganhando, jogar na retranca e usando o padrão é certeza de agradar quem for disposto a se divertir, e garanto que quem for ao cinema pronto para uma história bem divertida, com muita coisa que só vimos quando pequenos na TV e nos videogames, não vai se decepcionar. E digo que não vai ter decepção, não apenas pelo fato de que o filme é bacana, mas coloco junto a assinatura do diretor Chris Columbus, que na época do auge dos jogos arcades nos anos 80/90, escrevia grandes longas que marcaram a infância e adolescência da maioria que conheço, como "Os Goonies", "Gremlins", depois dirigiu vários outros clássicos que muitos viram milhares de vezes como os "Esqueceram de Mim", passou por uma geração mais nova com dois "Harry Potter" e um "Percy Jackson", então só por isso não iria por seu nome em risco, e trabalhou da forma como desejamos, entregando um longa para passar repetidas vezes em todos os horários da TV aberta e fechada, abusando de efeitos, personagens conhecidos e carismáticos, que muitos vão querer sair do cinema e procurar algum emulador para jogar os velhotes no computador mais próximo. Agora se precisamos pontuar um defeito da direção e do roteiro, apenas complemento o que disse no primeiro parágrafo, que os personagens principais poderiam ser os games ao invés dos jogadores, mas aí já temos um representante que já foi feito "Detona Ralph", e sua continuação já está sendo produzida para colocar mais vida nos personagens que tanto gostamos, e claro que com isso, Sandler entra em destaque, e como a maioria dos críticos de alto escalão odeiam o ator com seu jeito tradicional de pontuar suas piadas, acabaram que andam com a meta máxima de queimar o filme para que ninguém vá ver nos cinemas, mas os que gostam de uma boa diversão como é o caso deste que vos digita, saíram bem contentes com o que viram e recomendam com certeza.
Já que entrei na questão atuação, vamos falar um pouco sobre cada um dos protagonistas. Adam Sandler não muda nunca, então quem gosta vai continuar gostando dele e do seu jeito duro de atuar, e quem não gosta, não vai ser nesse filme que irá gostar dele, pois ele repete com seu Sam Brenner os mesmos problemas que sempre faz nos filmes que protagoniza, de colocar piadas sem graça nos seus diálogos e parecer o astro mais completo de Hollywood, e até ele sabe que não é mais isso faz tempo, mas ainda tem seus fãs, e de certo modo até gosto de seus filmes, mas já vou preparado para ver pouca expressão de sua parte, e com isso, as vezes me satisfaço. Falar de Peter Dinklage é estranho, pois o longa inicialmente mostra os personagens nos anos 80 e quase podia jurar que seu Eddie criança era interpretado também por ele, já que é pequenino e isso seria de certo modo uma piada bem colocada, mas não, Andrew Brambridge que o fez e mandou bem demais nas expressões, enquanto sua versão mais velha mostrou o que no pequenino ator é bom, que é trabalhar somente nos olhares mais impactantes e jogar seu diálogo sempre em tom mais irônico do que informativo, o que é muito legal de ver, porém é um fato claro que muitas cenas suas foram cortadas e isso é um pequeno problema que quem for mais exigente vai reclamar. Josh Gad até possui bons momentos como Ludlow, mas sempre forçando a barra com piadas de mal gosto, que podem até falar que já estava no roteiro e apenas caiu para ele, porém 90% dos personagens que faz são apeladores, e isso me irrita até mais do que os problemas que o povo acusa Sandler de fazer, então mesmo que rindo muito de algumas situações que se envolve, acabamos ficando mais pasmos com as bobeiras que faz do que se divertindo com ele. Kevin James de certo modo até foi bem com o seu presidente Cooper, mas um pouco abobado demais para um presidente americano, caberia mais próximo de um Brasil ou coisa do tipo, mas até que suas cenas aonde demonstra sua ingenuidade acabam sendo tão divertidas que acabamos ignorando esse fato. E para finalizar os protagonistas temos Michelle Monaghan que até entregou um certo carisma e sensualidade para sua Violet, mas como soldado ficou devendo um pouco mais de classe e posicionamento, pois ficou no ar tanto sua patente, como especialidade em fazer armas tecnológicas, e mesmo que isso não seja algo tão importante para a trama, acabou ficando estranho se compararmos seu jeito frágil na casa dela, com as atitudes no quartel. O elenco de apoio também ficou devendo bastante na interpretação, pois sempre que era necessário uma frase de efeito ou uma expressão mais forte de cada um, o que víamos era mais a indagação de o que estavam fazendo naquele momento perdidos no quadro, e isso por muito pouco não estragou o longa, afinal assim como muitas cenas de Dinklage, os secundários foram cortados ao máximo.
Sobre o conceito visual da trama, podemos dizer que a pesquisa feita para conseguir os direitos com os vários jogos foi muito bem feita, pois vemos no mínimo uns 10 jogos espalhados na cena de invasão e claro que cada um na sua característica de poucos gráficos acabaram envolvendo e ficando muito interessante de ver junto com a filmagem tradicional, pois alguns diretores até estragariam a arte tradicional dos jogos aperfeiçoando eles, arredondando e dando mais classe para o seu filme, mas Columbus certamente exigiu o máximo de pixelização possível e a equipe artística e computacional conseguiu agradar bastante com o que foi entregue, misturando junto dos atores e das locações num envolvimento bem bacana de acompanhar e se divertir com os jogos que tanto jogamos na infância, além claro de muitas cores para os pequenos que forem aos cinemas agradarem bastante com o que verão. A fotografia também não abandonou de modo algum o estilo, e procurou trabalhar bem com contraluzes para destacar os protagonistas e os jogos, deixando o restante de cena de certo modo até um pouco apagado, mas isso com a inserção da profundidade na texturização do 3D convertido, até se encaixou bem e acabou agradando bastante. E claro que ao falarmos do 3D, temos de destacar mais os efeitos de tiros, explosões pixelizadas e de certa maneira até alguns elementos vazando para fora da tela, o que fica bacana de ser visto na telona, mas aqueles mais exigentes que gostam de um longa cheio de profundidade de campo, aonde se vê objetos distantes em várias camadas provavelmente irá reclamar que o efeito não vale a pena, então é uma questão de gosto isso, mas acredito que quem for economizar vai perder o ponto forte do filme que são os efeitos explosivos em quadradinhos.
Na questão musical, a escolha de canções temas da época deram um charme retrô para o filme muito bacana e diverte nas esquetes colocadas durante todo o longa, e claro que junto dos sons clássicos dos jogos, o filme se desenvolveu até que muito bem nesse quesito, o que geralmente faltam um pouco nas comédias, e além disso a música final dos créditos "Game On" completou a trama junto com a ilustração do filme inteiro em pixels, que vale muito a pena ficar vendo.
Enfim, se você gosta de uma boa sessão pipoca com um filme divertido que quase não possui uma história, mas agrada por tudo que ocorre, passe na bombonière do seu cinema preferido e assista o longa com a certeza absoluta de que irá se divertir muito com tudo que é mostrado, agora se você é daqueles chatos que exige que todo filme tenha conteúdo e dinâmica expressiva dos atores, recomendo que pense duas vezes antes de ir, pois a certeza é de só reclamar do que irá ver. Portanto dessa maneira deixo a minha recomendação dizendo que curti demais o que foi mostrado, e pessoalmente mesmo não sendo extremamente fã de Sandler, Gad e outros do elenco, saí bem contente com tudo. Bem é isso pessoal, fico por aqui agora, mas volto em breve com o outro longa que estreou por aqui, então abraços e até breve.
quarta-feira, 22 de julho de 2015
Guerreiro Tibetano (Tibetan Warrior)
O estilo documental as vezes consegue nos surpreender quando mistura causas políticas e religiosas como base e meta de interesses. E ao mesmo tempo em que "Guerreiro Tibetano" trabalha o argumento de luta em prol da independência do Tibete, ele consegue com a calma e ideologia religiosa que pregam transformar um filme que poderia revoltar e indignar as pessoas contra a China, fazer com que tivéssemos compaixão por tudo que fazer e de certo modo deixar que o objetivo seja aguardado e refletido em prol da não violência.
Há mais de 60 anos os tibetanos lutam contra a opressão chinesa. Porém, a resistência pela não violência parece ter sido em vão. Atualmente, os tibetanos encontraram uma nova forma de protesto pacífico, imolando a si mesmos. Loten Namling – um músico tibetano exilado na Suíça – está profundamente perturbado com essa ação autodestrutiva. Ele se lança em uma ação individual, indo da Europa para a Índia, e durante o percurso encontra políticos, especialistas e jovens radicais. Ele mesmo se radicaliza pouco a pouco, quase optando pelo protesto violento. Finalmente, acaba no quartel-general de Dalai Lama, na Índia, para buscar o conselho do líder tibetano.
O bacana do filme é ver que não pesaram a mão nem em promover em excesso a causa do protagonista e nem em transformar o longa em algo mais jornalístico, pois logo de cara se vê que o filme poderia rumar tanto para cada um dos lados e isso estragaria a essência e não comoveria como um todo. O designer gráfico Dodo Hunziker, que desde 2006 resolveu ser diretor de documentários conseguiu trabalhar o longa com uma mão bem interessante, e ao acompanhar o protagonista durante toda sua jornada, mostrou uma certa dinâmica para que seu documentário, mesmo que com uma cara imensa de ter sido encomendado, agradasse e envolvesse, e isso fez valer os diversos estilos de planos escolhidos pelo diretor.
Não costumo opinar sobre os temas de documentários, mas a jornada de Loten me envolveu pela ideologia de tentar chamar a atenção com música, ao invés de armas como fazem o povo da Síria, ou botando fogo no corpo como seus compatriotas, ou fazendo passeatas malucas como acontecem em diversos outros países, então seu canto de guerra atraiu de certo modo a imprensa para sua causa, e ele pode ir nas votações do congresso, conseguiu acesso para falar com o líder religioso, e claro que com o documentário rodando, muitos outros países vão entrar à favor de sua causa, ou seja, um acerto bem trabalhado e que por ter sido muito bem feito, não ficou forçado, o que diferiu completamente do outro filme suíço que vimos do Femen.
Outro ponto interessantíssimo sobre a técnica do filme, foi além de usar as canções do próprio protagonista para dar a temática em tudo que rolava, o diretor optou por uma iluminação de preenchimento em quase todas as cenas, ou seja, além da iluminação natural dos locais aonde o protagonista dá entrevista e vai conversando com as pessoas, certamente mais uma ou duas pessoas usaram de refletores para rebater e colocar Loten como destaque do plano, de modo que não olhamos para as locações laterais, que muitas vezes nem eram tão bonitas, e isso é algo incrível que costuma falhar demais em documentários, pois acabamos nos distraindo com tudo o que ocorre do lado e esquecemos do que a pessoa estava falando, e aqui isso não ocorre nenhuma vez, nem mesmo nos materiais externos de gravações que foram inseridos para dar base controversa na trama.
Enfim, um documentário muito bacana que agrada e recomendo para todos que desejam a guerra para derrubar líderes, países e tudo mais vejam uma maneira diferenciada de chamar atenção sem ser por arruaça, e claro mostrar também que um pouco de compaixão faz bem para o espírito e pode salvar o mundo um dia. Infelizmente acabou o Festival Suíço do SESC, mas foi algo muito bacana de conferir nessas quatro semanas, espero que volte mais vezes. Fico por aqui hoje, mas volto em breve com as estreias da próxima semana, então abraços e até breve.
Há mais de 60 anos os tibetanos lutam contra a opressão chinesa. Porém, a resistência pela não violência parece ter sido em vão. Atualmente, os tibetanos encontraram uma nova forma de protesto pacífico, imolando a si mesmos. Loten Namling – um músico tibetano exilado na Suíça – está profundamente perturbado com essa ação autodestrutiva. Ele se lança em uma ação individual, indo da Europa para a Índia, e durante o percurso encontra políticos, especialistas e jovens radicais. Ele mesmo se radicaliza pouco a pouco, quase optando pelo protesto violento. Finalmente, acaba no quartel-general de Dalai Lama, na Índia, para buscar o conselho do líder tibetano.
