Fico cada dia mais abismado, e claro querendo tirar o chapéu em nível máximo, com a capacidade que uma equipe de edição de trailers pode causar em um espectador! Pois, parem três minutinhos e vejam o trailer abaixo, certamente irão falar: "nossa que filmaço de destruição alien", depois revejam o pôster acima, e vão falar: "é realmente esse filme parece dos bons". Daí detesto destruir expectativas, mas só fiz isso após assistir e já solto a primeira bomba que muitos não sabem, mas "A Quinta Onda" é o primeiro longa baseado no primeiro livro de uma trilogia que ainda não teve nem seu último livro lançado, na sequência solto mais uma pérola, o que inicialmente começa bem tenso e deixando o público cada vez mais curioso é substituído no miolo por algo bem romanceado, das quais algumas teenagers vão curtir muito ver e outros vão acabar apenas achando que poderiam ver bem mais dentro de toda a possibilidade da história, que é facilmente desvendada o mistério todo logo de cara. Ou seja, está longe de ser um filme ruim, mas também não chega nem perto de ser algo sensacional, agora é torcer para que se fizerem a adaptação dos demais livros("O Mar Infinito" e "A Última Estrela") coloquem um incremento mais forte e chamativo para não ser apenas uma obra voltada para jovens adultos.
O filme nos mostra que a Terra repentinamente sofre uma série de ataques alienígenas. Na primeira onda de ataques, um pulso eletromagnético retira a eletricidade do planeta. Na segunda onda, um tsunami gigantesco mata 40% da população. Na terceira onda, os pássaros passam a transmitir um vírus que mata 97% das pessoas que resistiram aos ataques anteriores. Na quarta onda, os próprios alienígenas se infiltram entre os humanos restantes, espalhando a dúvida entre todos. Com a proximidade cada vez maior da quinta onda, que promete exterminar de vez a raça humana, a adolescente Cassie Sullivan precisa resgatar seu irmão mais novo e descobrir em quem pode confiar.
Tudo bem que sempre vão tentar substituir as sagas adolescentes que vão acabando por outras novas, algumas que seguem a mesma linha base e outras que vão por fluxos completamente diferentes, mas sempre existirão no mercado depois do sucesso estrondoso que a saga "Crepúsculo" arrebatou. Isso é um fato, que muitos vão negar e reclamar. Mas se eu fosse escritor também seguiria nessa linha, afinal é dinheiro garantido. Só confesso que quando li "O Monstrologista" há uns 4 anos, nem imaginava que Rick Yanley seguiria para essa vertente, afinal o livro é muitíssimo interessante e gerou outras três continuações. Porém em 2013, o escritor debandou para o lado alienígena da força, e claro, vendo que o sucesso teen que havia explodido bilheterias havia encerrado sua participação nos cinemas e nos livros, por que não tentar a sorte também com esse estilo, e eis que iniciou seu livro "A Quinta Onda", que teve sua sequência("O Mar Infinito") lançada no ano passado e tem previsão do último livro sair ainda em 2016, ao menos nos EUA. E claro que vendo esse filão, todo produtor que se preze, quer ganhar dinheiro, e lá foi o ator Tobey Maguire(sim, o primeiro homem-aranha que ganhou dinheiro e agora produz filmes também) comprar os direitos do livro, e como não tinha tanta certeza de dar certo colocou seu amigo J Blakeson(que só tem no currículo de direção um longa, mas completamente desconhecido, e alguns roteiros de terror) para dirigir a trama. Não podemos dizer que ele foi perfeito, afinal entregou o ouro muito cedo, claro que isso deve estar assim também no livro, mas a percepção da leitura não é tão rápida como a visual, e ver os ônibus é algo que de cara já dá um leve soco na cara, e dessa forma isso acaba sendo um erro grande num filme, porém certamente com a cena de descoberta dos jovens do que é a quinta onda dá um belo encaixe, e assim sendo, o diretor volta a ganhar créditos. Como disse a culpa não pode ser toda apontada para o diretor, afinal uma equipe de três roteiristas, inclusive com nomes de grande pompa de Hollywood acabou desenvolvendo o texto final do longa, então quem sabe ele ganhe experiência e continue melhor na continuação, caso ainda optem por alguém barato para fazer o filme.
