sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Alvin e os Esquilos - Na Estrada (Alvin and the Chipmunks: The Road Chip)

É engraçado que algumas franquias vão mudando os diretores e o estilo de cada filme muda e tem novas vertentes com isso, claro que mantendo sempre a essência original, mas alguns puxam mais maturidade, outros resolvem só incorporar diversão e por aí vai. Com "Na Estrada", praticamente temos o longa de cerne mais adulto dentro da franquia "Alvin e os Esquilos", e quando muitos afirmavam que o longa já vinha desgastado desde o segundo, e o terceiro acabou tendo uma boa levada, mas sem muita empolgação, o quarto filme veio mostrar que não, que tudo pode rumar para um vértice diferente e ainda empolgar. Claro que não temos muito o que fugir do original, mantendo os esquilos cantantes com suas devidas personalidades, Dave dando conexão para a história e muitas trapalhadas, mas o novo diretor conseguiu montar uma história completamente diferente das demais, e isso acaba agradando e empolgando, pois o estilo road-movie funciona para bandas e aqui encaixou bem. De modo que posso estar bem maluco para falar isso, mas certamente esse é meu favorito da franquia, batendo até o primeiro longa aonde fomos apresentados aos bichinhos fofos e de vozes irritantes.

O longa nos mostra que através de uma série de mal-entendidos, Alvin, Simon e Theodore passaram a acreditar que Dave vai pedir sua nova namorada em casamento em Nova York... e despejá-los. Eles têm três dias para chegar até ele e impedir o pedido, salvando-se não só da perda de Dave, mas possivelmente de ganhar um terrível meio-irmão.

No geral, é interessante ver que a modelagem digital dos personagens vem num crescente maravilhoso, que se no primeiro pareciam bonecos desses que vem como brinde no DVD, agora parecem realmente ter pelos que se movem nos movimentos e o diretor Walt Becker incorporou mais ainda a personalidade de cada um para ficar evidente. Como sempre a base das histórias envolvem família, e aqui a possibilidade de não serem mais amados por seu "pai" Dave, e o surgimento de um mala como irmão (que dando um leve spoiler, mas que de cara se vê é que logo logo vai virar amigo deles). Como todo bom road-movie, as paradas sempre criam boas histórias, e no caso dos esquilos cantantes, boas músicas, danças e tudo mais, e as escolhas musicais foram bem colocadas dentro das que fizeram sucesso nesse ano, então podem esperar que a garotada vai dançar junto (ao menos na minha sessão a maioria dançou). Costumo reclamar de bagunças em sessões, mas já pela terceira vez seguida que vou nos filmes do Alvin e a garotada dança e conversa com os bichinhos, então acredito que essa vai ser sempre a aposta das produções, e de forma acertada, funciona! Então quem for ver, vá preparado para isso, pois os ângulos escolhidos sempre com os protagonistas bem colocados para o público dá esse realce. Uma falha grande, novamente um vilão fraco de empolgar, e chato de doer.

Sobre as atuações, vou falar dos de carne e osso, pois dos esquilos sabemos que são fofos, possuem a mesma característica de voz estranha (tanto no original quanto no dublado no Brasil, e felizmente mixaram melhor ainda parecendo uma mais com a outra não dando quebras nas músicas). Então Jason Lee nos mostra que seu Dave, após 4 filmes com os bichinhos já pode se considerar um expert em atuar com coisas imaginárias, afinal como todos sabem não possui os esquilos nas suas cenas para gravar, e ele tem uma conexão nos movimentos com eles que é incrível de ver, e além disso ficou menos gritante que nos anteriores, e isso agrada. Josh Green também caiu bem no papel de Miles e embora tenha poucas expressões, saiu-se bem nas cenas com os esquilos e foi objetivo no começo da trama, mudando demais ao ficar melancólico e depois virou quase que uma pelúcia dos bichinhos, mas como é o seu primeiro filme mesmo, ainda pode melhorar. Agora a grande decepção como disse acima ficou por Tony Hale que até tentou ser um "vilão" malvado, mas assim como acontece sempre nos filmes do Alvin, acaba sendo mais ridicularizado do que impactante, e isso já está ficando chato, podiam logo colocar alguém que ficássemos com raiva por ser mal mesmo. Das mulheres, prefiro nem opinar, pois todas foram enfeites de cena.

No conceito cênico, escolheram diversas boas locações de paradas para o road-movie, mas a mais evidente claro é New Orleans, a cidade mais carnavalesca dos EUA (alguém poderia me confirmar se é mesmo assim, festa todo dia? Pois todo filme só mostram isso de lá, que já estou ficando convencido que é mesmo!!) aonde uma grande e colorida festa empolga o público ao som de Uptown Funk, mas sempre bons ângulos foram colocados para incorporar os bichinhos nas cenas e ainda assim evidenciar retratando bem cada lugar que estiveram, ou seja, um trabalho bem feito em conjunto da arte com a fotografia, que por sinal iluminou muito bem cada cena, pois temos sombras bem trabalhadas, o que não costumava acontecer nos outros longas.

Como é um longa aonde a música predomina, tivemos boas canções escolhidas e que deram simbolicamente o tom que o filme pedia a cada cena, e agora acredito que já acostumei com as vozes dos esquilos, e até ficaram boas as versões. Para quem quiser, aqui está o link com a trilha completa.

Enfim, claro que não é o melhor longa de animação do ano, muito menos um filme que devemos tirar o chapéu, mas agrada bem tanto as crianças, quanto aos pais que forem levar os pequenos no cinema. Então felizmente o sofrimento foi bem menor do que o segundo longa da franquia, e até que recomendo ele para todos que gostem do estilo, com a ressalva de que vá sabendo que é um longa bem infantilizado. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com a única estreia mesmo da semana por aqui, então abraços e até breve.


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