O bacana do filme é ver que não pesaram a mão nem em promover em excesso a causa do protagonista e nem em transformar o longa em algo mais jornalístico, pois logo de cara se vê que o filme poderia rumar tanto para cada um dos lados e isso estragaria a essência e não comoveria como um todo. O designer gráfico Dodo Hunziker, que desde 2006 resolveu ser diretor de documentários conseguiu trabalhar o longa com uma mão bem interessante, e ao acompanhar o protagonista durante toda sua jornada, mostrou uma certa dinâmica para que seu documentário, mesmo que com uma cara imensa de ter sido encomendado, agradasse e envolvesse, e isso fez valer os diversos estilos de planos escolhidos pelo diretor.
Não costumo opinar sobre os temas de documentários, mas a jornada de Loten me envolveu pela ideologia de tentar chamar a atenção com música, ao invés de armas como fazem o povo da Síria, ou botando fogo no corpo como seus compatriotas, ou fazendo passeatas malucas como acontecem em diversos outros países, então seu canto de guerra atraiu de certo modo a imprensa para sua causa, e ele pode ir nas votações do congresso, conseguiu acesso para falar com o líder religioso, e claro que com o documentário rodando, muitos outros países vão entrar à favor de sua causa, ou seja, um acerto bem trabalhado e que por ter sido muito bem feito, não ficou forçado, o que diferiu completamente do outro filme suíço que vimos do Femen.
Outro ponto interessantíssimo sobre a técnica do filme, foi além de usar as canções do próprio protagonista para dar a temática em tudo que rolava, o diretor optou por uma iluminação de preenchimento em quase todas as cenas, ou seja, além da iluminação natural dos locais aonde o protagonista dá entrevista e vai conversando com as pessoas, certamente mais uma ou duas pessoas usaram de refletores para rebater e colocar Loten como destaque do plano, de modo que não olhamos para as locações laterais, que muitas vezes nem eram tão bonitas, e isso é algo incrível que costuma falhar demais em documentários, pois acabamos nos distraindo com tudo o que ocorre do lado e esquecemos do que a pessoa estava falando, e aqui isso não ocorre nenhuma vez, nem mesmo nos materiais externos de gravações que foram inseridos para dar base controversa na trama.
Enfim, um documentário muito bacana que agrada e recomendo para todos que desejam a guerra para derrubar líderes, países e tudo mais vejam uma maneira diferenciada de chamar atenção sem ser por arruaça, e claro mostrar também que um pouco de compaixão faz bem para o espírito e pode salvar o mundo um dia. Infelizmente acabou o Festival Suíço do SESC, mas foi algo muito bacana de conferir nessas quatro semanas, espero que volte mais vezes. Fico por aqui hoje, mas volto em breve com as estreias da próxima semana, então abraços e até breve.
domingo, 19 de julho de 2015
Tapete Vermelho (Tapis Rouge)
Alguns filmes conseguem trabalhar com uma proposta um pouco diferente de estilos, e acabam misturando gêneros que raramente vemos sendo trabalhado em conjunto, como foi o caso de "Tapete Vermelho", aonde o diretor suíço misturou um documentário sobre uma comunidade que tem vontade de fazer um longa-metragem, mas optou por contar isso na forma de um road-movie ficcional. E dessa maneira a trama acaba fluindo bem gostosa ao mostrar que mesmo quem não tem sequer educação básica e vive num meio de drogas e violência, também pode almejar sonhos mais altos, e conseguir fazer um filme seu ser vendido em Cannes se dado a devida ajuda e atenção, mas muito além disso, o diretor quis mostrar como uma amizade pode ser construída com conhecimento e respeito entre as partes, desde que se ouça e tenha paciência com o outro.
O longa nos apresenta um assistente social que trabalha com um grupo de jovens insolentes do subúrbio de Lausanne. Ele os ajuda a escrever um roteiro de cinema e faz todo o possível para ajudá-los a realizar esse sonho. Um road movie que coloca em xeque todas as certezas do assistente social e do grupo de jovens que precisam de orientação.
/Acho bem bonito quando diretores dão essas oportunidades ao empreendimento social, e conseguem trabalhar um roteiro que tecnicamente poderia ser feito tanto quanto um documentário sobre a vida dos jovens da comunidade que desejavam fazer um filme e como era o conflito entre eles para que tudo virasse algo, bem como poderiam ter trabalhado a história que os jovens fizeram sobre suas próprias vidas como um longa ficcional tradicional, mas aí seria algo completamente comum, e não chamaria tanta atenção, mesmo que fosse bem feito. Aí entrou a experiência de Frédéric Baillif para trabalhar com as duas coisas em sintonia e entregar um filme único, aonde a esperança, amizade e até os conflitos passam a ser parte da trama, e incrivelmente mesmo os jovens não sendo atores realmente, ao contarem suas próprias histórias conseguiram agradar e comover a todos que presenciaram a ideia completa da trama, com planos mais introspectivos e voltados para relatar tudo de uma maneira mais interessante de ver na telona.
Falar das atuações é algo até engraçado nesse caso, pois tirando o assistente social interpretado por Frédéric Landenberg, não temos atores na produção, mas sim as próprias pessoas da comunidade que atuam fazendo os seus próprios papéis, e por incrível que pareça, possuem marra e estilo de atores de grande porte, mas claro que não possuem a expressão necessária e talvez atores profissionais conseguiriam dar um tom mais dramático para a história, não que isso tenha atrapalhado no teor do filme, mas certamente seria algo mais forte ainda. Frédéric por sua vez, conseguiu dar algumas certas pontadas boas e até chamar a responsabilidade para si em diversos momentos, mas o que foi lhe pedido, certamente era para apenas instigar os rapazes para que eles se conflitassem e gerassem as polêmicas que o diretor desejava para o andamento do filme, e isso foi muito bem feito e agradou, e digo mais, o ator conseguiu certamente se passar como assistente social muito bem, de modo que quase podemos falar que ele não era ator, e isso é um ponto bem positivo pelas expressões que fez.
No conceito visual da trama, por se tratar de um road-movie, escolheram uma van que poderia até dar mais histórias lá dentro, mas optaram por usar os lugares "culturais" que visitaram como ponte da viagem e determinar nesses locais as situações da trama, e de certo modo não sei o trajeto de Lausanne a Cannes se é tão fraco de pontos para se visitar, ou se a produção acabou cortando mais cenas do filme, mas faltou um pouco mais de elementos de road-movie para envolver, e isso é um defeito da direção de arte junto com a produção. Porém no quesito fotográfico, certamente os câmeras sofreram demais com o pequeno ambiente para dar a iluminação mais adequada e agradar no teor do filme, mas felizmente conseguiram em quase todas as cenas, marcar contrastes e dar o tom de emoção que pedia o roteiro, culminando na última cena com uma das fotografias mais bonitas de praia que já vi, ou seja, um trabalho bem interessante e agradável.
Enfim, um filme bacana, que agrada bastante pelo estilo diferenciado, mas que poderia ser melhor. A trilha sonora exagerou na maneira mais melódica para comover e isso é algo de praxe nesse estilo de filme, então aqueles que se emocionam muito acabam até entrando mais no clima com a dramaticidade musical empregada. O filme certamente vale a pena ser visto por todos, afinal é de certa modo uma lição de vida, pois mesmo aqueles que não possuem nada na vida e vivem em locais, que parecem ter sido excluídos do mundo, podem conseguir alcançar quando a ajuda vem, e assim sendo o resultado da trama acaba bem interessante. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto na terça com o último filme do Panorama Suíço, então abraços e até lá.
O longa nos apresenta um assistente social que trabalha com um grupo de jovens insolentes do subúrbio de Lausanne. Ele os ajuda a escrever um roteiro de cinema e faz todo o possível para ajudá-los a realizar esse sonho. Um road movie que coloca em xeque todas as certezas do assistente social e do grupo de jovens que precisam de orientação.
/Acho bem bonito quando diretores dão essas oportunidades ao empreendimento social, e conseguem trabalhar um roteiro que tecnicamente poderia ser feito tanto quanto um documentário sobre a vida dos jovens da comunidade que desejavam fazer um filme e como era o conflito entre eles para que tudo virasse algo, bem como poderiam ter trabalhado a história que os jovens fizeram sobre suas próprias vidas como um longa ficcional tradicional, mas aí seria algo completamente comum, e não chamaria tanta atenção, mesmo que fosse bem feito. Aí entrou a experiência de Frédéric Baillif para trabalhar com as duas coisas em sintonia e entregar um filme único, aonde a esperança, amizade e até os conflitos passam a ser parte da trama, e incrivelmente mesmo os jovens não sendo atores realmente, ao contarem suas próprias histórias conseguiram agradar e comover a todos que presenciaram a ideia completa da trama, com planos mais introspectivos e voltados para relatar tudo de uma maneira mais interessante de ver na telona.
Falar das atuações é algo até engraçado nesse caso, pois tirando o assistente social interpretado por Frédéric Landenberg, não temos atores na produção, mas sim as próprias pessoas da comunidade que atuam fazendo os seus próprios papéis, e por incrível que pareça, possuem marra e estilo de atores de grande porte, mas claro que não possuem a expressão necessária e talvez atores profissionais conseguiriam dar um tom mais dramático para a história, não que isso tenha atrapalhado no teor do filme, mas certamente seria algo mais forte ainda. Frédéric por sua vez, conseguiu dar algumas certas pontadas boas e até chamar a responsabilidade para si em diversos momentos, mas o que foi lhe pedido, certamente era para apenas instigar os rapazes para que eles se conflitassem e gerassem as polêmicas que o diretor desejava para o andamento do filme, e isso foi muito bem feito e agradou, e digo mais, o ator conseguiu certamente se passar como assistente social muito bem, de modo que quase podemos falar que ele não era ator, e isso é um ponto bem positivo pelas expressões que fez.
No conceito visual da trama, por se tratar de um road-movie, escolheram uma van que poderia até dar mais histórias lá dentro, mas optaram por usar os lugares "culturais" que visitaram como ponte da viagem e determinar nesses locais as situações da trama, e de certo modo não sei o trajeto de Lausanne a Cannes se é tão fraco de pontos para se visitar, ou se a produção acabou cortando mais cenas do filme, mas faltou um pouco mais de elementos de road-movie para envolver, e isso é um defeito da direção de arte junto com a produção. Porém no quesito fotográfico, certamente os câmeras sofreram demais com o pequeno ambiente para dar a iluminação mais adequada e agradar no teor do filme, mas felizmente conseguiram em quase todas as cenas, marcar contrastes e dar o tom de emoção que pedia o roteiro, culminando na última cena com uma das fotografias mais bonitas de praia que já vi, ou seja, um trabalho bem interessante e agradável.
Enfim, um filme bacana, que agrada bastante pelo estilo diferenciado, mas que poderia ser melhor. A trilha sonora exagerou na maneira mais melódica para comover e isso é algo de praxe nesse estilo de filme, então aqueles que se emocionam muito acabam até entrando mais no clima com a dramaticidade musical empregada. O filme certamente vale a pena ser visto por todos, afinal é de certa modo uma lição de vida, pois mesmo aqueles que não possuem nada na vida e vivem em locais, que parecem ter sido excluídos do mundo, podem conseguir alcançar quando a ajuda vem, e assim sendo o resultado da trama acaba bem interessante. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto na terça com o último filme do Panorama Suíço, então abraços e até lá.
sábado, 18 de julho de 2015
Carrossel - O Filme
Se existe um gênero que o Brasil ainda está bem longe de conseguir engrenar novamente é o dos longas de férias, e não podemos dizer que não temos bons diretores nesse quesito, pois esse gênero foi o que manteve o cinema do Brasil vivo numa época que não se fazia quase nada de cinema no país, vide "Os Trapalhões" com seus vários filmes, "Xuxa" com diversos outros e por aí vai, mas agora parece que só desejam fazer comédias bobas e esqueceram que esse estilo leva para as sessões no mínimo 3 pessoas por família, então quem sabe esteja na hora de pensarem um pouco mais nesse filão! E nessa tentativa, o SBT tenta a sorte junto com seus parceiros ao apresentar "Carrossel - O Filme" que até consegue divertir as crianças que já assistem a novelinha do canal, que já conhecem as músicas para cantar junto, já torcem para os respectivos personagens favoritos, mas quem for esperando ver um filme realmente vai se decepcionar, pois não procuram em momento algum criar algo ou chamar atenção para algo, funcionando apenas como um episódio mais alongado da novela nos cinemas com um tema específico, no caso um acampamento de férias.