Falar da atuação em um longa que contém Chloë Grace Moretz é algo que nem dá para discutir, afinal venho falando desde "Kick Ass" que ela é uma das melhores atrizes dessa geração e certamente vai explodir ainda mais no momento certo para ganhar todos os prêmios possíveis, o que ainda não foi dessa vez, pois sua Cassie embora tenha muita dinamicidade e ação como a personagem que lhe despontou, nos momentos mais romanceados, ela ainda não agrada tanto, mas vai melhorar nesse quesito também com muita certeza, e em breve vamos aplaudir muito ela. Nick Robinson até chama a atenção por seu Ben Parish/Zombie, mas falta um pouco de carisma para emplacar e agradar, além de sempre estar com uma cara de medo de tudo o que está fazendo, mesmo depois de tudo o que encarou, mudar a face para algo mais maduro é o mínimo que se esperava de alguém, e olha que o ator ganhou nos testes de diversos grandes nomes, ou seja, estão precisando revisar os testes, ou ele vai decolar mesmo nos próximos, por ter feito o que o diretor pediu de uma maneira não tão boa aqui. Pelo contrário de Nick, Bailey Anne Borders já chega na sua primeira cena mostrando que mesmo sendo mulher possui muito mais colhões que o rapaz, e mostra que vai passar por cima de quem aparecer com sua Julia, e certamente no próximo filme vai ter muito mais responsabilidade para chamar a câmera para si em mais momentos, pois já agradou bastante aqui. O galã do longa, Alex Roe, tem jeitão clássico para agradar as moças, e até se deu bem nos momentos mais dialogados de seu Evan Walker, mostrando ser misterioso o suficiente para mudarmos de opinião sobre seu personagem umas três vezes pelo menos, e segurando bem o desenvolvimento até a cena do carro, pois depois dali, era melhor que tivessem arrumado uma morte bonita pra ele, que seria bem melhor do que fez, mas lendo a sinopse do segundo livro, vemos que o personagem é importante, então, vamos ver o quanto ele vai pular no próximo filme. Liev Schreiber caiu bem na personalidade do Coronel Vosch e chama atenção pelo semblante sempre sério e forte que impacta nos momentos certos, claro que assim como reclamamos em todos os filmes, quando tem de atirar, os vilões desse estilo de filme nunca atiram, só falam algo e deixa rolar para que tenhamos mais filmes, então vamos aguardar ainda qual será seu desfecho, mas o ator mandou bem também.
No conceito visual da trama, souberam dosar bem a cenografia real, com a computadorizada, afinal as ondas iniciais como mexeram com coisas bem impactantes, necessitaram de cenas fortes que vimos nos trailers, e elas foram apenas mais alongadas do que já havíamos visto no trailer, e agradam bastante por não economizarem com poucos elementos cênicos, claro que alguns efeitos poderiam ser melhorados, mas isso também onera custo, e o filme foi de certa forma pelo gênero bem barato. Porém quando a trama entra no seu momento mais realista, com cenas filmadas numa floresta bem bacana pelo formato dividido da tela, que tem todo um charme e quando os jovens vão para a batalha campal mesmo, a equipe optou por colocar menos objetos cênicos marcantes e focaram mais no continuísmo da história, o que é bacana de ver também, mas poderiam ao invés de entregar tudo de cara, ir dando apenas detalhes mais simples e que fizesse o público montar o quebra-cabeça completo somente mais para o final. A fotografia trabalhou bem o tom marrom para dar dramaticidade tanto nas cenas internas, quanto nas cenas noturnas, usando bem o figurino de guerra, e claro botando algumas explosões para realçar o visual com muito laranja, e quando puxado para os momentos mais romanceados ou de encontros, souberam botar o azul de contraste como um chamariz legal de ver.
A trilha inicial bem pautada deu o tom scy-fi comum e amarrou bem o que desejavam, depois não temos muitas canções e trilhas acompanhando o filme, deixando meio de lado para que a sonoridade cênica predominasse mais com tudo o que vinha ocorrendo. Porém o fechamento de créditos com "Alive" da Sia se prestarmos atenção na letra vamos ver que a ideia casou muito bem com a canção.
Enfim, volto a repetir o que falei no começo, o longa vai com certeza criar alguns fãs, mas também terá pela frente muitos inimigos costumeiros das sagas teen, porém o longa está bem longe de ser um início frustrante de séries, e certamente podem melhorar bem a ideologia nos próximos. Portanto recomendo ele mais para quem gosta de séries mais joviais, e menos pensantes, pois quem não curtir esse estilo, vai reclamar muito do filme. Bem é isso pessoal, mais uma vez agradeço a parceria com o pessoal da Difusora FM 91,3Mhz que proporcionou essa super-pré-estreia, mais uma vez lotada, para os ouvintes, e volto amanhã com mais uma estreia que veio para a cidade, então abraços e até breve.
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