quarta-feira, 15 de julho de 2015

Espartanos (Spartiates)

Não sou uma pessoa que assiste muito as lutas de MMA para conhecer todos os lutadores, mas já é o segundo longa sobre a vida de lutadores que assisto e posso dizer com muita certeza que embora seja um esporte violento, toda a batalha e história de vida que muitos seguem educando jovens de comunidades pobres e fazendo com que a criminalidade seja diminuída com muito treino, disciplina e determinação consegue emocionar, cativar e fazer com que o respeito que tanto pedem seja merecido com o que fazem. E dessa maneira não só recomendo "Espartanos" para todos os amigos que gostam do esporte, como todos que sonham com um mundo melhor, aonde a educação pode reduzir a criminalidade e colocar no rumo, os jovens que estão indo para caminhos não tão bons.

O filme nos mostrou que Yvan Sorel fundou uma academia de MMA em Marselha, no “Quartier Nord”, região da cidade conhecida na mídia principalmente pelo tráfico de drogas, por suas gangues e tiroteios. Dia após dia, sozinho, sem nenhum apoio do Estado – que há muito tempo desistiu dessa área –, ele luta para manter as crianças e os jovens no caminho certo. Um filme sobre violência, educação, valores morais, fé e dignidade.

É interessante ver a forma que o diretor Nicolas Wadimoff conduziu a trama, pois diferente da maneira tradicional de documentários que costuma apresentar o tema ou o protagonista da trama, ele solta Sorel para fazer o seu dia a dia de treino, ensino e lutas, e na edição de um material monstruoso pelas diferenças de cabelo dele e dos outros que aparecem, ele conseguiu fazer um filme incrível e que se não fosse esse detalhe do cabelo poderíamos dizer que foi uma semana de gravação linda e cheia de vida. E além disso, esse estilo de documentário costuma pontuar e ficar dramático demais, já que a situação das pessoas sempre é menos favorável, mas ao contrário disso, o diretor pontuou forte no conceito da luta que é repetido diversas vezes pelas crianças que são ensinadas pelo lutador e professor. Dessa maneira o longa que aparentava ser duro e até fora dos padrões que muitos na sessão nem assistiria, fez com que todos se comovessem e saíssem emocionados da sessão, na torcida para que quem sabe após o filme, a equipe conseguisse atingir seus objetivos, o que provavelmente serviu como marketing usando o longa, e isso já fez com que valesse muito toda a garra do protagonista.

Sobre o estilo de ângulos que a equipe utilizou posso dizer que a escolha foi muito boa, pois deu um tom mais pessoal e intimista para a produção, trazendo o protagonista quase que como se estivesse contando e mostrando sua história para um amigo, e esse ponto é algo que pouquíssimos documentários conseguem atingir, portanto um acerto completo nesse sentido. Porém, algumas cenas poderiam ter sido melhor gravadas em locais com uma iluminação mais interessante, pois as que tiveram iluminação azul (deve ser algum bar ou coisa do tipo) até puxaram a emoção mais forte da trama, mas ficaram destoadas do restante do filme, e isso não é muito legal, mas é apenas um detalhe técnico que poderia agradar mais o resultado do filme, não atrapalhando em nada.

Enfim, um documentário excelente que recomendo muito que todos assistam, principalmente por mostrar que dentro de um ringue o lutador vai sangrar muito, vai bater muito, mas fora dele, a vida é quem bate, e isso só os fortes mesmo conseguem se levantar e mostrar que são exemplos para seguir. Portanto quem tiver oportunidade veja o filme que vai valer muito a pena. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com a única estreia da próxima semana, então abraços e até breve.

PS: Só não vou dar nota máxima pelo problema que relatei de iluminação, mas valeria facilmente.


3 comentários:

  1. tem algum link q possa ver o filme legendado ?

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  2. Olá Amigo, assisti o longa num festival organizado pelo SESC daqui de Ribeirão, e não conheço muitos sites de baixar filmes, principalmente documentários, então o jeito é aguardar aparecer nas Netflix da vida mesmo!! Abraços!

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