O filme nos mostra que em férias, os alunos da Escola Mundial viajam para o acampamento Panapaná, pertencente ao avô de Alícia. Lá eles participam de uma gincana organizada pelo senhor Campos, que faz o possível para que as crianças se divirtam a valer. Entretanto, a chegada de González agita o local, já que ele representa uma incorporadora que pretende comprar o terreno do acampamento para transformá-lo em uma fábrica poluidora. Para atingir seu objetivo, González e seu fiel parceiro Gonzalito usam de todos os artifícios possíveis, inclusive sabotar o acampamento e difamar Campos.
O interessante da produção é que ao juntar um diretor com características dramáticas como é Maurício Eça, o filme até poderia ter uma essência mais emblemática, mas seu parceiro na direção Alexandre Boury já vem do tradicional familiar como disse no começo do texto, e foi responsável por quatro dos filmes do Didi, ou seja, saberia tradicionalmente como fazer um bom filme com essa temática. Portanto o que fica claro é que o problema do longa não esteve nas mãos da direção, mas sim na condução do roteiro que desejou mostrar algo mais novelesco do que um longa-metragem com vida própria mesmo, e isso, como muitos sabem não agrada esse Coelho que vos digita. Claro que repito, como a missão do longa era agradar os fãs da novelinha, tenho quase certeza que a garotada mais nova que assiste à todos os capítulos certamente vai gostar, mas se você não viu nada, fique em casa e deixe para ver outros nacionais, que esse não vai lhe agradar. Ainda sobre a direção, foram sábios em utilizar a dinâmica do elenco para que o filme ficasse ao menos agradável, mas é notável que o trabalho dos diretores não foi nada fácil em conter toda a turminha num espaço cênico maior do que um estúdio, e isso certamente deu um cansaço geral na produção. Fica como dica, já que os pontos fortes da trama ficaram a cargo do elemento musical aonde os personagens cantam, que um segundo filme siga os moldes de algo do estilo High-School Musical, que acredito ser um potencial mais interessante e que abordaria os personagens no que eles talvez chamariam mais suas responsabilidades.
Falando um pouco sobre o elenco, conheço bem pouco sobre eles, afinal essa nova versão acabei não assistindo a nenhum episódio, mas a antiga mexicana, era bem novo e lembro bem de gostar dos personagens. Portanto, aqui o resultado até mostra alguns talentos que possivelmente chamem atenção no futuro, mas ainda assim temos algumas crianças bem forçadas para com os papéis que lhe foram entregues. A pequenina Maisa Silva parou de puxar a peruca do Silvio Santos e agora até consegue mostrar serviço como Valéria, num misto de muitas emoções ainda para aprender a expressar com sua cara, e em alguns momentos até parece perdida no que faz, mas embora ainda seja muito jovem, acredito no potencial dela, e veremos mais pra frente se minha aposta vai ser certeira, por enquanto apenas fez o básico que lhe foi solicitado e ainda com defeitos. Jean Paulo Campos possui um carisma incrível, e seu Cirillo remete demais ao da versão antiga, pena que seus diálogos foram bem fracos e o filme não é em cima de seu personagem, pois o garoto certamente assumiria a responsabilidade e agradaria muito, mas o que fez foi bonitinho e agradou nas suas pequenas cenas, portanto parabéns e aguardaremos mais dele. Larissa Manoela fez de sua Maria Joaquina algo muito simples e não ficou antipática como deveria ser, aparentando mais uma garota que só fica no celular fazendo selfie e mais nada, e isso pra mim é mais uma nerdice do que antipatismo, portanto poderiam ter usado mais do rancor da garota no filme que agradaria bem mais. Dos adultos temos de pesar que Oscar Filho não serve para atuar, ou esqueceram de dar texto para ele, ficando apenas preso às cenas ridículas que seu Gonzalito procurou armar, fazendo caras e bocas de um nível lastimável de ver na tela do cinema, ou seja, péssimo com tudo, nem servindo para dar risada das trapalhadas. Os demais atores até tentaram chamar um pouco de atenção, mas nada que fosse relevante para melhorar ou piorar o filme, dando destaque apenas para o estilo caricato de Orival Pessini como dono do acampamento.
No quesito visual, o longa até lembra bem alguns filmes antigos de acampamento, mas que poderia ser muito melhor se a história tivesse sido mais bem trabalhada. O destaque fica por conta das armações de Gonzalito e das crianças que lembraram muito o estilo de "Esqueceram de Mim", e além do alto colorido das cenas, tivemos até que bons elementos cênicos para preencher as cenas, claro que poderiam ter abusado um pouco menos de elementos computacionais nas cenas com bichos, mas no geral o trabalho da equipe artística foi bem feito, além claro da ótima locação para fazer o acampamento Panapana. No conceito fotográfico, a equipe usou bem da iluminação natural, e isso é legal de ver, pois como na arte já abusaram muito de elementos falsos, aqui com a naturalidade das cenas, tivemos um tom bonito e gostoso de ver, claro que os efeitos da cena final de brilhinhos poderia ser dispensado, mas quiseram colocar a festa, então é de gosto pessoal.
As canções foram bem trabalhadas e até agradam bastante junto das trilhas sonoras escolhidas, e como disse na sugestão, o encaixe delas na trama foram tão bem colocados que se tivessem optado por um longa mais musical, acredito que teríamos um filme muito melhor e mais agradável, mas como não é o caso, o resultado foi apenas satisfatório e as músicas com certeza foi o melhor do filme.
Enfim, não gosto de falar mal de longas nacionais, mas aqui não teve jeito, afinal os defeitos são maiores do que as qualidades da trama, servindo apenas como um episódio mais alongado mesmo da novelinha e deverá agradar mesmo somente quem realmente acompanhou muito ela no SBT, então só recomendo o filme para essas pessoas. Bem é isso pessoal, felizmente pude ver a reação das crianças na pré-estreia da Rádio Difusora FM e isso foi melhor para avaliar o longa e dar a nota que darei, pois se visse sozinho como costumo fazer, certamente a nota seria menor, pois não veria que o longa conseguiu atingir ao menos os fãs da novela, portanto obrigado pessoal da Difusora pelo convite para acompanhar junto com a sala lotada de pais e crianças. Fico por aqui hoje, mas volto amanhã com o penúltimo filme do Panorama Suíço, então abraços e até breve.
O filme nos mostra que em férias, os alunos da Escola Mundial viajam para o acampamento Panapaná, pertencente ao avô de Alícia. Lá eles participam de uma gincana organizada pelo senhor Campos, que faz o possível para que as crianças se divirtam a valer. Entretanto, a chegada de González agita o local, já que ele representa uma incorporadora que pretende comprar o terreno do acampamento para transformá-lo em uma fábrica poluidora. Para atingir seu objetivo, González e seu fiel parceiro Gonzalito usam de todos os artifícios possíveis, inclusive sabotar o acampamento e difamar Campos.
O interessante da produção é que ao juntar um diretor com características dramáticas como é Maurício Eça, o filme até poderia ter uma essência mais emblemática, mas seu parceiro na direção Alexandre Boury já vem do tradicional familiar como disse no começo do texto, e foi responsável por quatro dos filmes do Didi, ou seja, saberia tradicionalmente como fazer um bom filme com essa temática. Portanto o que fica claro é que o problema do longa não esteve nas mãos da direção, mas sim na condução do roteiro que desejou mostrar algo mais novelesco do que um longa-metragem com vida própria mesmo, e isso, como muitos sabem não agrada esse Coelho que vos digita. Claro que repito, como a missão do longa era agradar os fãs da novelinha, tenho quase certeza que a garotada mais nova que assiste à todos os capítulos certamente vai gostar, mas se você não viu nada, fique em casa e deixe para ver outros nacionais, que esse não vai lhe agradar. Ainda sobre a direção, foram sábios em utilizar a dinâmica do elenco para que o filme ficasse ao menos agradável, mas é notável que o trabalho dos diretores não foi nada fácil em conter toda a turminha num espaço cênico maior do que um estúdio, e isso certamente deu um cansaço geral na produção. Fica como dica, já que os pontos fortes da trama ficaram a cargo do elemento musical aonde os personagens cantam, que um segundo filme siga os moldes de algo do estilo High-School Musical, que acredito ser um potencial mais interessante e que abordaria os personagens no que eles talvez chamariam mais suas responsabilidades.
Falando um pouco sobre o elenco, conheço bem pouco sobre eles, afinal essa nova versão acabei não assistindo a nenhum episódio, mas a antiga mexicana, era bem novo e lembro bem de gostar dos personagens. Portanto, aqui o resultado até mostra alguns talentos que possivelmente chamem atenção no futuro, mas ainda assim temos algumas crianças bem forçadas para com os papéis que lhe foram entregues. A pequenina Maisa Silva parou de puxar a peruca do Silvio Santos e agora até consegue mostrar serviço como Valéria, num misto de muitas emoções ainda para aprender a expressar com sua cara, e em alguns momentos até parece perdida no que faz, mas embora ainda seja muito jovem, acredito no potencial dela, e veremos mais pra frente se minha aposta vai ser certeira, por enquanto apenas fez o básico que lhe foi solicitado e ainda com defeitos. Jean Paulo Campos possui um carisma incrível, e seu Cirillo remete demais ao da versão antiga, pena que seus diálogos foram bem fracos e o filme não é em cima de seu personagem, pois o garoto certamente assumiria a responsabilidade e agradaria muito, mas o que fez foi bonitinho e agradou nas suas pequenas cenas, portanto parabéns e aguardaremos mais dele. Larissa Manoela fez de sua Maria Joaquina algo muito simples e não ficou antipática como deveria ser, aparentando mais uma garota que só fica no celular fazendo selfie e mais nada, e isso pra mim é mais uma nerdice do que antipatismo, portanto poderiam ter usado mais do rancor da garota no filme que agradaria bem mais. Dos adultos temos de pesar que Oscar Filho não serve para atuar, ou esqueceram de dar texto para ele, ficando apenas preso às cenas ridículas que seu Gonzalito procurou armar, fazendo caras e bocas de um nível lastimável de ver na tela do cinema, ou seja, péssimo com tudo, nem servindo para dar risada das trapalhadas. Os demais atores até tentaram chamar um pouco de atenção, mas nada que fosse relevante para melhorar ou piorar o filme, dando destaque apenas para o estilo caricato de Orival Pessini como dono do acampamento.
No quesito visual, o longa até lembra bem alguns filmes antigos de acampamento, mas que poderia ser muito melhor se a história tivesse sido mais bem trabalhada. O destaque fica por conta das armações de Gonzalito e das crianças que lembraram muito o estilo de "Esqueceram de Mim", e além do alto colorido das cenas, tivemos até que bons elementos cênicos para preencher as cenas, claro que poderiam ter abusado um pouco menos de elementos computacionais nas cenas com bichos, mas no geral o trabalho da equipe artística foi bem feito, além claro da ótima locação para fazer o acampamento Panapana. No conceito fotográfico, a equipe usou bem da iluminação natural, e isso é legal de ver, pois como na arte já abusaram muito de elementos falsos, aqui com a naturalidade das cenas, tivemos um tom bonito e gostoso de ver, claro que os efeitos da cena final de brilhinhos poderia ser dispensado, mas quiseram colocar a festa, então é de gosto pessoal.
As canções foram bem trabalhadas e até agradam bastante junto das trilhas sonoras escolhidas, e como disse na sugestão, o encaixe delas na trama foram tão bem colocados que se tivessem optado por um longa mais musical, acredito que teríamos um filme muito melhor e mais agradável, mas como não é o caso, o resultado foi apenas satisfatório e as músicas com certeza foi o melhor do filme.
Enfim, não gosto de falar mal de longas nacionais, mas aqui não teve jeito, afinal os defeitos são maiores do que as qualidades da trama, servindo apenas como um episódio mais alongado mesmo da novelinha e deverá agradar mesmo somente quem realmente acompanhou muito ela no SBT, então só recomendo o filme para essas pessoas. Bem é isso pessoal, felizmente pude ver a reação das crianças na pré-estreia da Rádio Difusora FM e isso foi melhor para avaliar o longa e dar a nota que darei, pois se visse sozinho como costumo fazer, certamente a nota seria menor, pois não veria que o longa conseguiu atingir ao menos os fãs da novela, portanto obrigado pessoal da Difusora pelo convite para acompanhar junto com a sala lotada de pais e crianças. Fico por aqui hoje, mas volto amanhã com o penúltimo filme do Panorama Suíço, então abraços e até breve.
quinta-feira, 16 de julho de 2015
Homem-Formiga em 3D
Se existe um estilo de filme que sempre me deixa apreensivo quando está prestes a estrear é o de ação baseada em quadrinhos, pois diferente dos grandes fãs do estilo, sequer consegui terminar de ler o livro "Quadrinhos no Cinema" que possuo, portanto desconheço qualquer origem ou algo a respeito dos heróis que a cada ano dominam mais e mais as telas do cinema. E com "Homem-Formiga" a minha apreensão estava ainda maior, por saber um pouco histórias que alguns amigos mais viciados no ramo já haviam me contado sobre a origem dos Vingadores, e toda a ligação desse pequeno, mas muito importante personagem dentro do Universo Marvel, e o maior medo que estava era de o filme simplesmente jogar Paul Rudd junto de uma imensa computação gráfica e brincando com suas amiguinhas formigas sair dando porrada em todo mundo, e graças aos roteiristas mais calmos do longa e de um diretor mais centrado em histórias, felizmente tudo foi muito bem contado, ao menos conseguiram fazer as ligações possíveis com o que já aconteceu através de diálogos (sem exagero de forçar a barra) e imagens claras de onde seu último filme acabou. Ou seja, se você também não conhece nada desse grande pequeno herói, pode ir ao cinema tranquilo, que é literalmente uma nova história, bem contada e que se você já viu os outros longas dos heróis da Marvel, ainda irá ficar bem feliz com tudo o que irá aparecer, portanto os medos desse Coelho foram para o formigueiro e a boa diversão está garantida no cinema mais próximo, pois esse merece toda a tecnologia possível para ficar ainda melhor, então fuja de ver o longa apenas em casa.
O filme nos mostra que Dr. Hank Pym, o inventor da fórmula/ traje que permite o encolhimento, anos depois da descoberta, precisa impedir que seu ex-pupilo Darren Cross, consiga replicar o feito e vender a tecnologia para uma organização do mal. Depois de sair da cadeia, o trambiqueiro Scott Lang está disposto a reconquistar o respeito da ex-mulher, Maggie e, principalmente, da filha. Com dificuldades de arrumar um emprego honesto, ele aceita praticar um último golpe. O que ele não sabia era que tudo não passava de um plano do Dr. Pym que, depois de anos observando o hábil ladrão, o escolhe para vestir o traje do Homem-Formiga.
Muitos vão reclamar do excesso didático do filme, mas como disse no início do texto, praticamente estamos introduzindo um herói que só quem come quadrinhos conhece, a grande maioria que vai aos cinemas riu demais ao ver o primeiro trailer nos cinemas, pensando ser mais um longa do estilo de herói-piada, ou qualquer outra coisa do estilo, portanto o filme prezar em explicar detalhes de como é a comunicação dos personagens com as formigas, qual foi a origem do traje, como foi a escolha do novo herói e tudo mais é algo importantíssimo para formar a cultura em cima do personagem, e principalmente para iniciar bem a franquia que certamente deve aparecer em outros longas do Universo Marvel, e como deixa claro na primeira cena pós-crédito já uma leve introdução para o segundo filme do minúsculo herói, então nesse quesito o trabalho que Edgar Wright (diretor que originalmente iria dirigir o longa, mas apenas escreveu a história do filme e acabou saindo por divergências criativas com os produtores) e Joe Cornish fizeram com o roteiro, temos de tirar o chapéu e vibrar a cada cena bem encaixada que acabou se tornando grandiosa nas mãos do diretor Peyton Reed, que por ser muito mais conhecido por comédias bobas, surpreendeu ao fazer um longa de ação tão bem encaixado com uma comicidade precisa e agradável de assistir. E mesmo contando muita história, toda a computação gráfica para criar o pequeno mundo quando o personagem encolhe foi tão deslumbrante e dinâmica, que não vemos passar as quase duas horas que o filme possui, e isso é algo incrível que a equipe toda conseguiu fazer, e principalmente o diretor ao escolher planos bem colocados para que o filme ficasse verossímil e interessante de ver, pois como disse acima, estava com muito medo do longa ser absurdo demais para acreditar em um herói que encolhe para ter super força e destruir os adversários. Quanto ao conceito da Física Quântica de moléculas que o longa tenta querer discutir, é melhor deixarmos quieto, senão é capaz do texto ficar chato e não agradar, além de arrumar discussões desnecessárias para o momento.
Então vamos falar um pouco sobre os atores! Paul Rudd é daqueles atores que se pararmos para pensar não tem estilo de ser um super-herói, aparentando a escolha mais improvável para o personagem do Homem-Formiga, mas ao entrarmos na concepção de Scott Lang, um trambiqueiro para não chamar de ladrão e cheio de perspicácia, vemos que é o ator ideal, e nessa combinação, ele praticamente aprendeu a virar o herói e acredito muito em toda expressão que entregou para o personagem, de modo que nos próximos filmes da Marvel certamente encaixará muito bem e agradará mais ainda do excelente trabalho que fez aqui, talvez um trabalho um pouco melhor de olhares o faria perfeito, mas como sabemos trabalhar com computação gráfica, filmando num fundo verde é algo bem difícil de acertar a expressão no momento exato, então podemos dar um pequeno desconto para ele nesse quesito. Evangeline Lilly conseguiu surpreender com sua Hope, de maneira que abandonou completamente seu visual ruivo de Tauriel, para virar uma morena de responsa não economizando nos socos e trejeitos para com o protagonista, e com certeza deve vir com tudo para o segundo filme, impactando ainda mais na ação e agradando da mesma maneira que fez aqui, ao colocar o diálogo de maneira mais forte do que tradicionalmente algumas outras atrizes pontuariam. Michael Douglas é sempre excelente em tudo que faz, e ao colocar seus textos do Dr. Pym de uma maneira mais calma e bem trabalhada conseguiu cativar e ser uma das chaves do sucesso do filme, e é incrível ver que ainda possui um ritmo interessante nas dinâmicas de cena para pontuar e seguir junto com os demais protagonistas, sem precisar de que os outros reduzam a velocidade para si, um grande feito com certeza sua atuação. Lembro de relance de poucos papéis de Corey Stoll, e aqui como Darren/Jaqueta Amarela chegou até ser chamativo e mostrar uma certa determinação de vilão, mas faltou muito para ficarmos com raiva ou desejarmos sua morte, como é o caso de diversos outros vilões, então nesse quesito certamente na minha opinião foi a maior falha do filme, em colocar um vilão mais impactante e que o ator que fizesse fosse incorporasse mais o personagem, mas no contexto geral, ele até que foi bem. Michael Peña é aqueles atores que botam a comicidade de qualquer filme no ponto máximo, pode ser até uma cena completamente dramática que seu estilo de expressão consegue divertir, e aqui não foi diferente com o seu Luis, e como possui muito texto, e foi encaixado em diversas cenas, ele trabalhou muito bem e agradou certamente ao fazer com que o filme ficasse bem mais divertido do que seria sem o seu personagem. Dos demais atores, temos Bobby Cannavale fazendo um policial razoável, com pouca expressividade, mas que funcionou bem encaixado como padrasto da filha do protagonista, interpretada muito bem por Abby Ryder Fortson que é outra promessa de boas atuações, e temos de pontuar a cena de luta do protagonista com Anthony Mackie com seu Falcão já tão conhecido dos Vingadores, mas que por ser apenas um encaixe, ainda não mostrou muito a que veio na trama. Claro que sempre que temos um filme da Marvel, ficamos esperando a aparição do criador do Universo Marvel, Stan Lee, e embora bem rápida, podemos dizer que ficou bacana sua cena no encerramento da trama.
No conceito visual da trama, já pontuei mais pra cima, mas tenho de reforçar o capricho que tiveram ao criar o pequeno mundo exibido junto das formigas quando o protagonista encolhe, e claro que a dinâmica empregada nos pequenos animaizinhos que são literalmente o charme da trama, sendo hábeis, dinâmicos e incríveis em tudo que fizeram, agradando demais, e dessa maneira temos de parabenizar e muito a equipe artística tanto pelos pequenos animais, quanto pelo visual criado para contextualizar tudo, ver o encanamento como um grande esgoto, os caminhos das formigas como grandes cavernas, e até mesmo as placas computacionais como enormes complexos de computadores, foi algo incrível de ver, não que quando ele estivesse grande não fosse bacana, mas o pequeno mundo foi melhor. E temos de destacar também o conceito de cores, pois como temos um filme alegre e bem feito, as cores mais vivas ajudaram muito a determinar o trabalho todo da fotografia da trama, o que acaba chamando muito a atenção e dando um ar mais engraçado para o longa, então se você é daqueles que gostam de algo mais sombrio, não será nesse filme que verá isso.
Agora o ponto que muitos visitam meu blog para saber mais do que vou falar do 3D convertido do longa. O que posso adiantar é que o trabalho conseguiu dar uma boa perspectiva de velocidade nas cenas que estamos junto dos animais, e de certa maneira aparentamos estar bem no meio dos insetos, o que é bem bacana, em algumas cenas também aparentam estar fora da tela voando e caminhando pela tela do cinema, e temos de certo modo alguns objetos também sendo atirados nos espectadores, então embora o filme não tenha sido filmado com a tecnologia, quem gosta desse estilo que não usa tanto a profundidade de campo, mas opta por arremessos fora da tela é capaz de sair satisfeito com o que verá. Claro que não temos isso no longa inteiro, e em diversas cenas, o filme até funciona sem óculos, embaçando apenas um pouco nas legendas, mas como disse, nos momentos em que trabalharam bem a conversão, até vale o dinheiro pago a mais pela sessão de óculos, então fica a dica para quem estiver pensando em ir ver o filme.
Enfim, como não estava esperando nada do filme, o resultado foi extremamente satisfatório e com toda certeza recomendo ele para todos que são fãs do Universo Marvel. Quem não conhece os filmes, sei que é pouca gente, mas ainda existem, até recomendo o longa por funcionar bem sozinho e ter um certo vértice diferenciado dos demais, mas talvez algumas boas sacadas irão ficar perdidas, então pode não ser um passeio tão agradável dentro das salas de cinema. Portanto deixo dessa maneira minha recomendação. Como pontuei no enorme texto acima, o longa teve dois grandes problemas, um na falta de um vilão mais impactante e de certa maneira o excesso de explicações para os fãs que conhecem tudo vai até incomodar um pouco, e somente por isso não darei a nota máxima para o longa, mas como diversão vale completamente o maior combo de pipoca e curtir certamente mais um novo herói para brigar contra os vilões mais complexos que o Universo Marvel vai ainda nos inserir nos próximos anos. E como todos já sabem, filme da Marvel tem de ficar até o último segundo dos créditos, então temos uma cena mid-crédito com 4 minutos após começar a subir as letras, dando a ligação para o próximo filme do personagem, e mais 12 minutos de letras na tela preta e virá uma cena já preparatória para o próximo filme da Marvel que já está a caminho, então é ir batendo papo com os amigos e aguardar até o final. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas no Sábado volto com mais um longa que chega na cidade, então abraços e até breve.
O filme nos mostra que Dr. Hank Pym, o inventor da fórmula/ traje que permite o encolhimento, anos depois da descoberta, precisa impedir que seu ex-pupilo Darren Cross, consiga replicar o feito e vender a tecnologia para uma organização do mal. Depois de sair da cadeia, o trambiqueiro Scott Lang está disposto a reconquistar o respeito da ex-mulher, Maggie e, principalmente, da filha. Com dificuldades de arrumar um emprego honesto, ele aceita praticar um último golpe. O que ele não sabia era que tudo não passava de um plano do Dr. Pym que, depois de anos observando o hábil ladrão, o escolhe para vestir o traje do Homem-Formiga.
Muitos vão reclamar do excesso didático do filme, mas como disse no início do texto, praticamente estamos introduzindo um herói que só quem come quadrinhos conhece, a grande maioria que vai aos cinemas riu demais ao ver o primeiro trailer nos cinemas, pensando ser mais um longa do estilo de herói-piada, ou qualquer outra coisa do estilo, portanto o filme prezar em explicar detalhes de como é a comunicação dos personagens com as formigas, qual foi a origem do traje, como foi a escolha do novo herói e tudo mais é algo importantíssimo para formar a cultura em cima do personagem, e principalmente para iniciar bem a franquia que certamente deve aparecer em outros longas do Universo Marvel, e como deixa claro na primeira cena pós-crédito já uma leve introdução para o segundo filme do minúsculo herói, então nesse quesito o trabalho que Edgar Wright (diretor que originalmente iria dirigir o longa, mas apenas escreveu a história do filme e acabou saindo por divergências criativas com os produtores) e Joe Cornish fizeram com o roteiro, temos de tirar o chapéu e vibrar a cada cena bem encaixada que acabou se tornando grandiosa nas mãos do diretor Peyton Reed, que por ser muito mais conhecido por comédias bobas, surpreendeu ao fazer um longa de ação tão bem encaixado com uma comicidade precisa e agradável de assistir. E mesmo contando muita história, toda a computação gráfica para criar o pequeno mundo quando o personagem encolhe foi tão deslumbrante e dinâmica, que não vemos passar as quase duas horas que o filme possui, e isso é algo incrível que a equipe toda conseguiu fazer, e principalmente o diretor ao escolher planos bem colocados para que o filme ficasse verossímil e interessante de ver, pois como disse acima, estava com muito medo do longa ser absurdo demais para acreditar em um herói que encolhe para ter super força e destruir os adversários. Quanto ao conceito da Física Quântica de moléculas que o longa tenta querer discutir, é melhor deixarmos quieto, senão é capaz do texto ficar chato e não agradar, além de arrumar discussões desnecessárias para o momento.
Então vamos falar um pouco sobre os atores! Paul Rudd é daqueles atores que se pararmos para pensar não tem estilo de ser um super-herói, aparentando a escolha mais improvável para o personagem do Homem-Formiga, mas ao entrarmos na concepção de Scott Lang, um trambiqueiro para não chamar de ladrão e cheio de perspicácia, vemos que é o ator ideal, e nessa combinação, ele praticamente aprendeu a virar o herói e acredito muito em toda expressão que entregou para o personagem, de modo que nos próximos filmes da Marvel certamente encaixará muito bem e agradará mais ainda do excelente trabalho que fez aqui, talvez um trabalho um pouco melhor de olhares o faria perfeito, mas como sabemos trabalhar com computação gráfica, filmando num fundo verde é algo bem difícil de acertar a expressão no momento exato, então podemos dar um pequeno desconto para ele nesse quesito. Evangeline Lilly conseguiu surpreender com sua Hope, de maneira que abandonou completamente seu visual ruivo de Tauriel, para virar uma morena de responsa não economizando nos socos e trejeitos para com o protagonista, e com certeza deve vir com tudo para o segundo filme, impactando ainda mais na ação e agradando da mesma maneira que fez aqui, ao colocar o diálogo de maneira mais forte do que tradicionalmente algumas outras atrizes pontuariam. Michael Douglas é sempre excelente em tudo que faz, e ao colocar seus textos do Dr. Pym de uma maneira mais calma e bem trabalhada conseguiu cativar e ser uma das chaves do sucesso do filme, e é incrível ver que ainda possui um ritmo interessante nas dinâmicas de cena para pontuar e seguir junto com os demais protagonistas, sem precisar de que os outros reduzam a velocidade para si, um grande feito com certeza sua atuação. Lembro de relance de poucos papéis de Corey Stoll, e aqui como Darren/Jaqueta Amarela chegou até ser chamativo e mostrar uma certa determinação de vilão, mas faltou muito para ficarmos com raiva ou desejarmos sua morte, como é o caso de diversos outros vilões, então nesse quesito certamente na minha opinião foi a maior falha do filme, em colocar um vilão mais impactante e que o ator que fizesse fosse incorporasse mais o personagem, mas no contexto geral, ele até que foi bem. Michael Peña é aqueles atores que botam a comicidade de qualquer filme no ponto máximo, pode ser até uma cena completamente dramática que seu estilo de expressão consegue divertir, e aqui não foi diferente com o seu Luis, e como possui muito texto, e foi encaixado em diversas cenas, ele trabalhou muito bem e agradou certamente ao fazer com que o filme ficasse bem mais divertido do que seria sem o seu personagem. Dos demais atores, temos Bobby Cannavale fazendo um policial razoável, com pouca expressividade, mas que funcionou bem encaixado como padrasto da filha do protagonista, interpretada muito bem por Abby Ryder Fortson que é outra promessa de boas atuações, e temos de pontuar a cena de luta do protagonista com Anthony Mackie com seu Falcão já tão conhecido dos Vingadores, mas que por ser apenas um encaixe, ainda não mostrou muito a que veio na trama. Claro que sempre que temos um filme da Marvel, ficamos esperando a aparição do criador do Universo Marvel, Stan Lee, e embora bem rápida, podemos dizer que ficou bacana sua cena no encerramento da trama.
No conceito visual da trama, já pontuei mais pra cima, mas tenho de reforçar o capricho que tiveram ao criar o pequeno mundo exibido junto das formigas quando o protagonista encolhe, e claro que a dinâmica empregada nos pequenos animaizinhos que são literalmente o charme da trama, sendo hábeis, dinâmicos e incríveis em tudo que fizeram, agradando demais, e dessa maneira temos de parabenizar e muito a equipe artística tanto pelos pequenos animais, quanto pelo visual criado para contextualizar tudo, ver o encanamento como um grande esgoto, os caminhos das formigas como grandes cavernas, e até mesmo as placas computacionais como enormes complexos de computadores, foi algo incrível de ver, não que quando ele estivesse grande não fosse bacana, mas o pequeno mundo foi melhor. E temos de destacar também o conceito de cores, pois como temos um filme alegre e bem feito, as cores mais vivas ajudaram muito a determinar o trabalho todo da fotografia da trama, o que acaba chamando muito a atenção e dando um ar mais engraçado para o longa, então se você é daqueles que gostam de algo mais sombrio, não será nesse filme que verá isso.
Agora o ponto que muitos visitam meu blog para saber mais do que vou falar do 3D convertido do longa. O que posso adiantar é que o trabalho conseguiu dar uma boa perspectiva de velocidade nas cenas que estamos junto dos animais, e de certa maneira aparentamos estar bem no meio dos insetos, o que é bem bacana, em algumas cenas também aparentam estar fora da tela voando e caminhando pela tela do cinema, e temos de certo modo alguns objetos também sendo atirados nos espectadores, então embora o filme não tenha sido filmado com a tecnologia, quem gosta desse estilo que não usa tanto a profundidade de campo, mas opta por arremessos fora da tela é capaz de sair satisfeito com o que verá. Claro que não temos isso no longa inteiro, e em diversas cenas, o filme até funciona sem óculos, embaçando apenas um pouco nas legendas, mas como disse, nos momentos em que trabalharam bem a conversão, até vale o dinheiro pago a mais pela sessão de óculos, então fica a dica para quem estiver pensando em ir ver o filme.
Enfim, como não estava esperando nada do filme, o resultado foi extremamente satisfatório e com toda certeza recomendo ele para todos que são fãs do Universo Marvel. Quem não conhece os filmes, sei que é pouca gente, mas ainda existem, até recomendo o longa por funcionar bem sozinho e ter um certo vértice diferenciado dos demais, mas talvez algumas boas sacadas irão ficar perdidas, então pode não ser um passeio tão agradável dentro das salas de cinema. Portanto deixo dessa maneira minha recomendação. Como pontuei no enorme texto acima, o longa teve dois grandes problemas, um na falta de um vilão mais impactante e de certa maneira o excesso de explicações para os fãs que conhecem tudo vai até incomodar um pouco, e somente por isso não darei a nota máxima para o longa, mas como diversão vale completamente o maior combo de pipoca e curtir certamente mais um novo herói para brigar contra os vilões mais complexos que o Universo Marvel vai ainda nos inserir nos próximos anos. E como todos já sabem, filme da Marvel tem de ficar até o último segundo dos créditos, então temos uma cena mid-crédito com 4 minutos após começar a subir as letras, dando a ligação para o próximo filme do personagem, e mais 12 minutos de letras na tela preta e virá uma cena já preparatória para o próximo filme da Marvel que já está a caminho, então é ir batendo papo com os amigos e aguardar até o final. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas no Sábado volto com mais um longa que chega na cidade, então abraços e até breve.
quarta-feira, 15 de julho de 2015
Espartanos (Spartiates)
Não sou uma pessoa que assiste muito as lutas de MMA para conhecer todos os lutadores, mas já é o segundo longa sobre a vida de lutadores que assisto e posso dizer com muita certeza que embora seja um esporte violento, toda a batalha e história de vida que muitos seguem educando jovens de comunidades pobres e fazendo com que a criminalidade seja diminuída com muito treino, disciplina e determinação consegue emocionar, cativar e fazer com que o respeito que tanto pedem seja merecido com o que fazem. E dessa maneira não só recomendo "Espartanos" para todos os amigos que gostam do esporte, como todos que sonham com um mundo melhor, aonde a educação pode reduzir a criminalidade e colocar no rumo, os jovens que estão indo para caminhos não tão bons.
O filme nos mostrou que Yvan Sorel fundou uma academia de MMA em Marselha, no “Quartier Nord”, região da cidade conhecida na mídia principalmente pelo tráfico de drogas, por suas gangues e tiroteios. Dia após dia, sozinho, sem nenhum apoio do Estado – que há muito tempo desistiu dessa área –, ele luta para manter as crianças e os jovens no caminho certo. Um filme sobre violência, educação, valores morais, fé e dignidade.
É interessante ver a forma que o diretor Nicolas Wadimoff conduziu a trama, pois diferente da maneira tradicional de documentários que costuma apresentar o tema ou o protagonista da trama, ele solta Sorel para fazer o seu dia a dia de treino, ensino e lutas, e na edição de um material monstruoso pelas diferenças de cabelo dele e dos outros que aparecem, ele conseguiu fazer um filme incrível e que se não fosse esse detalhe do cabelo poderíamos dizer que foi uma semana de gravação linda e cheia de vida. E além disso, esse estilo de documentário costuma pontuar e ficar dramático demais, já que a situação das pessoas sempre é menos favorável, mas ao contrário disso, o diretor pontuou forte no conceito da luta que é repetido diversas vezes pelas crianças que são ensinadas pelo lutador e professor. Dessa maneira o longa que aparentava ser duro e até fora dos padrões que muitos na sessão nem assistiria, fez com que todos se comovessem e saíssem emocionados da sessão, na torcida para que quem sabe após o filme, a equipe conseguisse atingir seus objetivos, o que provavelmente serviu como marketing usando o longa, e isso já fez com que valesse muito toda a garra do protagonista.
Sobre o estilo de ângulos que a equipe utilizou posso dizer que a escolha foi muito boa, pois deu um tom mais pessoal e intimista para a produção, trazendo o protagonista quase que como se estivesse contando e mostrando sua história para um amigo, e esse ponto é algo que pouquíssimos documentários conseguem atingir, portanto um acerto completo nesse sentido. Porém, algumas cenas poderiam ter sido melhor gravadas em locais com uma iluminação mais interessante, pois as que tiveram iluminação azul (deve ser algum bar ou coisa do tipo) até puxaram a emoção mais forte da trama, mas ficaram destoadas do restante do filme, e isso não é muito legal, mas é apenas um detalhe técnico que poderia agradar mais o resultado do filme, não atrapalhando em nada.
Enfim, um documentário excelente que recomendo muito que todos assistam, principalmente por mostrar que dentro de um ringue o lutador vai sangrar muito, vai bater muito, mas fora dele, a vida é quem bate, e isso só os fortes mesmo conseguem se levantar e mostrar que são exemplos para seguir. Portanto quem tiver oportunidade veja o filme que vai valer muito a pena. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com a única estreia da próxima semana, então abraços e até breve.
PS: Só não vou dar nota máxima pelo problema que relatei de iluminação, mas valeria facilmente.
O filme nos mostrou que Yvan Sorel fundou uma academia de MMA em Marselha, no “Quartier Nord”, região da cidade conhecida na mídia principalmente pelo tráfico de drogas, por suas gangues e tiroteios. Dia após dia, sozinho, sem nenhum apoio do Estado – que há muito tempo desistiu dessa área –, ele luta para manter as crianças e os jovens no caminho certo. Um filme sobre violência, educação, valores morais, fé e dignidade.
É interessante ver a forma que o diretor Nicolas Wadimoff conduziu a trama, pois diferente da maneira tradicional de documentários que costuma apresentar o tema ou o protagonista da trama, ele solta Sorel para fazer o seu dia a dia de treino, ensino e lutas, e na edição de um material monstruoso pelas diferenças de cabelo dele e dos outros que aparecem, ele conseguiu fazer um filme incrível e que se não fosse esse detalhe do cabelo poderíamos dizer que foi uma semana de gravação linda e cheia de vida. E além disso, esse estilo de documentário costuma pontuar e ficar dramático demais, já que a situação das pessoas sempre é menos favorável, mas ao contrário disso, o diretor pontuou forte no conceito da luta que é repetido diversas vezes pelas crianças que são ensinadas pelo lutador e professor. Dessa maneira o longa que aparentava ser duro e até fora dos padrões que muitos na sessão nem assistiria, fez com que todos se comovessem e saíssem emocionados da sessão, na torcida para que quem sabe após o filme, a equipe conseguisse atingir seus objetivos, o que provavelmente serviu como marketing usando o longa, e isso já fez com que valesse muito toda a garra do protagonista.
Sobre o estilo de ângulos que a equipe utilizou posso dizer que a escolha foi muito boa, pois deu um tom mais pessoal e intimista para a produção, trazendo o protagonista quase que como se estivesse contando e mostrando sua história para um amigo, e esse ponto é algo que pouquíssimos documentários conseguem atingir, portanto um acerto completo nesse sentido. Porém, algumas cenas poderiam ter sido melhor gravadas em locais com uma iluminação mais interessante, pois as que tiveram iluminação azul (deve ser algum bar ou coisa do tipo) até puxaram a emoção mais forte da trama, mas ficaram destoadas do restante do filme, e isso não é muito legal, mas é apenas um detalhe técnico que poderia agradar mais o resultado do filme, não atrapalhando em nada.
Enfim, um documentário excelente que recomendo muito que todos assistam, principalmente por mostrar que dentro de um ringue o lutador vai sangrar muito, vai bater muito, mas fora dele, a vida é quem bate, e isso só os fortes mesmo conseguem se levantar e mostrar que são exemplos para seguir. Portanto quem tiver oportunidade veja o filme que vai valer muito a pena. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com a única estreia da próxima semana, então abraços e até breve.
PS: Só não vou dar nota máxima pelo problema que relatei de iluminação, mas valeria facilmente.
domingo, 12 de julho de 2015
Pausa (Pause)
É estranho que quando vamos acompanhar filmes de festivais, não esperamos encontrar longas que sigam a linha mais tradicional, que passaria facilmente em um cinema comum com público até que razoável gostando do que é mostrado, e hoje poderia facilmente classificar o longa suíço "Pausa" nesse gênero de entretenimento, pois o romance é levinho, gostoso de acompanhar, a musicalidade agrada, afinal o indie/country tem uma sonoridade própria que envolve o público e capta completamente a essência do estilo que o filme trabalha, e principalmente temos bons atores colocando a interpretação para jogo de modo que assimilamos bem os personagens com tudo o que o roteiro desejava passar. Enfim, um filme muito gostoso de assistir, com uma história bacana e que torço para que apareça comercialmente por aqui, pois certamente recomendaria ele para diversas pessoas assistirem.
O filme nos mostra que o despreocupado compositor Sami fica chocado quando Julia, uma brilhante advogada com quem vive há quatro anos decide dar um tempo no relacionamento. Instruído por seu velho amigo Fernand, um músico country alcoólatra que vive numa clínica para idosos, Sami faz o impossível para provar a Julia que ela é a mulher de sua vida.
É interessante ver como o diretor trabalhou bem o roteiro de modo que ele não ficasse cansativo, mesmo trabalhando situações que costumeiramente já vimos diversas vezes, que é o famoso pedido de um tempo na relação, e de certa maneira muitos levariam isso somente para o sentimentalismo romanceado, mas não, Mathier Urfer abusou de diversas outras maneiras em sua estreia na direção de longas, para colocar o relacionamento entre amigos de muitos anos de vida, o relacionamento profissional dos músicos e até mesmo o relacionamento de colegas de trabalho até onde vai o rumo de uma conversa, e isso é legal de observar, pois geralmente esse estilo de filme costuma atacar somente um dos vértices, e desenvolvê-lo até o extremo, mas com boas pitadas em cada um, tivemos a liberdade para pensar e ainda curtir tudo que o filme desejava. Claro que ele abusou do estilo clássico de filmagens, sem forçar ângulos inovadores ou até mesmo criar uma perspectiva mais intimista para o seu longa, e isso talvez os que não estão acostumados com planos longos aonde a câmera opta por uma segurança nos diálogos dos atores, acabe cansando um pouco e não se envolvendo tanto com o que é passado, mas quem gosta de algo mais artístico, certamente vai acabar entrando na mesma vibe que quiseram trabalhar, e dessa forma conseguimos ver os protagonistas bem soltos para seguir com seus textos e interpretações.
Sobre a atuação, tivemos altos e baixos, pois faltou um pouco de firmeza do diretor para exigir mais em determinadas cenas, mas o resultado para um longa musical certamente foi bem encaixado pelo ponto de vista dos dois homens. Baptiste Gilliéron caiu bem no estilo de compositores/cantores que não querem mais nada na vida a não ser beber, compor e cantar, esquecendo até de tudo e todos que estão ao seu redor, e o jovem ator trabalhou até que bem por ser seu primeiro longa-metragem, puxando as expressões de seu Sami mais para os olhares vagos e cantando(ao menos aparentou ser sua voz) até que de maneira bem gostosa lembrando outros bons cantores da atualidade, ou seja, começou bem no cinema, e quem sabe ainda veremos mais trabalhos dele por aí. André Wilms caiu como uma luva no papel de Fernand, funcionando tanto como conselheiro amoroso quanto parceiro musical do protagonista, e o experiente ator trabalhou tão bem que gostaria até que ficasse muito mais tempo em tela e o longa ficasse somente na vida do personagem dele, mas como o foco do filme não é ele, nos momentos em que apareceu, procurou agradar ao máximo com boas expressões e foi perfeito. Julia Faure poderia ter entregado para sua personagem Julia uma dinâmica menos dura, pois não conseguiu dar fluxo nas cenas que mais pediram expressão, e ela como uma atriz já mais experiente saberia dar impacto nas cenas mais dramatizadas que fez. Os demais foram mais encaixes para a trama, dando um pequeno destaque para as cenas de Nils Althaus como chefe de Julia que conseguiu chamar atenção pela forma expressiva de chamar atenção nas suas duas cenas mais fortes, mas nada que desse alguma reviravolta grandiosa para a trama, portanto funcionou mesmo somente como referência de cena.
No quesito visual a trama trabalhou um pouco bagunçada cenograficamente, claro que era o desejo da produção para mostrar o desleixo do protagonista, mas acabou ficando de uma maneira bem estranha e aparentou mais erro do que símbolo dos elementos cênicos. Mas também não podemos ser tão rudes com o resultado final, afinal nas cenas do hospital, a simbologia do personagem de Wilms tudo funcionou muito bem encaixado, e nos momentos da turnê, ficou bem evidente também para mostrar como os cantores de segundo escalão sofrem para viajar em shows. A fotografia desenvolveu uma iluminação mais fria para dar uma certa dramaticidade na trama, e isso em longas musicais deixa o filme um pouco triste demais, e embora a temática da quebra de um relacionamento não seja algo muito feliz, a dinâmica poderia ser aquecida com a tentativa dele em voltar para o seu relacionamento, então luzes quentes ou sombras ao menos chamaria mais atenção do que impor o frio suíço pra cima do protagonista.
Claro que como temos um filme classificado como musical, apesar de as canções apenas funcionarem como a profissão do rapaz, e não um longa inteiramente cantado como estamos acostumados, as canções foram bem escolhidas e interpretadas com primor para dar contexto à história, dando destaque para a música final, que foi o motivo da composição de reconciliação e na voz do protagonista agradou bastante no tom e no ritmo.
Enfim, gostei bastante do que vi, e com toda certeza recomendo o longa para todos que gostam do estilo, por ser leve, bem dinâmico e contando com pouquíssimos erros como pontuei acima, confesso que de todos os longas do Panorama do Cinema Suíço Contemporâneo, esse foi o que mais me agradou até agora, ainda teremos mais três filmes para conferir, mas minha maior recomendação por enquanto é esse. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto na terça com mais filmes suíços, então abraços e até lá.
O filme nos mostra que o despreocupado compositor Sami fica chocado quando Julia, uma brilhante advogada com quem vive há quatro anos decide dar um tempo no relacionamento. Instruído por seu velho amigo Fernand, um músico country alcoólatra que vive numa clínica para idosos, Sami faz o impossível para provar a Julia que ela é a mulher de sua vida.
É interessante ver como o diretor trabalhou bem o roteiro de modo que ele não ficasse cansativo, mesmo trabalhando situações que costumeiramente já vimos diversas vezes, que é o famoso pedido de um tempo na relação, e de certa maneira muitos levariam isso somente para o sentimentalismo romanceado, mas não, Mathier Urfer abusou de diversas outras maneiras em sua estreia na direção de longas, para colocar o relacionamento entre amigos de muitos anos de vida, o relacionamento profissional dos músicos e até mesmo o relacionamento de colegas de trabalho até onde vai o rumo de uma conversa, e isso é legal de observar, pois geralmente esse estilo de filme costuma atacar somente um dos vértices, e desenvolvê-lo até o extremo, mas com boas pitadas em cada um, tivemos a liberdade para pensar e ainda curtir tudo que o filme desejava. Claro que ele abusou do estilo clássico de filmagens, sem forçar ângulos inovadores ou até mesmo criar uma perspectiva mais intimista para o seu longa, e isso talvez os que não estão acostumados com planos longos aonde a câmera opta por uma segurança nos diálogos dos atores, acabe cansando um pouco e não se envolvendo tanto com o que é passado, mas quem gosta de algo mais artístico, certamente vai acabar entrando na mesma vibe que quiseram trabalhar, e dessa forma conseguimos ver os protagonistas bem soltos para seguir com seus textos e interpretações.
Sobre a atuação, tivemos altos e baixos, pois faltou um pouco de firmeza do diretor para exigir mais em determinadas cenas, mas o resultado para um longa musical certamente foi bem encaixado pelo ponto de vista dos dois homens. Baptiste Gilliéron caiu bem no estilo de compositores/cantores que não querem mais nada na vida a não ser beber, compor e cantar, esquecendo até de tudo e todos que estão ao seu redor, e o jovem ator trabalhou até que bem por ser seu primeiro longa-metragem, puxando as expressões de seu Sami mais para os olhares vagos e cantando(ao menos aparentou ser sua voz) até que de maneira bem gostosa lembrando outros bons cantores da atualidade, ou seja, começou bem no cinema, e quem sabe ainda veremos mais trabalhos dele por aí. André Wilms caiu como uma luva no papel de Fernand, funcionando tanto como conselheiro amoroso quanto parceiro musical do protagonista, e o experiente ator trabalhou tão bem que gostaria até que ficasse muito mais tempo em tela e o longa ficasse somente na vida do personagem dele, mas como o foco do filme não é ele, nos momentos em que apareceu, procurou agradar ao máximo com boas expressões e foi perfeito. Julia Faure poderia ter entregado para sua personagem Julia uma dinâmica menos dura, pois não conseguiu dar fluxo nas cenas que mais pediram expressão, e ela como uma atriz já mais experiente saberia dar impacto nas cenas mais dramatizadas que fez. Os demais foram mais encaixes para a trama, dando um pequeno destaque para as cenas de Nils Althaus como chefe de Julia que conseguiu chamar atenção pela forma expressiva de chamar atenção nas suas duas cenas mais fortes, mas nada que desse alguma reviravolta grandiosa para a trama, portanto funcionou mesmo somente como referência de cena.
No quesito visual a trama trabalhou um pouco bagunçada cenograficamente, claro que era o desejo da produção para mostrar o desleixo do protagonista, mas acabou ficando de uma maneira bem estranha e aparentou mais erro do que símbolo dos elementos cênicos. Mas também não podemos ser tão rudes com o resultado final, afinal nas cenas do hospital, a simbologia do personagem de Wilms tudo funcionou muito bem encaixado, e nos momentos da turnê, ficou bem evidente também para mostrar como os cantores de segundo escalão sofrem para viajar em shows. A fotografia desenvolveu uma iluminação mais fria para dar uma certa dramaticidade na trama, e isso em longas musicais deixa o filme um pouco triste demais, e embora a temática da quebra de um relacionamento não seja algo muito feliz, a dinâmica poderia ser aquecida com a tentativa dele em voltar para o seu relacionamento, então luzes quentes ou sombras ao menos chamaria mais atenção do que impor o frio suíço pra cima do protagonista.
Claro que como temos um filme classificado como musical, apesar de as canções apenas funcionarem como a profissão do rapaz, e não um longa inteiramente cantado como estamos acostumados, as canções foram bem escolhidas e interpretadas com primor para dar contexto à história, dando destaque para a música final, que foi o motivo da composição de reconciliação e na voz do protagonista agradou bastante no tom e no ritmo.
Enfim, gostei bastante do que vi, e com toda certeza recomendo o longa para todos que gostam do estilo, por ser leve, bem dinâmico e contando com pouquíssimos erros como pontuei acima, confesso que de todos os longas do Panorama do Cinema Suíço Contemporâneo, esse foi o que mais me agradou até agora, ainda teremos mais três filmes para conferir, mas minha maior recomendação por enquanto é esse. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto na terça com mais filmes suíços, então abraços e até lá.
sábado, 11 de julho de 2015
As Aventuras dos Sete Anões (The Seventh Dwarf)
Acho interessante quando outros países nos revelam um trabalho tão preciso nos cinemas como é com a gênero de animação, e se em alguns momentos o desacreditado filme alemão "As Aventuras dos 7 Anões" deixou a desejar, com toda certeza não foi na modelagem dos personagens e muito menos na criatividade da história que tanto já vimos em diversas versões, mas apenas na indefinição de se o longa era para crianças ou não, pois temos muitas cenas infantilizadas e divertidas, porém também temos algumas cenas com temática mais complexa, e isso acabou deixando o longa no meio do caminho. Mas como outros filmes às vezes pegam até mais pesado, o longa vale o ingresso, e certamente vai fazer a garotada se divertir com o resultado da trama com personagens carismáticos, boa interação e piadas bem colocadas. Só coloco o detalhe que não dublaram as canções, então aqueles que ainda não leem, talvez sofra um pouquinho, mas todas são bem bonitas. E outro detalhe é que o longa não veio em 3D para o interior, mas foi bem notável que temos diversas cenas com a dinâmica sendo utilizada, então quem tiver a oportunidade, volte aqui e comente se valeu a pena ver com a tecnologia.
A história nos mostra que a bruxa Dellamorta amaldiçoa a princesa Rose e todo o reinado ao sono de 100 anos. E isso acontece no aniversário de 18 anos da princesa quando um dos 7 anões espeta o dedo dela, por acidente. O lugar fica congelado também e só os anões podem consertar isso, procurando o príncipe Jack, pois somente o seu beijo em Rose poderá reverter o feitiço.
É bacana ver o trabalho de outras nacionalidades, ainda mais quando um ator renomado resolve virar diretor estreante resolve atacar justo no gênero, que particularmente, considero mais trabalhoso, e ao fazer um filme honesto com sacadas juvenis e trabalhando com uma modelagem bem coerente para os personagens, o alemão Boris Aljinovic conseguiu entregar um filme que diverte bastante e até chega a ser melhor que muitas outras besteiras que já vimos espalhadas por aí. Claro que acertar tudo num primeiro filme é algo quase que impossível e ele certamente viu que seu longa ficou oscilante demais no quesito de idade, pois temos umas pegadas mais próximas de adolescentes, como a festa de 18 anos da princesa e todo o lance amoroso, mas os personagens são bem infantis, e isso causa uma certa estranheza logo de cara, mas quem estiver disposto a curtir, certamente vai gostar do que verá. Outro detalhe importante é que não sei a data exata do roteiro, mas o filme de certa forma faz diversos plágios em relação à inserir outros personagens conhecidos dentro de um único filme, da mesma maneira que "Shrek" fez e isso é algo que ficou muito claro dentro da trama, então pode ser que os produtores mais para frente tomem algumas broncas, mas nós como bons curtidores de animações nem ligamos e divertimos com o que é passado, e com as situações que cada um faz ao passar pelo tapete vermelho.
Sobre os personagens principais, no caso os sete anões, Jack, Rose, Dellamorta e o dragão Brasa, podemos dizer que todos possuem de certa forma um carisma interessante e mesmo a vilã não chega a ser algo estranho de acreditar e até gostar dela. Os anõezinhos claro que deram mais destaque para o personagem Bobo que ao não saber amarrar os sapatos está sempre caindo e causando alguma confusão (e sua cena aprendendo a amarrar, foi a coisa mais infantil que já vi nas telas dos cinemas), e o personagem é bem convincente de emoções, o que não costumam colocar num protagonista de animações, ou seja, vemos ele com tristeza, depressão, alegria, felicidade e até bravo em alguns momentos, e isso foi um grande acerto da equipe. O mocinho da trama Jack poderia ter ficado amarrado o longa inteiro, pois só serve para quebrar o feitiço e mais nada, o que é de certa forma um desapontamento total. A dublagem ficou bem cômica, pois temos momentos que os dubladores soltam diversas gírias, e em outros momentos eles são completamente formais, e o melhor, sem motivo algum, ou seja, poderiam ter sido melhores dirigidos para fazer um trabalho melhor. E como já disse uma vez, animação sempre é voltada para as crianças, então se vai dublar, dublem tudo, largar as músicas em inglês com legenda certamente foi um tiro no pé, e embora tenham uma sonoridade bem gostosa, quem não conseguir ler, vai perder praticamente metade do filme.
Sobre o visual da trama, modelaram muito bem os personagens de modo que todos possuem formas interessantes e bem diferenciadas, além de cada um sendo trabalhado de uma cor diferente, faz com que o público se conecte com os personagens e com o visual passado, então isso funcionou bem para o resultado que a equipe certamente esperava. Os tons de azul escolhidos para retratar a tristeza e o congelamento dos personagens, também foi um luxo que deve ser muito bem observado e agradará certamente à todos que forem assistir. Como disse não veio cópia em 3D para cá, mas notei diversos momentos que o longa dá a tradicional acelerada de câmera para dar perspectiva de movimento no público e isso deve chamar a atenção de quem for ver com a tecnologia, além de muitas cenas que coisas são atiradas ao ar, o que certamente com a tecnologia voou para fora da tela.
Já que as canções não foram dubladas, deixo aqui os parabéns para a equipe musical original, pois as escolhas foram muito bem feitas, e as composições são de uma temática bem interessante de ouvir e agradar com o que é cantado, praticamente complementando o roteiro com o que foi preparado.
Enfim, é um longa que vale a pena conferir, e com poucos erros deve agradar quem for assistir. Claro que escolheram uma data chave de férias, mas ao pegar dois grandes filmes já rolando nas salas, talvez não chame tanta atenção dos pais que estiverem levando as crianças para os cinemas, mas é mais uma opção para conferir, e de certa maneira uma boa opção, tirando os detalhes que já citei acima. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com o longa do Festival Suíço, então abraços e até breve.
A história nos mostra que a bruxa Dellamorta amaldiçoa a princesa Rose e todo o reinado ao sono de 100 anos. E isso acontece no aniversário de 18 anos da princesa quando um dos 7 anões espeta o dedo dela, por acidente. O lugar fica congelado também e só os anões podem consertar isso, procurando o príncipe Jack, pois somente o seu beijo em Rose poderá reverter o feitiço.
É bacana ver o trabalho de outras nacionalidades, ainda mais quando um ator renomado resolve virar diretor estreante resolve atacar justo no gênero, que particularmente, considero mais trabalhoso, e ao fazer um filme honesto com sacadas juvenis e trabalhando com uma modelagem bem coerente para os personagens, o alemão Boris Aljinovic conseguiu entregar um filme que diverte bastante e até chega a ser melhor que muitas outras besteiras que já vimos espalhadas por aí. Claro que acertar tudo num primeiro filme é algo quase que impossível e ele certamente viu que seu longa ficou oscilante demais no quesito de idade, pois temos umas pegadas mais próximas de adolescentes, como a festa de 18 anos da princesa e todo o lance amoroso, mas os personagens são bem infantis, e isso causa uma certa estranheza logo de cara, mas quem estiver disposto a curtir, certamente vai gostar do que verá. Outro detalhe importante é que não sei a data exata do roteiro, mas o filme de certa forma faz diversos plágios em relação à inserir outros personagens conhecidos dentro de um único filme, da mesma maneira que "Shrek" fez e isso é algo que ficou muito claro dentro da trama, então pode ser que os produtores mais para frente tomem algumas broncas, mas nós como bons curtidores de animações nem ligamos e divertimos com o que é passado, e com as situações que cada um faz ao passar pelo tapete vermelho.
Sobre os personagens principais, no caso os sete anões, Jack, Rose, Dellamorta e o dragão Brasa, podemos dizer que todos possuem de certa forma um carisma interessante e mesmo a vilã não chega a ser algo estranho de acreditar e até gostar dela. Os anõezinhos claro que deram mais destaque para o personagem Bobo que ao não saber amarrar os sapatos está sempre caindo e causando alguma confusão (e sua cena aprendendo a amarrar, foi a coisa mais infantil que já vi nas telas dos cinemas), e o personagem é bem convincente de emoções, o que não costumam colocar num protagonista de animações, ou seja, vemos ele com tristeza, depressão, alegria, felicidade e até bravo em alguns momentos, e isso foi um grande acerto da equipe. O mocinho da trama Jack poderia ter ficado amarrado o longa inteiro, pois só serve para quebrar o feitiço e mais nada, o que é de certa forma um desapontamento total. A dublagem ficou bem cômica, pois temos momentos que os dubladores soltam diversas gírias, e em outros momentos eles são completamente formais, e o melhor, sem motivo algum, ou seja, poderiam ter sido melhores dirigidos para fazer um trabalho melhor. E como já disse uma vez, animação sempre é voltada para as crianças, então se vai dublar, dublem tudo, largar as músicas em inglês com legenda certamente foi um tiro no pé, e embora tenham uma sonoridade bem gostosa, quem não conseguir ler, vai perder praticamente metade do filme.
Sobre o visual da trama, modelaram muito bem os personagens de modo que todos possuem formas interessantes e bem diferenciadas, além de cada um sendo trabalhado de uma cor diferente, faz com que o público se conecte com os personagens e com o visual passado, então isso funcionou bem para o resultado que a equipe certamente esperava. Os tons de azul escolhidos para retratar a tristeza e o congelamento dos personagens, também foi um luxo que deve ser muito bem observado e agradará certamente à todos que forem assistir. Como disse não veio cópia em 3D para cá, mas notei diversos momentos que o longa dá a tradicional acelerada de câmera para dar perspectiva de movimento no público e isso deve chamar a atenção de quem for ver com a tecnologia, além de muitas cenas que coisas são atiradas ao ar, o que certamente com a tecnologia voou para fora da tela.
Já que as canções não foram dubladas, deixo aqui os parabéns para a equipe musical original, pois as escolhas foram muito bem feitas, e as composições são de uma temática bem interessante de ouvir e agradar com o que é cantado, praticamente complementando o roteiro com o que foi preparado.
Enfim, é um longa que vale a pena conferir, e com poucos erros deve agradar quem for assistir. Claro que escolheram uma data chave de férias, mas ao pegar dois grandes filmes já rolando nas salas, talvez não chame tanta atenção dos pais que estiverem levando as crianças para os cinemas, mas é mais uma opção para conferir, e de certa maneira uma boa opção, tirando os detalhes que já citei acima. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com o longa do Festival Suíço, então abraços e até breve.
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Cidades de Papel
Já é fato saber que quando um livro de algum escritor vivo estoura a bilheteria dos cinemas com sua adaptação, podemos esperar a vinda de praticamente todos os outros, e como "A Culpa das Estrelas" lotou cinemas pelo mundo afora, (principalmente no Brasil, o que fez a produção do novo longa estrear aqui bem antes do que no país de origem), era só aguardar a data de estreia de "Cidades de Papel". Não digo isso com nenhum pesar, pois mesmo sendo um nicho que muitos reclamam, eu tenho um certo carisma para com esse estilo de filme, pois como não tenho o poder de viajar tanto na imaginação literária, ver nas telas a imaginação que alguém teve de determinado autor é algo que me satisfaz bastante. E posso dizer mais, que fiquei curioso por mais longas baseados nos textos de John Green, pois esse escritor que tem levado adolescentes às lágrimas ao falar praticamente na mesma linguagem que eles, tem conseguido trabalhar de uma maneira menos forçada de clichês ao colocar o romance em pauta, mas sem finalizar da forma usual que todos esperariam, e isso é algo muito bacana de ver na telona, e certamente a bilheteria vai estourar (hoje por exemplo quase não consegui ingresso para a sessão) e já podemos ficar aguardando seu próximo livro nas telas do cinema.
O filme nos conta uma história sobre amadurecimento, centrada em Quentin e em sua enigmática vizinha, Margo, que gostava tanto de mistérios, que acabou se tornando um. Depois de levá-lo a uma noite de aventuras pela cidade, Margo desaparece, deixando para trás pistas para Quentin decifrar. A busca coloca Quentin e seus amigos em uma jornada eletrizante. Para encontrá-la, Quentin deve entender o verdadeiro significado de amizade – e de amor.
O que posso adiantar é que se você não leu o livro, assim como eu, evite ir nas sessões lotadas iniciais, pois um spoiler instantâneo pode fazer você querer matar a pessoa do seu lado, e não terá como mudar de lugar. Dito isso, o diretor Jake Schreier trabalhou muito bem o desenvolvimento que os roteiristas acabaram criando em cima do livro de John Green, o único aquém é que no livro provavelmente as passagens das horas devem ter um bom motivo, e aqui no filme ficou aparentemente algo bem inútil e até feio demais aparecendo na tela a todo momento, somente perguntando o tempo para o Radar ficaria mais elegante e bacana de ver. Além desse pequeno defeito, o diretor teve em seu segundo longa uma responsabilidade monstruosa de tentar passar os principais detalhes da trama que os fãs iriam procurar na tela, então ele soube junto com os jovens dar a dinâmica correta para que cada elemento tivesse a devida importância e ainda ajudasse que eles desenvolvessem seus diálogos, ou seja, trabalhar com jovens já é uma tarefa árdua, e ainda por cima juntar pedacinho de papel em canto, é algo que certamente funcionou como um bom treino. Além de que o texto do escritor por si só já fala com os jovens e ao montar todo o conteúdo, o diretor soube colocar o brilho total na última cena para casar com a sintonia que a trama pedia para ser fechada.
Um fato que é bem interessante sobre o elenco, é que mesmo todos possuindo idades de jovens que entram nas faculdades, alguns até mais, praticamente todos aparentam ser muito mais jovens, e isso de certa forma causa um pouco de incômodo, mas como fizeram bem suas interpretações, isso é o que mais vale falar. Nat Wolff é um dos poucos atores jovens que conseguem trabalhar a percepção de câmeras junto das melhores expressões faciais possíveis, claro que em cinema gravamos diversas vezes a mesma cena para ficar com uma tomada boa, mas seu Quentin aparenta funcionar tão bem no papel que mesmo nos momentos mais tranquilos da trama, ele sempre está com um ar curioso e empolgado para tudo o que vai fazer em seguida, vejo futuro nele. Cara Delevingne entregou a sua Margo ao mesmo tempo um ar enigmático e uma beleza diferenciada, de forma que não trabalhou com impacto para ser sexy, mas sim um desejo pela aventura mesmo e pelo jeito de ser, e isso é um dos trabalhos mais difíceis para diversas atrizes, pois jogar charme e beleza é fácil, mas conquistar usando de outras maneiras dá trabalho, o que de certa forma foi um pouco complicado para a jovem que já trabalha a muito tempo como modelo, mas que tem antes desse filme fez apenas participações em outros filmes e séries, mas foi tão bem, que já está gravando diversos outros, então certamente irá melhorar muito, e deve seguir carreira facilmente. Austin Abrams é o que mais aparenta ter menos idade do que seu personagem na trama, mas ao trabalhar seus diálogos foi tão impactante que acabamos gostando demais do que faz, e nos afeiçoamos ao que faz em cena, torcendo de certa forma para que suas mentiras virem futuro, e dessa maneira ligamos o personagem a diversos amigos e conhecidos que inventam mais do que fazem, e assim sendo o garoto conseguiu chamar atenção, e vamos aguardar outros papéis para falar mais dele. Justice Smith teve sua estreia nos cinemas com um papel mais sério e introspectivo, mas seu Radar sempre é de grandes sorrisos e boas cenas para chamar a atenção e agradar na medida com seu bom texto, é outro que certamente tem futuro. Dos demais personagens, a maioria acaba servindo para uma ou outra ligação com os protagonistas, mas não chegam a chamar tanta atenção, então vamos dizer que funcionaram apenas para o propósito de auxílio de cena, mas claro que a aparição de AnseL Elgort fez todas as meninas da sala gritarem.
Agora se estamos falando de um filme que coloca um mistério para ser desvendado, entra em cena o trabalho meticuloso da equipe de arte para que cada elemento do livro encaixasse perfeitamente no melhor ângulo de câmera e também não ficasse tão falso do protagonista localizar (embora alguns tenham ficado bem forçados), mas o resultado total funciona bem e mostrou que todos tiveram que ler e muito cada trecho do roteiro para não esquecer nada em cena e ainda dar um charme nos cenários. Aliado às boas escolhas de elementos, a equipe de fotografia trabalhou muito com uma iluminação de preenchimento para enobrecer ainda mais as cenas noturnas ou nas internas mais envolventes, e isso deu um tom muito gostoso de acompanhar e fluiu junto com o desenvolvimento da trama para que nada acontecesse ao acaso.
Enfim, não é um filme perfeito, mas agrada bastante pela forma dinâmica que foi produzido, construindo um misto de road-movie com pitadas de suspense/mistério, e um certo ar romanceado para dar o tom, mas sem dar muito spoiler, o amor não é o ponto principal da trama. Claro que quem não gosta de romances adolescentes vai odiar toda a situação, mas garanto que o texto tem um estilo próprio e não cansa como a maioria costuma fazer, e quem não leu o livro vai até se contradizer bastante com o final do longa. Portanto recomendo ele como uma boa diversão nos cinemas, mas como disse no começo, se você não curte ouvir pessoas falantes ao seu lado, fuja das sessões em horários mais comuns, pois as fãs ficam comentando partes do livro e dando spoilers durante o próprio filme. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com a outra estreia da semana, então abraços e até breve.
O filme nos conta uma história sobre amadurecimento, centrada em Quentin e em sua enigmática vizinha, Margo, que gostava tanto de mistérios, que acabou se tornando um. Depois de levá-lo a uma noite de aventuras pela cidade, Margo desaparece, deixando para trás pistas para Quentin decifrar. A busca coloca Quentin e seus amigos em uma jornada eletrizante. Para encontrá-la, Quentin deve entender o verdadeiro significado de amizade – e de amor.
O que posso adiantar é que se você não leu o livro, assim como eu, evite ir nas sessões lotadas iniciais, pois um spoiler instantâneo pode fazer você querer matar a pessoa do seu lado, e não terá como mudar de lugar. Dito isso, o diretor Jake Schreier trabalhou muito bem o desenvolvimento que os roteiristas acabaram criando em cima do livro de John Green, o único aquém é que no livro provavelmente as passagens das horas devem ter um bom motivo, e aqui no filme ficou aparentemente algo bem inútil e até feio demais aparecendo na tela a todo momento, somente perguntando o tempo para o Radar ficaria mais elegante e bacana de ver. Além desse pequeno defeito, o diretor teve em seu segundo longa uma responsabilidade monstruosa de tentar passar os principais detalhes da trama que os fãs iriam procurar na tela, então ele soube junto com os jovens dar a dinâmica correta para que cada elemento tivesse a devida importância e ainda ajudasse que eles desenvolvessem seus diálogos, ou seja, trabalhar com jovens já é uma tarefa árdua, e ainda por cima juntar pedacinho de papel em canto, é algo que certamente funcionou como um bom treino. Além de que o texto do escritor por si só já fala com os jovens e ao montar todo o conteúdo, o diretor soube colocar o brilho total na última cena para casar com a sintonia que a trama pedia para ser fechada.
Um fato que é bem interessante sobre o elenco, é que mesmo todos possuindo idades de jovens que entram nas faculdades, alguns até mais, praticamente todos aparentam ser muito mais jovens, e isso de certa forma causa um pouco de incômodo, mas como fizeram bem suas interpretações, isso é o que mais vale falar. Nat Wolff é um dos poucos atores jovens que conseguem trabalhar a percepção de câmeras junto das melhores expressões faciais possíveis, claro que em cinema gravamos diversas vezes a mesma cena para ficar com uma tomada boa, mas seu Quentin aparenta funcionar tão bem no papel que mesmo nos momentos mais tranquilos da trama, ele sempre está com um ar curioso e empolgado para tudo o que vai fazer em seguida, vejo futuro nele. Cara Delevingne entregou a sua Margo ao mesmo tempo um ar enigmático e uma beleza diferenciada, de forma que não trabalhou com impacto para ser sexy, mas sim um desejo pela aventura mesmo e pelo jeito de ser, e isso é um dos trabalhos mais difíceis para diversas atrizes, pois jogar charme e beleza é fácil, mas conquistar usando de outras maneiras dá trabalho, o que de certa forma foi um pouco complicado para a jovem que já trabalha a muito tempo como modelo, mas que tem antes desse filme fez apenas participações em outros filmes e séries, mas foi tão bem, que já está gravando diversos outros, então certamente irá melhorar muito, e deve seguir carreira facilmente. Austin Abrams é o que mais aparenta ter menos idade do que seu personagem na trama, mas ao trabalhar seus diálogos foi tão impactante que acabamos gostando demais do que faz, e nos afeiçoamos ao que faz em cena, torcendo de certa forma para que suas mentiras virem futuro, e dessa maneira ligamos o personagem a diversos amigos e conhecidos que inventam mais do que fazem, e assim sendo o garoto conseguiu chamar atenção, e vamos aguardar outros papéis para falar mais dele. Justice Smith teve sua estreia nos cinemas com um papel mais sério e introspectivo, mas seu Radar sempre é de grandes sorrisos e boas cenas para chamar a atenção e agradar na medida com seu bom texto, é outro que certamente tem futuro. Dos demais personagens, a maioria acaba servindo para uma ou outra ligação com os protagonistas, mas não chegam a chamar tanta atenção, então vamos dizer que funcionaram apenas para o propósito de auxílio de cena, mas claro que a aparição de AnseL Elgort fez todas as meninas da sala gritarem.
Agora se estamos falando de um filme que coloca um mistério para ser desvendado, entra em cena o trabalho meticuloso da equipe de arte para que cada elemento do livro encaixasse perfeitamente no melhor ângulo de câmera e também não ficasse tão falso do protagonista localizar (embora alguns tenham ficado bem forçados), mas o resultado total funciona bem e mostrou que todos tiveram que ler e muito cada trecho do roteiro para não esquecer nada em cena e ainda dar um charme nos cenários. Aliado às boas escolhas de elementos, a equipe de fotografia trabalhou muito com uma iluminação de preenchimento para enobrecer ainda mais as cenas noturnas ou nas internas mais envolventes, e isso deu um tom muito gostoso de acompanhar e fluiu junto com o desenvolvimento da trama para que nada acontecesse ao acaso.
Enfim, não é um filme perfeito, mas agrada bastante pela forma dinâmica que foi produzido, construindo um misto de road-movie com pitadas de suspense/mistério, e um certo ar romanceado para dar o tom, mas sem dar muito spoiler, o amor não é o ponto principal da trama. Claro que quem não gosta de romances adolescentes vai odiar toda a situação, mas garanto que o texto tem um estilo próprio e não cansa como a maioria costuma fazer, e quem não leu o livro vai até se contradizer bastante com o final do longa. Portanto recomendo ele como uma boa diversão nos cinemas, mas como disse no começo, se você não curte ouvir pessoas falantes ao seu lado, fuja das sessões em horários mais comuns, pois as fãs ficam comentando partes do livro e dando spoilers durante o próprio filme. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com a outra estreia da semana, então abraços e até breve.